Fanfics Brasil - 39 Uma prova de amor (Vondy - adaptada)

Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)


Capítulo: 39

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Dul cortou a conexão antes que Poncho pudesse explodir sua réplica àquele anúncio, então apenas parou contemplando as ondas de pessoas fluindo pelo aeroporto, fascinada pelo que sentia, agora que se deixara pronunciar aquelas palavras em voz alta.


Medo, misturado com uma sensação estonteante de excitação que ameaçava fazer as pernas falharem. Dul chegou ao portão de embarque antes que acontecesse, e tomou seu assento no avião num deslumbramento inconsciente.


Estava escuro quando aterrissou em Pisa. Dali teve que pegar o trem para Florença, depois chamar um táxi para levá-la pelo resto do caminho.


E durante todo o tempo e viagem, Ucker ainda não tentara fazer contato pelo celular. Poncho podia pensar que bancava a boba esperando que ele ligasse, mas não. De fato, bobo mal servia para traduzir o que sentia. Zangada, magoada, indignada — ofendida descreveria melhor o que efervescia dentro dela, enquanto subia o elevador para o apartamento de Ucker.


A primeira coisa que viu assim que saiu do elevador foram os engradados da mudança empilhados contra a parede.


A tarefa desanimadora de ter que desempacotar tudo aquilo novamente a fez parar por uns parcos segundos, enquanto se permitiu um gemido calado.


Em seguida, Dul avançou à procura de Ucker, sem acalentar muita esperança de encontrá-lo aqui, já que havia ligado para lá e só a secretária eletrônica atendia a todo momento.


Por isso, abrir a porta da sala de estar e encontrar o que viu atingiu Dul como um choque. Parecia que uma bomba havia caído na sala; papéis e documentos espalhados por toda a parte. Entretanto, foi avistar Ucker estirado numa poltrona que a manteve paralisada. Vestia a calça de um dos ternos escuros e uma camisa grená aberta aos arrancões na garganta. Os sapatos sumiram, o paletó, a gravata e, apesar do cheiro forte de álcool lhe assaltar as narinas, ela viu um copo baixo, meio cheio com alguma coisa dourada, encaixado entre os dedos longos, e uma garrafa de whisky posicionada na mesa de centro, apenas a um braço do alcance dele.


Cada retrato conta uma história, Dul pensou inflexível. E essa aqui lhe contava que Ucker dormia — perdido no estupor da bebedeira, suspeitava indignada — o copo movendo para cima e para baixo com o ritmo da respiração profunda sobre o peito, onde repousava!


Ao passo que ela esteve se preocupando além dos limites por causa dele, correndo para alcançar aviões e decepcionando os colegas de trabalho, Ucker estava bem aqui, apreciando a própria festinha de bebedeira particular!


Os olhos de Dul assumiram um brilho assassino. Com um passo aguçado para frente, levantou a mão e bateu a porta com um estrondo bastante satisfatório.


Ucker sacudiu aos trancos, como um homem baleado, abriu os olhos e, através de uma névoa de álcool, viu Dul ali de pé. Por dez segundos exatos não pôde mover um único músculo, imaginando se havia evocado Dul para o pesadelo mais profundo, e mais sombrio que jamais tivera em toda a sua vida.


— Então é por isso que ninguém consegue falar com você! — A voz dela açoitava os sentidos frágeis de Ucker.


— Madonna mia — gemeu e rolou para uma posição sentada. — O que você está fazendo aqui? — demandou abstraído. — Perdi um dia inteiro?


— Experimente ligar o celular, depois você terá a sua resposta — estalou Dul. — E eu acho que é mais importante que você explique: que diabos você pensa que está fazendo aqui?


— Não grite — gemeu Ucker, levando as mãos à cabeça.       


— Não grite? — arremedou ela, com a voz uma oitava acima. — Acabei de voar através de metade da Europa, preocupada porque não conseguia falar com você, e encontro você alegremente abrigado aqui, rolando de bêbado! Por que eu não deveria gritar?


— Eu não esperava você... tudo bem? — Proferiu grosseiramente, conforme os decibéis da voz dela causavam danos a sua cabeça.


— E isso justifica tudo? — Dul não estava impressionada. — Me casei com um bêbado enrustido, é isso? E o que são esses papéis espalhados pelo...


Parou subitamente. Ucker sentiu o sangue converter de whisky de puro malte para gelo. Abaixando a mão dos olhos, foi rápido o bastante para vê-la começar a se curvar para recolher uma folha de papel.


— Não — disse asperamente. — Não... — e pulou de pé.


Porém, estava atrasado. Dul já tinha o papel de carta nos dedos trêmulos. O coração começou a bombear irregularmente. Tentou tomar fôlego e descobriu que não conseguia. Conhecia estas folhas. A boca ficou seca, os olhos começando a arder e, olhando ao seu redor, viu muitas páginas como aquela espalhadas em volta.


Então reparou que as outras não eram exatamente iguais, mas mesmo assim as reconheceu.


— O que você fez? — Dul começou a voarem torno da sala, recolhendo os papéis à medida que uma bola crescente de agonia avultava no seu peito. — Por que você pegou isso?


Estas eram as cartas de Mai para Dul — as cartas particulares de Mai! E não apenas as cartas de Mai, as quais acondicionara em segurança dentro de um dos pacotes, mas as cartas que ela mesma escrevera para a irmã também estavam lá!


— Você andou bisbilhotando os meus papéis pessoais. —Dul não queria acreditar nisso. — Você deve ter bisbilhotado os de Mai também! — Dul ergueu a cabeça para olhar para Ucker, e ficou pálida quando viu a expressão no rosto dele. — Como você pôde? — sussurrou ela.


— Mas eles proporcionaram uma leitura bastante reveladora — disse amargamente. — Todas aquelas súplicas que você fez, antes do seu tom virar gelo.


— Você não devia ter lido essas cartas. — Ela tremia tanto que mal podia expelir as palavras. — Elas não eram suas para que você lesse.


— Você quer dizer a carta na qual Mai implora para que não me conte nada sobre o que ela fez, porque eu teria que contar a Chris? — Revidou. — Ou aquela na qual lhe promete lealmente que jamais faria uma coisa tão travessa como aquela de novo!



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Autor(a): Amore

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10

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  • dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24

    http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."

  • paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02

    Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!


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