Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]
— Oh, Deus. — Passou as mãos pelo rosto num gesto de fadiga. —
Acho que ela deve ter investigado o passado da Anahí. Ela devia ter vindo
ter comigo — disse ele ao médico. — Eu nunca teria deixado a minha mãe
levar por diante uma ameaça dessas. Ela devia ter vindo ter comigo.
— Pois. — O Dr. Brennan anuiu com a cabeça. — Mas ela não ia correr
riscos com duas pessoas que amava. A tua mãe ameaçou processar‑te
com base em conduta imoral.
— Avô. — A palavra não foi mais do que um sussurro cansado.
— Tudo, Anahí, ele vai saber de tudo. E — voltou‑se para Alfonso —
ofereceu‑lhe dinheiro. Foi aí que ela avaliou mal.
Havia uma janela sobre a pia da cozinha que tinha vista para as montanhas.
Alfonso dirigiu‑se até lá e olhou para a paisagem. — Estou a ter dificuldade
em absorver isto. — A voz estava tensa. — Eu sabia que a minha
mãe era capaz de uma série de coisas, mas não esperava isto dela. Agradeço
que me tenha dito. — Ele achava que já tinha sentido toda a raiva e dor que
era possível sentir. Mas tinha‑se enganado. Naquele momento não sabia
qual das duas se sobrepunha. — Eu trato da minha mãe, Dr. Brennan. Pode
ter a certeza disso.
— Eu tenho a certeza. — Depois de olhar para Anahí, o avô levantou‑se.
— Tenho de ir regar o jardim. — Deixou‑os e a cozinha ficou no
mais absoluto silêncio.
Anahí inspirou fundo. Já estava tudo esclarecido. Haveria pouco mais
a dizer. — Vou fazer chá. — Levantou‑se para pôr uma chaleira ao lume.
— Anahí, não há nada que eu possa dizer ou fazer que consiga compensar
isto.
— Tu não tens culpa, Alfonso, e não te cabe a ti compensar nada. —
Abriu um armário acima da cabeça. — É chá de ervas. O avô proibiu‑me
de tomar cafeína.
— Anahí, por favor, pára um minuto. — Ela parou e virou‑se de frente
para ele. Alfonso reuniu todos os pensamentos. Tinha de dizer tudo rapidamente
e sair enquanto conseguia aguentar‑se de pé. — Primeiro, prometo‑te
que a minha mãe nunca se aproximará de ti nem do bebé. — Sentiu
uma pontada no estômago ao prescindir dos seus direitos. — Não farei
quaisquer exigências. Quero dar‑te apoio financeiro, se o aceitares. Compreenderei
se não o fizeres.
— Alfonso…
— Não, não digas nada ainda. — Ele sabia que tinha de despejar tudo
rapidamente. — O bebé é teu, completamente teu; aceito isso. Tens a minha
palavra em como nunca reivindicarei nada. Sei o quanto a Alison significa
para ti. Se quiseres, deixo‑a contigo durante alguns dias enquanto vou tratar
das coisas com a minha mãe.
— Isso já não interessa, Alfonso…
— Interessa‑me a mim! — Levantou uma mão para evitar perder o
controlo. — Quando encontrar um lugar para nós, e nos tivermos instalado,
envio a morada ao teu avô. Só gostava que me informassem quando o
bebé nascer e se estás bem.
As palavras dele estavam a alterar tudo. O que fizera sentido uma
hora antes parecia naquele momento um absurdo. Pessoas que se amam
deviam estar juntas. — Alfonso — começou ela. Depois deu um pequeno
gemido e pôs a mão sobre a barriga.
— O que é? — Em pânico, ele segurou‑lhe os braços. — Estás com
dores? É o bebé? Oh, meu Deus! Eu não devia ter vindo! Não te devia ter
perturbado desta forma! Vou chamar o teu avô.
— Não é necessário. — Anahí sorriu para ele. — O bebé está a dar
pontapés, só isso. É muito activo.
Alfonso baixou os olhos e depois levantou lentamente a mão para a
pousar sobre a barriga dela. Havia vida a mexer‑se impacientemente sob
a palma da sua mão. Sentiu‑se inundar de felicidade. Parte de si crescia ali
dentro. Parte de Anahí. Os dois tinham criado um ser humano. Quase conseguia
perceber o contorno do pequeno pé que batia contra a sua mão.
Quando levantou os olhos até aos de Anahí, ela viu a emoção e o deslumbramento.
Sorriu e pousou a mão sobre a dele. — Devias sentir quando
ele está mesmo agitado.
A dor inundou‑o de imediato roubando‑lhe a cor. Aquele era o primeiro
e último contacto com aquela criança. A última vez que tocava na
mulher que amava. Anahí percebeu a alteração antes de ele se voltar para
sair.
Não o deixes ir, gritou‑lhe o coração. Não sejas tola. É um risco, recordou‑lhe
a mente. Para ti, para todos. Corre o risco, insistiu o coração. És
suficientemente forte. São todos suficientemente fortes.
— Alfonso. — Chamou‑o antes de ele chegar à porta. — Não vás.
— Quando ele se virou, ela já estava praticamente junto a ele. — Nós precisamos
de ti. — Lançou os braços em volta do pescoço dele. — Eu preciso
de ti.
Ele queria aceitar o que ela estava a oferecer, mas conteve‑se. — Anahí,
não precisas de fazer isto por mim. Não quero…
— Oh, cala‑te e beija‑me! Já falámos demasiado. Tenho saudades
tuas. — Cobriu a boca dele com a sua e ouviu‑o gemer de alívio.
— Amo‑te. — Alfonso espalhava beijos por todo o rosto dela. — Nunca
mais vais passar um dia sem me ouvires dizer isto. Amo‑te.
— Beija‑me como deve ser — murmurou Anahí, tentando parar‑lhe
a boca. — Não vais esmagar os bebés.
Ele puxou‑a e perdeu‑se no sabor dela. Era sua… finalmente. Completamente
sua. — Bebés? — disse ele subitamente, afastando‑a. — Bebés?
— Não mencionei que eram dois?
Alfonso abanou a cabeça e deu uma curta gargalhada de espanto.
— Não! — Riu‑se de novo e apertou‑a contra si. Conseguia sentir a movimentação
das vidas dentro dela. — Não, não mencionaste. Como é que
consegui viver sem ti mais de seis meses? Não foi viver — respondeu ele à
própria questão. — Agora é que comecei a viver de novo. — Deu‑lhe um
beijo ardente como se conseguisse preencher seis meses de vazio com um
abraço. Afastou‑a de novo e olhou intensamente para ela. — Desta vez quero
compromisso — disse‑lhe.
— Também eu — concordou ela, lancando‑se nos braços dele.
Prévia do próximo capítulo
Epílogo O fogo que ardia na lareira tornava acolhedora a sala de estar. Lá fora a neve tinha meio metro de altura e ainda estava a cair. Anahí enfiou um presente de última hora debaixo da árvore de Natal e depois recuou para a admirar. Cordões de pipocas entrecruzavam‑se de cima a baixo. Ela sorriu, recordando‑se d ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29
Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AMEI ESSA WEB. -
annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15
adoro sua web, é demais
posta +++++++ -
annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53
vai desiste dessa web?
por favor continua vai -
annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38
posta +++++++++++++++++++
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mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
-
mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29
POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49
Q
U
E
R
O
M
A
I
S -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!! -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!!