Fanfics Brasil - 43 Uma prova de amor (Vondy - adaptada)

Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)


Capítulo: 43

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Aquele frisson correu pelo seu corpo novamente. Isso acontecia cada vez que se deixava pensar naquela palavra. Era assustador, mas excitante, porém assustador...


A porta da cozinha abriu inesperadamente e Ucker entrou. Foi direto à dispensa, onde guardava as estantes de vinhos.


— Tinto ou branco? — Indagou. Era permitido beber vinho?


Dul não respondeu.


Ucker veio espreitar na porta com os olhos escuros e uma inclinação sardônica na boca. Aguardava uma resposta. Dul se recusava a olhar para ele.


— Vou beber apenas água, eu acho — disse ela e alcançou uma bisnaga de pão italiano crocante largada na bancada, e começou a cortá-la com uma faca de serra.


O silêncio retornou. Estavam se tomando realmente bons em lançar a tensão para fora sem proferir uma única palavra, ponderou Dul, enquanto Ucker continuava parado ali, tentando adivinhar de onde ela vinha e, provavelmente, decidindo que agia de um modo inconveniente quando ela não agia de um modo inconveniente, pensou obstinadamente consigo mesma.


Então Ucker se mexeu, se endireitando empertigado, e Dul franziu a testa furiosamente para a bisnaga de pão, porque sabia que não estava sendo apenas inconveniente, ela estava borbulhando de orgulho ferido por ter sofrido aquela rejeição.


Assim, se Ucker possui algum juízo, deve manter distância, se ousar me tocar posso ir para cima dele com esta faca!


Ele também sabia disso, o suíno, porque foi tão rápido que a faca saiu da sua mão para a dele, posta em segurança fora do seu alcance, antes mesmo que pudesse piscar.


— 0K. — Ucker a rondou. — Vamos desabafar logo isso.


— Desabafar o quê? — Dul espiou o peito dele. O suéter que vestia era feita da casimira mais macia, e sabia de antemão como era suave e morna ao toque, por isso não precisou dobrar as mãos em volta do corpo para tentar descobrir. — Eu não quero desabafar.


— Bem, eu quero — disse ele. — E eu quero começar me desculpando por ter agido como um grosseirão cabeça dura ainda há pouco.


O dar de ombros de indiferença dela às suas desculpas o forçaram a respirar fundo.


— Também peço desculpas por julgar você mal há dois anos. Sinto muito por ler as suas cartas, e sinto muito por levá-la a acreditar que me casei com você pelo bem-estar de Rose e para manter o controle das ações do grupo Uckermann.


— Está dizendo que não se casou comigo por essas razões?


— Estou dizendo que sinto muito por ter causado essa impressão — persistiu. — E pare de tentar transformar isso em outra briga!


— Não estou — negou, com os olhos azuis armados para a batalha.


Ucker abriu a boca para responder, depois a fechou novamente quando tomou a decisão hercúlea de impedir que Dul começasse.


— Vamos nos ater ao assunto — falou rangendo os dentes. — O que é importante agora é que temos dois bebês e a sua saúde para considerar, o que significa que precisamos parar de brigar o tempo todo e começar a organizar nossas vidas para acomodar as necessidades de todos. Por isso, amanhã veremos um médico e tentaremos acalmar todos os seus medos em relação à gravidez. Depois nós vamos precisar de outro lugar para morar fora da cidade. Algum lugar onde Rose poderá respirar um ar mais saudável, e que será grande o bastante para que cada um de nós tenha o próprio quinhão de espaço. Também é relevante que nos mudemos rapidamente, porque Rose deve receber alta do hospital na próxima semana, e teremos que eliminar todos os empecilhos para organizar a nós mesmos, antes que isso aconteça. Nós precisaremos de uma equipe de serviço complementar...


Ucker estava fazendo aquilo de novo, bancando o bom negociador, planejando tudo como se fossem embarcar em uma nova empreitada de negócios.


— Você não gosta de empregados escarafunchando a sua casa. — Despejou ela num segundo.


— E eu tenho escolha? — redargüiu ele. — Você está grávida e prestes a se tornar mãe em tempo integral, o que é prioritário acima dos meus gostos ou desgostos.


— Muito generoso da sua parte — elogiou Dul.


— Não estava tentando bancar o bom moço, Dul —suspirou ele. — Estou tentando ser prático. Eu gostaria de pensar que você vai ser sensata, e aceitar o fato de que não pode manter uma carreira em tempo integral, mas eu não tenho muito esperança de convencer você disso.


— Na mosca — concordou ela. — Tem mais qualquer outra coisa que você decidiu sobre o nosso futuro, durante essa reunião privativa consigo mesmo?


Dul ainda procurava armar uma guerra. Ucker tentava decidir se permitiria a ela ter aquela guerra, quando a campainha próxima ao elevador anunciou que a comida chegara.


Problema resolvido, pensou Ucker com alívio assim que rodopiou para longe e marchou para fora da cozinha, desejando saber onde iam acabar parando, porque de uma coisa tinha certeza — eles não resolveram nada e, se algo aconteceu, foi que ficaram ainda mais entrincheirados em hostilidades do que jamais conseguiram antes.


Autorizou que o elevador subisse, em seguida parou aturdido pela própria frustração furiosa, aguardando a comida chegar. Um garçom estava parado lá, segurando a embalagem achatada de pizza. Ucker a trocou por um punhado de cédulas, e em seguida cuidou para que as portas corressem até se fechar novamente. O dono do restaurante deve ter achado que perdeu a cabeça para ter encomendado pizza. Caso lhe fizessem a pergunta, teria dado uma afirmativa como resposta. Perdeu a cabeça há muito tempo, para uma bruxa ruiva de olhos azuis e com uma natureza mais teimosa do que a sua própria!


Ele se virou e andou de volta até a cozinha. Dul havia posto a mesa. Ucker colocou a caixa da pizza bem no meio, depois abriu a tampa. No momento em que Dul olhou para dentro, ele pôde ver que ela não iria querer comer. Apenas se quedou ali, parada na mesa, olhando fixamente como se aquela fosse a pior oferta que ele pudesse ter apresentado.


— O que foi agora?


— Tem queijo por cima.


— Pizzas geralmente têm queijo por cima.


— Eu esqueci — murmurou ela, então comprimiu os lábios rentes e, para a surpresa de Ucker, ambos começaram a tremer. — Eu não acho que eu deva comer queijo. Não acho que possa comer ovos ou leite ou café ou... qualquer coisa, em caso de não fazer bem ao bebê!


Ucker ficou fascinado. Nunca lhe ocorrera que bebês e determinadas comidas não combinassem. Estaria certa? Diabos, o que ele sabia? Isso era tão novo para eles.


Ela olhou para Ucker, então, e o coração dele palpitou. Era surpreendente como uma mulher tão durona podia se tornar um bebê vulnerável e fraco num piscar de olhos.


— Não, não chore — disse ele, e agora a voz soava espessa. — Tem certeza de que a bizarra fatia de pizza é perigosa?


         — Eu não sei. Essa é a questão. Eu apenas pedi isso para amolar você — admitiu ela. — Mas eu não queria comer.


— Idiota — suspirou ele. — Olhe, você quer que eu encomende alguma coisa mais? Posso conseguir isso em...


— Não, eu não quero mais nada. — Então ela realmente o repeliu com força para o lado, quando saiu correndo da cozinha aos soluços, deixando-o parado lá, se sentindo meio bêbado pelo carrossel de emoções que se desenrolavam naquela noite.


Dul entrou no quarto batendo a porta e se atirou de bruços na cama. Desejou compreender o que estava errado com ela. Nunca se sentira tão confusa em toda a sua vida! Primeiro queria uma coisa, e depois queria exatamente o oposto. Queria continuar a magoar Ucker, e desesperadamente queria colo! Não era justo... nada disso era justo.


Uma depressão se formou na cama quando Ucker veio deitar ao lado dela.


— Pare com isso — disse a ela. — Ou você vai enjoar outra vez.


— Estou apavorada! — esmurrou o travesseiro sob a sua cabeça porque odiava.., odiava sentimentos como aquele.


— Eu sei. — Ucker soltou um suspiro e abraçou-se a ela.


— Estou tão saturada de tudo sempre acabar saindo errado para nós dois, Ucker! Eu pensei que havíamos resolvido tudo, agora está tudo emaranhado outra vez e...


— Agora me ouça, sua maluquinha travessa — interrompeu. — Nada vai dar errado. Você não é a sua irmã e precisa parar de pensar que pode ser, está me ouvindo?



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Autor(a): Amore

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Dul contemplou Ucker através de grandes, escuros, e suplicantes olhos, e... Para o inferno com isso, Ucker pensou, e se rendeu ao que ansiou a noite inteira por fazer. Abaixou a cabeça, em seguida esmagou a boca trêmula de Dul. Levou apenas cerca de dois segundos para os soluços começarem a escassear. Outro segundo depois e Dul retribu&iacut ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 36



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  • karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10

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  • karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:08

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  • dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24

    http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."

  • paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02

    Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!


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