Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)
Especial para paty1987 e franzinhasiemprerbd
— Cosa? — Os sombrios olhos lânguidos de Ucker denotavam surpresa e atordoamento.
— Eu o-odeio você — repetiu Dul. — Você sabia que estava desprotegido na primeira vez, e nem se deu ao trabalho de me contar?
Ucker sentou na cama, um vinco arqueando as sobrancelhas rentes sobre a arcada do nariz.
— Sobre o que você está falando?
— Preservativos — esclareceu ela. — V-você comprou alguns essa noite, na loja onde adquiriu as trufas. Eu vi você colocar um pacote no bolso da calça.
— Sí — confirmou, sem enxergar o problema. — Jogamos com o destino da última vez — admitiu. — Não iria arriscar a mesma sorte desta vez.., por que você está me olhando?
Porque estava se tornando pior a cada segundo. Como o indício de um alarme estridente, Dul deixou cair a caixa de trufas para começar a catar as calças dele, caídas no chão. Dedos trêmulos imergiram dentro de um bolso e afloraram com um pacote embrulhado em celofane.
Ela nem precisou falar. Ucker viu o pacote e entendeu.
— Idiota — resfolegou, então teve o mais absoluto e professo descaramento de lhe oferecer um sorriso preguiçosamente acanhado. — Nós nunca gostamos dessas coisas, não é cara mia? Atrapalhava demais quando estávamos sob a influência de forças muito mais coercitivas.
Dul lançou o pacote sobre Ucker. Aquilo colidiu contra um ombro de bronze divinal, e depois caiu com uma precisão irônica bem no colo.
— Eu nunca vou perdoar você — disse para Ucker, furiosamente. — Como você pôde correr riscos dessa natureza comigo, Ucker? Como você pôde! — esbravejou.
Ucker olhou fixamente para Dul por um momento mais e, em seguida, o seu próprio humor se alterou.
— Ambos aceitamos os riscos, cara — argumentou pesarososo. — Nos atiramos um sobre o outro sem raciocinar muito a respeito de tudo, caso se lembre. Não foi um deslize unilateral.
— Eu não estava tentando dizer que era.
— Então, por que está tão zangada? — Estalou, rolando para fora da cama para aterrissar de pé do outro lado.
Dul mal podia expelir qualquer palavra por cima do grumo de fúria incrédula que lhe estrangulava a garganta.
— Estou aqui correndo o perigo real de já ter ficado grávida, e você ainda pergunta por que estou zangada? — disse, sentindo-se asfixiada.
— Grávida? O que é isso? — Inquiriu ele. — Você toma pílula — declarou com suprema confiança, — e esse tipo de piada não é engraçada!
— Pode apostar que não é engraçada — Dul bufou esquentada. — Porque eu não estou tomando pílula... por que diabos você acha que estou tão furiosa?
— Madonna mia — resmungou Ucker, — estávamos falando de riscos diferentes.
— Quais riscos diferentes? — disparou nele, atônita.
— Por que você não está tomando a pílula?
— Por que você comprou os preservativos se acreditava que eu estava tomando pílula?
Ucker não respondeu. Ao invés disso, agarrou a parte de trás do seu pescoço e se empurrou de costas sobre ela, deixando Dul administrar os escassos segundos sufocantes a seguir para tirar as próprias conclusões, o que ela fez, um engasgo abalado de desânimo.
— O que você não está dizendo aqui — enfatizou muito lentamente — é que tem consentido em praticar sexo do com outras mulheres, e ainda assim não pensou em me proteger quanto a minha saúde?
— Não estou acreditando nessa conversa — Ucker se voltou para Dul enraivecido. — Eu não consenti em praticar sexo arriscado e sou perfeitamente saudável!
— Oh, você é tão otimista a respeito disso!.
— Si! — declarou ele.
— Se é isso mesmo, e você pensou obviamente que eu estava tomando a pílula, então por que se deu ao trabalho de comprar os...?
A resposta chegou antes que Dul pudesse terminar a pergunta. O semblante subitamente retesado que assomou o rosto de Ucker foi como uma reação física de confirmação. Os preservativos foram comprados para a proteção dele. Ucker pensou que ele estivesse se arriscando com ela.
Dul parou de tremer. Isso era incrível, ponderou, o quanto um banho gelado de verdade podia ser tranqüilizante. Era a vilã nessa história, aquela que levava vários homens para a cama.
E Ucker era o homem que já a magoara muito além da conta.
— Saia do meu quarto — disse-lhe, então se virou e andou até o banheiro, deixando a porta fechada atrás de si com o golpe violento de um dos pés assim que entrou.
A porta mal conseguira se enquadrar no batente quando foi escancarada de novo por mãos iradas.
— Eu não quis dizer o que pensou que eu quis dizer — um Ucker ainda despido proferiu, duramente.
— Sim, você quis, — Arrancando um roupão de banho do gancho atrás da porta, Dul se enrolou nele.
— Eu neguei a sua acusação — definiu enraivecido — o que não significa que estivesse atirando a culpa em você!
Não, Dul pensou amargamente, o seu silêncio fizera isso por ele.
— Mas estivemos separados por dois anos e ninguém, homem ou mulher, em pleno juízo, corre riscos desnecessários hoje em dia!
— Você correu... duas vezes! — espocou Dul.
— E assim, cara, você também — revidou Ucker.
Não havia resposta para aquilo e, em lugar disso, pegou toalha e a atirou em Ucker.
— Cubra-se — disse com desgosto, e tentou passar por ele, porém Ucker a deteve com uma das mãos no seu braço.
— Fique bem aqui onde está — comandou soturnamente. — Nós temos um problema e precisamos conversar.
— Eu acho que já fizemos isso o suficiente. — Dul tentou se livrar aos empurrões.
Mas Ucker não iria permitir.
— Há dois anos você me tirou o chão onde eu pisava —atirou nela, asperamente. — Agora está fazendo a mesma coisa comigo outra vez!
— Onde você acha que eu estou pisando? — gritou ela. —Você me dirigiu o pior insulto que um homem pode devotar à mulher dentro da qual acabara de afogar o próprio corpo!
— Eu peço desculpas.
— Não é o bastante — golpeou Dul.
Os dedos de Ucker se crisparam.
— Então o que você quer que eu diga?
— Nada! — Ela se sentia tão gelada como se tivesse gelo correndo nas veias. — Eu só quero que você saia deste quarto!
— Mas não posso fazer isso. Você poderia estar carregando o meu filho...
— Oh... não diga isso! — Dul rodeou Ucker, o cabelo esvoaçante, a face lívida, lágrimas começando a embaçar os olhos. — Eu não quero ter um filho seu!
Se alguma coisa pôs uma tampa sobre aquela confusão desgraçada então foi aquela declaração. Um soluço estrangulado escapou. Ucker respondeu aquilo com um palavrão entredentes, depois soltou o braço dela e se afastou de Dul, enrolando a toalha em torno do traseiro liso, bronzeado e rijamente esculpido.
Vendo a caixa de trufas jogada no chão. Ucker estancou para pegar e colocá-la de volta sobre a mesinha, com uma pancada surda que denunciou sentimentos que pelejavam dentro dele. A mão voltou para o seu pescoço, implacavelmente agarrada ao nódulo de tensão que ameaçava trincar os músculos daquela região.
Uma parte dele procurava as palavras que representariam a feiúra do que acabara de acontecer, mas outra parte — a zangada — dizia para deixar para lá, porque a verdade era a verdade, mesmo se fosse uma verdade amarga de engolir.
Ucker havia pensado sobre si mesmo em relação àquela coisa do risco. Dul tinha um histórico sexual o qual não podia se dar ao luxo de ignorar. Quantos nomes de “namorados” diferentes Mai não sublinhava nas conversas, naquela sua obstinada determinação de manter o nome de Dul vivo na cabeça dele? Mai poderia, realmente, acreditar que saber que Dul estava levando a vida adiante, enquanto a sua própria estagnara, fazia com que se sentisse ótimo?
Maite... Permitira a si mesmo esquecer sobre Mai e o irmão Chris nesse afã de loucura. Soltou um suspiro, fechando os olhos em um retrato da bela porém levemente obsessiva cunhada, a qual costumava comparar com uma faísca de eletricidade viajando ao longo de um circuito infinito de fios, sustentados pela dedicação paciente e vigorosa de Chris. Aquela faísca fora apagada em companhia do seu sustentáculo, deixando para trás uma família despedaçada, uma menininha órfã e Dul, que fora golpeada por essa tragédia, sem contar que ele a abalava ainda mais.
Dio — pensou Ucker. Presumivelmente, não devia ser assim. Magoar Dul não fazia parte dos seus planos. O seu único objetivo, quando saíram naquela tarde, era fazer com que Dul se lembrasse de como costumava ser tudo tão bom entre eles, e não o quanto desagradável poderia ser. Queria ela receptiva para o que poderiam conseguir se ambos o desejassem demasiado o bastante... antes que intentasse acertá-la em cheio com a grande proposta.
Após o amor, enquanto compartilhassem uma trufa com cobertura de chocolate. O planejamento fora meticuloso. Havia até uma garrafa de champanhe e duas taças gelando no congelador, prontas para ajudá-los a celebrar, assim que ela tivesse dito sim ao seu discurso cuidadosamente ensaiado.
Agora, tudo o que lhe restava era um bloco de gelo, detido em algum lugar às suas costas odiando-o até as entranhas, o que o deixou pensando intensamente sobre que diabos deveria fazer agora, a fim de reverter a situação.
Então, Dio, pensou de novo. Onde estava com a cabeça? Nada mudara por aqui, exceto o clima no qual a parte seguinte aconteceu, e o impulso principal da sua discussão!
Abaixando a mão do pescoço, Ucker se virou para encarar Dul. Ela ainda estava na porta do banheiro, parecendo tão receptiva à razão quanto um gato seria ao rato que mantém preso entre os dentes.
Seria ele mesmo um rato? Ao inferno, se fosse, pensou inflexível, e se aprumou em prontidão para o que estava prestes a dizer a seguir.
— Case-se comigo — anunciou, reduzindo o discurso. —Então tudo isso deixará de ser um problema.
Um frio bloco de pedra de silêncio pairou em seguida. Dul continuava a fitá-lo através daqueles olhos de safira e Ucker recebeu uma sensação muito, muito erótica através do pescoço que o fez pensar sobre gatos e ratos e... dentes.
Então Dul se moveu, e aquela sensação erótica se espraiou pelo corpo de Ucker, empoçando no seu sexo.
— Bem, dizer aquilo deve ter magoado você... — Dul alongou as palavras, ironicamente.
— Não — negou Ucker.
Dul sentiu a boca retrair-se um sorrisinho gelado em resposta. Será que Ucker pensava que não havia notado o modo como ele se aprumara, antes de fazer aquela sugestão ultrajante?
E ficava ainda mais ultrajante, depois das farpas que haviam acabado de trocar. Ucker ainda a odiava e se ressentia sob todo aquele desejo palpitante, que ela podia ver retumbando naquele peito magnífico. Dul tinha certeza disso agora... como não poderia ter?
Autor(a): Amore
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— Eu não vou ter um filho seu. — dul declarou aquilo com firmeza, agarrando o dilema daquela proposta e o espremendo até perder a vida, antes que se tornasse um monstro aterrorizante na sua cabeça. — E mesmo que eu fosse azarada o bastante para engravidar, eu só preciso me lembrar de Mai para medir as minhas chances de carregar u ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 36
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:09
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:09
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:09
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08
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dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24
http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."
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paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02
Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!