Fanfics Brasil - 35 Uma prova de amor (Vondy - adaptada)

Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)


Capítulo: 35

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A porta se abriu bruscamente e um ajuntamento de pessoas veio se deter atordoado naquela brecha. Dul não sabia, não tinha idéia que Ucker causara um escândalo e tanto lá fora, porque não conseguia localizá-la. Não sabia que Ucker a tinha encontrado, até que estivesse caído de joelhos diante dela, e proferindo alguma coisa densa e desequilibrada, assim que a aconchegou contra ele.


— Eu não consigo suportar isso, não consigo suportar isso — Dul podia se ouvir soluçando, ao passo que Ucker baixou a cabeça morena sobre a sua, e ela pôde perceber os tremores abalarem-no.


Alguém mais deixou escapar um soluço alquebrado, e uma outra mão se chegou à base da sua espinha. Era a mão da mãe de Ucker. A despeito das preocupações, a Sra. Uckermann não era páreo para a intensidade do pesar comovido de Dul. Lágrimas espessavam a voz dela, enquanto oferecia palavras de conforto. Ao pé da porta, vários outros lutavam para manter as lágrimas sob controle.


Mas foi Ucker quem a abraçou, a compostura de Ucker que ela pôde sentir se desfazer em pedaços.


— Idiota — resmungou ele, conforme Dul enterrou o rosto na sua garganta e o banhou com a profunda agonia sufocada daquelas lágrimas. — Eu tiro os olhos de você por dois breves segundos, e você desaparece desse jeito! Porque você é tão teimosa? — perguntou Ucker, instavelmente. —Por que você insiste em acreditar que pode carregar toda essa aflição sem me pedir ajuda? Você sempre não desmorona em frangalhos, afinal? Quando estivermos casados eu vou algemar você do meu lado, então não precisarei...


— Eu não vou me casar com você. — Dul soluçou dentro da garganta dele, enquanto um coro de engasgos chocados percorreram a sala. Ela não os ouviu.


Ucker os ignorou, os dedos se desalojando da garra que segurava os cabelos dela no alto, por isso a massa densa e inflamada desenroscou na direção dos dedos à medida que comprimiam Dul mais para perto.


— Sim, você vai — rangeu os dentes. — É o seu destino... meu destino.


— O que você está dizendo? — gritou Belinda.


— Nada que você não teria ouvido até o fim do dia de hoje — respondeu Ucker, enquanto Dul soluçou ainda mais intensamente, e Ucker calculava há quanto tempo saíra, antes de se reunir a ela em toda essa agonia.


— Então você é um tolo!


— Si — admitiu ele. — Tazio, faça com que Fred traga o carro até a porta, se puder. Vou levar Dul para casa.


Ergueu-se bruscamente sobre as próprias pernas, com Dul ainda imprensada na sua frente.


— Consegue ficar de pé ou terei de carregar você? —Perguntou a ela.


— Eu não vou me casar com você. — Dul encontrou forças na consternação de Belinda para levantar a face lavada de lágrimas e incendiar as palavras sobre ele. — Veja estas fotos, Ucker — veja!— insistiu Dul, indo em direção ao consolo da lareira. — Todos estão felizes por se casarem uns com os outros. Nós somos felizes? Eles estão felizes por você ainda pensar em se casar comigo?


Ucker não olhou para os retratos sobre o consolo, ou para as versões reais daquelas pessoas, aglomeradas em torno da porta. Olhou para Dul; olhou para dentro de Dul.


— Chris e Mai ficarão felizes por nós — afiançou Ucker. — A filha deles ficará feliz por nós quando a adotarmos para a nossa nova família. E você vai...


O coração de Dul saltou para a garganta.


— Não se atreva a dizer isso! — Desafogou ela. —Eu não estou...


— Já não está grávida da nossa preciosa criança?


O engasgo seguinte da massa foi acompanhado por um silêncio compreensivo. A mão da Sra. Uckermann ainda repousava nas costas de Dul, mas agora foi removida aos solavancos.


— Como você pôde? — murmurou Shannon.


— Foi surpreendentemente fácil. — Ucker debochou dela com um olhar. — Você agora vai transformar os desejos de Belinda em realidade e me fazer de tolo novamente?


Bem, e você é um?, Dul foi forçada a perguntar a si própria. Vislumbrou dentro da face retorcida, sutilmente arrependida desse homem que ela amara por tanto tempo que não podia se lembrar de quando começara a amá-lo, e pensou — não, eu não vou fazer isso de novo.


As lágrimas esvaneceram, a compostura abalada escorregou calmamente de volta no lugar. Umedecendo os lábios trêmulos, Dul se virou no cerco formado pelos braços de Ucker, e encarou esta família da qual, uma vez, sentiu-se uma parte bem-vinda mas agora...


         — Ucker e eu vamos nos casar. — Anunciou com uma voz que se recusava a não estremecer. — Sinto muito que vocês não apreciem isso, mas é o q-que nós dois q-queremos.


— Por isso, planejamos fazê-lo na próxima semana, numa cerimônia tranqüila em respeito a nossa recente perda —sobrepôs Ucker. — Vocês são bem-vindos para assistir, mas esse não é um dever do qual espero que cumpram, caso vocês não sejam capazes de nos desejar os votos de felicidade.


Ninguém falou.., ninguém. Não houve um único boa sorte, Deus o amaldiçoe, ou mesmo um dispersivo vá para o inferno, seu par de tolos. Aquilo parecia um sufocante, sufocante cobertor de perfeito silêncio até que...


— Bem, bravo — uma sutil voz masculina aplaudiu, e padre Michael destacou a si mesmo do pequeno grupo.


Ele começou a andar na direção deles, um homem alto, esguio, com cabelo grisalho e a aparência de um Uckermann delineada no rosto liso. Hesitou para tocar os alvos dedos esguios e solidários na face chocada da Sra. Uckermann, em seguida continuou, até se deter na frente deles afinal.


— Agora compreendo o seu desejo de preparar essa cerimônia de casamento intempestiva, Ucker. — Sorriu quando estendeu a mão para cumprimentar Ucker. — Isto devia ter acontecido há dois anos, é claro, mas na próxima semana está ótimo. Estou muito feliz por vocês dois.


Haviam tantas mensagens ocultas no que padre Michael dissera, que aquilo causou uma onda de desconforto que se deslocou através do grupo. Dul não podia suportar. Já tivera o bastante. Lágrimas frescas latejavam na sua garganta, e ela soube que corria o perigo de virar cacos novamente.


Certamente, Dul não precisava do vigário para atrair a atenção para ela. Porém, foi exatamente isso que ele fez.


— Bem-vinda à família Uckermann, Dul — ele sancionou, levando as mãos para descansar nos ombros dela. —Tendo conhecido a sua irmã muito bem ao longo dos anos, eu sei o quanto Mai rezou intensamente para que isso acontecesse. — Ele se curvou para dar beijos nas faces de Dul. — Agora ela pode ficar em paz, cara mia — murmurou, apenas no ouvido dela. — Em nome de Mai, tente ficar em paz consigo mesma.


Foi assim que percebeu que padre Michael sabia de tudo. Mai deve ter confessado tudo ao vigário. Os ombros sacudiram, à medida que as lágrimas ameaçavam jorrar adiante novamente, e se libertou dos braços de Ucker para afundar dentro de uma das poltronas que pareciam ter asas, com mágoas diferentes, emoções diferentes.


Padre Michael recuou transpondo a sala, aconchegando a mãe de Ucker sob os seus braços, e conduzindo o restante do rebanho subjugado diante dele pela porta.


— Leve essa pobre criança para casa, Ucker. Eu vou ficar e lidar com os outros negócios pendentes por aqui — por segundos demorados, foram as complacentes palavras finais ditas na biblioteca dos Uckermann, até que a porta se fechasse.


— Não acredito que você fez isso. — Dul irrompeu.


— Eu estou tendo uma dificuldade enorme para acreditar que você me apoiou — foi a réplica prolongada de Ucker. —Aqui... — O copo de conhaque foi retomado da mesa e acomodado entre os dedos dela. — Beba — ordenou.


Beba, repetiu Dul, e gastou uns poucos segundos brincando com a idéia de atirar o drinque na cara dele. Então Ucker perguntou inexoravelmente:


— O que Padre Michael disse que quase deixou você despedaçada outra vez?


E Dul sorveu um gole do conhaque porque, subitamente, precisou daquilo.


— Nada — resmungou ela. — O que era o outro negócio que ele mencionou quando saiu?   


— Última vontade e testamentos — respondeu. — Emilio Lorenzo é advogado de Chris. Está aqui para ler o testamento conjunto de Chris e Mai. Porém, há uma cláusula específica, que versa sobre o evento improvável de morrerem ao mesmo tempo. E essa parte que nos diz respeito.


— O que você quer dizer? — Olhou para cima, para ele, com a pergunta. Ucker estava postado com um braço repousando no topo do consolo da lareira, a expressão implacável enquanto contemplava as chamas saltitantes da lenha.


— Se você aceitar uma vaga tradução de memória, a cláusula diz que no advento da morte simultânea de ambas as partes, seus bens comuns serão depositados sob tutela para qualquer criança sobrevivente que pudessem vir a gerar. A tutela deve ser administrada por você e por mim. — Ucker olhou para Dul, para assistir enquanto absorvia as notícias surpreendentes. — Nós também ganhamos a custódia conjunta de qualquer criança que viessem a conceber acrescentou ele. — Por isso, como pode. ver, mesmo se quiser adotar Rose sozinha não poderá fazê-lo sem o meu consentimento, assim como eu não posso adotá-la sem o seu.


E aquele era o dilema do negócio do casamento, Dul concluiu. Esqueça todo o resto. Ucker sabia sobre o testamento o tempo todo. Ele deve ter sentido o laço da armadilha apertar em torno do pescoço, no momento em que o leu porque, sendo Ucker quem era, não só não iria permitir que a filha do irmão fosse criada por qualquer um que não ele próprio. como não iria deixar Dul deter o poder de decisão sobre a soma de um bom pedaço das ações do grupo Uckermann, sem que Ucker detivesse o poder de decisão sobre ela. Ledo engano, Dul quase podia enxergar as engrenagens girando dentro da cabeça dele diante de tal perspectiva. Se Ucker não se casasse com Dul, então ela teria a liberdade de se casar com alguém mais... um homem, para ser exata. a quem poderia dar permissão para enfiar os dedos amadores nos negócios dos Uckermann. Dul gargalhou; estava tudo tão claro de repente.


— Você planejou o nosso casamento desde o momento em que Mai morreu, não foi? — murmurou ela.


— Sim. — Ucker nem se deu ao trabalho de mentir.


— E aquela excursão às vias da memória ontem, cuidadosamente preparada, culminando na grande cena da sedução, era o precedente de uma proposta de casamento.


— Eu pretendia explicar sobre o testamento primeiro. — Ucker declarou em sua própria defesa.


— Que pena todo aquele outro negócio dos preservativos embarreirar o seu caminho — disse ela.


— Nós brigamos como gatos selvagens, cara mia, sempre fizemos assim — lembrou-lhe sutilmente. — Nenhum de nós é inclinado a se entregar.


Repousando a cabeça contra o ângulo da poltrona, Dul olhou para Ucker parado ali, com a luz do fogo brincando de fazer truques dinâmicos com a sua face suavemente bela — e imaginou por que não estava zangada com ele.


Porque ela havia se rendido, concluiu. Ucker clamou que nenhum deles se rendia numa luta, porém ela sabia que havia se rendido ao apoiá-lo nessa coisa toda de casamento.



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Autor(a): Amore

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Por quê? Porque amava aquele demônio impiedoso. Porque havia uma oportunidade em jogo que jamais viria ao seu encontro novamente. Padre Michael estava certo quando disse que era hora de ficar em paz consigo mesma. Se estar em paz significava se permitir a amar Ucker, sem que os velhos ressentimentos servissem de recheio, então poderia fazê-lo agora. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10

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  • dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24

    http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."

  • paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02

    Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!


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