Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)
Ucker a repeliu para longe, tão violentamente que Dul aterrissou aos trancos de volta no assento. Tonta e desorientada, chocada, além de tentar pensar no que se passara, Dul o viu dar meia volta e, com uma passada larga, deixar o camarote. Quando atingiu o fim do corredor, pegou o que parecia ser uma garrafa de whisky, derramou um pouco do líquido em um copo, e então derramou tudo garganta abaixo.
Contemplando aqueles ombros rijos, Dul quis dizer alguma coisa — cuspir insultos nele por ousar agarrar e beijá-la, apenas para provar a sua tese estúpida. Mas sentiu os lábios cálidos e machucados, estava tremendo tão intensamente por dentro que não pensou ser possível tornar as palavras coerentes. Em vez disso, acolheu a face com as mãos, deixou que o cabelo caísse em torno dela como uma cortina e rogou para que Ucker estivesse muito ocupado, punindo-a, para perceber que o beijava de volta.
O silêncio que se fez depois daquilo se assemelhava a uma lâmina de navalha, incisando cada segundo que lhes restava de viagem. Aterrissaram sob o límpido céu noturno italiano, mas estava frio o suficiente para que Dul se alegrasse pelo agasalho quente.
Ucker deixara o carro no estacionamento do aeroporto. Dul subiu no assento do carona, deixando Ucker empilhar suas coisas. Guiaram em direção a Florença em total silêncio; a única troca de palavras, desde o beijo na cabine, foi a informação concisa que Ucker lhe deu a respeito de ter ligado para o hospital e que ainda não houvera nenhuma alteração.
Paisagens familiares começaram a espocar pela janela. Estavam se avizinhando de Florença e quanto mais se aproximavam da cidade, mais ansiosa Dul ficava. Afinal, o carro diminuiu a marcha e guinou pela entrada em um muro alto recoberto de estuque. Ela avistou o prédio que, a despeito do caprichoso jardim que o cercava, ainda possuía a aparência que todos os hospitais possuíam, mesmo que esse fosse obviamente um lugar para se ficar doente.
Assim que Ucker levou o automóvel até a vaga, sua pele começou a formigar. Respirando profundamente. no esforço de se revigorar, Dul desafivelou o cinto de segurança e saiu. As pernas começaram a tremer enquanto caminhava rumo à entrada do hospital. Ucker veio caminhar ao seu lado, mas sem fazer qualquer tentativa de tocá-la.
Não queria que ele a tocasse, disse a si mesma. Mas no momento em que pisou no taciturno vestíbulo do hospital, já estudava uma segunda opinião a respeito. Ucker indicou a direção dos elevadores. Ao entrar, Dul começou a sentir-se esquisita — quase uma alienígena para si mesma. Talvez tenha sentido isso porque quando a porta do elevador fechou os dois lá dentro, Ucker perguntou:
— Tudo bem?
Meneou a cabeça afirmativamente, engolindo a tensão que começou a se acumularem sua garganta. Seu corpo estava tenso, a carne arrepiada com sentimentos que ninguém mais, a não ser aqueles que já encararam situações similares, poderiam entender. E estava pálida; sabia que estava pálida porque sentia o rosto gelado e abatido.
— Não fique alarmada pela quantidade de equipamento que vai encontrar em volta dela — Ucker parecia compelido a prevenir. — É uma prática de rotina, em casos como estes, monitorar simplesmente todas as coisas que eles conseguem...
Estava tentando prepará-la. Tudo o que podia era acenar a cabeça bruscamente em resposta. O elevador parou. Seu coração começou a bombear de um modo tão bizarro que tomar o fôlego se tornou difícil.
A porta deslizou, abrindo em um vestíbulo similar àquele pelo qual caminharam no térreo — e a coragem de Dul parecia gotejar como pedra em seus pés, impedindo-a de se mover por mais um centímetro.
Fechou os olhos, tentou engolir de novo, sentiu os seios ofegantes à procura de ar, em constantes arfadas curtas conforme uma violenta sensação de desgraça a cercou. Então o elevador emitiu um zunido, avisando que estava prestes a cerrar a porta outra vez. Os olhos chisparam para cima, ao mesmo tempo em que Ucker estirou um dos braços — não na direção dela, mas para segurar aquela porta impaciente.
Os olhos dele estavam fixos em Dul, aguçados, sutis e enevoados pela apreensão. A face estava pálida, lábios levemente partidos sobre dentes brancos e tensos, como se travasse uma luta para controlar um impulso de ampará-la.
— Eu estou bem — suspirou numa confirmação sussurrada. — Só me dê um segundo para...
— O tempo que quiser. — redargüiu enrouquecido. —Não há pressa.
Não? Dul contradisse aquela assertiva impacientemente. Ela talvez tivesse chegado tarde demais!
Tarde demais... Ela rosnou em calada agonia. Tarde demais pertencia aos anos que evitou se aproximar das cercanias de Florença. Tarde demais pertencia ao modo como eliminara Mai diretamente da sua vida por meses, e mesmo depois de fazerem as pazes — com elegância — a mantinha estritamente a um braço de distância, sendo simpática, sendo distante, se amontoando sobre a própria culpa e o...
O elevador deu outro zunido e continuou zunindo, tentando fechar a porta contra o obstáculo criado pelo braço de Ucker. Arrastando a própria coragem com uma tração de mamute, Dul conseguiu se mover. A primeira pessoa que avistou foi a mãe de Ucker. Ela estava horrível, a bela face definida murchara pela ansiedade e pelo desgosto.
As lágrimas sempre a postos afluíram aos olhos de Dul novamente, a voz insegura acerca das palavras que deviam ser ditas.
— Lamento por Chris, Sra. Uckermann — murmurou em um italiano vacilante, movendo-se por instinto, estendendo os braços para cingir a pobre mulher com um abraço.
Demorou alguns segundos para compreender que aquele abraço não era bem-vindo. Rígida e inflexível, a Sra. Uckermann aceitou o toque apenas por educação — e isso foi tudo. Assim que Dul se afastou, estremecida pela fria lembrança de como a família de Ucker reagiu em relação a ela, viu os outros rostos prestando testemunho àquela rejeição.
Então Ucker estacou atrás dela, erguendo as mãos até se curvarem sobre os seus ombros, no que Dul apenas podia descrever como um aviso. Não pronunciou uma única palavra, mas todos os olhos se levantaram até o rosto dele, e depois se abaixaram desconfortavelmente.
— Para a sua esquerda — instruiu tranqüilamente.
Com a boca seca, intimamente atracada à sua essência interior, Dul se forçou a voltar a andar de novo. Com a mão de Ucker ainda curvada na nuca macia, e sob um novo tipo de quietude engrossando o ar, enveredaram por um corredor que deixava a família dele fora de vista — fortuitamente, porque não precisava de nenhuma testemunha indiferente quando encarasse o que estava por vir.
E veio rapidamente — muito rapidamente. Através da primeira porta que encontraram, de fato. Ucker parou, assim como Dul, que observava enquanto ele empurrava a porta para abri-la, e depois incitá-la gentilmente a se mover de novo. Sentiu o corpo pesado, aquela sensação de um infortúnio sinistro causando um retardamento nos seus membros. na medida em que se obrigava a cruzar a abertura até um quarto bem arrumado, com paredes brancas e assistido por uma enfermeira de uniforme branco, parada junto a uma cama forrada com lençóis brancos.
E lá estava a criatura de face lívida deitada sobre o leito.
Autor(a): Amore
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 36
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:09
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:09
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:09
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24
http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."
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paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02
Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!