Fanfics Brasil - Uma ultima noite AyA [terminada]

Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]


Capítulo: 22? Capítulo

423 visualizações Denunciar


Pra minha leitora annytha que não me abandonou apesar de eu ter esquecido essa web Sorriso



— Anahí Puente. — Alfonso tocou ao de leve no ombro de Anahí.


— Elizabeth Bentley.


— Anahí Puente? — repetiu Liz. — O nome eme muito familiar,


mas ainda não fomos apresentadas, pois não?


— Não, não fomos. — Anahí fezlhe um sorriso amistoso, apreciando


o interesse sincero nos olhos dela. — Quer um pouco de champanhe?


— perguntou, tirando um copo de outro tabuleiro. — É realmente muito


bom.


— Obrigada. — Liz olhou para o copo e depois de volta para Anahí.


— A Anahí tem estado a trabalhar comigo no meu livro novo — explicou


Alfonso. Podia perceber que Liz estava simultaneamente confusa e


intrigada.


— Ah, sim. — Finalmente fezse luz. — O Harry Rhodes mencionou


o seu nome num jantar uma noite destas. — Hesitou um momento. — Ele


disse que você era extraordinariamente inteligente.


— Isso foi porque eu o venci no snooker. — Os olhos de Anahí cinti104


laram divertidos por cima do copo quando ela o ergueu de novo. — Você


joga?


— Jogo o quê? Snooker? — Liz abanou a cabeça e franziu ligeiramente


o sobrolho. — Não. Você é arqueóloga?


— Não, antropóloga. — Anahí sorriu e não conseguiu resistir. — Arqueólogo


é quem estuda a vida e a cultura de povos antigos escavando


cidades antigas, relíquias, artefactos. Um antropólogo é quem estuda raças,


características físicas e mentais, distribuições populacionais, hábitos,


relações sociais. — Bebeu mais um pouquinho de champanhe. — O seu


vestido é maravilhoso — comentou, acenando com a cabeça a Liz. — É


francês?



—Conseguiste confundir completamente a Liz — afirmou Alfonso já


na pista de dança com Anahí nos braços.


— A sério? — Anahí desencostou a face da dele e riuse quando viu o


olhar de esguelha dele. — É uma rapariga muito bonita, Alfonso. E também


muito simpática. Gosto dela.


— És rápida a fazer juízos.


— Habitualmente poupame tempo. — Sorriu enquanto ele a fazia


deslizar pela pista. — Também disse que eras um dançarino maravilhoso


— salientou ela. — E estava certa.


— Se eu te dissesse que nunca gostei tanto de dançar valsa, acreditavas?


— Talvez. — Riuse para ele.


— Vou ter de te deixar dançar com alguns homens que não conseguem


tirar os olhos de cima de ti. E não vou gostar.


Ela ergueu as sobrancelhas. — São assim tantos? — perguntou, brincando


com ele enquanto tentava perceber o que sentira ao ouvir aquela


afirmação.


— De mais. Entras numa sala e olham logo todos para ti. Incluindo


eu.


Anahí riuse e abanou a cabeça. — Tens a imaginação fértil de um


escritor, Alfonso.


— E a de homem — murmurou ele. — Não consigo tirarte da cabeça.


Ela olhou fixamente para ele, esquecendo a música que dançavam e


as pessoas que dançavam com eles. — E queres?


Alfonso não conseguiu desviar o olhar. — Não sei. — Não conseguia


pensar convenientemente quando a tinha nos braços, assim encostada a


105


si. — Gostava que sim. Chega dizerte que nunca houve uma mulher tão


importante para mim como tu?


Era um passo cauteloso e Anahí não o levou adiante. Tocoulhe com


os dedos no rosto. — Sim, Alfonso.


Anahí nunca esteve sozinha durante toda a noite. Despertava interesse


onde quer que estivesse. Agradavalhe responder às perguntas que lhe


faziam e às insinuações sedutoras. Gostava tanto da elegância e do glamour


como gostava de ir ver um filme ao cinema da esquina. Pipocas com manteiga


ou champanhe, era tudo parte da vida.


— Menina Puente.


Anahí afastouse de uma conversa com um casal entusiasta de vela e


sorriu para Harry Rhodes. — Olá, Harry. Prazer em velo.


— O prazer é todo meu. Está linda.


— O senhor também. — Tocou na lapela do fato. Ele pigarreou.


— Queria dizerlhe o quanto gostei do livro que me emprestou.


— Sempre às ordens, Harry. — Ele tinha uma cara simpática, pensou


ela. Alfonso tinha sorte em telo como amigo.


— Estive a treinar, sabia? Vou desafiala para outro jogo de snooker.


— Gostaria imenso. — Anahí sorriu. — Desta vez temos de tentar


oito bolas.


— Menina Puente… Kathleen… Anahí — decidiu ele, quando o sorriso


dela aumentou. — É assim que o Alfonso a trata, não é?


— É assim que todos os meus amigos me tratam.


Harry ajeitou os óculos e sorriu. Os olhos dele eram bondosos, pensou


ela, como os do pequeno ursito que ele lhe fazia lembrar.


— Anahí, importavase de conceder uma dança a um velho professor


senil?


— Não vejo aqui nenhum. — Anahí pousou o copo e deulhe a mão.


— Mas adorava dançar consigo, Harry.


— O Alfonso é um homem de grande sorte por tela encontrado —


disselhe ele quando se dirigiam para a pista.


— Mas foi o Harry que me encontrou, não foi?


— Então tenho de me congratular a mim próprio. — Ele gostava da


covinha na bochecha dela e da forma como os caracóis lhe caíam desordenados


em volta do rosto. — Espero que o Alfonso esteja satisfeito consigo.


— Ele é um homem muito generoso, não é? Generoso, amoroso e


carinhoso.


— Sabe, ele adorava o irmão. — Harry deu um suspiro. — Eram muito


chegados. Allen, o pai, era um grande amigo meu. Morreu alguns anos


antes, e a Beatrice nunca foi uma mulher maternal. Uma excelente anfitriã,


bem sei — acrescentou. — Mas não foi feita para a maternidade. Os rapazes eram uma dupla e tanto. Um bocado desvairados de vez em quando,


mas…


— Desvairado? — interrompeu Anahí com uma gargalhada de surpresa.


— O Alfonso?


— Teve os seus momentos, minha querida. — Recordandose de alguns,


Harry decidiu que seria mais discreto não os pormenorizar. — Foi


muito difícil para o Alfonso quando perdeu o irmão. Eram gémeos.


— Não sabia. — Perder um irmão já era complicado, mas perder um


gémeo devia ser como perder parte de si próprio, pensou ela. — Ele nunca


falou comigo sobre o assunto.


— Ele fechouse bastante depois do que aconteceu. Só muito recentemente


é que o vi abrirse de novo. — Harry olhou para Anahí. — Graças a


si. Gosta muito dele, não gosta?


Anahí fitouo directamente nos olhos. — Estou apaixonada por ele.


Harry acenou com a cabeça. Já não se surpreendia com a franqueza


dela. — Ele precisava de alguém assim para o devolver de novo à vida. Se


ele não tiver cuidado, pode transformarse num velho solteirão enrugado


como eu.


— O Harry é um homem lindo. — A música parou e Anahí beijoulhe


a face, abracandoo por um momento.


— O que é isto? — Alfonso aproximouse deles e pôs um braço em


volta dos ombros de Anahí. — Viro costas por um minuto e já estás embrulhado


com a minha convidada? Pensava que podia confiar em ti, Harry.


Harry corou e pigarreou. — Não quando se trata desta senhora, meu


caro. Faço parte da competição. E ainda não perdi o jeito — anunciou antes


de se afastar.


— O que é que lhe fizeste? — Confuso, Alfonso observou o andar


bamboleante de Harry. — Acho que ele estava a falar a sério!


— Espero bem que sim. — Anahí virou o rosto de Alfonso para si. —


Ficavas com ciúmes? Isso seria um maravilhoso presente de Natal, Alfonso.


— Ainda não estamos no Natal — replicou ele. — Vamos lá para fora


antes que eu tenha de competir com mais alguém.


— A competição é uma coisa muito saudável — afirmou Anahí quando


atravessaram as portas do terraço. — Em estudos com ratinhos brancos…


Ele beijoua com firmeza, interrompendo a palestra iminente. —


Raios me partam se vou competir com ratos brancos — resmungou ele,


puxandoa.


A mão estava no cabelo dela e a boca exigente. Anahí cedeu, sentindo


que era daquilo que ele precisava. Beijouo com suavidade e abracouo pelo


pescoço. Uma submissão do momento; mais tarde haveria tempo para o


107


desafio, para a agressão, para o confronto de forças. Naquele momento ele


precisava de algo diferente da sua parte. Era fácil renderse a ele quando


conhecia o próprio poder. Sentiu o coração dele bater contra o peito.


Alfonso afastoua ligeiramente para a fitar nos olhos. — Quem és tu?


— disse por entre dentes. — Nunca sei quem tu és.


— Estás mais perto de saber do que a maioria — murmurou ela, virandose


para se encostar ao parapeito. — Isto aqui é lindo, Alfonso. O ar é


leve, e consigo sentir o aroma de… acho que é de lucialima. — Anahí levantou


a cabeça. — As estrelas estão próximas. — Suspirou e perscrutouas.


— Lá em casa eu costumava sentarme horas a fio no campo a descobrir


as constelações. O avô acabou por me comprar um telescópio. Eu ia ser a


primeira mulher a ir à Lua.


— Mudaste de ideias? — Ouviuse o clique do isqueiro e depois o


aroma de tabaco no ar.


Anahí encolheu os ombros. Iria para sempre recordar aquele aroma.


— Tentei viver à base de comida desidratada durante uma semana. É um


pavor. — Ele riuse e ela apontou para o céu. — Ali está Pégaso. Vês? Ele


voa na vertical. A cabeça de Andrómeda tocalhe na asa. — Desceu a mão


e suspirou. Sentiase agradavelmente sonolenta. — Maravilhoso, não é?


Aquelas imagens todas ali em cima. É confortante saber que vão ali estar


amanhã.


Alfonso aproximouse para lhe tocar no ombro. A pele dela era macia


e estava ligeiramente fria do ar nocturno. — É por isso que investigas o


passado? Porque é uma ligação ao futuro?


Ela encolheu outra vez os ombros. — Talvez.


Alfonso atirou fora o charuto e puxoua de novo. Anahí pousou a cabeça


no ombro dele. — Dança comigo outra vez, Alfonso — murmurou.


— A noite está quase a acabar.


108


12


Véspera de Natal. Magia. Anahí queria magia. Tinha palmeiras em vez


de neve, mas já tinha passado outros Natais sem neve. Desta vez tinha


algo mais valioso. Passaria o dia com o homem que amava e com uma


criança que pulava de excitação. Era magia suficiente para si.


Estava ciente de que o seu trabalho estava concluído, ou, pelo menos,


quase concluído. Alfonso passava cada vez mais tempo a trabalhar sozinho.


Aquilo em que ela naquele momento o auxiliava podia perfeitamente


ser feito por carta ou por telefone. Anahí estava a adiar a partida e sabia que,


consciente ou inconscientemente, Alfonso também o estava a fazer. Quando


acabasse a quadra festiva, ela faria os seus planos, as malas e depois informaloia.


Por essa ordem. Seria melhor se estivesse já tudo preparado antes


de as palavras serem proferidas.


Com um plano firme em mente, sentiase melhor. Disse a si mesma


que tinha direito a uma semana. No primeiro dia do ano, afastarseia dele,


de Alison e recomeçaria a sua vida. Era uma mulher forte; já tinha enfrentado


outras perdas. Mas agora era Natal e ela tinha uma família, mesmo que


por apenas mais uma semana.


Sentouse no tapete da sala a observar Alison vasculhar o monte de


presentes debaixo da árvore de Natal. A menina arrulhava como um pombo.


O que seria isto? O que era aquilo? Quantas horas faltavam?


— Fizeste essa mesma pergunta há menos de uma hora — disselhe


Alfonso sentandoa no colo. — Porque não abrimos já tudo?


— Ah, não, tio Alfonso! Não podemos! — Olhou para Anahí.


— Não, não podemos. O Pai Natal ficaria muito aborrecido — disse


Anahí.


Alison riuse e aconchegouse na curva do braço de Alfonso. — Anahí,


sabes que o Pai Natal não existe mesmo.


— Não sei nada disso. A menina é uma céptica.


— Sou? — Alison digeriu a palavra. Pegou numa pequena bola de


vidro que continha um cenário de uma floresta em miniatura. Viroua ao


contrário e viu a neve cair. — Nunca tinha visto isto.


— Pois não. — Alfonso tinhase perguntado quando é que ela iria reparar.


— Encontreia no sótão hoje de manhã. Era do teu pai quando éramos


crianças.


— Verdade?


109


— Sim. Verdade. Pensei que talvez gostasses de ficar com ela.


— Para mim? — Alison agarrou na bola e olhou para ele.


— Para ti.


Alison olhou de novo para a bola de vidro e viu a neve pairar. — Ele


gostava de neve — disse. — Quando vivíamos em Chicago, fazíamos batalhas


de neve. Ele deixavame ganhar. — Encostouse ao peito de Alfonso e


virou a bola outra vez.


Anahí observavaos em silêncio. Ele tinha ido à procura de alguma


coisa do pai de Alison para lhe oferecer pelo Natal. Se ela não o amasse já,


apaixonarseia naquele momento. É um bom homem, pensou. Acima de


tudo, é um bom homem.


Levantouse para lhes dar algum tempo a sós.


— Anahí? — Os olhos de Alfonso ergueramse até aos dela e fixaramse.—


Acho que ainda tenho algumas coisas para embrulhar — disselhe


ela. Ele sorriu, percebendoa.


— Não houve alguém que falou em fazer cordões de pipocas?


— Pipocas? — Os olhos de Alison iluminaramse. — Para a árvore?


— A Anahí disseme que uma árvore não estava adequadamente


ornamentada se não tivesse pipocas — afirmou Alfonso. — O que é que


achas?


— Podemos ir fazer agora?


— Por mim, tudo bem, mas parece que a Anahí tem outras coisas


para fazer. — Alfonso mantinha os olhos nela, ainda sorrindo.


— Sou flexível — respondeu Anahí olhando em seguida para Alison.


— Precisamos de vários metros de fio e de três agulhas. Consegues tratar


disso?


— Também podemos comer algumas?


— Claro.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Alison levantou‑se e saiu apressadamente da sala levando consigo a bola de vidro. — Às vezes és tão transparente, Anahí. — Alfonso levantou‑se e aproximou‑se dela. — Ias chorar e não querias faze‑lo à frente da Alison. Nem à minha. — Foi maravilhoso, o que tu fizeste. &mdas ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29

    Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38

    LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    AMEI ESSA WEB.

  • annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15

    adoro sua web, é demais
    posta +++++++

  • annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53

    vai desiste dessa web?
    por favor continua vai

  • annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38

    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++

  • mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05

    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29

    POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49


    Q
    U
    E
    R
    O

    M
    A
    I
    S

  • vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41

    AMEIIIII
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!

  • vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41

    AMEIIIII
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais