Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)
Permaneceram assim durante o tempo que Fred levou para transportá-los até o apartamento, Dul frouxamente recostada nele, perdida em alguma parte em meio às brumas de choque, enquanto Ucker lhe oferecia o que acreditava instintivamente que ela precisava — a sua força silente.
Continuou a apertá-la junto a si, conforme cruzavam o vestíbulo do bloco do apartamento; a manteve envolta nos seus braços enquanto subiam pelo elevador. Quando chegaram ao apartamento, Dul repentinamente se soltou e se encaminhou direto para o quarto. Ucker precisou gastar uns poucos instantes para deter aquilo que ameaçava se libertar de dentro dele, depois seguiu Dul, com a intenção de se assegurar que estava bem, antes de deixá-la a sós com o seu pesar.
Porém, as coisas não funcionaram bem assim. Uma espiada em Dul ali prostrada, encolhida no meio da cama e Ucker foi logo chutando os sapatos fora, arrancando o paletó e a gravata, e se juntando a ela.
O modo como Dul aceitou seus braços enquanto a tragavam foi realmente patético, e tornou quase impossível não verter lágrimas com ela quando começou a chorar silenciosamente.
Assim que Dul finalmente se aquietou, Ucker estendeu as mãos e puxou fora a colcha, cobrindo a ambos.
— Eu não... — ela esboçou um protesto.
— Você está tremendo de frio — interrompeu Ucker. —Fique aqui comigo, assim, por um tempinho. Logo que você se aquecer um pouco, eu saio e deixo você em paz.
— Eu não quero que você saia. — Aquilo soou tão suave e frágil que Ucker quase deixou que lhe escapasse. Entretanto, não deixou escapar o modo como os dedos de Dul divagaram pela frente da sua camisa, se posicionando numa espiral trêmula em volta da nuca. A respiração de Dul se insinuava pela linha do maxilar de Ucker, os seios macios contra as costelas dele, e a perna esguia deslizou em torno do quadril quando ela se comprimiu mais peno, como se aquele fosse o único local onde quisesse estar. Ucker cerrou os olhos, e desejou que se sentir requisitado por ela não fosse tão bom assim.
Aquela carência se prolongou ao longo dos sombrios dias seguintes, quando Dul esteve pouco consciente, caso Ucker não estivesse ali para ajudá-la.
Coma, dizia Ucker e então Dulce comia. Durma, e a moça se enroscaria na cama como uma criança, fechando os olhos obedientemente.
Nas manhãs em que compartilhavam o desjejum. Ucker a levava até o hospital para ficar com o bebê, enquanto saía para se encarregar de... outras coisas. De tarde, ele voltava ao hospital para passar um tempinho no berçário antes de levar Dul para o apartamento, a fim de entupi-la com mais comida e fazê-la falar sobre trabalho, a vida em Londres, Mai e Chris — sobre qualquer coisa, desde que pudesse usar o cérebro.
Dul perambulou como se cercada por um nevoeiro, embora não se importasse. Podia estar frio, porém estranha-mente aconchegante... gostou disso. A família Uckermann estava sendo gentil. Conseguiram colocar os ressentimentos de lado nesses dias de um pesar mútuo. A Sra. Uckermann a convidou para ficar com ela, mas Dul declinou.
— Quero ficar com Ucker — explicou, perdida demais para ver que o convite fora para afastá-la de Ucker. Mas isso não teria importância caso percebesse a manobra, porque ouviu o convite por acaso, e o recusou.
A única hora em que a névoa clareava era quando Dul estava com o bebê. Seu mundo começou a girar em volta da filha de Chris e Mai, pequenina, doce e órfã.
Com experiência pessoal no assunto, Dul sabia exatamente como era se tornar órfão ao nascer. Ela e Mai foram criadas por uma tia solteirona que veio a Dublin e carregou as duas meninas para viver com ela na Inglaterra. Dul sabia isso tudo porque Mai lhe contou. Apenas três anos mais velha, porém se lembrava de tudo vivamente. Talvez fora a eficiência e a firmeza de Tia Merrill, naquela época, que transformara a amedrontada e desnorteada Mai. que sentia falta da mãe, naquele ratinho tão tímido, conquanto Dul nunca conheceu nada além da filosofia da eficiência de Tia Menu: “Não tenho tempo para lidar com essa atitude”, por isso aprendeu a ser independente muito cedo.
Tia Merrill chocou todo mundo quando casou e se mudou, para viver com o novo marido na América do Sul poucas semanas após o casamento de Mai, enquanto Dul cursava o primeiro ano da faculdade. Não ocorrera às irmãs que a mulher, da qual dependiam em algum grau, andava roendo as unhas de impaciência, aguardando o momento em que a sua responsabilidade em relação a elas terminasse, para que pudesse tocar a própria vida. Nenhuma das duas se ressentiu pela atitude da tia, mas com Mai vivendo em Florença, ocupada construindo um casamento, Duln foi deixada para trás para se defender sozinha, enquanto completava a sua faculdade. O que emergiu daqueles anos de auto-suficiência foi uma jovem mulher brilhante e super confiante, transbordante de entusiasmo pela vida.
A tia sabia o que aconteceu com Mai e Chris porque Dul ligou para dar a notícia. Merrill ofereceu a sua solidariedade, mas disse que não poderia assistir aos funerais porque tinha muitos compromissos. Assim que tia Merrill cumpriu seus compromissos com as filhas da irmã, verdadeiramente cortou as sobrinhas da sua vida.
Dul olhava para o pequeno bebê nos braços.
— Nunca será desse jeito entre nós duas — jurou suavemente. — Você, minha preciosa, terá o meu amor eterno.
Ucker apareceu, a passos largos, para dentro do berçário como uma força dinâmica, vestindo um dos ternos escuros os quais Dul cansou de ver durante a semana passada. Parecia cansado, drenado até o refugo da sua energia por mágoas demais, e lidando com formalidades demais, muito dolorosas, que despojavam as emoções. Porém, o rosto amainara num sorriso quando viu Dul embalando a pequenina trouxa cor-de-rosa nos braços.
— Ela saiu da incubadora! — Exclamou ele, com uma surpresa terna quando arqueou as costas para roçar um dedo gentil pela bochecha rosada do bebê.
— Há meia hora. — Dul sorria também. — Eles acabaram de vir aqui e tiraram os condutores e tubos, e a entregaram para mim.
— Posso pegá-la? — Pediu ele, e sem hesitação. recebeu aquela miniatura de gente na curva do braço.
Empertigando-se, Ucker passeou até a janela, a cabeça morena inclinada enquanto admirava a filha do irmão. Ela era tão delicada. Um pequeno botão de rosa, pelo qual Chris teria se apaixonado instantaneamente.
Bem, fiz isso por ele, pensou Ucker, reverentemente. A filha de Chris jamais sentiria a falta do amor paterno, jurou Ucker, e abaixou a cabeça, para selar aquele voto com um ligeiro toque dos lábios naquela face suave como uma pétala.
— Eu preciso registrar o nascimento logo — comentou. Tornara-se um especialista e tanto nos procedimentos oficiais requeridos para registrar nascimentos e óbitos, refletiu.
— Esse anjinho precisa de um nome.
— Ela já tem um — disse Dul, e então enrubesceu quando Ucker ergueu os olhos, para lançar a ela uma espiada desdenhosamente curiosa.
— Bem, isso é interessante — falou Ucker, esticando as palavras, e novamente fitou o bebê. — Parece que você tem um nome e que ninguém mais sabe disso, mia dolce piccola. Será que a sua tia Dul gostaria de dividir isso conosco?
Tia Dul subitamente pareceu defensiva.
— Vou chamá-la de Rose — murmurou. — É... é o segundo nome de Mai.
— Eu sei que é — respondeu ele tranqüilamente. — Estava simplesmente imaginando se por um segundo, ou dois, você considerou a hipótese de nos dar a oportunidade de lhe oferecer algumas sugestões...
Ucker podia ver, pela ruga que vincou a sobrancelha dela, que nem por um segundo Dul considerou tal coisa.
— Eu não passei por cima de você e disse que é oficial. E só o meu nome para ela — explicou então, desconfortavelmente. — Se você tem alguma objeção, é só...
— Eu gosto — cortou Ucker, deixando aquilo bem claro, embora os olhos tivessem se aguçado sutilmente, como se uma súbita suspeita começasse a surgir em sua mente.
Se Dul decidiu o nome do bebê sem consultar mais ninguém, não poderia estar nutrindo idéias de posse, as quais não incluíam mais ninguém?
Estudou a face cansada de Dul, com os olhos azuis engastados numa escuridão triste, e a curva descendente que assumiu um controle virtual permanente daquela boca bonita. A cútis parecia tão delicada que fez lembrá-lo um pedaço de seda — toque-o e isso o faria em pedaços.
O olhar dele divagou para baixo, se movendo sobre os jeans pretos que deixavam as pernas de Dul mais esguias do que nunca, e a blusa azul-marinho, que não escondia nada que não pudesse figurar por si mesmo. Dava para notar que Dul mal comera. Mal dormira — embora Ucker tivesse a noção que Dul ignorava que ele pudesse ouvir quando ela perambulava no meio da noite. Ela era bela, porém ferida, bela porém perdida no seu próprio mundo de desgosto, que excluía qualquer outra pessoa.
Mas Ucker tinha planos para esse bebê. Tinha planos para a tia dela. Consciente, entretanto, de que essa não era a hora de anunciar aqueles planos, continuou amavelmente:
Autor(a): Amore
Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
— Se você pudesse fazer um pequeno acréscimo, pelo bem da minha mãe, você entende. Poderíamos chamá-la de Rosita, usar Rose como o nosso nome para ela, e adicionar Angelina, em memória de Chris — o que acha? Dul pensou que aquilo soava tão lindamente apropriado que as lágrimas, sempre a postos, lhe vie ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 36
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:09
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24
http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."
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paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02
Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!