Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]
Alfonso observava‑a atentamente. Any lia uma parte dos apontamentos dele em silêncio. Já estava calada há mais de vinte minutos. Havia algo de inexplicável acerca da forma como ela conseguia parecer ligar e desligar a corrente. Ela estava a perturbar‑lhe a mente como nunca nenhuma mulher tinha feito. Quando lhe fazia uma pergunta pessoal, ela respondia, divagando agradavelmente, mas a maior parte das vezes fugia à questão. Ela
revelava muito pouco sobre Anahí Portillo.
Que segredos deambulariam por aquele cérebro? – indagava‑se ele. O que é que ela não me diz quando parece que está a dizer tudo o que lhe vem à cabeça? E porque é que eu estou obcecado com a idéia de saber tudo sobre ela? Alfonso franziu o sobrolho e pensou nas alterações que ela já introduzira na sua vida.
Agora vivia naquela casa uma criança. Havia riso, barulho e entusiasmo. Quanto tempo deixara as coisas andarem à deriva? Os três anos que Alison estivera com ele? E quanto tempo antes disso?
Deixara o governo da casa – e a responsabilidade pela sobrinha – quase exclusivamente nas mãos da mãe. Tinha sido mais simples. Mais simples, refletiu ele. De um modo geral, a sua vida fora mais simples até Any ter entrado pela porta da frente. Até aí considerara‑se uma pessoa satisfeita. E, tal como Alison, uma pessoa entediada. Harry chamara‑lhe inquietação. Fazia pouca diferença. Ninguém naquela casa ficara indiferente à chegada
de Any.
A mãe. Alfonso franziu de novo o sobrolho e puxou de um charuto. Beatrice já fizera algumas queixas sutis. Mas ele também já tinha aprendido a ignorar os comentários da mãe há vários anos. Desde que tinha memória que Beatrice sempre estivera envolvida nas suas reuniões sociais, nos seus almoços formais. Tanto ele como o irmão tinham sido entregues aos cuidados de amas e tutores. Alfonso aceitara isso. Contudo, agora indagava‑se se teria sido sensato deixar a educação de Alison nas mãos dela. Mais simples, pensou ele outra vez. Mas o que era simples estava muitas vezes longe do que era certo. Aparentemente, chegara a hora de ver as coisas por outra perspectiva. Estudou Any de novo. Uma série de coisas.
— És muito perceptivo, Alfonso — comentou Any, ajeitando os óculos no nariz.
— Achas? — perguntou ele. Em tempos teria concordado. Naquele momento estava a começar a interrogar‑se quantas coisas lhe teriam passado ao lado.
— Explicaste muito bem aqui a motivação da tua personagem. Está muito bem exposto. Invejo‑te.
— Invejas‑me? — Alfonso deu uma passa longa. — Porquê?
— Palavras, Alfonso. — Olhou para ele e sorriu. — Invejo as tuas palavras.
— Reparei que também não te faltam.
— Toneladas delas — concordou ela. — Mas nunca conseguiria conjuga‑las desta forma. — Alfonso viu‑a passar rapidamente os olhos pelas páginas enquanto continuava a ler o manuscrito.
— Devias compreender e aprofundar mais esta secção; a interação entre parentes na cultura indiana — salientou ela.
— Famílias — murmurou Alfonso, pensando na sua.
— Sim. Em muitas tribos, os familiares faziam admoestações públicas. Os infratores eram muitas vezes banidos. Isso era equivalente à execução, já que as tribos inimigas não hesitavam em matar um índio banido.
— Um pai era capaz de condenar um filho à morte?
— Honra Alfonso. Era um povo de honra e orgulho. Não te esqueças disso. — Dobrou as pernas debaixo dela e entrelaçou os dedos. — O assassinato era tido como prejudicial para a tribo toda. O exílio era o castigo padrão. Não muito diferente do que fazemos hoje em dia. O comportamento entre parentes era freqüentemente regulado por um estrito código
de regras.
— Any?
— Sim?
— Posso fazer‑te uma pergunta pessoal?
Ela ergueu os ombros. Pôs‑se à defesa. — Desde que eu não seja obrigada a responder.
Ele examinou por um momento a cinza na ponta do charuto. — Porque é que te tornaste antropóloga?
Ela sorriu. — Consideras isso uma pergunta pessoal? Na verdade, é bastante simples. Ou era isso ou a corrida em patins.
Ele suspirou. Ela ia fugir novamente ao assunto. — Sabe‑se lá porquê, mas vou perguntar. O que é que a corrida em patins tem a ver com a antropologia?
— E eu disse que tinha? — Tirou os óculos e fe‑los balançar pela haste.
— Não me parece. Só te apresentei as minhas duas hipóteses de carreira. Decidi não enveredar pela corrida em patins por ser uma profissão perigosa. O chão é bastante duro. Não me dou muito bem com a dor.
— E a antropologia era uma alternativa lógica.
— Era a minha. — Estudou‑o por um momento. — Sabias que as rugas na tua face se acentuam quando sorris? É tremendamente atraente.
— Desejo‑te, Any.
Os óculos pararam de balançar. — Pois, Alfonso. Eu sei.
— E tu desejas‑me.
Any sentiu claramente o desejo, como se estivesse nos braços dele,
a boca dele na sua. — Talvez. — Baixou novamente os olhos para os apontamentos dele e começou a organiza‑los.
— Any. — Ela olhou de novo para ele. — Quando?
Ela sabia o que ele estava a perguntar. Levantou‑se, então, incapaz de se manter sentada. — Não é assim tão simples, Alfonso.
— Porquê?
Ela virou‑se e olhou pela janela. Porque estou apaixonada por ti, pensou. Porque vais magoar‑me. Porque tenho pavor de não ser capaz de me afastar quando tudo terminar. Assim que te deixar entrar, não haverá volta atrás. — Alfonso, — disse ela suavemente, — eu disse‑te que não me dou muito bem com a dor.
— Achas que vou magoar‑te?
Ela percebeu a surpresa na voz dele e encostou a testa ao vidro. — Oh, Deus! Eu sei que vais.
Quando as mãos dele pousaram nos ombros dela, Alfonso sentiu os músculos tensos. — Any. — Passou os lábios pelo topo da cabeça dela. –Não tenho qualquer intenção de te magoar.
O desejo já estava a crescer, a disseminar‑se. — Intenção, Alfonso? — A voz dela estava a engrossar; ele conseguia perceber as lágrimas. — Não, não acho que possa ser com intenção, mas isso não evita nada. — Os dedos dele subiram para lhe acariciar o pescoço. Ela sentia o controlo a escapar.
— Alfonso, por favor, pára. — Any começou a afastar‑se, mas ele virou‑a para si.
Alfonso observou‑a atentamente. Depois levantou um polegar e limpou‑lhe uma lágrima das pestanas. — Porque estás a chorar?
— Alfonso, por favor. — Any abanou a cabeça. Sabia que estava a perder. — Não suporto fazer figuras tristes. — As próprias emoções eram demasiado fortes para suportar; estavam a pressiona‑la. E o olhar dele era demasiado direto e exigente. Começou a sentir o chão fugir‑lhe de debaixo dos pés. Desejo, carências, medos apossavam‑se dela. Estava a aproximar‑se rapidamente o momento em que não teria outra opção senão ceder‑lhe as
suas emoções sem condições. — Larga‑me — disse‑lhe, lutando por se recompor. — Já te dei o suficiente esta manhã.
— Não. — Ele apertou‑a com mais força. — Não chega. Não, até me explicares porque é que estás a desmoronar mesmo à minha frente.
— Explicar! — Any atirou a cabeça para trás numa fúria súbita. –Não tenho de te explicar nada! Porque deveria?!
— Eu acho — disse ele lentamente — que a pergunta deveria ser: «Porque não?»
Ela estava a sofrer, e o temperamento exaltou‑se para a proteger:
— Como posso ter dito que eras perceptivo?! Como posso ter pensado isso, quando não vês o que está mesmo diante dos teus olhos? Estou apaixonada por ti! — Susteve a respiração, incrédula e chocada com o que acabara de dizer. Olharam fixamente um para o outro, ambos abalados pelas palavras. –Eu não queria dizer isso. — Any abanou a cabeça e tentou afastar‑se. — Perdi o controle. Não queria dizer isso. Larga‑me, Alfonso.
— Não. — Ele abanou‑a uma vez para a fazer parar de tentar libertar‑se.
Os olhos dele estavam escuros e intensos quando fitaram os dela.
— Achas que podes dizer‑me isso e depois sair daqui para fora? Não, não querias ter dito isso — disse ele lentamente. — Mas estavas a falar a sério?
Já não havia lágrimas. O desespero tinha‑as secado. — E se eu dissesse que não?
— Eu não ia acreditar em ti.
— Então é retórico, não é? — Ela tentou de novo afastar‑se, mas ele manteve‑a presa.
— Não me venhas agora com essa. Não vai funcionar.
— Alfonso. — A voz de Any estava de novo firme. — O que queres de mim?
— Não tenho a certeza. — Alfonso afrouxou um pouco os dedos, subitamente ciente de que devia estar a magoa‑la. — Estás apaixonada por mim, Any? — Ela começou a recuar, mas ele abanou a cabeça. — Não. Olha para mim e diz‑me.
Any respirou fundo. — Amo‑te, Alfonso. Sem condições. Sem compromisso. Eu sei que há pessoas que se sentem desconfortáveis ao serem amadas. Não compreendo isso.
— Assim simplesmente? — murmurou ele.
— Assim simplesmente — concordou ela, e sorriu. Sentia que lhe tinha
saído um peso de cima. — Não franzas o sobrolho, Alfonso — disse‑lhe ela. — Ser‑se amado é fácil. Amar é que é difícil.
— Any. — Ele hesitou. Ela comovera‑o, desnorteara‑o, e ele já não tinha a certeza do que estava a sentir. — Não sei o que te dizer.
— Então é melhor não dizeres nada. — Não é fácil para nenhum de nós, pensou ela, e tentou aliviar um pouco a tensão. — Alfonso, gostava de me explicar. E fa‑lo‑ia melhor se não estivesses a tocar‑me. — Ele soltou‑a e ela recuou. A ausência de contacto ajudou‑a a acalmar‑se. — Disse‑te que te amava. Pode ter sido um erro, mas está feito. Gostava que o aceitasses simplesmente.
Any podia ver que ele não compreendia. Emoções dadas sem exigências eram sempre difíceis de entender. Como poderia explicar‑lhe uma coisa que o seu coração aceitara com a objeção da sua mente?
— Toda a minha vida me ensinaram que dar amor, expressar o amor, não é tanto uma opção mas uma obrigação — continuou ela. — Por favor, aceita‑o simplesmente e não me faças agora mais perguntas.
— Nem sei o que perguntar. — Ele queria tocar‑lhe outra vez, abraça‑la, mas a expressão nos olhos dela deteve‑o. Ele não queria magoa‑la, não queria que ela também estivesse certa nesse ponto. — Any, não queres nada de mim?
— Não — respondeu ela rapidamente, como se já estivesse à espera da pergunta. — Disse‑te que não havia compromisso, Alfonso. Estava a falar a sério. Acho que hoje não vamos ser capazes de trabalhar mais em conjunto, e não me parece de todo que neste momento sejamos capazes de conversar racionalmente sobre isto. De qualquer forma, já é tarde. Eu disse à Alison que a deixava vencer‑me no tênis antes do jantar. — Dirigiu‑se à porta.
— Any.
Custou‑lhe imenso virar‑se para trás. — Sim?
A mente dele tinha passado de apinhada para vazia. Sentia‑se um tolo. — Obrigado.
— De nada, Alfonso.
Conseguiu atravessar a porta antes de o sofrimento começar.
…
Já tinha anoitecido quando Any conseguiu um momento a sós. Da janela do quarto conseguia ver a Lua subir no céu. Estava cheia, com uma tonalidade laranja que a fazia pensar em campos cultivados e em fardos de palha. O que estaria a acontecer no mundo lá fora? – indagou‑se. Já estou nesta casa há demasiado tempo, presa por um amor que não me vai levar a lado nenhum. O que é que eu fiz? Num mês perdi o que mais valorizei a vida toda: a minha liberdade.
Cruzou os braços em redor do corpo e voltou‑se para o interior do
quarto. Mesmo quando sair daqui, e me afastar dele, nunca mais serei livre. O amor amarra‑nos – eu sabia disso. E o que estará ele a sentir neste momento? O que iremos dizer amanhã um ao outro? Conseguirei continuar a ser descontraída, a dizer piadas como se nada tivesse acontecido? Riu‑se um pouco e abanou a cabeça. Preciso de
fazer isso, lembrou a si mesma. Devemos terminar sempre o que começamos
– não é a primeira regra da Any? Vim para fazer um trabalho e o trabalho tem de ser feito. Ofereci‑lhe o meu amor incondicional e vou ter de viver com isso. Oh, Deus! Pensou ela, apertando‑se com mais força. Como detesto sofrer. Que covarde sou.
Pressionou uma mão contra a têmpora e entrou na casa de banho à procura de uma aspirina. Pelo menos vai aliviar‑me a dor de cabeça, decidiu. Ao pegar num copo, escutou um som vindo do quarto de Alison. Franziu o sobrolho e parou para ouvir com atenção.
O som era baixinho e abafado, mas tratava‑se inequivocamente de choro. Pousou o frasco de aspirinas e dirigiu‑se à porta ao lado. Alison estava encolhida sob os cobertores, soluçando com a cara voltada para a almofada. Any não conseguiu pensar em mais nada a não ser na criança.
— Alison. — Sentou‑se na beira da cama e tocou no cabelo louro emaranhado. — O que foi?
— Tive um pesadelo. — Alison atirou os braços em volta do pescoço de Any e agarrou‑se. — Foi horrível. Havia aranhas por todo o lado. — Agarrou‑se com mais força quando Any a abraçou. — A cama estava cheia delas.
— Aranhas. — Any apertou‑a e afagou‑a. — Terrível. Ninguém devia ter de as enfrentar sozinho. Porque não me chamaste?
Alison conseguia ouvir o ritmo calmo do coração de Any debaixo do ouvido e sentiu‑se confortada. — A avó diz que é má educação incomodar alguém que está a dormir.
Any controlou uma súbita e poderosa onda de fúria e manteve as mãos delicadas. — Não se tivermos um pesadelo. Eu costumava berrar como uma doida quando os tinha.
— A sério? — Alison desencostou a cara. — Também tinhas pesadelos?
— Dos piores. O papá costumava dizer‑me que eram conseqüência de uma imaginação criativa. Quase me fazia sentir orgulhosa deles. — Desviou o cabelo das faces de Alison. — Mais uma coisa — acrescentou. — Tu nunca me incomodas, Alison.
Com um suspiro, Alison voltou a encostar a cabeça ao peito de Any.
— Eram aranhas enormes. Pretas.
— Já se foram embora. Devias experimentar cangurus. Pensar em cangurus é muito melhor do que pensar em aranhas.
— Cangurus? — Any conseguiu perceber o sorriso sonolento na voz da menina.
— Claro. Deita‑te. — Quando Alison obedeceu, Any deitou‑se na cama ao lado dela.
— Vais ficar aqui comigo? — A voz era fraca e admirada.
— Um bocadinho. — Abraçou‑se à criança e sentiu calor. — Sonha com cangurus.
— Any.
— Hum? — Olhou para baixo para ver os solenes olhos castanhos de Alison a fita‑la.
— Amo‑te.
Ali estava, percebeu Any. Sem condição, sem exigências. Amor puro. Até àquele momento ela não se tinha apercebido do quanto necessitava disso. — E eu a ti, Alison. Fecha os olhos.
Alfonso estava à porta a observar as duas figuras adormecidas. A cabeça de Alison repousava no ombro de Any. Ele perdera a noção do tempo, fascinado pela visão das duas. Estavam voltadas uma para a outra como se tivessem encontrado algo que há muito procuravam. São as duas minhas, pensou, surpreendido com a ternura que o invadia naquele momento. As duas amavam‑no e ele não tinha visto isso. Agora que sabia, o que deveria fazer em seguida? O amor não era tão simples como Any lhe dissera. Lembrou‑se da forma como tinham olhado para ele: Alison, atordoada e esperançosa; Any, exposta e assustada. Aproximou‑se da cama e observou‑as a dormir.
Baixou‑se e mudou suavemente a posição de Alison. Ela estremeceu uma vez e depois parou; estava a dormir profundamente. Alfonso pegou cuidadosamente em Any ao colo. Ela murmurou qualquer coisa, pôs os braços em volta do pescoço dele e pousou a cabeça sobre o ombro. Algo na confiança do gesto excitou‑o mais do que uma sedução propositada. Virou‑se para a levar para a cama dela. Os olhos de Any abriram‑se lentamente e olharam para ele.
— Alfonso? — Estava desorientada e tinha a voz embargada do sono.
— Any. — Alfonso beijou‑lhe a testa. Como era possível ela passar de inocente a provocadora só por abrir os olhos?
— O que estás a fazer?
— A tentar decidir se te hei‑de levar para o teu quarto ou para o meu. –Parou à porta do quarto dela. — Porque estavas na cama da Alison?
— Aranhas. — Any lembrou‑se e tentou organizar as ideias.
— Desculpa?
— Ela teve um pesadelo. — Suspirou. Any nunca fora pessoa de conseguir acordar de repente. — O que é que estavas a fazer ali?
— Ultimamente costumo ir ver se ela está a dormir bem. Algo que já devia ter começado a fazer há muito mais tempo.
Prévia do próximo capítulo
Com um sorriso, Any tocou‑lhe no rosto. — És um homem bom, Alfonso. Eu tinha a certeza. — Bocejou e encostou de novo a cabeça no ombro dele. — Podes pousar‑me quando quiseres. — Sem muito esforço, poderia adormecer profundamente de novo. — Any. — Alfonso reparou na almofada e nos cobertores em cima da chai ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29
Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AMEI ESSA WEB. -
annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15
adoro sua web, é demais
posta +++++++ -
annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53
vai desiste dessa web?
por favor continua vai -
annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38
posta +++++++++++++++++++
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mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05
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mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29
POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49
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vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
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POSTA MAIS!!!!!!!!!!! -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!!