Fanfics Brasil - 45 Uma prova de amor (Vondy - adaptada)

Fanfic: Uma prova de amor (Vondy - adaptada) | Tema: RBD (Vondy)


Capítulo: 45

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Felizmente, o médico não disse tal coisa. Ele foi muito compreensivo quanto aos medos de Dul e assegurou que os problemas da irmã eram de natureza física pessoal, e não geneticamente relacionados. Ela estava bem e saudável. Não havia nenhuma razão, absolutamente, pela qual não pudesse ter uma gravidez perfeitamente normal, e disse-lhes para ir embora e prosseguir com o casamento.


— Divirtam-se. — Sorriu e desejou-lhes sorte quando saíram. Ambos estavam confusos. Ficaram tão acostumados a ter o azar rondando entre eles que boas notícias eram difíceis de aceitar. No momento em que se viram a sós, Ucker a tomou nos braços e a beijou.


— Não sinto mais a corda no pescoço — anunciou comovido, e Dul gargalhou porque entendeu exatamente o que ele quis dizer, já que se sentia do mesmo modo.


Rose estava linda. Dul não podia acreditar nas mudanças que a menininha passou, desde a última ocasião em que a vira. Era toda rosada e delicada, tinha os olhos azuis da mãe e o cabelo escuro sedoso do pai. Chorou quando a pegou no colo. Era tolo chorar porque, na realidade, Dul estava tão plena de amor por aquela criatura doce e pequenina que deveria estar rindo.


A enfermeira que viria acompanhando Rose quando saíram do hospital se chamava Maria. Era jovem e morena, e incrivelmente tímida, a tal ponto que enrubescia cada vez que Ucker lhe sorria. Ele brincou com a timidez dela, sendo o incorrigível macho latino que era. Depois olhava para Dul segurando Rose, e o seu semblante se alterava para uma sombria densidade de artilharia pesada que poderia liquefazer as entranhas dela. Um macho latino provocante e um sedento macho latino eram duas pessoas diferentes: um era inofensivo, e o outro... não.


Quando precisaram sair para visitar uma casa que Ucker queria mostrar a Dul, foram os braços de Maria que aguardaram para tomar o bebê.


A tensão efervesceu na atmosfera enquanto dirigiam para fora de Florença. Pertencia à antiga excitação de tirar o fôlego que costumavam dividir, naqueles primeiros dias e semanas tempestuosos antes de se tornarem amantes, quando a consciência de um em relação ao outro era tão afiada que se tornava elétrica. Dessa vez, a tensão emanou de uma nova sensação aguçada de união. Estavam unidos pela semente que Ucker plantou dentro de Dul, e que ela nutria.


Ela daria um filho a Ucker.


A mão se moveu furtivamente para cobrir a dele, que se amoldava agarrada ao câmbio da marcha. Ucker não disse uma palavra, porém, os dedos se espraiaram um pouco para acomodar os dela, e a efervescência teve alguma coisa física da qual se alimentar, ao passo que se aproximavam do interior da Toscana, cortando por Fiesole no caminho.


— Essa casa não vai ser uma outra Villa Uckermann, vai? —Dul interrogou dubiamente.


— Espere e verá. — Ucker sorriu, e aquele era um dos sorrisos de dentes brancos, provocantes e espontâneos, que arrebatavam o coração vulnerável de Dul.


Ela parecia vulnerável hoje. Sentia-se macia e serena, e inacreditavelmente feminina. Foi a sensação mais esquisita, embora morna e tranqüila. Até seu encontro com o médico, ela estava uma pilha de nervos de tanta excitação e medo. Estava apavorada, mas agora se sentia alegre também.


— Você está tão bonita hoje — Ucker murmurou com a voz rouca.


Poderia notar como estava sentindo? Dul teve que presumir que sim porque, mesmo quando pensava que odiavam um ao outro, Ucker ainda podia sintonizar em cada pensamento e cada emoção dela, como se pertencessem a ele.


E talvez fosse isso mesmo.


         Atravessaram uma alameda até a entrada de chão batido que os conduziu ao longo dos pastos, os quais deram lugar ao mais perfeito vale, com bosques e pradarias, e um córrego estreito. A primeira vista da casa, Dul engasgou.


— Como você encontrou isso? — perguntou, sem fôlego.


— Ela me pertence. — Lançou para Dul um sorriso torto. — Me foi deixada de herança pelo meu avô materno.


— A sua mãe morava aqui?


— Não se mostre tão chocada — zombou. — Ela não era uma Uckermann até que casasse com um — relembrou a Dul, sarcasticamente. — Ela era uma Casillas; eram grandes fabricantes de vinhos — completou. — Possuíam grandes propriedades de terras nestes arredores, e produziam um dos melhores vinhos da Toscana. Quando a indústria teve que se modernizar, para acompanhar o fabricantes de vinho do Novo Mundo, meu avô decidiu que era velho demais para uma mudança tão radical, e por isso vendeu os vinhedos, mas preservou a casa com um amplo pedaço de terra a circundá-la. Quando éramos crianças, todos nós amávamos ficar aqui, porque nos permitia uma espécie de liberdade que nunca nos seria permitida no centro de Florença.


Dul podia compreender por quê. Este belo lugar era um refúgio para crianças.


Então lá estava a casa. Ucker parou o carro e sentou atrás para dar a Dul alguns minutos para absorver a dianteira de dois andares com paredes rústicas de pedra, um telhado de terracota e longas e estreitas janelas com portinholas verdes.


— De que época é? — perguntou curiosa.


— Século quinze, eu calculo — disse ele. — A parte indefinida sobre o cálculo é porque não conseguimos encontrar vestígios dela antes do século quinze, o que não significa que não estivesse aqui.


Saltando do carro, Ucker deu a volta para abrir a porta para ajudá-la a sair. Suas mãos se uniram novamente. Ele começou a arrastá-la em direção ao par de portas dianteiras de aparência sólida. Dul ficou chocada ao atravessá-las e se encontrar postada no que apenas conseguia descrever como country rústico. Nenhuma exibição grandiosa de coleções de arte de valor inestimável. Nenhum móvel requintado da renascença que fizesse você querer se levantar e admirá-lo, ao invés de usar.


— É incrível — murmurou ela, conforme perambulavam vagarosamente de sala a sala de pura mágica à moda antiga. As paredes rústicas de gesso foram completamente pintadas, os pisos sob seus pés altercavam pedra que levava à madeira que levava à pedra de novo. Cada aposento era totalmente mobiliado e parecia que tinham permanecido inalterados por séculos. — Eu não posso acreditar que você nunca me contou sobre esse lugar.


— O assunto nunca surgiu nas nossas conversas.


— Bem, esse deveria — ela ralhou. — É tão maravilhosa!


— Grazie — agradeceu Ucker. — Meus avós a deixaram para mim porque desde muito pequeno eu sempre dizia que aqui seria o lugar onde eu moraria, quando possuísse uma família. — Ucker estava brincando, mas Dul podia ouvir o afeto na voz dele.


— E você reivindicou seus direitos? —— perguntou ela.


— Si — admitiu. — Então, agora você sabe que se casou com um homem do campo e de coração, em lugar de um arrogante florentino.


Dul se virou para estudá-lo. Estava ao seu lado, vestindo um dos elegantes ternos de executivo, e aparentando tanto lustro quanto um homem de posses poderia aparentar. Ucker deveria parecer totalmente deslocado aqui, porém, de uma forma esquisita, não estava; ela só precisava sobrepor um Ucker sensualmente vestido sobre a versão executivo elegante, para saber que ele pareceria estar completamente em casa.


— Então você é ambos — declarou ela, e se afastou, vagando até a próxima sala, ciente de que o olhar de Ucker a acompanhava e ciente de que ele interpretara algum tipo de desafio naquele comentário.


Desafio sexual. Estava por toda a parte ao redor deles. Na noite anterior, se uniram numa febre de paixão a qual sabiam que deviam resistir. Hoje, toda a necessidade de resistir a qualquer coisa fora removida, por isso a paixão tremeluziu como o sol, entrando através das ripas que cobriam algumas das janelas.


Foram adiante, passando de sala em sala, discutindo levemente acerca de qual ala deveria ser a ala familiar, e qual deveria ser reservada como espaço de trabalho.


— Poderíamos nos mudar hoje, e não ter uma única coisa para mexer aqui — ela disse, afinal. — Quem andou mantendo isso limpo?


— Tínhamos uma arrumadeira chamada Lua — Ucker disse. — Ela ficou por tanto tempo que eu não me lembro de algum dia em que não estivesse aqui.


— Mas ela não está aqui agora?


— Infelizmente, não. Ela faleceu há uns dois anos. —Ucker saiu de perto para endireitar uma pintura que pendia torta na parede.


— Você era afeiçoado a ela — sondou.


— Eu a adorava — suspirou ele, recuando para checar seu trabalho manual. — Ela comandava a minha vida com mão de ferro e o melhor osso buco que você poderia provar.


— Impossível de substituir, então.


— Si — concordou ele. — Por isso, nem vamos tentar. Em vez disso, temos um time muito jovem, muito moderno de empregados para combinar com a nossa família muito jovem e muito moderna. — Ucker voltou-se para encará-la de súbito. — Você quer conhecer o segundo andar agora?


Minha nossa, Dul pensou, quando o desejo saltou pelo ar como uma poção mágica do amor. Ela deixou que Ucker tomasse a sua mão de novo, para ajudá-la com o primeiro de uma série de degraus, que vira assim que entraram no térreo.



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Autor(a): Amore

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Comentários da Fanfic 36



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  • karinevondyprasempre Postado em 23/02/2013 - 12:39:10

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  • dulcemaria10 Postado em 20/02/2013 - 20:23:24

    http://fanfics.com.br/?q=fanfic&id=22861 quem pude da uma olhadinha Casamento Arranjado - D&C O que você faria se fosse obrigada a casar-se com uma pessoa que você nunca viu antes para que sua família não morresse? O que você faria se descobrisse depois do casamento que você está perdidamente apaixonada pelo filho de um assassino frio e calculista? "O amor só é amor, se não se dobra a obstáculos e não se curva à vicissitudes... é uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar."

  • paty1987 Postado em 18/02/2013 - 00:49:02

    Vou te ajudar a divulgar a web nas webs que eu leio ta... ta mto boa... me admiro nao ter mta gente lendo... Posta mais !!!!


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