Fanfics Brasil - 34 Uma prova de amor (Vondy - adaptada)

Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)


Capítulo: 34

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Em seguida, esmagou aquele fiapo de sarcasmo inoportuno quando percebeu a devastação escrita no rosto da mulher mais velha. A mãe de Ucker tinha todo o direito de querer o filho remanescente inteirinho só para si, agora mesmo. pensou culpada, e conseguiu se esgueirar por Ucker para oferecer um sorriso à mãe dele.


— Ucker me trouxe um drinque — explicou Dul.


— Tão atencioso da sua parte, Ucker — anuiu a Sra. Uckermann em aprovação. — Parece que o truque funcionou, Dul, e colocou alguma cor de volta nas suas faces. Você precisava disso, pobre querida — acrescentou num trinado rouco. — O dia de hoje foi um sacrifício e tanto para todos.


— Sim, um sacrifício e tanto — Dul endossou, ao passo que a força total daquilo lhe caiu de volta com estardalhaço sobre a cabeça. Para a sua surpresa, a Sra. Uckermann se esticou para colocar os braços em volta dela, e afagou cada face com um beijo.


— Vou sentir tanta falta de Mai — confidenciou densamente, e disse isso em inglês.


Por pouco não foi a ruína de Dul. Teve que engolir as lágrimas e foi capaz apenas de aquiescer com a cabeça e retribuir os dois beijos, porque sabia que não conseguiria falar. A mãe de Ucker aparentou compreender aquilo porque, carinhosamente, lhe deu uma palmadinha antes de soltá-la, e depois voltou a atenção para o filho.


— Eu não compreendo por que você precisa falar com o padre Michael, mas não acho que deva deixá-lo esperando.


— Não — o filho concordou.


Dul aproveitou isso como a deixa para tornar a sua fuga oportuna:


— Com licença — murmurou, e estava prestes a escorrer tranqüilamente para fora quando Ucker a deteve com o toque dos longos dedos no seu braço.


— Tudo bem? — perguntou asperamente.


Dul manteve os olhos baixos, engoliu em seco e anuiu com a cabeça, mas Ucker não parecia impressionado. Ela podia sentir a irritação dele, o desejo frustrado de concluir o que havia iniciado. Porém, Ucker não podia e sabia que não podia.


— Pense no que lhe falei — disse afinal.


Não se eu puder me conter, Dul pensou aridamente, mas meneou a cabeça concordando já que a mãe dele escutava. Então, escorregou o braço para se livrar dos dedos e foi embora, consciente que os olhos dele a seguiam... consciente que os olhos da mãe faziam o mesmo.


A mãe parecia tão frágil que estava certo de que ela acabaria se quebrando logo, pensava Ucker soturnamente.


— Espero que saiba o que está fazendo — disse a mãe de Ucker.


Ele mirou direto no rosto pálido e ansioso dessa mulher, a quem amava incondicionalmente, e desejou que pudesse amar Dul daquele jeito de novo.


— Sei exatamente o que estou fazendo — garantiu a ela sobriamente.


— Ainda assim... — a mãe arfou procurando uru fôlego de ar — é melhor não tomar decisões precipitadas, enquanto você estiver se sentindo tão vulnerável.


O comentário divertiu Ucker o suficiente para fazê-lo arquear uma sobrancelha zombeteira.


— Eu gostaria de saber sobre o que você estava falando.


— Você e Dul — foi informado. — Basta um par de olhos para perceber que vocês dois andam dormindo juntos.


— Mamma! — admoestou Ucker.


— Por qual outra razão você insistiria para que ela ficasse no seu apartamento? — Não ligou a mínima para a censura. — Por qual outra razão Dul recusaria o convite para ficar comigo? As faíscas voam entre vocês como eletricidade, e foi preciso três — três — pessoas para resgatar você dessa alcova.


— Talvez isso ocorresse porque não queríamos ser resgatados para fora — sugeriu Ucker com ironia.


— É um fato notório que a vida se agarra à vida em tempos de tragédia — persistiu obstinadamente. — Eu posso entender isso.., até mesmo solidarizar com isso. Não consigo imaginar outra situação na qual os dois pudessem ser arremessados um de encontro ao outro de novo tão poderosamente. Mas você agora tem o padre Michael o esperando para conversar, e o advogado de Chris aguardando sua vez. Estou preocupada com o que quer que você esteja planejando fazer.


Havia muito que pudesse dizer em resposta, mas a atenção de Ucker já se fixara em outro lugar. Durante todo o sermão bastante sensato da mãe, Ucker seguira a coroa reluzente da cabeça de Dul com os olhos, enquanto a moça se movia entre cabeças mais escuras, agrupadas no outro extremo do corredor. Ucker a viu hesitar, ouvir, aceitar abraços de solidariedade, a viu fingir tomar um gole do conhaque que ainda segurava na mão. Dul parecia bem, composta, suportando admiravelmente, mesmo assim uma sensação mesquinha cravou as garras nos instintos dele.


— Ucker, por favor, me escute — sua mãe recomendava. — Eu não quero vê-los se magoando de novo.


Os cílios dele deram um piparote relutante quando se forçou a afastar os olhos de Dul para fitar o semblante apreensivo da mãe. Erguendo as mãos para cobrir os dedos da mãe que repousavam, junto ao seu peito, arrastou-os até os lábios para beijá-los gentilmente, e então com firmeza abaixou-os até a altura das costelas dela. — Eu amo você —afirmou gentilmente. — Parte o meu coração que você se permita preocupar comigo. Mas nós vamos terminar isso mais tarde, amore mio...


Porque uma coisa mais urgente o arrastava aos puxões. E erguer o olhar de volta ao ponto onde avistara Dul pela última vez, só a idéia de não vê-la transformou o puxão num rosnado que o levou a perambular nos arredores, passando pela figura alta e esbelta do padre Michael, e da mais rotunda de Emilio Lorenzo. sem sequer notá-las. Onde ela foi...?


Dul abrira a porta e se esgueirara silenciosamente para dentro da biblioteca dos Uckermann, com suas belas paredes pálidas decoradas com painéis de madeira, e os leves moveis azuis e as estantes de livros pomposamente ornadas com cornijas, abarrotadas de edições de valor inestimável. Estava tudo quieto lá dentro, e tão livre das outras pessoas que seus ombros submergiram de alívio. Ucker a obrigara a pensar quando não queria pensar. Agora Dul tinha uma dor avultando por detrás dos olhos, a qual prometia evoluir para uma enxaqueca atordoante, caso não seqüestrasse alguns segundos para si mesma.


De início, Dul cruzou o caminho até a janela para contemplar os jardins projetados de acordo com a clássica formalidade italiana, saturados dos botões amarelos e roxos das primeiras flores de primavera da estação. Houve um momento no qual foi tentada a abrir uma das portas francesas, e sair para o terraço para respirar um pouco de ar puro. Mas o encanecido do dia advertia Dul que estava frio lá fora e, em vez disso, voltou a face novamente para a sala e foi atraída em direção à imensa lareira de mármore branco, na qual um cepo ardendo em fogo emitia dedos intermitentes de uma calidez convidativa.


Estava prestes a se sentar numa das bérgeres que ladeavam o fogo, quando viu uma fileira de porta-retratos de prata no alto do consolo da lareira. O coração emitiu um pequeno fremido pungente, assim que ela apoiou o copo sobre a mesinha, e em seguida se pôs a estudar as fotografias.


Estavam todos lá na sua elegância matrimonial e postados sob a mesma arcada de pedra, na mesma igreja que visitaram hoje. Belinda com Tazio, Anahi com Carlo — até a Sra. Uckermann posando ao lado do vistoso marido, o qual Dul não fora afortunada o bastante para conhecer, embora sentisse que, caso passasse por ela na rua, saberia de quem se tratava já que Ucker se parecia demais com ele.


E afinal havia uma foto de Chris e Mai. Estendendo os frágeis dedos Dul gentilmente os fez flutuar sobre os rostos dessas duas pessoas felizes, as quais jamais veria sorrir desse jeito novamente. Veio assim, se libertando num soluço angustiado, acompanhado por outro e mais outro, que a fizeram abaixar-se e ajoelhada abraçada a si mesma, na medida em que balançava para a frente e para trás, desaguou tudo o que havia solidamente controlado.



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Autor(a): Amore

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A porta se abriu bruscamente e um ajuntamento de pessoas veio se deter atordoado naquela brecha. Dul não sabia, não tinha idéia que Ucker causara um escândalo e tanto lá fora, porque não conseguia localizá-la. Não sabia que Ucker a tinha encontrado, até que estivesse caído de joelhos diante dela, e proferin ...


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Comentários da Fanfic 36



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  • karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10

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  • dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24

    http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."

  • paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02

    Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!


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