Fanfic: The Last Rose | Tema: Taylor Monsem
Chegamos na sala de aula, e fiz questão de que Mary sentasse atrás de mim.
– Mas aqui não dá pra enxergar a lousa! - ela reclamou.
– Só hoje! - implorei - Eu não quero ficar sozinha.
– Aí tá, tá. Depois diz que tem 16 anos. Tá parecendo mais que você tem 07 anos.
– Sem graça. - falei com raiva fingida.
Vários alunos novos chegaram, cada um mais diferente do outro.
As aulas foram normais, ou seja, foram chatas. O intervalo finalmente chegou e eu pude respirar um pouco.
– Até que as aulas foram legais - Mary comentou com a boca cheia. - Quer? - ela ofereceu os pãos de queijo que ela sempre comprava.
– Não, valeu. Hoje eu não estou com o estômago bom.
– Porquê? - ela perguntou enquanto enfiava três pãos de queijo na boca ao mesmo tempo.
– Eu só estou um pouco nervosa - falei.- Pra onde vai isso tudo? - perguntei apontando para os pãos de queijo que ela comia um atrás do outro.
– Você não iria gostar de saber - ela sorriu.
............................
– Bom classe, hoje vamos fazer um trabalho em dupla.- o professor x falou.
Todos ficaram animados com isso, mas a animação durou pouco.
– Só que eu vou escolher as duplas.
Todos ficaram quietos. Xinguei mentalmente o professor de português.
E lentamente ele começou a escolher grupo por grupo. Eu já estava ficando com sono.
– Savannah - ele chamou o meu nome. - Você vai ficar com o Jack.
Quem era esse tal de Jack?
– Aqui, o cega!
Quando me virei para ver quem tinha me chamado, uma bolinha de papel aterriçou na minha testa.
Fiquei tão P da vida que nesse momento tive vontade de voar na pessoa que tinha feito isso e essa pessoa me olhou como se eu fosse a coisa mais insignificante do mundo:
– É pra hoje, garota? - ele perguntou ironicamente. - Ou você quer que eu faça tudo sozinho?
`` Calma Savannah, se controla...``, pensei.
Me sentei ao lado dele sem dizer nada. Estava difícil ficar calma, quando se tem um insensível sentado ao seu lado.
Olhei pra ele pelo canto do olho, e vi que ele vestia uma jaqueta de couro, óculos escuros e seu cabelo estava arrepiado.
Estava mais do que óbvio que ele seria o mais novo Bad Boy da sala e para o meu azar eu estava sentada ao lado dele.
[...]
– A aula foi um inferno! Nunca fui tão humilhada na minha vida! - desabafei com Mary.
Estávamos sentadas no banco da praça mais isolada da cidade. Eu sempre ia pra cá quando não estava bem.
– Não pensei que o 1º dia de aula fosse ser tão horrível assim.
– Calma, Savannah! Fica tranquila porque eu duvido que a professora escolha as mesmas duplas pra fazer os próximos trabalhos desse bimestre. - Mary tentou me acalmar.
– Mas você tinha que ver como ele me tratou! - chiei. - Acho que eu fui tão pisada quanto uma formiga! - Eu sabia que estava exagerando. - Se ele me humilhar outra vez eu juro pelo meu nome que ele não sai vivo da escola! - agora eu estava bancando a ``patricinha psicopata``!
Mary só me encarou sem dizer nada. E ficamos assim sem dizer nenhuma palavra.
– Aquele garoto é realmente estranho - Ela comentou, mais parecendo que estava falando pra si propria.- Não fui muito com a cara dele.
– Não entendo como ele pode ter tantas garotas aos seus pés! - balancei a cabeça, confusa. - Como é que elas podem gostar de um brutamontes como ele?
– Aí! - Ela exclamou - Vamos parar de falar dele. Tá até parecendo que você gamou no garoto! - Ela falou, mas pude notar um certo sarcasmo em sua voz.
– Ha ha ha. - Revirei os olhos. - Você não perde seu senso de humor.
Voltei para casa sozinha, quando já estava na porta de casa meu celular começou a vibrar.
`` PAPAI CHAMANDO
ATENDER OU IGNORAR"
Minha vontade nesse exato momento era não atender. Eu já estava cansada de receber sermões o tempo inteiro. Mas se eu não atendesse, meu pai iria dar ``chilique``quando chegasse em casa.
– OI, pai! - tentei fazer minha melhor voz de inocente.
– Por que o Alfredo não te buscou na escola? - Ele perguntou de maneira rude.
Respirei fundo e resolvi dizer a verdade. - Porque eu pedi para que ele não o fizesse.
– Ah,é?! - Ele aumentou o tom de voz. - Acho que precisamos ter uma conversinha hoje á noite.
– Mas pai, qual é o problema de eu ir embora sozinha? - perguntei indignada.
– A questão é a sua segurança. Será que você não entende que tudo o que eu tenho é você? - se ele tivesse falado essa frase com delicadeza eu até ficaria comovida. Mas ele continuou falando com rudeza.
– Eu sei...
– Preciso desligar. Meu horário de descanso acabou. Preciso voltar ao trabalho.
como se ficar o dia inteiro no computador fosse um trabalho, pensei ironicamente.
– Tá. - Falei magoada, por ser interrompida outra vez.
Entrei em casa e fui direto para o computador. E eu só podia usá-lo para fazer pesquisas escolares. Ai de mim se eu entrasse em alguma rede social.
Entrei no google e escrevi : RENASCENTISMO.
– Aí que sono! - bocejei em frente ao computador.
Já estava cansada de fazer o trabalho de História. Então resolvi ver um pouco de tv.
`` Vamos ver os clipes mais mais pedidos do dia``
Eu adorava MTV, era um dos meus programas favoritos.
Fiquei vendo durante um tempo, mas não aguentei ficar de olhos abertos.
Resumindo: dormi no sofá.
Quando acordei, percebi que estava no meu quarto. Provavelmente alguem deve ter me carregado atéaqui.
Olhei no relógio:
``23:05``.
Meu pai sempre chegava em casa, mais ou menos 22:45.
E logo que chegava ia direto para seu quarto com o seu inseparável notebook.
Me levantei da cama meio grogue, saí do quarto á procura de meu pai.
Bati na porta de seu quarto. E ouvi um ``entre``.
Abri a porta. - Oi - falei.
– Pensei que estava dormindo - ele largou o notebook e me olhou nos olhos. - Desculpe, eu sei que nesses últimos anos eu tenho sido muito distante de você.
Tentei não chorar, mas meus olhos já estavam ficando cheio de lágrimas não derramadas. - É.- só consegui falar isso, porque se eu falasse mais provavelmete não iria parar de chorar.
– Não quer se sentar? - ele perguntou gentilmente.
Acenti e me sentei ao seu lado na cama.
– Por favor não chore - ele segurou minha mão.
– Não estou chorando - sussurei.
– Me perdoe por ser um mau pai, sei que não estou dando um bom exemplo. Depois que sua mãe morreu tudo mudou.
Autor(a): Roberta
Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)