Fanfic: Tudo por um sonho AyA DyC 1ª temporada | Tema: rbd

Se passaram dois dias desde o enterro da pequena e o clima na casa ainda era de pura tristeza. Anny havia se enfurnado no quarto, não sabia como ainda conseguia chorar, mas o fato é que não podia pensar na irmã que lágrimas logo lhe turvavam a visão.

Poncho? Agora ficava no quarto de hóspedes já que a família toda estava na casa e, mesmo que não estivesse, ambos não sabiam que rumo tomar depois daquela noite. Ele sempre estava por perto, fazendo-lhe companhia e consolando-a quando uma nova crise de choro a atingia, mas não mencionavam a noite que passaram juntos. Poncho achando não ser o momento e Anny com vergonha de tocar num assunto tão complicado pra ela, ainda mais naquele momento.

Passava das onze da manhã e Anny arrumava sua mochila, cabisbaixa, no quarto. Poncho fazia o mesmo no de hóspedes. Ronaldo ficara de buscá-los e levá-los de volta para o Rio às duas da tarde. Só de pensar em voltar pra vida normal Anny sentia o peito apertar e a garganta embargar. Queria tanto que tudo aquilo não passasse de um sonho. Um sonho ruim, mas um sonho... É tirada dos pensamentos por uma leve batida na porta, seguida pela voz carinhosa da mãe, que pedia para entrar...

Anny largando a bolsa e indo abrir a porta: entra mãe...

Marichelo: tá tudo pronto? – olhando pra filha que voltava a pôr uns últimos objetos na mochila, o olhar sem vida nem brilho.

Anny: uhum... faltam só umas coisinhas – suspira desanimada e senta na cama, olhando pra frente com um olhar totalmente perdido – Cadê o pai? – vira pra mãe indagativa.

Marichelo senta ao seu lado e faz carinho em sua mão: tá arrumando umas coisas lá fora. Acho que tá trabalhando pra tentar esquecer...

Os olhos de Anny mareiam e ela logo os fecha, apertando-os com força, na tentativa de não cair no choro novamente. Como estava sendo difícil...

Marichelo: meu amor – Anny abre os olhos úmidos e a encara – eu sei que tá sendo difícil, pra todos nós, mas não deixa isso te abater tanto, prejudicar sua vida – Anny ia retrucar, mas sente o leve aperto na mão em que a mãe segurava – Daqui a pouco você volta pro Rio, pros seus amigos. Sei que vai se sentir sozinha, que vai sentir falta da Mar como ninguém mais, sentir falta do meu colinho – Anny deixa uma lágrima correr pelo rosto e sorri triste pra mãe – Mas promete pra mim, promete que vai tentar ficar bem, que vai tentar superar isso com a força que eu sei que você tem aqui dentro – colocando a mão livre no coração da filha e fazendo-a liberar o choro que prendia numa tentativa de mostrar força frente aos outros. Marichelo então a abraça e, apesar de chorar junto, tenta consolá-la, acariciando seus cabelos e dizendo que sabia o quanto era forte e como iria passar por mais aquela peça que a vida lhe pregava e sair daquilo com mais força ainda pra seguir em frente...