Fanfics Brasil - Uma ultima noite AyA [terminada]

Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]


Capítulo: 23? Capítulo

398 visualizações Denunciar


Alison levantouse e saiu apressadamente da sala levando consigo a


bola de vidro.


— Às vezes és tão transparente, Anahí. — Alfonso levantouse e aproximouse


dela. — Ias chorar e não querias fazelo à frente da Alison. Nem


à minha.


— Foi maravilhoso, o que tu fizeste.


— A Alison esteve comigo no Natal passado e não me ocorreu nada


disto. — Levantou o queixo de Anahí e beijoua.


— Não me faças chorar, Alfonso. É véspera de Natal.


— Já tenho! — Alison entrou a correr. Tinha uma caixa de agulhas e


um novelo de fio.


— Meio caminho andado. — Anahí dirigiuse a ela e depois virouse


para Alfonso. — Vens?


— Não perdia por nada.


Quando se aproximavam da porta da cozinha, Alfonso disse: — Sabes,


não sei se o François vai aceitar isto. A cozinha dele é sagrada.


— É canja — murmurou Anahí quando entraram.


François virouse e fez uma pequena vénia. Não tinha o chapéu branco


que Anahí esperara ver, mas tinha um bigode. — Monsieur. — Fez uma


vénia a Alfonso. — Em que posso ajudalo?


— François. — Alfonso aguardou um momento. Já tinha assistido a


vários ataques de nervos ao longo dos anos. — Precisamos de fazer uma


coisa para a árvore de Natal.


Oui, monsieur?


— Vamos fazer cordões de pipocas.


— Pipocas? Quer fazer essas pipocas na minha cozinha? — Antes


que Alfonso pudesse responder, François desatou a disparatar num francês


indignado.


— François?


Ele virouse e fez uma vénia rígida. — Mademoiselle?


Anahí sorriu para ele. — Votre cuisine est magnifique — começou ela,


continuando a falar fluentemente em francês. Elogioulhe a comida, o fogão,


as bancadas, provou a sopa que ele tinha ao lume enquanto ele se juntava


apaixonadamente à conversa. Anahí mostrouse entusiasmada com a


perfeição do material de cozinha e com os talheres.


Quando terminou, ele beijoulhe cordialmente a mão, fez novamente


uma vénia a Alfonso e saiu da cozinha.


— Bem! — Alfonso olhou para a porta fechada e depois de volta para


Anahí. Viua pegar num tacho e colocalo sobre o fogão. — Onde é que


aprendeste a falar francês dessa maneira?


— A minha companheira de quarto da faculdade era formada em


línguas. Onde está o milho?


Ele aproximouse dela, ignorando a pergunta. — O que é que lhe disseste?


Sempre achei que o meu francês era bom, mas não percebi nada do


que vocês dois disseram.


— Apenas umas coisitas. — Anahí sorriu. — Disselhe que tu querias


que ele e o restante pessoal da cozinha tirassem a noite. Tens milho, não


tens?


Alfonso riuse e abriu um armário sob a bancada. — Consegui enfialo


aqui correndo grande risco.


— És um valente, Herrera. — Tiroulhe o saco da mão. — Preciso de


óleo. — Alfonso fez sinal a Alison para que o fosse buscar e depois apro11


ximouse e sussurrou uma rápida frase em francês ao ouvido dela. Anahí


sorriu. — Estou chocada — murmurou. — Interessada, mas chocada. Acho


que não te vou perguntar onde aprendeste isso.


Daí a instantes podia ouvirse o milho a estourar. Alison estava sentada


na mesa, de pernas cruzadas, a cortar cuidadosamente pedaços de fio.


Alfonso estava sentado em frente a observala. Quando fora a última vez que


ouvira aquele som? – indagouse. Na faculdade? Não, em casa do irmão; há


uns cinco ou seis anos. Talvez Anahí estivesse certa. Ele tinhase isolado.


— Outra obra de arte — declarou Anahí, despejando as pipocas para


dentro de uma taça. — Não falhou nenhum grão.


Alfonso enfiou as mãos na taça. — Onde está a manteiga? — perguntou.


A mão de Alison roçou na dele quando mergulhou também a dela.


— Agarrem numa agulha — disselhes Anahí.


Trabalhavam em constante algazarra. Alison matraqueava continuamente


enquanto comia pipocas. O seu cordão não parava de crescer. A


Anahí parecia que já faziam aquilo há muitos Natais e que iriam continuar


a fazelo. Mas sabia que não era assim e estremeceu.


— Tens frio? — perguntoulhe Alfonso.


— Não. — Ela tentou afastar a sensação. — Foi só um arrepio. Não


estás a sairte lá muito bem, Alfonso — disse ela para mudar de assunto.


— Preciso de incentivo.


— O meu vai ser o mais comprido — afirmou Alison. — Vai ter cem


quilómetros de comprimento.


— Não ponhas o carro diante dos bois — avisou Anahí. — Como é


que fazes isso, Alfonso? — perguntou ela, observandoo com atenção. — É


uma coisa natural ou adquiriste com a prática?


Alfonso abanou a cabeça, confuso e divertido.


— Estou a falar de levantares a sobrancelha — explicou Anahí. — É


maravilhoso. Adorava ser capaz de o fazer, mas as minhas funcionam em


simultâneo. Vamos fazer chocolate quente. — Levantouse de um salto e


começou a vasculhar os armários. Alfonso largou o cordão e observoua.


— Anahí, chega aqui um minuto.


— Alfonso, preparar chocolate quente exige concentração e cuidado.


— Mediu o leite. Ele atravessou a cozinha, agarroua pelo braço e puxoua


até à porta. Apontou com um dedo para cima. Anahí sorriu ao ver o azevinho.


— É verdadeiro? — perguntou.


— Sim — asseguroulhe ele.


— Bem, nesse caso… — Tocou com os lábios ao de leve nos dele.


— Assim é como beijam nos filmes — comentou Alison, enfiando


mais uma pipoca.


— Tens toda a razão — concordou Alfonso antes que Anahí pudesse


comentar. Puxoua de novo para os braços e cobriu a boca dela com a sua.


O beijo prolongouse e a sua doçura fez Anahí ter vontade de chorar. Agarrouse


bem a ele. Recordarseia daquele beijo acima de todos os outros.


— Assim foi muito melhor — afirmou Alison quando Anahí se afastou.


— Terminei o meu cordão.


Mais tarde regressaram de novo à sala de estar. Alison aconchegouse


no sofá ao lado de Alfonso com a guitarra de Anahí no colo. Anahí observava


as cores das luzes da árvore iluminarem o rosto da menina que estava


prestes a adormecer.


— Ela teve um dia longo — murmurou Anahí.


— Estou desejoso de ver a cara dela quando abrir amanhã os presentes.


— Alfonso tirou a guitarra dos braços de Alison e entregoua a Anahí.


— O teu presentinho está bem escondido?


— O Charles está a guardar o meu presentinho na garagem e acho


que não vai conseguir separarse dele com facilidade. — Levantouse. —


Vou levar a Alison para cima e deitala na cama.


— Eu faço isso. — Alfonso pegou na sobrinha e levantouse. — Porque


não pões uma musiquinha?


Quando ele já tinha saído, Anahí dirigiuse ao armário que tinha a


aparelhagem. Chopin, decidiu, examinando os álbuns. Era noite para romance.


A casa estava em silêncio. Os criados já se tinham recolhido. Beatrice


estava numa festa. Parecia que só estavam os três em casa. Anahí suspirou


ao colocar o disco no giradiscos. Pelo menos naquela noite podia


fingir que era verdade. Deslocouse até à janela, abriu as cortinas e olhou lá


para fora. A Lua estava cheia, a noite límpida. Encontrou Pégaso de novo


e ficou a admirala. Quando ouviu as portas fecharemse silenciosamente,


virouse. Viu Alfonso trancalas.


— Ela ficou bem? — O seu coração estava a começar a acelerar. Tola,


pensou. Até parece que é a primeira vez que estou com ele.


— Ficou muito bem. Nem sequer acordou. Tu também dormes assim.


— Alfonso atravessou a sala e pousou sobre o bar a garrafa de vinho que


trazia. — Profundamente, como uma criança. — Abriu o vinho e depois


dirigiuse à lareira a gás. Ajoelhouse e acendeua. — Agora podes fingir


que está a nevar. — Sorriu para ela.


— Tu consegues lerme os pensamentos, não consegues?


— Às vezes. — Depois de servir dois copos, regressou para a frente da


lareira e sentouse. Estendeulhe uma mão. Anahí seguroua e instalouse


ao lado dele. — Como te sentes? — perguntou quando ela se encostou a


ele.


— Como se estivesse rodeada de neve — murmurou ela, aceitando


o vinho que ele ofereceu. — Aconchegada numa cabana nas Montanhas


Adirondack, longe do mundo e dos seus problemas.


— E há espaço para mim na cabana?


Ela inclinou a cabeça e sorriu para ele. — Sempre.


— Teríamos lenha — disse ele em voz baixa tirandolhe o copo da


mão. — E vinho. — Dobrouse para lhe beijar o canto da boca. — E um ao


outro. — Empurroua suavemente para o chão. — Não precisaríamos de


mais nada.


— Pois não. — Anahí fechou os olhos quando ele a abraçou com força.


— De mais nada.


Ela perdeuse no toque dele, no sabor dele. O corpo e mente estavam


em completa harmonia e pertenciam ambos a Alfonso. Algures ao longe o


relógio tocou as doze badaladas e já era dia de Natal.


Quanto tempo se amaram naquela noite, Anahí nunca saberia. Nenhum


dos dois quisera destrancar a porta e exporse ao resto do mundo. A


certa altura, quando estavam adormecidos nos braços um do outro, Alfonso


acordara ao ouvir a mãe entrar em casa. Depois a casa ficara de novo em


silêncio. Só deles. Ele virouse para Anahí e acordoua lentamente até ela


estremecer de desejo por ele e ele por ela. Havia a luz do fogo e das cores da


árvore e o aroma a pinha. O vinho aqueceu.


Anahí adormeceu de novo e acordou meio zonza quando Alfonso a


pegou ao colo.


— Eu levote para cima — murmurou ele.


— Não quero deixarte. — Encostou a cara no pescoço dele. — As


noites são demasiado curtas. Têm horas a menos.


Depois adormeceu novamente, tão profundamente como Alison


quando ele levara a menina para o quarto.



A manhã chegou depressa de mais. Só a sua determinação e o entusiasmo


de Alison impediram Anahí de voltar a aninharse debaixo dos


lençóis. A sala arrumada e formal depressa se encheu de papel rasgado, de


caixas e fitas descartadas. Um cachorrinho cocker spaniel, presente de Anahí


para Alison, corria em volta da árvore enquanto Alison se encontrava,


estupefacta, com uma guitarra nova, prenda do tio, ao colo.


— Não devias ir acordar a tua mãe, Alfonso? — sussurrou Anahí, desviando


uns pedaços de papel amarrotado.


— Às seis da manhã? — Ele riuse e abanou a cabeça. — A mãe não


se levanta antes das dez, seja ou não Natal. Depois tomaremos um pequenoalmoco


bastante civilizado.


Anahí franziu o nariz e agarrou num embrulho. — Já era altura de eu


também ter um — disse ela, sabendo que o presente era de Alison. — Ouvi


muito burburinho acerca disto — disse, desatando lentamente o laço. — Vi


muitos olhares de cumplicidade. — Alison mordeu o lábio inferior e olhou


para Alfonso. — Como esse — afirmou Anahí, rasgando o papel com um


floreado. Ao abrir a caixa, encontrou um cachecol de lã verdeclaro.


— Foi o primeiro presente que já fiz — disse Alison ansiosamente.


— Rose, a ajudante de cozinha, ensinoume. Mas cometi alguns enganos.


Anahí tentou levantar os olhos, tentou falar, mas não conseguiu. Acariciou


com as pontas dos dedos o cachecol tricotado.


— Gostas?


Anahí ergueu os olhos e acenou afirmativamente com a cabeça. Os


olhos já estavam cheios de lágrimas.


— As mulheres — disse Alfonso, prendendo o cabelo de Alison atrás


da orelha. — Algumas mulheres — corrigiu ele — têm tendência para chorar


quando estão particularmente felizes. A Anahí é uma delas.


— A sério?


— A sério — conseguiu Anahí dizer, e respirou fundo. — Alison, é o


presente mais maravilhoso que já recebi. — Abraçou com força a criança.


— Obrigada.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

— Ela gostou mesmo — disse Alison, sorrindo para Alfonso por cima do ombro de Anahí. — Acha que ela vai chorar se lhe dermos o seu? — Porque não descobrimos? — Alfonso pegou numa pequena caixa cúbica que estava debaixo da árvore. — Claro que ela pode não estar interessada em mais presentes. — C ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29

    Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38

    LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    AMEI ESSA WEB.

  • annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15

    adoro sua web, é demais
    posta +++++++

  • annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53

    vai desiste dessa web?
    por favor continua vai

  • annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38

    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++

  • mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05

    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29

    POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49


    Q
    U
    E
    R
    O

    M
    A
    I
    S

  • vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41

    AMEIIIII
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!

  • vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41

    AMEIIIII
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais