Fanfics Brasil - 13 Uma prova de amor (Vondy - adaptada)

Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)


Capítulo: 13

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— Pare com isso — sussurrou ela. Entretanto, Ucker não iria parar por aí.


— Você o tentou assim como costumava me tentar, Dul? — Questionou Ucker, curiosamente. — Instigou-o a lhe mostrar ainda mais um método para alcançar o torpor daquela comoção final?


O braço se ergueu entre o flamejar dos olhos, fixos e empenhados em combate, e Dul permitia que a mão se arremetesse. Ucker a deteve antes que desferisse o golpe, dedos enrijecidos, suspensos a um curto meio centímetro de distância do seu rosto.


— Nós dois sabemos que a comoção era tudo o que você realmente queria de mim — continuou sem remorso —, mas você acredita que exauriu todas as minhas possibilidades? Errado, querida. — Ousou beijar as pontas dos dedos crispados de Dul. — Nunca arranhamos nem sequer a superfície. Você não faz idéia das delícias que andou perdendo.


— Cale-se! — Ordenou, com a voz embargada.


Ucker estava distorcendo a verdade para que coubesse na própria versão em que acreditava, e ela sentiu-se tão ferida que começou a tremer da cabeça aos pés em resposta.


Aqueles olhos infatigáveis a mantinham cativa, e ama das mãos lhe deu um puxão, para trazê-la com força de encontro à sólida constituição física de Ucker.


— Eu ainda não posso olhar para a sua boca, sem lembrar como é tê-la fixa em alguma parte íntima da minha anatomia —      murmurou ele, aquela voz profunda pulsando dentro da  mente de Dul. — Me lembro de cada toque dos seus lábios, cada latejar sensual da sua língua sexy. Veja — disse asperamente, — saber que ainda sou tão obcecado por você quanto você é por mim, não faz com que se sinta melhor, Dul, heim?


— Não sou obcecada por você.., eu desprezo Você! —sibilou ela. — Ou supõe que eu tenha esquecido a maneira como você relaxou dentro de mim, depois de alegar que o meu assim chamado amante esteve lá antes, ou o modo como deslizou para fora do meu corpo, ainda ofegante de toda aquela experiência bárbara, só para se atirar sobre mim como um animal? Você me xingou de nomes pelos quais eu jamais chamaria nenhuma outra mulher!


O rosto dele ficou lívido, e o coração de Dul retumbava, não de desejo, mas com uma fúria que se inflamou por dois longos anos, chamejando ardentemente por dentro.


— Pedi desculpas — ele desferiu de volta. Pediu realmente? Bem, não deve ter sido uma desculpa sincera, porque ela não conseguia ao menos trazê-la à memória!


— O que você fez comigo foi além das desculpas — contou a ele. — E você sabe o que piorou tudo? Você não se importava o suficiente comigo para ouvir o que eu tinha para falar, antes de levar a punição adiante. Fui julgada e condenada, sem ter ao menos o direito a um tribunal justo! Bem, eu lhe digo uma coisa... — Os seios arfavam, as palavras disparavam dela na crista da fúria. — Vou deixar que você tire a corda do pescoço, se quiser... porque eu admito a culpa. Eu fiz aquilo. Levei outro homem para a sua cama, Ucker, e mal posso lhe dizer o quanto apreciei a experiência!


— É o bastante! — Exclamou ele.


Estava certo e pronto. Numa onda nauseante de consternação, Dul puxou o pulso para se livrar das garras dele, e cambaleou aturdida para longe. Tudo o que disse era mentira.., tudo mentira. Por que fizera aquilo?, Perguntava-se dolorosamente. Por que sempre tinha que dizer o que Luca queria ouvir?


Por trás dela, o silêncio pulsava como o ritmo pesado de um tambor. Por dentro, Shannon estava silenciosamente se desmanchando. No coração, chorava por toda aquela amargura e, na mente, sentiu-se tão feia que não queria ter que olhar para si mesma outra vez.


— Agora eu ganho o meu passe para fora daqui? — Indagou, com um fastio que sucedeu a raiva.


Como resposta, Ucker deu meia volta e se afastou.


Dul definhou numa combinação entre chocada com horror pelo que atiraram um no outro, e uma sensação esmaecida de alívio porque, finalmente, convencera Ucker a deixar que saísse dali. Se recompondo, procurou juntar suas bolsas, depois respirou fundo antes de ir atrás dele.


Assim que pisou de volta na cozinha, percebeu que não ganhara coisa alguma. Ucker estava representando o homem domesticado de novo, e enchendo a chaleira. O sobretudo se fora, e também o paletó e a gravata. Enquanto ficou ali, seus olhos não resistiram e acompanharam a ondulação dos músculos ao longo dos ombros largos e tensos.


— Tire o casaco, largue a bagagem — disse-lhe, sem se virar.


— Ucker... pelo amor de Deus... — Shannon apelou de novo. — Só me deixe sair daqui para que eu possa achar um quarto de hotel, em algum lugar.


— Chá ou café? — Foi tudo o que Dul recebeu em troca.


— Oh — ela gemeu, cobrindo os olhos agora palpitantes, com uma das mãos trêmulas. — Você não consegue entender? — gritou em uma última tentativa desesperada de trazê-lo de volta à razão. — Eu simplesmente não posso ficar nesse apartamento com você!


Foi inútil. A indiferença continuou enquanto Ucker esperava a água da chaleira ferver.


— Você não passa de um monstro insensível — disse a ele, ao passo que o corpo enfraquecido desistia de toda aquela refrega estúpida.


— Chá ou café? — repetia Ucker.


— Ah, escolha o que quiser — suspirou Dul, e num ato de rendição afundou em uma das cadeiras rentes à mesa da cozinha, jogou as bolsas no chão, então apoiou os cotovelos sobre a mesa para enterrar o rosto nas mãos.


Outro silêncio choveu ao redor deles depois disso, quebrado apenas pelo sibilo calmante da chaleira assim que entrou em ebulição. Ela manteve a face oculta e Ucker... bem, Dul tinha consciência de que ele estava lá, encostado contra a bancada e olhando para ela, mas.., e daí? Deixe que tenha o gosto da sua derrota, se era assim que se divertia atualmente. Dul não se importava a respeito de mais nada, a não ser injetar uma bebida morna no seu âmago e encontrar uma cama na qual pudesse dormir.


Observando a maneira abatida como Dul estava sentada ali, com o rosto enterrado nas mãos, Ucker a cerrou os dentes bem juntos e, enraivecido, perguntava-se que diabos pensou que estava fazendo ao orquestrar aquela pequena cena. Desde quando um homem razoavelmente sofisticado, de trinta e quatro anos, insultaria a ex-amante com o tipo de observações como aquelas que derramara há pouco?


Alguém que precisava de um escape para todo aquele pesar ardente que lhe esmagava as entranhas, admitiu Ucker.


E Dul não era apenas uma ex-amante. Foi a mulher que ele amou. A mulher com quem acreditou que passaria o resto da vida. Entrar no próprio lar, e presenciar o que havia presenciado, iria queimar na sua cabeça para sempre.


— Nunca consegui descobrir quem era o outro homem.


— O quê...? — A cabeça escapou-lhe das mãos, olhos orlados de vermelho fitando Ucker, como se estivesse falando com ela em grego. — Que você tenha se dado ao trabalho de tentar tornar você uma espécie infeliz de homem — devolveu com escárnio. — Esqueça o chá — acrescentou, se arrastando sobre os próprios pés novamente. — Aceitarei só o quarto. — Dul rebocou a bagagem e caminhou para fora da cozinha.


Ucker deixou que se fosse, aborrecido consigo mesmo por dizer coisas demais que não pretendia dizer. Permaneceu ali, ouvindo os passos de Dul guiando-a para o fim do corredor, ouviu uma porta se abrir, e um som soturno lhe tocou os cantos da boca, porque reconheceu que a porta pertencia ao que Dul acreditava ser um dos quartos de hóspedes. Escolhera aquela deliberadamente, sabendo que o antigo quarto de casal ficava no outro extremo do corredor.


Em pé ali, tenso, com as mãos coladas na bancada, esperou que ela percebesse o erro que cometera. Poucos segundos depois a porta se fechou e os passos continuaram até a porta do aposento ao lado. Não dormira no velho quarto desde o dia em que Dul levou outro homem para lá. Teria saído do apartamento e nunca mais voltado, caso isso não representasse um passo grande demais para o seu orgulho.


Poucos segundos depois, e a segunda porta que Dul escolheu se fechou com uma pancada reveladora. Só então Ucker permitiu que o ar deixasse o seu corpo.


Devia estar louco.., maluco de continuar deixando que ela o afetasse daquela forma. O que se passou deveria ser esquecido. Queria esquecer, mas por que estava postado ali, se sentindo tão mal como se sentiu há dois anos?


Sabia a resposta, mas o inferno poderia congelar inteiro antes que ele pudesse admitir.


A chaleira ferveu. Assistia a isso acontecer. Assistia enquanto o utensílio desligava sozinho e ainda permaneceu ali, até que o vapor esvanecesse por completo. Então, num rugido de frustração que soou estranho até para ele mesmo, virou-se e seguiu a iniciativa de Dul ao bater a porta do próprio quarto.


De agora em diante iria manter distância, prometeu implacavelmente. Amanhã Dul se mudaria para um hotel. E caso se encontrassem novamente enquanto ela permanecesse em Florença, só poderia ser por engano, porque Ucker não queria que isso acontecesse.


Tomada aquela decisão, tirou as roupas e então deu largas passadas até o banheiro contíguo, abriu o chuveiro e entrou debaixo dele. O jato era poderoso, a água estava quente, e à medida que represaVa seu curso sobre Ucker, ele não teve outra alternativa exceto reparar no que acontecia no seu sexo. Aquilo fez com que quisesse impelir o punho através da parede de azulejos na sua frente, porque se Dul era a única mulher que podia lhe excitar este tipo de reação, então estava certa e ele era a pessoa mais infeliz de fato.


Dul abria a mala e retirou um baby-doll, depois ficou segurando as duas peças de lingerie de seda azul pálida, com dedos que vacilavam. Desprezava Ucker, realmente desprezava... então por que as lágrimas nos olhos? Por que se sentia tão inacreditavelmente ferida, quando Ucker ousou comentar alguma coisa que não mais deveria importar a nenhum dos dois?



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Autor(a): Amore

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Se fosse culpada como era acusada de ser, poderia ter uma razão para sentir-se tão miserável. A inocência deveria trazer consigo uma sensação de satisfação quando é feita uma apologia pessoal. Só que não era assim. Ao contrário, fazia com que Dul desejasse sair e encontrar Ucker, contar a verd ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10

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  • dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24

    http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."

  • paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02

    Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!


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