Fanfics Brasil - Uma ultima noite AyA [terminada]

Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]


Capítulo: 18? Capítulo

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Alfonso chegou à conclusão de que não se estava a habituar a Any com o passar do tempo, mas que cada vez se sentia mais intrigado com ela. A elegante cooperativa que dava para o Central Park estava apinhada de membros do mundo literário: escritores, editores, agentes literários. Mas ela era o vórtice. Outras mulheres cintilavam com jóias, diamantes, safiras,


esmeraldas. Ela não precisava de nada disso.


Estava sentada no braço de um cadeirão, bebericando champanhe e rindo com Simon Germaine, o presidente de uma das principais editoras do país. J. R. Richards estava debruçado sobre o ombro dela. Ia no quarto de uma série de romances de grande sucesso que tinham sido transpostos com enorme êxito para o cinema. Ao lado dela estava Agnes Greenfield, uma das melhores e mais implacáveis agentes do ramo. Ela representava Alfonso há dez anos e ele percebeu que era a primeira vez que a via sorrir. Enquanto


a observava, Any pousou uma mão no ombro de Germaine e disselhe algo que o fez atirar a cabeça para trás e rir às gargalhadas.


Os olhos de Any levantaramse e encontraram Alfonso no meio da multidão. Ela sorriu lentamente enquanto levantava o copo para mais um gole. Uma onda de desejo percorreuo, fazendoo quase perder o equilíbrio.


Como é que ela faz isto? – indagouse. Como é que me faz desejala desta forma quando ainda há pouco a possuí? Quando é que me vou dar por satisfeito? Pôs as questões de parte e indagouse quanto tempo ainda faltaria para poderem sair dali e poder tela de novo só para si.


— O cisma cada vez maior entre a literatura elitista e popular tornou difícil para o leitor comum desfrutar de uma leitura agradável e leve sem se sentir culpado.


Any ergueu o sobrolho a J. R. quando Alfonso se aproximou. —Eu li os seus livros todos e tenho a consciência tranqüila. — Bebericou o champanhe e sorriu para Alfonso.


J. R. demorou algum tempo antes de começar a rir por entre dentes. — Acho que acabaram de me pôr no lugar. Sintome tentado a começar a colaborar se conseguir encontrar uma parceira como esta, Alfonso.—Tenho estado a tentar convencer a Any a escrever um livro.


— Germaine emborcou o whisky sem pestanejar. Tinha uma cara redonda e vermelha e um bigode grisalho sobre o lábio. Any achou que ele se parecia ligeiramente com um apresentador de programas infantis da televisão que ela via quando era criança.


— Agradeço, Simon. — Any prendeu os caracóis atrás das orelhas e cruzou as pernas. — Mas sempre achei que serse escritor significava serse frugal com as palavras. Eu sou muito pródiga com as minhas.


— É realmente uma ótima contadora de histórias, Any. — Deulhe umas palmadinhas amigáveis no joelho e ela viu Alfonso erguer uma sobrancelha. — Tenho editores para lidar com o excesso.


— E sou temperamental. — Any terminou o champanhe e entregaramlhe imediatamente outra taça. — Obrigada. — Lançou um sorriso amigável a J. R.


— Que escritor não é? — Germaine bufou e puxou de um charuto.


— És temperamental, Alfonso?


— Por vezes.


— Eu sou uma colaboradora sempre difícil, o que, pelo menos, me torna previsível — interpôs Any.


— Se há coisa que descobri é que não és nada previsível. — Alfonso ergueu a taça de champanhe.


— O elogio perfeito. Alfonso, está ali um caviar com ótimo aspecto. Não me sentiria bem se não me empanturrasse.


Atravessaram a sala até um bufete suntuosamente preparado. Alfonso observou Any pôr caviar numa tosta. — Tu e o Germaine parecem terse entendido muito bem.


— Ele é um querido — disse Any de boca cheia. Já estava a pegar noutra tosta. — Deus! Estou a morrer de fome! Sabes que horas são, de acordo com o horário da costa oeste? Comemos no avião? Nunca me lembro do que acontece a trinta mil pés de altitude.


— Querido? — repetiu Alfonso, ignorando o resto. O adjetivo aplicado a Germaine foi suficiente para lhe prender a atenção. — Acho que nunca tinha ouvido ninguém descrevelo nesses termos.


— Ah, já ouvi as histórias. — Any começou a procurar outra coisa e encontrou uma travessa de camarões. — O paraíso — murmurou ela por entre dentes, espetando um com um palito. — É suposto ele ser rijo como couro e mau como um cão esfaimado. O que é isto? — Apontou para outra travessa.


— Língua de vaca.


— Vamos passar isso — decidiu. Serviuse de mais um camarão.


— Eu gosto dele.


— Aparentemente, o sentimento é mútuo.


Any sorriu e parou o tempo suficiente para beber um pouco de champanhe.


— A tua sensibilidade foi atingida quando ele pôs a mão em cima do meu joelho. Ficas terrivelmente querido quando és reservado e convencional, Alfonso. Ficarias extremamente embaraçado se eu te beijasse neste preciso momento?


Ela estava a picalo e ele sabia. Com firmeza, agarroua pela nuca e puxoua. Os olhos dela riramse para ele antes de ele lhe dar um beijo longo e violento. Ela tinha o sabor forte e exótico da comida do bufete. Quando a afastou, Any ainda estava a sorrir.


— O caviar é bom, não é?


— Aparentemente, é algo de que gosto bastante.


Any virouse e cobriu outra tosta. — Come mais um pouco — convidou com um sorriso provocador. — Nem eu consigo fartarme.


Alfonso deu uma dentada na tosta que ela lhe levou à boca. — Querote fora daqui — disselhe em voz baixa. — Querote a sós, onde possa arrancarte essa roupa, peça a peça.


— Uma proposta interessante — murmurou Any, levando um dedo à gravata dele. — Posso fazerte o mesmo?


— Deves.


— Alfonso! — Uma mulher robusta, na casa dos quarenta e desavergonhadamente loura e curvilínea, aproximouse dos dois. Any reconheceua de fotos dos jornais como sendo Serena Newport, uma romancista de renome que escrevia livros cheios de homens bons e de sexo.


Serena beijou Alfonso em ambas as faces. — Não costumas aparecer nestas coisas — queixouse ela. — Eu gosto de ser vista com homens de classe.


— Serena. É um prazer reverte.


— E quem é esta? — Olhou intensamente para Any. — Deus! Magra como um palito e extremamente atraente! Se eu ficar aqui demasiado tempo, vou acabar por parecer um elefante albino. És escritora, querida? Quem é que te pinta o cabelo?


— Uma fã, e o cabelo é natural.


— Deus, que horror! — Pôs a mão na anca larga e abanou a cabeça.


— Não a parte da fã, mas a do cabelo. É natural? Terrivelmente injusto. E és fã de quem? Do Alfonso ou minha?


— De ambos. — Any estava a gostar cada vez mais dela.


Serena riuse. — Isso é muito invulgar. Não é qualquer pessoa que lê Última Abstinência e A Vitoria da Paixão, pois não, Alfonso?


— A Any é invulgar, Serena. Serena Newport, Anahí Portillo.


— E o que fazes? Já sei. — Levantou uma mão antes que Any pudesse responder. — Não me digas… és modelo.


Any sorriu, divertida.


— Não… atriz — afirmou ela, mudando de idéias. — Tens um rosto bastante expressivo.


— Obrigada, mas não sou atriz profissional. Só em situações do diaadia.


— E inteligente também — murmurou Serena. — Não és uma agente que está a tentar tirar o Alfonso à Agnes?


— Não, se dou valor à vida — respondeu Any.


— Bem, querida, estou fascinada e completamente desorientada. — Serena fez sinal a um empregado que estava de passagem e agarrou numa taça de champanhe. Tinha os dedos cheios de anéis com enormes pedras preciosas, e as unhas eram de um vermelhovivo. — O que fazes, então?


— Sou antropóloga.


— Estás a brincar. — Serena olhou para Alfonso para confirmar. — Ela está a brincar?


— Não farias essa pergunta se a questionasses sobre os rituais tribais dos Sioux — respondeu Alfonso, e terminou a bebida.


— Não me digas!


— A Any está a colaborar comigo num livro.


— Humm. — Serena bebeu um bom gole de champanhe. — Por acaso não sabes nada de interessante sobre os Algonquinos, sabes, querida?


— Originalmente uma tribo da América do Norte que foi dispersa pelos Iroqueses no século dezessete. A maioria implantouse no Quebeque e Ontário — retrucou Any.


— Destino! — exclamou Serena, agarrando no braço de Any. — Acreditas no destino, querida?


Amy olhou para Alfonso e sorriu. — Por acaso, acredito.


— Acabo de iniciar um livro. A primeira parte passase em Inglaterra, mas na segunda o meu aristocrata falido vai para as colónias. Está meio faminto e quase a morrer quando encontra um grupo de Algonquinos. Eles não iriam escalpalo nem fazer nada de horrível, pois não?


Any sorriu. — Muitos dos Algonquinos foram durante algum tempo amigos dos brancos. Depende de que tribo está a falar. Contudo…


— Perfeito. Maravilhoso. — Serena enfiou o braço de Any no seu. — Vou roubala por uma hora, Alfonso. É bom de mais para perder esta oportunidade. Toma mais um bocado de champanhe. — Deulhe uma palmadinha maternal na bochecha. — Mandota de volta quando terminar.


Any olhou para trás e encolheu os ombros enquanto era arrastada.



— Foi a primeira vez que conheci alguém que consegue falar mais do que eu — disse Any mais tarde. Encostouse no banco traseiro do táxi e aninhouse na curva do braço de Alfonso. — Reconheçoo com humildade.


— Pensei seriamente em estrangulala depois da primeira hora. — Ela estava perto e o aroma dos seus cabelos pairava sobre ele. Any estava quente e ligeiramente ensonada, e um pouco alegre do champanhe. Ele desejavaa. — Ela massacroute durante duas horas e dez minutos.


Any riu baixinho. — É uma pessoa maravilhosa.


— Também sempre achei, até esta noite.


— Ela gosta muito de ti. — Any sorriu para ele. — Disseme que eras um escritor maravilhoso e um homem encantador, especialmente quando te esqueces de ser educado. - Riuse quando o viu erguer a sobrancelha.


— Eu tive de concordar com ela.


— Se os livros da Serena forem um barómetro, ela prefere um tipo mais… rudimentar.


— Oh, Alfonso! Adoro quando te armas em fino. — Mordiscoulhe a orelha. — Porque não me beijas outra vez como me beijaste na festa? Tipo macho dominante.


— Raios te partam, Any. — Estava a rir quando cobriu os lábios dela.


— Ui! Tratame mal e eu sou tua — murmurou ela.


— Tem cuidado — avisou ele, sentindose cada vez mais excitado apesar da brincadeira. - Perdi a paciência há uma hora.


Any riuse outra vez e encostou a cabeça zonza no ombro dele.  E ele ardia de desejo por ela, ardia com uma intensidade que só ela podia satisfazer. Ela suspirou e aconchegouse. — Serena Newport, A Mulher de Chesterfield.


Ela estava mais do que alegre com o champanhe, percebeu Alfonso.


Estava praticamente embriagada. — Any, estás com os copos — disse ele, divertido.


— Bem dito — concordou ela. — Vocês escritores têm bastante jeito para as palavras. — Aproximou a boca da dele. — Vais aproveitarte da minha condição?


— Claro.


— Ah, ainda bem. — Colocou os braços em volta do pescoço dele. — Começa agora.


O táxi encostou e Alfonso desenleouse. — Acho que é melhor pagar primeiro ao taxista.


— Detalhes. — Any saiu para o passeio com a ajuda do porteiro. O ar frio, ainda cheirando a neve, chicoteavalhe as faces. Mas em nada contribuiu para lhe clarear as idéias. — Alfonso. — Deulhe o braço quando ele chegou ao pé dela. — Acabo de me lembrar de uma coisa que me disseste no táxi sobre o barómetro da Serena. Isso quer dizer que lês os livros dela?


— Claro que leio os livros dela. — Alfonso conduziu Any através das portas e do átrio do hotel. — Isso surpreendete?


— Estou pasmada.


— O que é de pasmar é que consigas agüentarte de pé — ripostou ele, premindo o botão do elevador.


— Mas, Alfonso, tenho dificuldade em imaginarte a ler A Mulher de Chesterfield. — Any deixouse arrastar para dentro do elevador.


— Porquê? — Ele premiu o botão do andar correspondente e puxoua para os braços. — Citando o Germaine, ela é uma ótima contadora de histórias.


Alfonso começou a beijala com uma fome rápida e desesperada que a fez perder o equilíbrio. Ela ficaria tonta, mesmo sem o champanhe. Any sentiu a seda fria contra a pele quando ele passou a mão pelas suas costas.


Foi aquecendo lentamente, até ficar totalmente rendida nos braços dele. Paixão temperada com vinho efervescia com o toque dele. A boca dela era macia sob a dele, e a língua dele entrou em busca da dela. As coxas dela estremeciam com desejo e a cabeça não parava de girar. Ela estava zonza, excitada e mole. Já não conseguia agarrarse e entregouse por completo.


— Céus, Any. Nunca vi um elevador tão lento. — Enterrou a cara nos cabelos dela e tentou recuperar a própria sanidade. Ela estava tão maleável, tão completamente disposta a que ele a amasse; Alfonso sentiuse incrivelmente forte. Nunca pensara que até a fraqueza dela o pudesse excitar quando tinha sido precisamente a força que o atraíra a princípio.


A porta do elevador abriuse e ele conduziua pelo corredor.



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— Alfonso. — Any virou‑se de novo para ele, encostando‑se com o rosto levantado. Os olhos dela estavam turvos, mas percebia‑se o sorriso. — O que foi? — Lembras‑te o que o Chesterfield faz à Melanie no capítulo oito mesmo antes de o navio ser atacado pela fragata britânica? Ele sorriu, lembrando‑se ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



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  • Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29

    Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38

    LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    AMEI ESSA WEB.

  • annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15

    adoro sua web, é demais
    posta +++++++

  • annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53

    vai desiste dessa web?
    por favor continua vai

  • annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38

    posta +++++++++++++++++++
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  • mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05

    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29

    POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49


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  • vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41

    AMEIIIII
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!

  • vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41

    AMEIIIII
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!


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