Fanfic: Garoto 69 | Tema: Terror; Suspense; Mortes; Amor; Psicopatas.

Fomos para o saguão da pousada e ficamos por lá lendo revistas e fofocando. E do nada parecia que o ar ficou pesado, e quando ele chegou parecia que ninguém notou sua presença, exeto eu. Por mais que eu quisesse não consegui tirar meus olhos dele , ele caminhou para a recepção e ficou aguardando a recepcionista fazer algo para ele.

-- Alícia, vai lá falar com ele.

-- Eu não, eu apenas estou retribuindo o que ele fez comigo a pouco segundos.

Ela se levantou mas eu a segurei e mandei ela ficar quieta. Logo percebi que ele nos olhava, senti minha pele queimar. Seus olhos tinham uma tom azul turquesa tão perfeitos, profundo e frios que era quase hipnótico e tinha uma espécie de cabelos mal cortados no tom loiro esbranquiçados, logo presumi que foi pintado mas se caia tão bem nele. o nosso contato visual só foi quebrado quando a recepecionista ruiva que aparentava ter uns trinta e cinco anos ofereceu sua chave. Ele ficou comentando algo para ela e eu voltei a atenção a chave que ele segurava, ela girava tanto que era quase impossivel saber o número então ele notou que eu prestava atenção na chave e a parou e lançou um olhar divertido para mim e sai para o seu quarto. Número 69.

-- Você viu o número do quarto, Alícia. HAHAHAHAHAHAHA. Devia ver a tua cara.

Ela não parava de rir e eu ainda atormentada com aquela cena, por isso que eu fico no `time` dos românticos e carinhosos. Porque com eles eu sei que não vou me surpreender e nem correr perigo de me machucar mas com pessoas como aquele garoto eu não tenho certeza de nada. Sai logo dali pois sabia que seria motivo de piadinhas o resto da semana ou do mês, ainda estava cansada da viagem decidi ir dormir. No caminho me peguei contando os números dos quartos, sei lá deu curiosidade. Então me dei conta que meu quarto era o 72 ou seja o quarto 69 era no mesmo corredor do que o meu. Bateu um desespero nem sei porque e comecei a andar mas rápido mas algo me fez parar em frente ao quarto, e lá estava o número que mais se encaixava com com ocupante. 69. Aposto que foi ele mesmo que escolheu enfim me dei conta que estava que nem uma idiota parada em frente ao quarto. Apenas dei cinco passos e escutei a porta abrir, minhas pernas paralisaram no mesmo instante. Aqueles segundos foram passados em câmera lenta, minha mente entrou em pânico só tinha a escolha de virar e encara-lo. Ele soltou um "psiu" que quase não foi escutado pois o barulho do meu coração estava tão alto que eu achei até possível ele estar escutando. Virei forçando parecer um pouco calma e me deparei com ele sorrindo para mim, sua boca um pouco carnuda estava coberta com um líquido vermelho hipnotico que presumi que veio do pirulito que ele segurava de forma sugestiva para me oferecer.

-- Ah... oi.

Disse me sentindo uma total idiota. Ele deu uma sugada no pirulito e lançou um olhar provocativo.

-- Olá.

Sua voz era tão rouca que fez um arrepio percorrer pelo meu corpo.

-- Bem, eu já vou indo.

-- Por que você estava parada em frente ao meu quarto?

Olhei assustada para ele e senti meu rosto corar no mesmo instante.

-- Er... bem, eu estava com uma certa curiosidade em saber quem ficou no quarto 69, sabe por conta do número? Ah você entendeu.

Como eu queria um buraco para me esconder, ele apenas deu uma risada que me fez arrepiar novamente. Como minha salvação vi Miguel no fim do corredor ele logo me encarou e acelerou o passo.

-- Alícia, algum problema?

Miguel fico encarando o garoto 69 ( Que bele apelido --`). Enquanto o garoto mantinha os olhos em mim ignorando a presença do Miguel.

-- Não, não Miguel.

-- Ah que bom, a Nicole pediu para pegar um negócio para ela.

Miguel ainda olhava desconfiado e essa história de pegar algo para a Nicole foi uma meio de fuga para sair o mais rápido dali. Peguei a mão do Miguel e comecei a puxa-lo e apenas deu um aceno de despedida e o garoto apenas ficou lá nos observando. Só tive a sensação de tranquilidade quando entrei em meu quarto e tranquei a porta.

--Aquele cara é estranho.

Tinha que concordar mas apenas fiquei quieta.

-- O que a Nicole quer?

-- Sei lá, ela só me disse: " Pede para a Alícia pegar `aquela coisa`."

Olhei para ele incrédula.

-- Sério que você não faz ideia?

Comecei a fuçar as coisas dela e logo achei.

-- Não, é sério não faço a menor... ah o absorvente.

Eu não entendo porque os garotos se sentem desconfortáveis com as palavras "menstruação" ou "absorvente".

-- Vamos logo seu idiota!

Sai do quarto junto a ele e tranquei a porta, fui andando ao lado do Miguel.

-- Não me chame assim gosto mais quando você me chama de "meu príncipe" ou "meu amor".

Ele me puxou para um abraço e eu aproveitei e coloquei o absorvente em seu bolso.

-- Vá a merda, só por conta dessa sua palhaçada o senhor vai levar isto.

Ele logo colocou a mão sobre o bolso e tirou o absorvente.

-- Não, não, não! Não vou levar porra nenhuma de absorvente!

Mas eu já tinha corrido e o idiota veio também. No final de tudo estavamos lá os oito amigos de infância comendo que nem loucos . A presença deles é tudo o que mais importava mas algo ou alguém me chamava atenção no canto do refeitório. O garoto 69.

Garoto 69.

Faço a miníma ideia do nome ou a idade. Tem algo nele que é suuuper estranho. O engraçado é que ele não é liiiindo mas tem muito charme e isso conquista qualquer garota, não é?