Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)

Ela arqueou os lábios numa recepção esfaimada; Ucker cravou a sua estocada profunda e súbita, sem nenhuma contenção. Dul se agarrou onde pôde e ele a cavalgou, como um homem que caça alguma coisa a qual jamais perdeu. O calor dos sentidos eletrificados de Dul, aquela estreiteza, envolveram toda a extensão da sua lança. As bocas se fundiram, os corações trovejaram, ambos com a carne banhada em suor, os membros puxando ou agarrando, todas as partes estremecendo numa jornada quente e de tirar o fôlego, em direção ao tórrido final.

Dul desabou primeiro, levando Ucker consigo, a reação encrespada do seu orgásmo excitando arrebatadamente o dele. Ucker gemeu e permaneceu gemendo, a cada punhalada trêmula do corpo, que liberou o seu sumo ao ritmo dos músculos latentes que, vorazmente, os mantinha reunidos lá dentro.

Finalmente retardou o ritmo, o fluxo acelerado e firme dos sentidos se estabilizaram, a tensão cessou e Ucker se deu conta que Dul arcava com todo o seu peso. Escorregou para o lado dela, depois reclinou de bruços com os olhos fechados, esperando que aquela enchente platinada de intensa saciedade atingisse um refluxo lento.

Depois de algum tempo, recobrou a energia para olhar para Dul. Ela não se movera em absoluto. Equilibrando-se sobre um antebraço, Ucker olhou para baixo, e viu que os olhos dela ainda estavam cerrados e parecia pálida. Será que a machucou? A ansiedade dardejou a tensão de volta aos seus ombros, porque houve momentos em que esteve tão perdido em trevas que chegou a rosnar na sua mente.

— Você está bem? — perguntou secamente, e tocou os lábios nos lábios macios de Dul, depois gentilmente afastou com os dedos as mechas úmidas de cabelo da face dela, O seu hummrn... preguiçoso nadou através dele como num rio de alívio.

— Então abra as pálpebras e olhe para mim — ordenou ele. — Eu não gosto quando você fica deitada tão imóvel.

— Você é tão maravilhoso, sabia? — Contou a ele suavemente.

No mais autêntico estilo machão, Ucker aquiesceu com um sorriso preguiçoso, depois afagou os lábios dela com outro beijo. Ele acabara de apreciar a mais fascinante experiência de toda a sua vida, e conseguiu levar aquela mulher consigo. Por isso se sentia maravilhoso.

— Trufas — anunciou Dul subitamente, passando de um estado de imobilidade saciada para a transmissão ao vivo, em um único piscar de olhos.

Permitindo que ela se remexesse debaixo dele, Ucker deitou de lado e observou, através de olhos zombeteiros e escuros de sono, quando Dul pulou da cama e zanzou pelo quarto para recolher a caixa de trufas recobertas de chocolate do lugar onde a pusera, na mesinha ao lado da porta.

Assim que Dul pegou a caixa, algo começou a importuná-la no fundo da sua mente. Se virou de volta lentamente, franzindo o cenho para as trufas cobertas de chocolate, na medida em que tentava captar o que quer que poderia ser aquela coisa insignificante.

Foi então que aquilo a atingiu como um flashback ofuscante, explodindo adiante para passar novamente. Viu ucker sair do carro, envergando o mesmo sorriso no rosto que tinha quando lhe entregou a caixa de trufas. Mas foi o que a outra mão fazia que ela estava focalizando agora. Pensou que Ucker estivesse deslizando alguns euros dobrados para dentro do bolso. Podia ver tão claramente agora, que não podia acreditar que cometera um erro tão estúpido!

Ucker não entrou naquela loja para comprar trufas! Isso foi apenas uma justificativa.

Um pacote de preservativos. Ucker comprou preservativos, em antecipação àquele cuidadosamente acalentado festim de amor!

— Não posso olhar para você sem querer estar dentro de você — murmurou ele, numa raspada grave e sombria.

O queixo se contraiu bruscamente, quando Dul ergueu a face para olhar para ele. Estava deitado no típico modo relaxado de Ucker, de lado, com a cabeça morena escorada sobre uma das mãos, e a perna longa e poderosa casualmente curvada. A pose nua não escondia nada. Nem a largura do peito, nem a extensão do seu longo torso recoberto de pêlos escuros. Nem encobria aquela moita de pêlos encaracolados que jazia à volta do sexo.

Dul começou a tremer, de fúria ou de terror — não estava certa, provavelmente, uma combinação de ambos.

— Seu idiota! — Atirou nele. — Eu odeio você!