Fanfics Brasil - Uma ultima noite AyA [terminada]

Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]


Capítulo: 25? Capítulo

581 visualizações Denunciar


Os olhos de Beatrice faiscavam, mas ela manteve a dignidade. Anahí


viuse forçada a admirala por isso. — O Harry Rhodes telefonou. Precisa


de te ver dentro de uma hora para tratarem de negócios. Disse que é bastante


urgente.


— Está bem. Obrigado.


— Enfurecestea, Alfonso — comentou Anahí quando Beatrice se retirou.


— E provavelmente vou enfurecela muito mais — reflectiu ele. Estava


na hora de fazer algumas mudanças, pensou. Algumas mudanças definitivas.


A casa era herança sua, mas talvez fosse mais sensato entregala à mãe


e levar Alison para outro lugar qualquer. E Anahí… Anahí era outro assunto.


Bem, tinham a noite toda para discutir o assunto, decidiu puxandoa de



novo. — Se estiveres pronta quando eu regressar da conversa com o Harry,


podemos começar cedo.


— Conversa depressa — disselhe Anahí.



Anahí tinha acabado de secar o cabelo quando bateram à porta do quarto.


— Entre. — Abriu a porta do guardaroupa. Novamente o vestido


verde? – indagouse, pegando nele. — Olá, Millicent.


A criada espreitou à porta. — Menina… — Millicent cruzou as mãos


e fez um ar desconfortável. — A Sra. Herrera gostaria de lhe falar… no quarto


dela.—


Agora? — Anahí passou os dedos pelo tecido do vestido que tinha


nas mãos.


— Sim, por favor.


É melhor tratar disto de uma vez por todas, pensou, voltando a pendurar


o vestido no guardaroupa. Ia ser desagradável. Se ela não soubesse já, a


cara da criada dizia tudo.


— Está bem, vou já.


Millicent clareou a voz. — É suposto levala comigo.


Anahí suspirou. Não podia censurar a criada. — Podes ir à frente


— disse, seguindoa.


Millicent bateu à porta de Beatrice, rodou a maçaneta e depois afastouse


rapidamente. Anahí inspirou profundamente uma última vez e entrou.


— Sra. Herrera?


— Entre, Menina Puente. — Beatrice estava sentada à escrivaninha


cor de marfim e não se virou. — E feche a porta.


Anahí obedeceu e sentiu uma necessidade súbita de um cigarro. O


quarto era opressivo e tão difícil de suportar como a mulher. — Em que


posso serlhe útil, Sra. Herrera?


— Sentese, Menina Puente. — Gesticulou com a mão em direcção a


uma cadeira eduardiana. — Temos de ter uma conversa.


Anahí sentouse e aguardou o inevitável.


— Esticou o seu tempo aqui o mais que pôde. — Beatrice virouse


então para ela e cruzou os braços sobre a mesa.


— Está preocupada com a pesquisa do Alfonso, Sra. Herrera? — Hoje


ela não vai atingirme, disse para si mesma. É o meu último dia. — Porque


não vai direita ao assunto e nos poupa tempo, Sra. Herrera? — disse em voz


alta.


— Estive a verificar as suas credenciais. — Beatrice batucou com uma



caneta de ouro no tampo da mesa. Era o único sinal exterior de emoção.


— Parece que se considera uma perita na área.


— Andou a investigarme. — Anahí sentiu a fúria aumentar e tentou


contela.


— Ao fazelo, fiquei a saber que é neta de Samuel Puente. Eu conheço


a filha dele, sua tia. Há alguns anos houve um escândalo envolvendo o seu


nome. Um incidente bastante infeliz. — Batucou de novo com a caneta.


— Uma pena não ter ficado com a sua tia em vez de ter sido criada pelo


seu avô.—


Por favor. — A voz de Anahí tinha baixado de tom. — Não me


enfureça.


Beatrice reparou que tinha irritado Anahí. Fora esse o seu primeiro


objectivo. — Não constava no testamento do seu avô paterno.


— Andou a investigar bastante.


— Sou uma mulher meticulosa, Menina Puente.


— Mas que não vai rapidamente ao que interessa.


— Então, vamos ao que interessa — concordou Beatrice. — Aparentemente


não tem problemas de ordem financeira, mas não é propriamente…


— Podre de rica? — sugeriu Anahí.


— No seu vernáculo — concedeu Beatrice. — A sua estada aqui tem


sido um negócio muito lucrativo para si. É bastante compreensível que persiga


as possibilidades de futuras recompensas caindo nas boas graças do


Alfonso e da Alison.


— Futuras recompensas? — Anahí começou a sentir um ardor no


estômago.


— Não pensei que fosse preciso ser gráfica. — Beatrice pousou a caneta


e cruzou de novo as mãos. — O Alfonso é um homem muito rico. A


Alison irá herdar uma bela fortuna quando for mais velha.


— Percebo. — Anahí esforcouse por manter as mãos quietas. —


Está a sugerir que eu espero beneficiar financeiramente desenvolvendo


uma relação com o Alfonso e com a Alison. — Olhou prolongadamente


Beatrice nos olhos. — É uma mulher dura, Sra. Herrera. Não lhe ocorreu


que eu pudesse gostar deles independentemente do tamanho das contas


bancárias?


— Não. — Beatrice deixou a palavra pairar no ar por um momento.


— Já tratei com gente do seu tipo. A mãe da Alison era um exemplo,


mas o meu filho não me deu ouvidos. Decidiu casarse com ela apesar das


minhas objecções e mudarse para o outro extremo do país. Claro — disse


enquanto se recostava e fitava Anahí — que neste caso o problema é diferente.


O Alfonso não faz qualquer tenção de se casar consigo.


Está satisfeito com um simples caso amoroso. Uma vez mais, no seu vernáculo, a menina


contou com o ovo no cu da galinha.


Anahí queria atirarlhe com alguma coisa. Queria fazer alguns buracos


naquela perfeição de branco que a rodeava. Estava rígida com o esforço


que fazia para se controlar. — Estou ciente dos limites do meu relacionamento


com o Alfonso, Sra. Herrera. Sempre estive. Não tem com que se preocupar.


— Não vou tolerar mais a sua presença nesta casa. A sua influência


sobre a Alison vai levar meses a reparar.


— Uma vida inteira, espero. — Anahí levantouse. Tinha de sair


dali. — Nunca mais vai conseguir encaixala naquele molde. Ela já extravasou.


— O Alfonso tem a custódia da Alison.


Foi o tom, e não as palavras, que fizeram Anahí estacar. Sentiu uma


súbita pontada de medo. — Sim.


Beatrice rodou ligeiramente na cadeira para poder olhar para Anahí


de frente. — Se não sair hoje, esta tarde, serei forçada, pelo bem da Alison,


a requerer a custódia dela.


— Isso é um absurdo. — O medo regressou com força redobrada e


Anahí sentiu o frio apossarse da sua pele. — Nenhum tribunal lhe vai dar


a custódia em detrimento do Alfonso.


— Talvez sim, talvez não. — Beatrice moveu elegantemente os ombros.


— Mas sabe bem o quão desgastante pode ser uma batalha judicial,


particularmente quando há uma criança envolvida. Processalo com base


em conduta imoral tornaria tudo particularmente desagradável.


— Ele é seu filho. — As palavras sairamlhe quase sussurradas. —


Não pode fazerlhe uma coisa dessas. Nem à Alison. O Alfonso não lhe fez


nada de mal; nunca faria.


— A Alison precisa de protecção. — Olhou friamente para Anahí.


— Assim como o Alfonso.


— Protecção? Quer dizer, manipulação, não é? — Aproximouse de


Beatrice. Só podia estar a sonhar. Mas nem o pesadelo dela era assim tão


mau. — Não pode fazerlhes uma coisa dessas. Não pode. Ela não passa


de uma criança. Ela adorao. — Não ia chorar em frente daquela mulher.


— Não tem nada a ganhar com isso. Não ama a Alison como o Alfonso ama.


Não precisa dela. Se pudesse compreender o que é serse disputada dessa


forma, não o faria.


Beatrice soltou um curto suspiro. — A decisão está nas suas mãos.


Era incrível, impossível, mas Anahí percebeu que ela estava a falar


bastante a sério. — Eu ia amanhã — disse em voz baixa. — Não valho a


pena, Sra. Herrera.



— Hoje, antes de o Alfonso regressar. E não pode contarlhe nada disto.


— Hoje — concordou Anahí. Havia lágrimas na sua voz; não conseguiu


evitalas. Lutou para mantelas afastadas dos olhos. — Hoje, porque


sou capaz de algo que a senhora não é. De amalos o suficiente para lhes dar


o que precisam: um ao outro.


Beatrice viroulhe novamente as costas. — A Millicent já deve ter as


suas malas prontas e o Charles levaa onde quiser. — Abriu o livro de cheques.


— Estou disposta a compensala pela sua discrição e pela contrariedade,


Menina Puente…


A mão de Anahí bateu com força sobre o livro de cheques e interrompeua.


Beatrice ergueu os olhos, surpreendida.


— Não abuse da sorte — sussurrou Anahí. — Deilhe a minha palavra.


É de graça. — Levantou lentamente a mão e endireitouse. — Vai


chegar a hora em que terá de lidar com o que fez hoje. Perdeu mais do que


eu, Sra. Herrera.


Saiu porta fora e quase se dobrou com a dor. Precisava de tempo, de


alguns momentos, para se recompor. Ainda tinha de ver Alison. Não se iria


embora sem se despedir dela. Tenho de encontrar as palavras certas. Anahí


percorreu o corredor como uma sonâmbula. Não posso chorar à frente


dela.


A intensidade da dor tinhaa deixado entorpecida. Segurou na maçaneta


da porta do quarto de Alison com dedos completamente dormentes.


— Anahí! — Alison olhou para ela. O cachorrinho estava deitado


em cima da colcha e Alison estava ao lado dele a dedilhar a guitarra nova.


— Aprendi uma música nova. Queres que a toque?


— Alison. — Anahí sentouse ao lado dela.


— O que se passa? — Franziu a testa ao olhar bem para Anahí. — Pareces


estranha.


— Alison. Lembraste de eu te ter dito que um dia teria de me ir embora?


— Viu a expressão nos olhos da menina e tocoulhe no rosto. — Esse


dia chegou, Alison.


— Não. — Alison pôs a guitarra de lado e agarrou na mão de Anahí.


— Não precisas de ir. Podias ficar.


— Já te tinha explicado. Lembraste? Sobre o meu trabalho?


— Não queres ficar? — As lágrimas estavam a começar a brotar. Anahí


sentiu um momento de pânico.


— Alison, não é uma questão de querer. Não posso.


— Podias. Podias se quisesses.


— Alison, olha para mim. — Anahí estava no limite e tinha consciên124


cia disso. Mas não podia deixala assim. — Às vezes as pessoas não podem


fazer exactamente aquilo que querem. Eu amote, Alison, mas tenho de ir.


— O que é que eu vou fazer? — Foi quase um lamento quando se


abraçou ao pescoço de Anahí.


— Tens o Alfonso. E eu vou escreverte, prometo. Talvez no Verão possas


ir visitarme. Como já tínhamos conversado.


— Ainda faltam muitos meses para o Verão.


Anahí abracoua com força e depois afastoua. — Às vezes o tempo


passa depressa. — Tirou a aliança de ouro do dedo e enfioua na mão de


Alison. — Isto é para ti. Sempre que pensares que já não te amo, podes


olhar para ela e lembrarte que sim. — Levantouse e encaminhouse


para a porta. A dor estava a tomar conta dela e o tempo estava a esgotarse.


— Alison… — Virouse para trás com a mão na maçaneta. — Diz


ao Alfonso que eu… — Abanou a cabeça e abriu a porta. — Cuida dele por


mim.



Havia apenas uma luz ténue no quarto do hotel, mas até isso lhe incomodava


os olhos. Anahí não conseguia reunir forças para a ir desligar.


O choro tinhaa exaurido, deixado nauseada e vazia. Podia ouvir os sons de


celebração vindos de outros quartos.


Era quase meianoite.


Eu devia estar com ele a esta hora, pensou. Devia ter tido esta última


noite. O que terá pensado ele quando regressou e viu que eu me tinha ido embora?


Que me fui embora sem lhe dizer nada. Nunca vai conseguir compreender.


Terá ficado magoado, ou apenas furioso? Abanou a cabeça. Era inútil


especular. Estava terminado.


Ouviu o som de uma chave e voltouse. Quando Alfonso entrou, ela


não disse nada. Os seus pensamentos estavam afogados em dor e choque.


— Devias pôr a corrente quando não queres que ninguém entre, Anahí.


— Atirou a chave para cima da mesa. — As chaves são bastante fáceis


de conseguir. Bastam vinte dólares e uma boa história. Tu sabes tudo sobre


boas histórias.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Anahí deixou‑se ficar exactamente onde estava. A ameaça de Beatrice travou‑lhe o impulso de correr para os braços dele. — Como é que me encontraste? — Foi o Charles. — Virou‑se e colocou a corrente na porta. — Embora tivesse tido de visitar alguns bares para o encontrar. Ele tinha a noite de folga.&md ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29

    Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))

  • kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38

    LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
    AMEI ESSA WEB.

  • annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15

    adoro sua web, é demais
    posta +++++++

  • annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53

    vai desiste dessa web?
    por favor continua vai

  • annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38

    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++
    posta +++++++++++++++++++

  • mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05

    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29

    POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

  • mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49


    Q
    U
    E
    R
    O

    M
    A
    I
    S

  • vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41

    AMEIIIII
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!

  • vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41

    AMEIIIII
    POSTA MAIS!!!!!!!!!!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais