Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]
Os tremores tinham diminuído, mas ele manteve‑a bem segura nos
braços. Anahí estava a despertar algo de novo nele: a necessidade de proteger.
— Conta‑me.
Ela abanou a cabeça. — É uma tolice.
— Conta‑me à mesma.
Ela manteve‑se em silêncio por um momento e depois, com um suspiro,
começou. A descrição foi sucinta e as palavras não transmitiram qualquer
perturbação, mas ele conseguiu sentir a emoção subjacente. Era um
sonho extremamente simples de perceber, mas, também, era o sonho de
uma criança.
— Nunca o contei ao meu avô — continuou ela. — Sabia que o iria
perturbar. Só tive este sonho duas vezes durante o tempo em que estive
na faculdade. — A voz já estava mais firme e o abraço a Alfonso menos desesperado.
— Tive‑o uma vez quando li um novo artigo sobre o processo
de custódia que um jornalista tinha ido desenterrar quando um dos meus
tios se recandidatou ao Senado. E, de novo, na noite anterior à entrega dos
diplomas de curso. — Suspirou e sentiu o corpo relaxar.
— E desde então? — Alfonso sentira o medo e a tensão desaparecerem.
O corpo dela estava a aquecer.
— Mais algumas vezes. Uma vez, quando o meu avô estava com
pneumonia no hospital. Apanhei um susto de morte; ele está sempre a
transbordar saúde. Outra vez numa escavação. Tínhamos precisado de matar
um cão raivoso. Partiu‑me o coração. — Ela sentia‑se segura e começou
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a ficar outra vez com sono. Agora confiara‑lhe os seus receios assim como o
seu amor. Naquele momento sentia‑se feliz por alguém cuidar de si. — Isso
foi há dois anos. Não sei o que provocou isto esta noite.
Alfonso ouviu a voz dela engrossar e não disse nada. Está quase a adormecer,
pensou ele olhando para o tecto. Ele não ia dormir. A sua mente
estava demasiado ocupada com Anahí Portillo.
Quando a conhecera, achara‑a uma excêntrica determinada e com
imenso carisma. Agora percebia que havia muito mais para além disso.
A respiração dela já era estável e tranquila. No dia seguinte regressariam
a Palm Springs para terminarem o livro. Daí a algumas semanas,
Anahí concluiria a parte dela. Depois ficaria por conta dele.
Estendendo o braço, Alfonso pegou num charuto que estava em cima
da mesa‑de‑cabeceira e acendeu‑o. Fumou‑o em silêncio enquanto escutava
Anahí dormir profundamente.
Faltavam duas semanas para o Natal. Anahí sentia o tempo correr. A breve
pausa em Nova Iorque tinha contribuído imenso para a acalmar. Já
se sentia de novo no controlo da situação. Já era capaz de aceitar novamente
o que tinha com Alfonso, sem as dúvidas e o desconforto que se tinham
vindo a acumular. Amava‑o, precisava de estar com ele. Quando chegasse
a altura de sofrer as consequências, sofreria. Ainda assim, desejava que o
tempo não passasse tão rapidamente.
Por Alison, gostaria que o Natal chegasse rapidamente, mas por si,
podia esperar. Depois do Natal viria o Ano Novo. E, com o novo ano, a hora
de se ir embora.
Observar o simples prazer da criança ajudava‑a a distrair‑se dos problemas.
Durante duas semanas poderia passar o tempo livre a alegrar o
Natal da menina. A elegante grinalda e os sinos prateados que vira os criados
desempacotarem não eram realmente Natal. Ela passara um só Natal
formal na vida. Tinha‑lhe bastado.
— Alofnso! — Correu escada abaixo e irrompeu pelo gabinete de Alofnso.
— Tens de ver isto. Vem cá acima. — Estava a puxar‑lhe o braço e a
rir‑se.
— Anahí, estou ocupado.
— Pára um pouco — ordenou ela. — Trabalhas demasiado. — Inclinou‑se
e deu‑lhe um beijo rápido e intenso. — É realmente magnífico. Vais
adorar — garantiu ela. — Anda, Alfonso! Estarás de regresso antes que a tua
máquina de escrever dê pela tua falta.
Era difícil dizer‑lhe que não em qualquer situação, mas quando ela
lhe estava a puxar o braço e a rir‑se daquela forma, era impossível. — Está
bem. — Alfonso levantou‑se e deixou‑a arrasta‑lo para as escadas. — O que
é?
— Uma surpresa, claro! Sou doida por surpresas! — Quando chegaram
ao andar superior, Anahí abriu a porta do quarto e fez‑lhe sinal para
que entrasse. Ele olhou e depois examinou o quarto em silêncio.
Havia fitas de papel vermelhas e verdes penduradas por toda a parte,
entrelaçadas e de parede a parede. Ornamentavam a cama e emolduravam
as janelas. Havia anjos de cartolina, Pais Natais e duendes pendurados em
maçanetas de portas e uma meia de feltro vermelha a abarrotar de doces.
Uma estrela dourada pendia do meio do teto.
Alfonso deu uma volta e virou‑se de novo para Anahí. — Andaste a fazer redecoração?
— Não fui eu. — Pos‑se em bicos de pés e beijou‑o de novo. Ficava
encantada quando ele utilizava aquele tom seco. — Foi a Alison. Não é maravilhoso?
— Posso certamente afirmar que estou surpreendido. — Abanando
a cabeça, Alfonso olhou de novo em redor. — Posso realmente dizer que
nunca vi nada semelhante.
— Devias ver a casa de banho — disse‑lhe Anahí. — Está um espetáculo!
Ele sorriu para Anahí e fez balançar um duende. — E, como é óbvio,
disseste‑lhe que adoraste.
— E adoro mesmo — replicou Anahí. — É uma das coisas mais bonitas
que alguém já me fez. Ela queria que eu me sentisse em casa no Natal.
E agora sinto.
Alfonso fez‑lhe uma festa nos cabelos. — Se eu soubesse que fitas de
papel te faziam feliz, também tinha feito algumas.
Anahí sorriu e abracou‑se ao pescoço dele. — Sabes fazer?
— Acho que conseguia desenrascar‑me.
— Sabes fazer cordões de pipocas?
— O quê?
— Cordões de pipocas — repetiu Anahí, entrelaçando as mãos atrás
do pescoço dele. — O que eu gostava mesmo de fazer na véspera de Natal
eram cordões de pipocas para a árvore. E quero arranjar um cachorrinho
para a Alison.
— Espera um bocado. — Alfonso afastou‑a. — Às vezes demoro um
bocadinho a perceber as coisas.
— Diz apenas que sim a ambas e pensa na confusão que vamos evitar.
Não suporto uma árvore sem cordões de pipocas, Alfonso. É como se estivesse
nua. E a Alison precisa de um cachorrinho.
— Porquê?
— Porquê o quê?
Alfonso suspirou e esfregou a cana do nariz entre o polegar e o indicador.
Como é que ela conseguia fazer aquilo tantas vezes? — Porque é que a
Alison precisa de um cachorrinho?
— Primeiro, porque ela gostava de ter um. O que é uma boa razão.
— Sorriu para ele. — E um cachorrinho seria uma companhia e uma responsabilidade
para ela. O que achas de um cocker spaniel?
Alfonso encostou‑se à porta. — Sou forçado a admitir que nunca pensei
muito em cães.
— Então, da‑me um minuto — sugeriu ela. — É uma raça meiga, boa
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para as crianças. Um animal de estimação é muito importante na infância,
Alfonso. Ter um ensina uma variedade de coisas…
— Espera. — Alfonso levantou uma mão para a fazer calar. — Seria
mais simples se eu dissesse simplesmente que sim e nos poupasse muito
tempo.
—Eu disse‑te que eras lógico. — Anahí sorriu, satisfeita consigo própria.
Alfonso pôs as mãos nos ombros dela. — Também acho que é muito
atencioso da tua parte.
— Também eu — disse ela descontraidamente. — Sou uma pessoa
muito atenciosa.
— Pois és — disse ele, puxando‑a para os braços. — Quer gostes ou
não de ouvir, alteraste muito a vida da Alison… e a minha.
Ela não conseguiu dizer nada e encostou simplesmente a cabeça ao
peito dele. Amo os dois, pensou ela fechando os olhos com força.
— Isso quer também dizer sim às pipocas? — perguntou‑lhe ela. Sentia‑se
tão aconchegada nos braços dele, tão segura. Era impossível acreditar
que em breve teria de os deixar.
— Acho que não ia suportar ver uma árvore de Natal nua.
Ela apertou‑o. — Obrigada.
— Agora tenho eu um pedido a fazer‑te.
Anahí ergueu o rosto em direcção ao dele e sorriu. — O teu timing é
excepcional — disse. — Sou obrigada a dizer sim a quase tudo.
Ele beijou‑lhe o nariz. — Talvez seja bom lembrares‑te disso numa
altura mais oportuna, mas por agora talvez tenhas reparado que a minha
mãe tem andado a suspirar muito porque eu não fui a nenhuma das festas
de Natal.
— Por acaso, reparei. — Anahí manteve a voz descontraída. — E também
reparei o quão bem a ignoras — disse.
— Prática de uma vida inteira — disse Alfonso secamente. — Mas vai
haver um baile num clube no final da semana. Eu devia ir. Vem comigo.
— Estás a convidar‑me para sair, Alfonso?
— Parece que sim. — Ele riu‑se subitamente e abanou a cabeça.
— Anahí, fazes‑me sentir como se tivéssemos dezasseis anos. Vens comigo?
— Eu gosto de dançar. — Ela entrelaçou as mãos atrás do pescoço
dele. — Gostava de dançar contigo. — Deu‑lhe um beijo, aprofundando‑o
lentamente até o ouvir gemer de prazer. — Acho que vou comprar um vestido
novo — murmurou. — Tens alguma cor preferida?
— Verde. — A boca dele deambulou até ao pescoço dela. — Como
os teus olhos.
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Ela riu‑se um pouco e encostou‑se mais. — Alfonso, há mais uma coisa
que tenho de te dizer.
— Hum. O quê? — A boca dele cobriu a dela.
— A Alison — começou Anahí, aceitando o beijo. — Quando terminou
aqui, foi para o teu quarto.
— Fez o quê? — murmurou ele, deleitado com o sabor de Anahí.
— Foi para o teu quarto.
— Para o meu quarto? — Afastou‑se ligeiramente para olhar para ela.
— Meu quarto?! — Olhou, por cima da cabeça dela, para as tiras de papel
e as figuras de cartolina. Com uma expressão de incredulidade estampada
no rosto, olhou de novo para Anahí. — Meu quarto?
— Alfonso, estás a repetir‑te. — Anahí riu‑se quando ele bufou longamente.
Colocou os braços em volta da cintura dele e abracou‑o com força.
— Vais adorar — prometeu‑lhe. — Vais ter um boneco de neve feito de
esponja.
…
Na tarde seguinte, Anahí observava Alison a dedilhar a sua guitarra.
Ainda o fazia de forma um pouco desajeitada, mas tentava com entusiasmo.
Anahí relembrou a primeira vez que vira Alison rigidamente sentada
ao piano a tocar Brahms com precisão e desinteresse.
Acabaram‑se os olhos inexpressivos, pensou ela, e estendeu a mão para
tocar no cabelo da menina. Como seria ter‑se um filho? Abanou a cabeça.
Estava a ficar demasiado sentimental e muito, muito apegada.
— Ótimo — disse a Alison quando ela terminou. — Aprendes depressa.
—Achas que vou conseguir tocar tão bem como tu?
— Em breve tocarás ainda melhor. — Anahí sorriu e guardou a guitarra
no estojo. — Eu tenho gosto pela música. Tu tens gosto e jeito.
— Antes não pensava assim. — Alison sentou‑se ao piano e começou
a tocar. — Agora posso tocar coisas no piano e na guitarra.
Anahí sorriu. — Alison, tenho de ir às compras. Queres vir comigo?
— Às compras? — disse Alison, entusiasmada. — Compras de Natal?
Eu já acabei as minhas, mas gostava de te ajudar com as que ainda te
faltam.
—As que me faltam? Eu ainda nem comecei!
— Nenhuma? — Alison esbugalhou os olhos. — Mas só faltam dez
dias!
— Tantos? — Anahí levantou‑se e espreguicou‑se. — Bem, acho que
posso começar com antecedência. Geralmente espero até à véspera. Adoro
a confusão.
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— Mas, e se não conseguires encontrar o que queres?
Como era parecida com Alfonso, pensou Anahí. — É esse o desafio
— disse‑lhe. — Dou com os vendedores de saldos em doidos. — A ideia
fe‑la sorrir. — De qualquer forma, preciso de um vestido. E também podemos
comer um hambúrguer. Deve haver um McFarden’s algures por aí.
— McFarden’s? — Alison franziu o sobrolho. Estava intrigada e desconfiada.
Tão parecida com o Alfonso, pensou Anahí novamente. — Nunca
fui ao McFarden’s.
— Nunca foste ao McFarden’s? — Anahí fez um olhar excessivamente
espantado. — Isso é completamente antiamericano — disse. Agarrou na
mão de Alison e po‑la de pé. — Estás a precisar de uma aula de patriotismo!
Algum tempo depois, Anahí estacionou num parque. — Eu disse‑te
que íamos encontrar um lugar. — Desligou o motor e enfiou as chaves no
bolso. Alison saiu do carro e Anahí trancou‑o cuidadosamente.
— Espero que o tio Alfonso não se importe de termos trazido o carro
dele.
— Ele disse‑me que o podia usar sempre que quisesse. — Anahí deu
a volta ao capô do Mercedes.
— Mas é o Charles que costuma levar toda a gente excepto o tio Alfonso.
— Para que é que havíamos de trazer o pobre do Charles? — retrucou
Anahí. — Devemos ter ido a umas cento e trinta e sete lojas. — Empurrou
as portas de vidro. — Estou faminta. Sabes há quanto tempo não como um
hambúrguer?
Alison olhou em volta e ficou agradada com a multidão e o barulho.
— Cheira muito bem!
Anahí riu‑se e puxou‑a para a fila. — Cheirar não é comer. Sou doida
por batatas fritas.
Alison olhou atentamente para a lista pendurada por cima do balcão
e fixou uma fotografia de um hambúrguer. — Queria um daqueles. É
bom?
— Fantástico. — Anahí riu‑se. — Esperemos que não tenhas mais
olhos que barriga, Alison.
— É realmente grande — disse Alison quando encontraram uma
mesa. Deu uma dentada e sorriu. — E é bom.
— Tens um gosto muito exigente. — Anahí atacou o seu. Fechou os
olhos e suspirou. — Já tinha tantas saudades. Achas que conseguimos convencer
o François a experimentar fazer uma coisa destas?
— Tu podias tentar — disse Alison, deglutindo uma batata frita.
— Porque dizes isso?
— Consegues convencer qualquer pessoa a fazer qualquer coisa.
Anahí riu‑se e abanou a cabeça. — És uma pivetinha muito perspicaz,
não és? Alison sorriu e provou o Mill shake. — Nuca vi nada como o presente
que compraste para o tio Alfonso.
— O pendente xamã? — Anahí mastigou pensativamente uma batata
frita. — Foi um achado. — Estava elegantemente gravado e pintado.
Era apache. Anahí ficara tão entusiasmada por o encontrar que nem sequer
pensara em regatear o preço. — Vai ajuda‑lo a afastar espíritos malignos.
Alison devorava o hambúrguer. — Também gosto do vestido que
compraste. O verde fica‑te bem.
— Não costumo usar verde. É tão óbvio com a minha cor. — Recostou‑se
com o Milk shake na mão. — Mas não me importo de ser óbvia de vez
em quando.
— É muito elegante — disse‑lhe Alison dando outra dentada no
hambúrguer. — E discreto.
Anahí sorriu. — Mas eu gostava do outro, aquele de veludo amarrotado.
— Veludo enrugado — corrigiu Alison, e deu umas risadinhas.
— O que for. Queres tarte de maçã?
Alison encostou‑se na cadeira e respirou fundo. — Acho que não. E
tu?
— Não, se quiser caber dentro daquele vestido. O que me compraste
para o Natal?
— É um… Anahí! — exclamou Alison.
— Pensei que te conseguia apanhar desprevenida.
— É suposto ser segredo. — Alison limpou escrupulosamente as
mãos. — Dizer‑te estragava tudo.
— A sério? — Anahí fez‑lhe um sorriso ingénuo. — É por isso que
tens andado furtivamente pela casa a espreitar os armários?
Alison corou e depois riu‑se de novo. — Achei que podia abanar alguns
embrulhos.
— Isso é uma história já muito antiga.
— O Natal é muito mais divertido contigo aqui, Anahí. — Os olhos
estavam de novo sérios. — Vais ficar cá para sempre?
Anahí sentiu um aperto no coração. Como podia explicar à menina
algo em que ela própria não queria pensar? — Para sempre é muito tempo,
Alison. — Manteve a voz calma e o olhar fixo. — Terei de partir quando
terminar o meu trabalho.
— Mas não podias ficar a trabalhar para o tio Alfonso?
— Ele não precisa de uma antropóloga a tempo inteiro, Alison. E
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eu tenho o meu próprio trabalho. — Anahí viu a menina baixar os olhos
de tristeza. — Amigas serão sempre amigas, independentemente do quão
longe possam estar. Eu amo‑te. — Estendeu a mão e pousou‑a sobre a de
Alison. — Isso não vai mudar.
— Vais voltar cá? — Alison ergueu de novo os olhos. — Vens visitar‑me?
Não posso, queria ela dizer. Como podes pedir‑me isso? Não compreendes
como isso me faria sofrer? — Podias tu ir visitar‑me — disse. — Gostavas?
— A sério? — O sorriso de Alison reapareceu. — E ao teu avô?
— Claro, o avô ia adorar. — Começou a empilhar as coisas no tabuleiro.
— És muito mais bem-comportada do que eu alguma vez fui. Porque
não vais deitar isto ali no balde?
Anahí aproveitou o momento a sós na mesa para se acalmar. Era melhor
assim. Alison já estava a ser preparada. E eu? Fechou os olhos por um
instante. Disse que sofreria as consequências quando chegasse a hora. Tenho
de manter isso.
— Pronta? — disse ela, sorrindo para Alison quando esta regressou à
mesa. — Agora temos de encontrar uma estação de correios para eu poder
enviar aquelas coisas para o meu avô. Achas ele vai gostar daquele gnomo
com os dentes tortos?
Quando entraram em casa, Alison estava a rir, tentando carregar parte
das compras de Anahí. — Vou ajudar‑te a fazer os embrulhos — disse ela,
agarrando numa caixa.
— É melhor primeiro levarmos tudo lá para cima. — Anahí pegou
numa caixa e ergueu os olhos quando Beatrice desceu as escadas.
— Alison, o que tens andado a fazer? — Franziu o sobrolho ao ver o
cabelo desgrenhado da criança.
— A Alison esteve a ajudar‑me com as compras de Natal, Sra.
Herrera. Beatrice olhou para Anahí. — Não gosto que leve a Alison daqui sem
falar primeiro comigo. — Virou‑se novamente para a neta. — Vai pentear
esse cabelo, Alison. Estás um pavor.
— Sim, senhora.
Anahí viu‑a subir obedientemente as escadas. Depois virou‑se para
Beatrice e disse calmamente: — Desculpe se a preocupei, Sra. Herrera.
Mas não estava em casa quando saímos e eu disse à Millicent o que íamos
fazer.
Beatrice ergueu uma sobrancelha. — Não gosto de ser informada
do paradeiro da minha neta por uma criada.
— Não me ocorreu que desse pela falta dela.
Prévia do próximo capítulo
Beatrice enrubesceu. — Está a criticar‑me, Menina Puente? — Claro que não, Sra. Herrera. — Anahí tentava manter a conversa razoável. — Eu gosto da companhia da Alison e ela gosta da minha. Passámos uma tarde juntas. Lamento se ficou preocupada. — Acho a sua atitude bastante impertinente. — S&oa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29
Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AMEI ESSA WEB. -
annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15
adoro sua web, é demais
posta +++++++ -
annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53
vai desiste dessa web?
por favor continua vai -
annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++
posta +++++++++++++++++++ -
mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
-
mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29
POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
-
mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49
Q
U
E
R
O
M
A
I
S -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!! -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!!