Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]
Beatrice enrubesceu. — Está a criticar‑me, Menina Puente?
— Claro que não, Sra. Herrera. — Anahí tentava manter a conversa razoável.
— Eu gosto da companhia da Alison e ela gosta da minha. Passámos
uma tarde juntas. Lamento se ficou preocupada.
— Acho a sua atitude bastante impertinente.
— Só posso reafirmar que lamento — disse Anahí calmamente. —
Bem, se me der licença, gostava de ir arrumar estas coisas.
— Seria sensato da sua parte se se lembrasse do lugar que ocupa
nesta casa, Menina Puente. — Anahí parou e pousou os sacos. Parecia que a
conversa ainda não tinha terminado. — É uma empregada paga para prestar
um serviço e pode facilmente ser substituída.
— Estou aqui a trabalho, Sra. Herrera, e não sou empregada de ninguém
a não ser que queira. — Calou‑se por momentos. — Era só isso que
tinha para me dizer?
— Não vou tolerar a sua insubordinação. — A mão de Beatrice agarrou
com força o corrimão. Não estava acostumada a ser enfrentada de
modo tão directo por alguém que considerava uma empregada. — Não
vou tolerar a sua influência maléfica sobre a minha neta.
— Eu tinha ficado com a impressão de que o tutor da Alison era o
Alfonso. — O que estou eu a fazer? – pensou Anahí de repente. Estou a envolver
a Alison na discussão. — Sra. Herrera — começou ela, procurando uma
forma de aliviar a tensão para o bem da menina.
— O que se passa? — Alfonso surgiu da sala de estar. Ouvira a discussão
assim que saíra do gabinete.
— Esta mulher — começou a mãe, voltando‑se para ele — é insuportavelmente
grosseira.
Alfonso ergueu uma sobrancelha. — Anahí? — perguntou, virando‑se
para ela.—
Talvez — concordou ela, e tentou relaxar os músculos.
— A Menina Puente resolveu desaparecer com a Alison durante a tarde
toda e depois teve o descaramento de me criticar quando eu me mostrei
preocupada.
Meio divertido e meio irritado, Alfonso olhou de novo para Anahí.
— Estiveste ocupada, não?
— Só fomos fazer compras de Natal, tio Alfonso. — Alison desceu
apressadamente metade da escadaria e depois parou quando a avó se voltou
para ela.— Isto não é da tua conta, Alison. Volta para o teu quarto.
— Não acho que seja necessário. — Alfonso passou pela mãe e estendeu
uma mão a Alison. Ela desceu rapidamente os restantes degraus.
— Bem, pareces‑me relativamente bem. Divertiste‑te?
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— Foi maravilhoso. — Alison sorriu para ele. — Fomos ao Mc-
Farden’s.
— A sério? — Alfonso olhou para Anahí. Conhecia‑a suficientemente
bem para ver para lá da expressão descontraída. Ela estava uma pilha de
nervos por dentro e sentia‑se magoada. O que teria sido dito antes de
ele ter entrado? Sorriu para ela, querendo acalma‑la. — Podias ter‑me
convidado para ir também.
Anahí estava a tentar controlar os nervos. Ela sabia muito bem que
a raiva não era a melhor forma de tratar com Beatrice Herrera. E seria
necessário tratar com Beatrice Herrera se ela queria manter um bom ambiente
para Alison. Ajudou‑a ver Alison debaixo do braço do tio.
— Estavas a trabalhar — respondeu ela. — E não achei que a ideia
de andar a correr de loja em loja te agradasse.
— A Anahí comprou‑lhe um presente, tio Alfonso.
— Ah, sim? — Chegou a menina mais para ele, mas os olhos não
se desviaram dos de Anahí.
— Biscoitos de chocolate — disse‑lhe Anahí. — A Alison achou‑os
bonitos.—
É óbvio que pretendes dar pouca importância a este assunto
— disse Beatrice.
— Mãe. Não há aqui qualquer motivo para preocupação. A Alison
está óptima.
— Muito bem. — Anuiu com a cabeça e passou por ele escada
acima. Anahí olhou para Alison, que estava a olhar para as costas da avó.
— Desculpe, tio Alfonso. Não sabia que a avó ia ficar preocupada. Ela não
estava quando saímos e por isso dissemos à Millicent, para o caso de o
tio perguntar por nós.
— Não fizeste nada de mal. — Alfonso dobrou‑se e beijou‑a na face.
— A tua avó está provavelmente um pouco cansada do lanche de hoje,
só isso. Precisa de descansar um bocado. Porque não levas estes sacos lá
para cima?
Alison pegou nos sacos. — Vou levar papel de embrulho para o teu
quarto — disse ela a Anahí.
— Obrigada. — As crianças recuperam rapidamente, notou ela.
Alison já estava mais preocupada com os presentes do que com a irritação
da avó.
Alfonso pôs as mãos nos ombros de Anahí assim que Alison desapareceu
escada acima. — Também devo pedir desculpas? — perguntou ele
em voz baixa enquanto aliviava a restante tensão dos músculos dela.
Anahí abanou a cabeça. — Não. — Suspirou. Estava ciente de que
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era o facto de Beatrice não simpatizar com ela que tinha originado o
confronto. Sentia‑se responsável. — Coloquei‑te numa situação embaraçosa.
E à Alison também. Não era minha intenção, Alfonso.
— Deixa‑me tratar das coisas com a minha mãe — disse‑lhe ele.
— Já o faço há muito tempo. E da próxima vez que saíres uma tarde inteira,
convida‑me — acrescentou. — Talvez tivesse gostado de andar de
loja em loja e de ir aos hambúrgueres.
— Está bem. — Ela sorriu, acalmando‑se. — Da próxima vez, convido.
Ele começou a puxa‑la, mas parou. Franziu o sobrolho. — Biscoitos
de chocolate?!
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Anahí parou à entrada da sala de estar. Demorara a arranjar‑se para ir
ao baile no clube de Alfonso para garantir que Beatrice já saíra antes de
descer. Ali parada, teve algum tempo para observar Alfonso sem ser vista enquanto
ele preparava bebidas no bar. O fato formal – um smoking preto
de corte perfeito, camisa branca – ficava‑lhe bem. Mexe‑se bem, pensou
ela. Um homem habituado a roupas e salas elegantes. Contudo, ele tem tanto
mais do que me pareceu à primeira vista. Mais profundidade, mais personalidade,
mais força. Se eu pudesse ter escolhido um homem por quem me
apaixonar, não teria escolhido melhor.
Respirou fundo e entrou na sala. — Parece que o meu timing foi perfeito.
Alfonso virou‑se para a observar. O vestido era verde‑escuro e justo,
com um decote acentuado. Tinha uma racha de lado que abria e fechava à
medida que ela caminhava.
— Em tempos achei que eras uma bruxa — murmurou ele. — Agora
tenho a certeza.
Anahí tirou‑lhe o copo da mão. — Gostas? — Sorriu e bebeu um gole.
— Alfonso, apanhaste o jeito a fazer isto. Podias ganhar a vida assim.
— Sim, gosto. — Tirou‑lhe o copo, pousou‑o e depois envolveu‑a
nos braços. Deu‑lhe um beijo longo, profundo que suplicava mais. — Está
a passar‑me pela cabeça trancar aquelas portas e ficar por aqui mesmo —
disse ele passando ao de leve os lábios pela face dela.
— Ah, não! — Anahí sorriu e abanou a cabeça. — Convidaste‑me
para sair. Vais ter de me levar.
— Podíamos atrasar‑nos. — Beijou‑a de novo, demoradamente.
Quase não tinham tido tempo juntos desde que haviam regressado de Nova
Iorque. — Já nos atrasámos noutras alturas.
Mas não aqui, pensou ela, flutuando com o beijo. Aqui não estamos
sós.
Soltou‑se cuidadosamente dos braços dele. — Alguém me disse em
tempos que chegar atrasado é falta de educação. Além disso, — pegou novamente
no copo, — prometeste dançar comigo. Acho que deves dançar
muito bem.
Passou pela cabeça de Alfonso que não ia gostar de ter de a partilhar.
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Mas afastou o pensamento. O ciúme era uma sensação nova para ele. —
Está bem — concordou. — Convidei, está convidado.
Anahí segurou‑lhe na mão enquanto se encaminhavam para a porta.
— A seguir podemos ir namorar para o carro? — perguntou ela.
— Adorava. — Ele sorriu e empurrou‑a para fora.
…
Alfonso tirou dois copos de um tabuleiro de um dos empregados. — Champanhe?
— perguntou a Anahí.
— Claro. — Anahí pegou no copo e bebericou. — Isto aqui é lindo.
Ainda bem que me convidaste.
Ele tocou com a borda do copo no dela. — À antropologia — murmurou.
— Uma ciência fascinante.
Anahí deu uma gargalhada baixa e levou o copo aos lábios. Depois
virou‑se e viu uma morena esbelta num vestido branco quase transparente
aproximar‑se dos dois. Quando chegou ao pé de Alfonso, pos‑se em bicos de
pés e deu‑lhe um beijo na face.
— Alfonso. Saíste finalmente da hibernação.
— Olá, Liz. Estás linda, como sempre.
— Estou espantada que ainda te lembres de como eu sou depois deste
tempo todo. Passaram‑se meses. — Sorriu e voltou‑se para Anahí. Tinha
olhos redondos e pele de veludo. Trazia um diamante perfeito numa corrente
ao pescoço.
Prévia do próximo capítulo
Pra minha leitora annytha que não me abandonou apesar de eu ter esquecido essa web — Anahí Puente. — Alfonso tocou ao de leve no ombro de Anahí. — Elizabeth Bentley. — Anahí Puente? — repetiu Liz. — O nome e‑me muito familiar, mas ainda não fomos apresentadas, pois não? — N&atil ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29
Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AMEI ESSA WEB. -
annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15
adoro sua web, é demais
posta +++++++ -
annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53
vai desiste dessa web?
por favor continua vai -
annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38
posta +++++++++++++++++++
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mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29
POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49
Q
U
E
R
O
M
A
I
S -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!! -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!!