Fanfic: The Last Rose | Tema: Taylor Monsem

``Hoje aconteceu um assalto em uma loja infantil. Três crianças morreram por bala perdida. Os pais das vítimas estão inconformados e pediram para as autoridades justiça...Mas não houve resposta...Essa e mais outras notícias você só vê aqui.``

Mudei de canal. Precisava ver algo mais feliz. Algo que não fosse morte.

`` Bom dia! 5 mortos estão...``.

Mudei de canal.

`` Urgente!...Uma garota de 13 anos foi morta pelo tio e...``

Desliguei a tv com raiva.

Estava cansada de só ver tragédias. Então resolvi ligar para o meu pai.

– Alô? - meu pai atendeu.

– Oi, pai!Eu-

– Querida, ligue depois...Preciso resolver uns problemas aqui no escritório.Tchau.

Antes mesmo de eu dizer uma única palavra, o telefone já estava mudo.

A vida com o meu pai era complicada...Eu sempre estava em segundo plano para ele...Depois que minha mãe morreu, tudo ficou diferente.

As vezes eu penso que seria melhor ter morrido junto com ela...assim eu teria certeza de que nunca estaria sozinha.

Tentei não lembrar da última vez que vi minha mãe...mas era difícil esquecer:

`` Eu estava no hospital chorando ao lado do meu pai. Esperando notícias da minha mãe.

– Desculpe, mas fizemos tudo que podíamos - essas foram as últimas palavras do médico.

A dor que eu sentia não podia ser comparada com nenhuma dor nesse mundo...Pois era tão forte...tão forte...

– Vamos para casa querida. - Meu pai estava igualmente afetado.

Depois disso tudo mudou...Minha vida não era mais a mesma...Minha melhor amiga não estava mais ao meu lado.``

``P-p-p-poker face, p-p-poker face``

Meu celular começou a tocar. Tentei procurá-lo na bagunça do meu quarto. Quando encontrei-o, ele já tinha parado de tocar.

``Você tem uma chamada perdida.

1165749876``.

Liguei para esse número.

– Alô?

– Mary, é você? - perguntei desconfiada.

– Como você descobriu?

– A sua voz é inconfundível...Você mudou de celular?

– É. Eu tive que mudar porque furtaram o antigo celular.

– Sério?? - perguntei sem acreditar.

– Não. Só estou falando isso pra te deixar comovida! - ela falou em um tom irônico.

– Besta! - comecei a dar risada.

– Você vai para escola amanhã?

– Não sei...

– Como assim não sabe?! - ela praticamente berrou no telefone.- Você me prometeu que ia ir no 1º dia de aula!

– Prometi? - perguntei, sem graça.

– Prometeu!

– Mas eu não sei...

– Se você não for, não fala mais comigo.

Odiava quando ela fazia esses testes psicológicos comigo.

– Aí, tá bom...Eu vou, sua chata! - falei irritada.

– AEEEEE! -ela berrou de novo - Preciso desligar,Sá . Meus pais chegaram

– Tá bom. Até amanhã. - falei.

– Até!

1 dia depois

Nunca fui muito fã do primeiro dia de aula...Ele sempre era inusitado...E eu não suportava situações inusitadas.

– Já está na hora, senhorita Savannah - Albert, o mordomo frescurento, estava na porta do meu quarto.

– Tá bom. - falei, enquanto pegava minha mochila.

– A senhorita quer que eu leve a sua mochila?

– Não, obrigada. - falei enquanto entrava no carro.

– Está ansiosa para o 1º dia de aula? - Albert perguntou, já no carro.

– OOOHH - falei sarcasticamente.

Depois disso, não conversamos mais.

15 minutos depois...

– Chegamos, senhorita. - Albert disse, enquanto estacionava o carro.

– Tudo bem. Não precisa me buscar, eu vou á pé. - falei enquanto saía do carro.

– Mas, senhorita o seu pai pediu que eu a buscasse - Ele falou.

– Diga ao meu pai que eu sei muito bem ir para casa sozinha - falei com impaciência.- Tchau - fechei a porta do carro e entrei na escola.

Por onde eu andava sempre encontrava rostos novos, e isso estava me deixando um pouco constrangida. Rezei para encontrar Mary.

– Psiu!!

Me virei e encontrei-a atrás de mim, sorrindo feito uma boba:

– Estava me procurando? - ela perguntou, animada.

– Pensei que não iria vir - falei com raiva fingida.

– Você achou mesmo que eu iria fazer uma mancada dessa?

– De você eu não espero nada - falei brincando.

– Ah,é? Eu-

O sinal começou a tocar.

– Chegou a hora. - ela falou ansiosamente.