Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]
— Alfonso. — Any virou‑se de novo para ele, encostando‑se com o rosto levantado. Os olhos dela estavam turvos, mas percebia‑se o sorriso.
— O que foi?
— Lembras‑te o que o Chesterfield faz à Melanie no capítulo oito mesmo antes de o navio ser atacado pela fragata britânica?
Ele sorriu, lembrando‑se muito bem. — Sim, por acaso, lembro‑me. Porquê?
— Bem… — Any pôs de novo os braços em volta do pescoço dele.
— Estava a pensar… uma idéia puramente acadêmica… se a ficção poderia ser transposta para a realidade. Estou a pensar fazer um artigo sobre o assunto.
— E gostavas que eu te ajudasse a testares a tua teoria?
— Exatamente. — Passou uma mão pelo cabelo dele. — Importas‑te?
— No interesse da academia, posso deixar‑me persuadir. — Tomou‑a nos braços. — Não começava mais ou menos assim? — Enfiou a chave na fechadura e levou‑a para dentro.
Ela ainda estava a dormir quando ele acordou. Alfonso sentiu imediatamente o calor dela e o suave toque dos cabelos dela no seu ombro. O quarto ainda estava pouco iluminado, com as pesadas cortinas corridas, mas uma vista de olhos ao relógio informou‑o de que já era manhã. Alfonso tinha uma reunião marcada para daí a pouco mais de uma hora. Com um
suspiro, olhou para Any.
Nunca vira ninguém dormir tão profundamente. Afastou‑lhe o cabelo da testa. Ela nem se mexeu. Alfonso pensou em como ela fora na noite anterior; a sexualidade sonolenta, o riso rouco, os olhos pesados. Se ele fosse um homem fantasioso, teria achado que se tratava de uma bruxa. Ela tinha algo do outro mundo. Cada vez que tinha algum poder sobre ela, acabava por ser apanhado pelo dela.
Mas naquele momento, enquanto dormia, ela era como qualquer outra mulher. Naquele momento era apenas uma mulher a descansar de uma noite de champanhe e amor. Por isso, como é que, mesmo assim, ainda o atraía? Enquanto dormia, não podia lancar‑lhe nenhum olhar sedutor nem aqueles olhares que eram simultaneamente convidativos e o desafiavam.
E, ainda assim, sentia‑se atraído por ela. Beijou‑a nos lábios. O beijo foi suave e Any não se mexeu. Ele tinha desejado aquilo: acordar ao lado dela. Acorda‑la. Os lábios dela eram tão macios que ele achava que podia perder‑se neles. Murmurou o nome dela e beijou‑a de
novo. O rosto dela era pálido sem a maquilhagem e tinha meia dúzia de sardas sobre o nariz. Beijou‑lhe a face, e com a mão procurou‑lhe o seio. Ela não acordou, não se mexeu, mas suspirou no sono como se estivesse a sonhar com ele. Alfonso encontrou a pulsação no pescoço dela com os lábios e sentiu‑a lenta. A sua estava a começar a acelerar.
Acariciou‑a docemente, sentindo a paixão aumentar. Conhecendo a excitação da possessão, percorreu‑a com a mão de cima a baixo. A pele no interior das coxas era suave como água. Alfonso gemeu, atordoado com o desejo que sentia por ela.
Levou a boca à orelha dela, à têmpora, e depois regressou à boca para a beijar com fervor. Any acordou lentamente do sonho e moveu os lábios sob os dele com um gemido baixo. O coração dela disparou subitamente sob a mão dele. Ele penetrou‑a antes de ela estar totalmente acordada, conduzindo‑a a uma paixão tão delirante como a sua.
Any estava de novo aninhada nele, braços bem apertados, cabeça pousada no ombro. Suspirou e beijou onde os lábios chegavam com facilidade.
— Bom dia — murmurou.
Ela conseguia arrancar algo de primitivo nele que ele não tinha a certeza de lhe agradar. Alfonso nunca experimentara o grau de paixão que ela conseguia extrair dele. O riso na voz dela era irresistível. — Bom dia. Como te sentes?
— Humm… maravilhosamente. — Aconchegou‑se mais a ele. — E tu?
— Ótimo, mas não era eu que estava a cambalear ontem à noite. — Afastou‑se apenas o suficiente para conseguir olhar para ela. Os olhos dela estavam límpidos. A covinha na bochecha surgiu quando ela sorriu.
— Nada de ressaca? Tens direito a uma.
— Eu nunca tenho ressacas. — Beijou‑o ao de leve. — Recuso‑me a acreditar nelas. — Rolou até ficar encostada ao peito dele a olhar para ele.
— Já pensaste na quantidade de chatices que podiam ser evitadas se simplesmente não acreditássemos nas ressacas?
— Uma teoria interessante.
— Tenho dúzias delas.
— Já reparei. — Sorriu e passou um dedo pela face dela. — A tua teoria ontem à noite foi particularmente interessante.
Any riu‑se e encostou a testa ao peito dele. — Funcionou.
— Lindamente.
— Vamos contar à Serena? — Levantou novamente a cabeça e os olhos estavam vivos com humor.
— Acho que não.
Any beijou‑o de novo, mais lentamente. — Lembras‑te de eu te ter dito uma vez que tinhas um corpo estupendo?
— Sim. Recordo‑me de ter ficado surpreendido na altura. Mas nessa altura não te conhecia tão bem.
Any suspirou ao sentir as mãos dele descerem até às ancas. — Ainda acho. —Encostou a cara ao peito dele. Sentia uma alegria que nunca sentira antes. — Hoje tens reuniões, não tens?
— Sim. Tenho uma… — Levantou o braço para olhar para o relógio.
— Daqui a cerca de meia hora. Vou chegar atrasado.
— Se estivéssemos nas Fiji, podíamos ficar assim o dia todo e não ias precisar de nenhum relógio — murmurou ela.
— Se estivéssemos nas Fiji, não terias tido a tua neve — retrucou ele.
Any suspirou de novo e fechou os olhos. — És tão lógico, Alfonso. É uma das coisas de que mais gosto em ti.
Ele ficou calado por um momento. Ela não lhe falava em amor desde
O primeiro dia em que lho confessara. Alfonso desejara ouvi‑lo de novo para poder explorar a própria reação. Naquele momento sentiu‑a começar a adormecer outra vez.
— Não gosto de te deixar sozinha — murmurou.
— Há milhares de pessoas ali fora. — Any bocejou e aninhou‑se sob as cobertas. — Não vou estar sozinha.
— Preferia estar contigo.
— Não te preocupes comigo, Alfonso. Vou procurar uma sweatshirt e umas calças de ganga para a Alison. Alguma coisa barata e simbólica com que ela possa andar à vontade em casa.
— Para fazer esculturas de lama? — Sentiu um sorriso formar‑se‑lhe novamente nos lábios.
— Hum‑hum. — Ela sorriu, lembrando‑se da expressão na cara dele no primeiro dia em que ela e Alison as tinham feito. — E quero ver todas as decorações de Natal. Vou divertir‑me muito mais do que tu.
— Podes interromper a tua agenda para ires almoçar comigo?
— Talvez. Onde?
— Onde gostavas de ir? — Ele sabia que já devia estar a vestir‑se, mas não conseguia mexer‑se.
— No Rajah — disse ela, sonolenta. — Na Forty‑eight Street.
— Então, às duas.
— Ok. Eu trouxe o meu relógio? — perguntou‑lhe ela.
— Nunca te vi de relógio.
— Trago‑o dentro da mala para não me sentir intimidada.
Ele beijou‑lhe o cimo da cabeça. — Tenho de me levantar. Se ficar muito mais, vou ter de fazer amor contigo outra vez.
Ela levantou o rosto, e os olhos estavam meio fechados. — Prometes?
Ele puxou‑a para os braços.
…
—Vinte minutos atrasado. — Agnes olhou irritada para o relógio.
— Não é nada teu costume, Alfonso.
— Desculpa, Agnes. — Alfonso instalou‑se numa cadeira de pele. Agnes estava sentada atrás de uma secretária de dois metros apinhada de manuscritos
e memorandos. Alfonso sempre achara que, sentada atrás daquela mesa, ela parecia um general a planear uma batalha.
— Bem. — Ela viu o humor nos olhos dele e recostou‑se, batucando com um lápis no lábio. — Espero que tenha valido a pena.
Alfonso levantou uma sobrancelha e não disse nada. Agnes não esperara outra coisa. Nunca fora capaz de o apanhar. Um sujeito muito controlado, pensou ela. Lembrou‑se da mulher animada que ele levara à festa da noite anterior. Uma combinação interessante.
— Acerca da tua colaboradora — começou Agnes, desviando alguns papéis. — É tão boa como te fizeram crer?
— Melhor — disse‑lhe ele.
Ela anuiu com a cabeça. — Então é dinheiro bem aplicado.
— Quero que ela fique com uma percentagem dos direitos.
— Uma percentagem dos direitos? — Agnes franziu o sobrolho e ajeitou‑se na cadeira. — Contrataste‑a por um montante fixo.
— Ela também vai receber isso. — Alfonso recostou‑se e entrelaçou os dedos.
— Alfonso, o montante que lhe vais pagar é bastante generoso. — A voz dela era paciente. — A tua vida pessoal é uma coisa, mas negócio é negócio.
— Isto é negócio — replicou ele. A voz de Alfonso também era paciente, mas firme. Agnes reconheceu o tom e reprimiu um suspiro. Para além de ser controlado e cauteloso, ele era teimoso e ela sabia disso. — Quando redigimos o acordo original, nunca pensei poder extrair tanto dela. Agnes, o livro é quase tanto dela quanto meu. Ela tem direito a lucrar com ele.
— Ética. — Agnes suspirou. — Tens um caráter tão reto, Alfonso.
— Também tu, Agnes. — Sorriu para ela. — Ou não serias minha agente. Agnes encolheu os ombros. — Que percentagem tinhas em mente?
…
Any mexia‑se com dificuldade na Gimbel’s e estava a adorar. Tinha dado de caras com uma promoção e levava três sweatshirts e dois pares de calças. Compras era uma coisa que ela raramente fazia, mas quando fazia, fazia‑o apaixonadamente. Era capaz de gastar trezentos dólares num vestido sem quaisquer remorsos e regatear furiosamente por causa de uma camisola de cinco dólares. Passava com dificuldade por entre as multidões e vasculhava alegremente pechinchas de loja em loja.
Ao passar por uma montra, detectou um unicórnio de estanho de dois centímetros e meio de altura e correu para dentro da loja para perguntar o preço. Um rugido no estômago lembrou‑a das horas e ela começou a revistar a mala à procura do relógio.
— Seis e vinte e sete — murmurou por entre dentes, franzindo o sobrolho.
— Não me parece. — Voltou a enfia‑lo na mala e sorriu para o empregado
que estava a embrulhar o unicórnio. — Sabe dizer‑me que horas são? — Uma e cinqüenta. — Respondeu ele ao sorriso.
Decidindo que conseguia fazer vinte quarteirões em dez minutos em passo acelerado, pos‑se a caminho sem chamar um táxi. Quando chegou ao Rajah, tinha as bochechas vermelhas e os olhos brilhantes. Atravessou o pórtico elaborado e entrou.
Foi recebida pelo calor. Era uma sensação maravilhosa depois do frio cortante, e ela tirou as luvas e enfiou‑as na mala.
— Senhora.
Sorriu para o recepcionista. — Alfonso Herrera.
— O Sr. Herrera acabou de chegar. — Fez‑lhe uma vénia. — Por aqui, por favor.
Três horas de compras sem ter tomado o pequeno‑almoço tinham‑na deixado faminta. Alfonso viu‑a aproximar‑se e levantou‑se.
— Olá. — Beijou‑o e depois deixou‑o ajuda‑la a despir o casaco.
— Estou a ver que estavas a falar a sério sobre as compras — comentou ele, olhando para o saco antes de ela o enfiar debaixo da mesa.
— Completamente — concordou ela enquanto se sentava. — Comprei‑te um presente. Podes abri‑lo depois de eu ver o cardápio. Estou esfomeada.
— Queres primeiro um pouco de vinho? — Fez sinal ao empregado que estava ao seu lado enquanto Any examinava a lista.
— O caranguejo de Goa é sempre bom. E a espetada de Barra também. — Pousou o cardápio e sorriu. — Acho que vou querer os dois. Andar às compras abre‑me o apetite.
— Parece que tudo te abre o apetite — comentou Alfonso ironicamente.
Segurou‑lhe na mão, sentindo necessidade de lhe tocar. — Já te vi comer. É espantoso. — Levou a mão dela aos lábios. — Compraste‑me mesmo um presente?
— Sim. Está no saco com as sweatshirts da Alison. — Any esticou o braço para o procurar e pegou na caixa. — Podes abri‑lo se prometeres encomendar imediatamente a seguir.
— De acordo. — Ele levantou a tampa da caixa e destapou o unicórnio.
— É para dar sorte — disse‑lhe Any quando o empregado apareceu com o vinho. — Nada pode dar errado com um unicórnio. Estive quase para te comprar um autocolante com uma frase obscena, mas não me pareceu que ficasse muito bem no teu Mercedes.
— Any. — Emocionado, ele pegou de novo na mão dela. — És muito querida. — Alfonso provou o vinho e acenou afirmativamente com a cabeça. — Para a senhora é caranguejo de Goa e espetada de Barra. Eu quero caril de peixe.
— Quanta fome tens? — perguntou ela quando o empregado se retirou.
— Alguma. Porquê?
— Estava a pensar se poderia provar um bocado do teu peixe. — Any sorriu quando ele se riu e enfiou a pequena caixa no bolso.
— Então compraste um unicórnio para mim e camisolas para a Alison. Compraste alguma coisa para ti?
— Não. —Any afastou o cabelo dos olhos, pousou os cotovelos na mesa e apoiou o queixo nas mãos. — Havia uns brincos na loja onde comprei o unicórnio, umas gotinhas cintilantes em ouro, mas não quiseram regatear o preço. Eu estava com vontade de regatear. E fiquei com fome. — Sorriu e pegou no copo de vinho. — Como correu a tua reunião?
— Bem. — Tinha considerado discutir os direitos com ela e decidira não o fazer. Ela poderia objetar, citando o argumento de Agnes sobre o acordo original e, de qualquer forma, ele não queria que os negócios se intrometessem no tempo que passavam juntos. Só lhes restava uma noite. — Tenho outra às quatro com o Germaine. Ele vai provavelmente
pedir‑me para usar a minha influência para te convencer a escrever o tal livro.
Any riu‑se e abanou a cabeça. — Acho que a escrita está segura nas tuas mãos. Mas da‑lhe os meu cumprimentos.
— O que gostarias de fazer esta noite? — Colocaram um cesto de pão à frente deles e Any atacou‑o imediatamente. — Gostavas de ver uma peça?
— Humm… um musical. — Untou profusamente o pão com manteiga e ofereceu‑lhe um bocadinho. Alfonso abanou a cabeça, sorrindo quando ela deu uma enorme dentada. — Alguma coisa com muitas luzes e um final feliz.
— Encontramo‑nos no hotel às seis?
Any anuiu com a cabeça e depois pegou noutro pedaço de pão. — Ok. — Semicerrando os olhos, calculou o tempo entre as seis e o início do espetáculo. Sorriu sobre o rebordo do copo. — É melhor planearmos um jantar tardio.
…
Anahí estava a sonhar. Era um sonho familiar, demasiado familiar, e a
sua mente lutava para o rejeitar antes que este a dominasse. Estava sozinha,
repentinamente largada num mar branco puro dentro de um pequeno
barco. Ela sabia o que iria acontecer em seguida e tentou afastar a
imagem. Mas não foi suficientemente forte.
89
O barco começou a oscilar quando o vento aumentou de intensidade,
mas ela não tinha vela nem remos para se orientar. Tanto quanto a vista
alcançava, só havia água. Não havia hipótese de nadar até terra. Estava perdida,
sozinha e com medo. Era apenas uma criança.
Quando viu o navio vir na sua direcção, gritou, cheia de esperança. O
avô estava ao leme e, erguendo uma mão, atirou‑lhe uma bóia salva‑vidas.
Antes que ela conseguisse alcanca‑la, surgiu outro navio à direita. O movimento
dos dois navios fez o pequeno barco começar a oscilar perigosamente.
A água atingia‑lhe o rosto e depressa encheu o barco até à altura
dos tornozelos. Ela estava no meio enquanto cada navio tentava puxa‑la
para bordo.
Anahí não conseguia alcançar a bóia do avô. As ondas faziam‑na
desequilibrar‑se dentro do barco até ela gritar de frustração e lhe pedir
que a fosse buscar. Ele abanou a cabeça e recolheu a bóia. Ela estava muito
mais próxima do segundo navio. Mas as ondas eram cada vez maiores
e atiraram‑na para dentro de água. O mar tapou‑lhe a cabeça, a luz.
— Não!
Sentou‑se subitamente na cama, tapando a cara com as mãos.
— ANahí. — O grito dela tinha acordado Alfonso. Ele tocou‑lhe e
viu que ela estava gelada e a tremer. — O que se passa?
— Foi só um sonho. — Ela tentava controlar‑se. — Estou bem, não
foi nada.
A voz dela tremia tão desesperadamente como o corpo e, embora
ela resistisse, ele puxou‑a para perto. — Não estás nada bem. Estás gelada.
Agarra‑te a mim.
Anahpí queria fazer o que ele dizia, mas estava com medo. Já dependia
demasiado dele. Sempre tinha enfrentado sozinha o sonho, e era o que ia
fazer. — Não, eu estou bem.
A voz tornou‑se mais ríspida quando ela se libertou dos braços dele.
Levantou‑se da cama e vestiu o robe. Quando Alfonso acendeu o candeeiro
da mesa‑de‑cabeceira, ela começou à procura dos cigarros. Ele continuou
a observa‑la enquanto pegava no próprio robe. A cara dela tinha perdido
toda a cor, e os olhos estavam escuros de medo. Anahí tremia da cabeça
aos pés, e a respiração ainda era irregular.
Quando encontrou o maço, tirou com dificuldade um cigarro.
— Sou uma cientista; sei o que é um sonho. — Tapou a boca com a mão
ao ouvir a insegurança na própria voz. Tinha os dentes a bater. — Uma
sequência de sensações, imagens e pensamentos que passam pela mente
adormecida de uma pessoa. Não é real. — Pegou no isqueiro de Alfonso,
mas a mão tremia‑lhe e ela não conseguiu acender o cigarro.
Alfonso aproximou‑se silenciosamente dela. Pegou no cigarro e no isqueiro que ela tinha na mão e pousou‑os na mesa. — Anahí. — Colocou
as mãos nos ombros dela, sentindo‑a estremecer convulsivamente sob as
palmas. — Pára com isso. Deixa‑me ajudar‑te.
— Daqui a nada já estou bem. — Ela retesou‑se quando ele a abraçou
de novo. — Alfonso, por favor. Não suporto desmoronar desta forma.
Odeio.—
Tens de enfrentar tudo sozinha? — Alfonso acariciou‑lhe as costas,
tentando aquece‑la. — Precisares de consolo torna‑te fraca? Se eu precisasse
de ser abraçado, tu viravas‑me as costas? Anahí, deixa‑me ajudar‑te.
Com um soluço, ela agarrou‑se e encostou o rosto ao pescoço dele.
— Oh, Alfonso! Assusta‑me tanto como da primeira vez.
Sem dizer nada, ele pegou‑a ao colo e levou‑a de volta para a cama.
Deitou‑a e abracou‑a com força. — Já o tiveste outras vezes?
— Desde criança. — A voz dela era abafada contra o peito dele. Ele
conseguia sentir o bater acelerado do coração dela. — Já não o tenho com
muita frequência. Às vezes passam‑se anos sem o ter. — Fechou os olhos e
tentou estabilizar a respiração. — Quando o tenho, é sempre a mesma coisa,
sempre tão vívido!
Prévia do próximo capítulo
Os tremores tinham diminuído, mas ele manteve‑a bem segura nos braços. Anahí estava a despertar algo de novo nele: a necessidade de proteger. — Conta‑me. Ela abanou a cabeça. — É uma tolice. — Conta‑me à mesma. Ela manteve‑se em silêncio por um momento e depois, com um suspiro, co ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29
Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AMEI ESSA WEB. -
annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15
adoro sua web, é demais
posta +++++++ -
annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53
vai desiste dessa web?
por favor continua vai -
annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++ -
mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29
POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49
Q
U
E
R
O
M
A
I
S -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!! -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!!