Fanfic: Uma ultima noite AyA [terminada]
— Somos colegas de trabalho — disse ela bruscamente. Aproximou‑se da secretária, ainda à procura de fósforos. Estava a começar a sentir‑se ligeiramente nervosa. Queria acalmar‑se antes que piorasse. — E, embora sejas bastante atraente, o dinheiro não abana a teu favor.
— Ah, é? — Alfonso levantou‑se e aproximou‑se dela. — Porquê? Normalmente as pessoas sentem‑se atraídas pelo dinheiro.
Percebendo a irritação, Any suspirou e virou‑se de frente para ele.
Achava que era melhor para ambos se esclarecesse bem a sua posição. — A
normalidade é relativa, Alfonso.
— Assim fala a antropóloga.
— Os teus olhos escurecem bastante quando estás irritado, sabias? O dinheiro é muito bom, Alfonso. Eu própria costumo usa‑lo. Mas tem tendência para toldar a realidade.
— A realidade de quem?
— É exatamente esse o ponto. — Encostou‑se à mesa. — As pessoas endinheiradas como tu nunca vêem a vida como ela é para a maioria: esforços diários, orçamentos, credores, facturas. Tu estás afastado disso tudo.
— E vês isso como um defeito?
— Eu não disse isso.
— Não te cabe a ti aprovar ou desaprovar?
Any soprou os caracóis da frente dos olhos. Como é que se metera naquilo? — Admito que me põe nervosa, mas esse é um problema pessoal. Não achas que o dinheiro tende a isolar o indivíduo das emoções do dia‑a‑dia?
— Está bem. — Puxou‑a para ele. — Vamos testar a tua teoria. –Cobriu a boca dela com a sua. Não foi o beijo que ela esperara dele.
Foi ávido e possessivo e exigiu uma resposta completa e indiscutível. Ela resistiu por um instante. Estava determinada a não se render. Mas o corpo começou a aquecer. Deu por si a emitir um gemido e apertou‑o mais contra ela.
Havia algo quase selvagem na forma como a boca dele se apossou da dela. Não havia suavidade nem sedução. Ele procurava a resposta dela e exigia mais. Ela dava. As próprias carências não lhe deixaram opção.
Os lábios dele afastaram‑se dos dela por um momento e ela tentou recuar para clarear as idéias. — Ah, não. — Manteve‑a bem agarrada. — Ainda não. Estou longe de ter terminado.
Alfonso explorou, invadiu, possuiu. Estava a arrancar algo dela que ela ainda não estava preparada para dar. Ela queria recompor‑se, soltar‑se, mas os seus braços não o largavam. A boca dela estava determinada a ter mais.
A mão dele foi ríspida quando lhe agarrou no seio. Os dedos eram longos e finos e faziam a pele dela arder com o toque. Era mais do que prazer, mais do que paixão. Isso ela já tinha sentido antes. Ali estava a acontecer algo que ela nunca vivera. E isso assustava‑a, mas fazia‑a desejar e responder à exigência dele com maior fervor. Então, quando ela percebeu
que o limite da sanidade estava prestes a ser ultrapassado, ele soltou‑a.
Any ficou a olhar para ele. Pensamentos e emoções estremeciam através dela. O sabor dele permanecia nos lábios.
— Esta é a primeira vez que te vejo ficar sem palavras — murmurou Alfonso. Deslizou a mão até à base do pescoço dela e acariciou‑o. Any sentiu uma nova vaga de desejo inunda‑la.
— Apanhaste‑me de surpresa. — Libertou‑se dele e afastou‑se. Ia ter de pensar muito bem no que tinha acontecido, mas aquela não era a altura apropriada. Precisava de reorganizar as ideias.
Ele observava‑a atentamente. Agradava‑lhe o fato de a ter desconcertado. Mas ela também o desconcertara. Alfonso não se tinha preparado para a intensidade do desejo que sentira ao saboreá‑la pela primeira vez.
— Vou ter de me habituar a surpreender‑te — disse. Any voltou‑se de frente para ele.
— Eu não me surpreendo facilmente, Alfonso. E não tenciono ter um caso contigo.
— Ainda bem. Isso vai tornar as coisas muito mais interessantes. Eu tenciono ter um contigo.
Avaliei mal, pensou ela. Ele não está preso a convenções sociais como eu pensava. Há uma forte rebeldia por debaixo daquela polidez social. Teria de ser mais cuidadosa. Obrigou a voz a parecer calma quando perguntou:
— Não ia mostrar‑te uma foto de um xamã?
Ele tirou‑lhe o livro da mão e fechou‑o com firmeza. — Primeiro vamos ao que é prioritário. Que tal tirares o dia de amanhã para irmos velejar?
— Velejar? — O tom dela era cauteloso. — Só nós dois?
— Era isso que eu tinha em mente.
Prévia do próximo capítulo
A proposta de liberdade depois de dias enfiada em casa e a oportunidade de estar com ele longe do trabalho eram tentadoras. Demasiado tentadoras. Any abanou a cabeça. — Não me parece sensato. — Não me pareces ser o tipo de mulher que só faz o que é sensato. –A mão dele deslizou pelo rosto dela até ao cabelo. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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Angel_rebelde Postado em 25/05/2014 - 00:52:29
Adooorei sua fic. No começo não tive tanto encantamento mas bastou mais uns capítulos para me encantar. Foi lindo ver o qnto Anny mudou a vida da pequena Allison com sua ternura e a de Poncho tbm pois o mesmo tbm era mto triste antes da chegada dela. A entrega q tiveram foi única e resultou em momentos únicos para os dois. Formaram uma linda família, quase foi estragada pela inveja da mãe dele mas o amor entre eles venceu as barreiras. Adoorei a história. =))
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kikaherrera Postado em 21/10/2009 - 01:42:38
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
AMEI ESSA WEB. -
annytha Postado em 19/10/2009 - 18:34:15
adoro sua web, é demais
posta +++++++ -
annytha Postado em 14/10/2009 - 10:48:53
vai desiste dessa web?
por favor continua vai -
annytha Postado em 18/02/2009 - 15:03:38
posta +++++++++++++++++++
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mariahsouza Postado em 17/02/2009 - 19:45:05
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
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mariahsouza Postado em 15/02/2009 - 14:00:29
POOSSTTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
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mariahsouza Postado em 14/02/2009 - 17:26:49
Q
U
E
R
O
M
A
I
S -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!! -
vitoria10 Postado em 14/02/2009 - 17:08:41
AMEIIIII
POSTA MAIS!!!!!!!!!!!