Fanfic: Fellings | Tema: Laliter

- Precisamos conversar. – ele disse com a voz baixa, mas séria.

- Você já disse isso.

- Você irá morar com uma amiga de sua mãe.

- O que? – eu não estou acreditando. – mas mamãe não tinha amigas aqui na cidade...

- E nem no país. Rose, a amiga de sua mãe. Se mudou para o Estados Unidos há alguns anos. Mas como era muito próxima de sua mãe, concordou em eu deixá-la com ela.

- Eu não acredito que você vai me deixar com uma estranha!

-Ela não é uma estranha! É responsável e uma boa pessoa.

- Diferente de você. – eu sussurrei para mim mesma.

- Bom, durma esta noite no quarto de hóspedes que fica ao lado do meu quarto. Amanhã de manhã a levarei para o aeroporto.

Que COISA está minha vida, hein, agora recebo a notícia que vou morar com uma completa estranha. Peguei minhas coisas e fui para o quarto de hóspedes, pequei meu pijama, e praticamente desmaiei na cama de tanto sono e cansaço.

Acordei com meu pai me chamando, disse que tenho 20 minutos para me arrumar ‘bla bla bla’, não quis discutir com ele, afinal, ainda estava com uma perna quebrada. E não estava com paciência de ficar me equilibrando com uma perna só...

Me arrumei, e quando sai do quarto percebi que ele já estava me esperando na porta para irmos ao aeroporto. Prefiro não comentar como foi nossa ‘despedida’... não foi muito civilizado, juro, ele me medo, raiva e nojo, tudo ao mesmo tempo. Por um lado, não quero perder meus amigos que tenho, ou tinha, aqui em Londres, mas vai ser bom ficar bem longe dele.

O vôo foi rápido, ah, na verdade nem sei, dormi quase a viajem inteira e acordei um pouco antes de chegar no Estados Unidos. Saí do avião e comecei a procurar por Rose.Hoje de manhã, no caminho para o aeroporto, meu pai me disse que ela não era muito alta e tinha o cabelo castanho. Procurei por quase todo o aeroporto, não a encontrei em lugar nenhum.

- Lali? Lali Esposito? – ouvi alguém me chamando.

- Sim. – eu me virei e vi um garoto me fitando, tem olhos verdes e cabelos castanhos visivelmente bagunçados.

- Sou Juan Pedro, eh... pode me chamar de Peter, sou filho de Rose. Ela não pode vir, e, peço desculpas por te deixar esperando. – ele disse com sorriso sincero.

Depois de meu sorriso de ‘Tudo bem’, fomos até o taxi que Peter tinha chamado. A casa de Rose ficava a menos de 10 minutos do aeroporto, no caminho nem uma palavra foi dita. Ele foi simpático, mas agora, pensando bem, me pareceu um pouco estranho. Não sei, enquanto ele falava comigo, me fitou de um jeito... Assustador.

- Seja bem vinda...