Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]
Com um sorriso, Any tocou‑lhe no rosto. — És um homem bom, Alfonso. Eu tinha a certeza. — Bocejou e encostou de novo a cabeça no ombro dele. — Podes pousar‑me quando quiseres. — Sem muito esforço, poderia adormecer profundamente de novo.
— Any. — Alfonso reparou na almofada e nos cobertores em cima da chaise‑longue. — Porque não dormes na cama?
— Claustrofobia — disse‑lhe ela, ensonada. — Entre o dossel e aquelas cortinas sinto como se estivesse num caixão. Vou ser cremada.
— É fácil mudar o teu quarto. — Ela encaixou‑se melhor no ombro
dele e fe‑lo sentir uma onda de desejo.
— Não. Não é preciso. A chaise‑longue serve perfeitamente, e o pessoal da casa já acha que sou excêntrica.
— Não sei porquê. — Alfonso deitou‑a na chaise‑longue e sentou‑se ao lado dela. — Cheiras sempre a violetas — murmurou ele. A boca procurou a dela e encontrou‑a macia, quente e carente. Ele percebeu o momento exato em que o sono desapareceu do cérebro dela.
— Alfonso. — Any já estava bem acordada e de coração aos pulos. — Apanhaste‑me em desvantagem. — Pôs as mãos contra o peito dele e manteve‑as firmes.
— Sim, eu sei. Já me tinha indagado se alguma vez te apanharia. — Pegou numa das mãos dela e beijou‑lhe a palma. — Tenciono tirar proveito da situação, Any. — Passou um dedo pelo ombro dela e desceu até ao seio. Sentiu o mamilo endurecer contra o tecido fino da camisa de noite. — Esta noite — murmurou ele. — Agora.
— Alfonso. — O desejo ardia dentro dela, exigindo satisfação. — Já te tinha dito, é uma questão de opção.
— E também me disseste, apenas há algumas horas, que me amavas. — Baixou novamente a boca sobre a dela. Céus, como a queria! Nunca uma mulher lhe provocara tamanho desejo. O desejo estava‑lhe no sangue, nos ossos. Ela podia ter opção, mas não lhe deixara nenhuma.
— Eu disse‑te que te amava. — Any invocou o último resquício de força. — Não te disse que ia fazer amor contigo. Tens de me deixar alguma coisa, Alfonso.
Ela não podia permitir que tal acontecesse. Sabia que assim que se entregasse ficaria completamente ligada a ele. Não se tratava simplesmente de uma questão de querer ser tocada ou de sentir prazer, era uma questão de necessitar de pertencer.
Alfonso estudou‑a em silêncio, segurando‑lhe ainda na mão. Ela estava de novo indefesa, como estivera enquanto dormia com a menina. Ele não ia magoa‑la; jurou a si mesmo que não iria magoa‑la. Mas não conseguia deixa‑la. Quando lhe largou a mão e se levantou para sair, Any soltou um suspiro baixinho de alívio. Mas ele trancou a porta e virou‑se para ela. Ela sentou‑se de repente, pronta para o mandar embora.
— Any. — Aproximou‑se dela mas não lhe tocou. — Deixa‑me amar‑te esta noite. Preciso de ti. É a primeira vez na vida que preciso de alguém.
Ela não o mandou embora. Poderia ter resistido a uma tentativa de sedução. Recusaria uma exigência. Mas sentia‑se impotente perante uma carência. Envolveu‑o nos braços.
A boca dele ficou imediatamente desesperada, esmagando‑se contra a dela até ficarem os dois zonzos. Ele puxou‑a mais – apertou‑a com mais força, como se receasse que ela fugisse de repente. Mas o que ela oferecia não voltava a tirar. Alfonso desceu‑lhe a camisa de noite dos ombros, ansioso por sentir a pele dela. Pensou de novo quão magra ela era, o quão cuidadoso teria de ser para não a partir. Mas as mãos recusavam‑se a ser meigas.
Any não sentia qualquer dor, apenas um desejo avassalador. Sentia a urgência explodir de dentro dele. Queria que ele precisasse dela. Naquele momento, era suficiente. Puxou‑o em direção à cama.
Ele deitou‑se em cima dela. Ela queria sentir o peso dele; estava impaciente com a roupa que os separava. A boca estava ávida. Any deu‑lhe tudo o que tinha através do beijo; um beijo longo, profundo e de tal forma envolvente que as mãos dele deixaram de a procurar. Aplacou ambos. Lentamente, com cuidado, ele começou a despi‑la. Já não havia a pressão de uma satisfação rápida. Queria saboreá‑la. Levou os lábios ao pescoço dela, e o suspiro de prazer que ela emitiu arrepiou‑o. Ainda procurando, mas já não desesperado, passou ao seio. Any abriu‑lhe o robe até conseguir sentir a pele dele sob as mãos. Encontrou o vigor que queria. Deixou‑o possui‑la profunda e lentamente, não tanto com ternura, mas com meticulosidade; nenhum dos dois queria ternura naquele momento. Talvez mais tarde, quando o calor estivesse menos intenso e as forças esgotadas. Ele mordiscou‑lhe o seio, experimentando texturas e sabores.
Ela despiu‑lhe o robe e ele ficou tão nu quanto ela. Alfonso passou a língua pelo mamilo dela e depois fez uma lenta viagem até ao pescoço. Ali o sabor era forte e quente, e atraia‑o.
Any deixou as mãos deambularem livremente, testando músculos, explorando o contorno das costelas, deslizando sobre as ancas estreitas e rijas. Estava perdida nele. Ele era tudo o que ela desejava, e os lábios no pescoço dela estavam a faze‑la delirar de prazer. Querendo saborea‑lo de novo, murmurou‑lhe que a beijasse outra vez.
Erguia‑se uma tempestade. Any sentiu‑a na textura do beijo. O corpo já estava a responder, movendo‑se debaixo dele, aceitando, exigindo. Os gemidos passavam dos lábios dela para os dele. Alfonso deslizou a mão sobre o seio dela e desceu até à anca. As coxas eram magras e fortes. Os dedos dela agarraram com força os ombros dele. O corpo dela ardia de paixão. Any abriu‑se para ele, estremecendo de desejo.
Estava quente e húmida. Ele queria perder o controlo. O seu estava a escapar‑lhe rapidamente. Rápido de mais. Alfonso não queria que nada daquilo acabasse. Queria continuar a toca‑la, a saborea‑la. Queria continuar a ouvi‑la gemer o seu nome. Enlouquecia‑o de excitação. Sentia o sangue pulsar‑lhe nas veias, mas avançava lentamente, deixando os lábios roçarem ao de leve na anca dela e a língua delinear‑lhe a barriga.
Ouvia a respiração dela – rápida e superficial. Ela movia‑se debaixo dele numa entrega total. Era totalmente sua. Ele precisava de o saber e não perguntou o motivo. Quando voltou a colar os lábios aos dela, sabia que tinha perdido todo o controlo. Sentiu uma onda de poder por saber que só ele, e apenas ele, tinha a chave para chegar a ela. Então Any segurou‑o e conduziu‑o para dentro dela. Ele deixou de pensar. Era dela.
…
Any estava aninhada nele e suspirava de felicidade. Não sentia quaisquer remorsos. Amava‑o. Só sabia que tinha encontrado o homem por quem esperara a vida inteira. E te‑lo‑ia o máximo que pudesse. Pensaria no amanhã quando chegasse. Naquela noite tinha tudo o que queria. Alfonso estava quieto na escuridão. O corpo relaxado. Não se tinha
apercebido da tensão a que o tinha sujeitado nas últimas semanas. Mas a sua mente…
Nunca foi assim… pensava ele, um pouco zonzo com a constatação. Não lhe posso dizer isso. Ela não ia acreditar. Nem eu sei se acredito. Ela atrai‑me; eu não devia deixa‑la. Fechou os olhos e tentou limpar a mente.
Mas ela estava quente e macia encostada a ele, a mão sobre o seu peito.
Deus! Acabei de a possuir e quero‑a de novo. Ela é como uma droga. Ele queria sentir‑se zangado, contrariado com o que ela lhe estava a fazer, mas não conseguia deixar de sentir simplesmente necessidade dela. Ouviu‑a suspirar e sentiu‑a mexer a cabeça e olhar para ele.
— Alfonso?
— Sim? — Sem conseguir conter‑se, estendeu a mão para a acariciar.
— Esqueci‑me completamente do dossel. Não é estranho?
Ele olhou para baixo e viu o brilho alegre nos olhos dela. Todas as dúvidas e tensões se desvaneceram da mente e ele sorriu. Não havia como resistir‑lhe. — Uma cura para a claustrofobia?
— Sem dúvida. — Rolou para cima dele. — Mas uma cientista testa sempre uma teoria diversas vezes. Estás disposto a doar o teu corpo à experiência?
— Sem dúvida. — Puxou a boca dela de encontro à sua.
—As tribos nómadas das altas planícies viviam quase exclusivamente dos búfalos. Não tinham agricultura e dedicavam‑se pouco à pesca. — Any bocejou e recostou‑se na cadeira. — Desculpa. — Sorriu para Alfonso. — Estive acordada até tarde.
A descontração dela naquela manhã não era fingida. Any sentia‑se à vontade. Tinha‑lhe dito que o amava, agira com base nesse amor e não se arrependia. A tensão que sentira antes resultara do fato de insistir em lutar contra os próprios instintos e em esconder a verdade. — Estava a pensar se poderia abandonar por momentos os meus valores e chamar alguém para me trazer café. — Bocejou de novo.
Ele observou‑a atentamente enquanto ela se espreguiçava voluptuosamente.
— Não gostas de criados, pois não?
— Claro que gosto. — Any apoiou os cotovelos nos joelhos. — Não gosto é de os ter. E quanto ao café, eu própria não me importava de o fazer mas o François não gosta que ninguém se meta na cozinha dele.
— Porque é que não gostas de os ter?
— Alfonso, não consigo filosofar adequadamente só com três horas de sono. — Suspirou quando ele não disse nada e continuou a fita‑la. — De que cor são os olhos da Millicent?
— A que propósito vem isso?
— Para realçar que as pessoas raramente reparam em quem as serve. Eu servi à mesa na faculdade e…
— Eras empregada de mesa?
— Sim. Isso surpreende‑te?
— Estou perplexo! — Sorriu para ela. — Não consigo imaginar‑te a equilibrar tabuleiros e a anotar pedidos.
— Eu era uma ótima empregada de mesa. — Any franziu a testa e ajeitou os óculos sobre o nariz. — O que é que eu estava a tentar dizer?
— Quando?
— Como é que consegues estar tão desperto e implicante quando não dormiste mais do que eu?
Ele sorriu enquanto se levantava e se dirigia a ela. — Porque tenho estado aqui a ouvir‑te falar sobre os Arapho e as diversas tribos das Grandes Planícies e a pensar que o que mais quero é fazer amor contigo outra vez. — Levantou‑a da cadeira. — Agora!
Any aceitou o beijo com um murmúrio de concordância. Se tivera alguma desilusão, fora a de não ter sido capaz de acordar ao lado dele naquela manhã. Mas tinha de pensar em Alison. A última noite tinha sido demasiado curta, pensou ela com a boca ardendo sob a dele. E a daquele dia ainda ia demorar a chegar.
— Não me parece que consigamos adiantar muito o trabalho desta forma — sussurrou ela.
— Não vamos fazer trabalho nenhum. — Alfonso tirou‑lhe os óculos e pousou‑os atrás dele sobre a mesa. — Anda.
— Onde?
— Lá para cima. — Já estava a puxa‑la em direção à porta.
— Alfonso. — Any riu‑se e tentou libertar‑se. — São onze da manhã.
— Onze e dez — corrigiu ele, olhando para o relógio quando atravessaram a sala de estar.
— Alofnso, não estás a falar a sério, pois não?
— Diz‑me isso daqui a meia hora. — Começou a empurra‑la escada acima. — A Alison está na escola, a minha mãe está numa das famosas reuniões sociais e eu quero‑te. — Abriu a porta do quarto. — Na minha cama.
Prévia do próximo capítulo
Ela viu‑se dentro do quarto presa nos braços dele. Não havia como negar a fome dele. Já se sentia zonza. A boca dele devorava a dela como se ele estivesse sedento do seu sabor. — Alfonso. — Any conseguiu respirar quando os lábios dele desceram até ao pescoço. — Não estamos propriamente sozinhos aqui. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29
Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AMEI ESSA WEB. -
annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15
adoro sua web, é demais
posta +++++++ -
annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53
vai desiste dessa web?
por favor continua vai -
annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38
posta +++++++++++++++++++
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mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05
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mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29
POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49
Q
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O
M
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I
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vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!! -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!!