Cena I
No alto da torre...
Gastón estava achando estranho o movimento ao redor do térreo da torre, o que acontecera? Ele resolveu perguntar a alguém, pena que lá do alto não se ouvia nada, suas tentativas de perguntar para alguma pessoa lá embaixo foram em vão. Quando uma pessoa viu que havia alguém lá em cima, Gastón era o único lá. A mulher começou a apontar e a fazer sinais. Ela apontava com a mão pra torre e movia o braço para cima e para baixo, depois ela fazia um “X” com os braços. Enfim, Gastón entendeu! O elevador! Estava quebrado! Será que teria acontecido algo com Mar?
Gastón_ Se alguma coisa tiver acontecido eles com certeza já devem ter ligado para a polícia - ele não pensava no pior, mas também não pensava no melhor. Ele estava tão preocupado com Mar que nem prestou atenção que estava preso, sem comida e sozinho no alto de uma torre, no meio do inverno!
Lá embaixo...
Todos estavam preocupados com a desconhecida menina que parecia morta. Já tinham chamado ambulâncias, polícia, bombeiros e até a marinha, se fosse possível. Ninguém a observava de perto, todos estavam com medo. Mar não se mexe, não demonstra nem sinal de vida. De repente, ela abre os olhos vagarosamente e vê uma luz branca, que começou a formar algo. Uma mulher! Mas não uma simples mulher, ela tinha asas, uma aureola em cima da cabeça e vestia um vestido branco.
Cielo_ Calma querida, vai ficar tudo bem - ela dizia com uma voz calma e doce.
Mar_ Mãe? É você? - ela estava confusa e sonolenta.
Cielo_ Não querida, sou sua anja da guarda! Nós ganhamos a forma de quem a pessoa protegida mais recebe amor! - Cielo passa as mãos sobre os olhos de Mar, fechando-os, e vai embora, depois disso ela não abre mais os olhos.
Ninguém viu Mar mexer a boca ou abrir os olhos, muito menos viu a moça de vestido branco, asinhas e aureola.
Cena II
No orfanato...
Já eram 22:00 horas. Hope estava se despedindo das crianças e voltando pra casa. Em seu carro foi o caminho todo em silêncio, sem rádio, telefonemas ou qualquer outro ruído. Quando chegou em casa, jogou a bolsa no sofá, tomou um banho e foi até seu quarto no andar de cima. Logo em seguida, ela se jogou na cama, olhou seus álbuns, chorou, sorriu, se sentiu perdida e dormiu em meio a lágrimas, como fazia todo dia.
Cena III
Na casa de Gimena...
Gimena é a mãe de Marcio e Caridade. Ela está fazendo quimioterapia por causa de um câncer no pulmão. Ela fica pior a cada dia. Nesse momento, Gime estava em seu quarto, dormindo com a enfermeira ao seu lado. Ela estava respirando por um inalador e bem coberta pelos cobertores e mantas de sua casa, era uma noite muito fria. Quando de repente ela começa a ter convulsões e a espumar. Logo a enfermeira injetou uma injeção tranquilizante nela e se pôs em ação. E enfermeira começou a medir a pressão e o estado sanguíneo de Gimena.
Enfermeira_ Ai meu Deus, as plaquetas não podem baixar! - a enfermeira injetou outra coisa em Gime - Ufa! Pronto! - Gimena acorda.
Gimena_ Torcicolo! - ela não pronunciava frases completas há meses.
Enfermeira_ Eu sei, você está com torcicolo por causa de uma convulsão que teve agora pouco! Suas plaquetas baixaram, temos que tomar cuidado com sua alimentação! - a enfermeira era uma boa pessoa, se preocupava realmente com a saúde de Gime.
Gime_ Tranquila - ela deu uma pausa - Obrigada! - ela queria dizer: “Fique tranquila, obrigada querida.” A enfermeira sabia disso.
Cena IV
Depois do jantar, na casa de Jaz e Cande...
Jaz já estava melhor e Cande estava lendo um livro no seu quarto. Quando ela ouve um barulho.
Cande_ Ai! - o barulho para, mas logo se repete. O som vinha da janela, a janela do quarto de Cande ficava virada para o lado de trás da casa, ela se levanta, abre a janela e olha para fora - Você não precisava jogar pedras na janela! Era só tocar a campainha! - Marcio estava parado atrás da casa de Cande, a faculdade já tinha acabado.
Marcio_ Prefiro assim! Fica mais estilo Romeu e Julieta - Marcio brinca.
Cande_ Quer as coisas mais Romeu e Julieta? Então escala a parede, porque agora eu não abro mais a porta!
Marcio_ E se o Romeu cair da trepadeira?
Cande_ Vai pro hospital! - Cande brinca - Entra bobão! - ela fecha a janela e desce as escadas, enquanto isso Marcio vai para o lado da frente da casa.
Na porta...
Justina_ Quem é filha? - ela tinha visto Cande descer as escadas e abrir a porta, ela estava lavando louça.
Cande_ O Marcio mãe! - Cande tinha aberto a porta e Marcio se senta no sofá.
Justina_ Aquele folgado de novo? Você tem que arranjar um novo namorado, querida. - ela continuava na cozinha.
Cande_ Mãe! Ele já entrou! - disse ela repreendendo a mãe.
Justina_ Desculpe Marcinho! Mas é a pura verdade.
Marcio_ Tudo bem dona Justina, já estou acostumado.
Justina_ Só não acho muito bom você ficar ai namorando enquanto sua irmã está se remoendo por causa daquele menino.
Cande_ Tudo bem que a Jaz está triste e tal, mas eu não vou deixar de ficar com o Marcio por causa dela. Afinal, ela nem está me vendo.
Justina_ Só que ela ainda tem ouvidos Candinha!
Cande_ Mãe! Eu odeio quando você me chama assim - ela disse nervosa.
Justina_ Eu sei disso! Gosto de te ver bravinha, fica tão fofa - disse ela orgulhosa.
Cande*para Marcio_ Podemos ir a praça? - disse sussurrando.
Marcio_ Mas ela está falando com você! Vai deixá-la falar sozinha?
Cande_ Vou! - eles saem e Justina continua falando.
Justina_ De verdade, você fica linda nervosinha! Ai, vendo você agora, tão crescida, nem imagino que era aquela coisinha pequenininha e frágil quando nasceu! - ela falava sentimental, quando Jazmin desce as escadas para tomar um copo de leite.
Jazmin_ Falando sozinha, mãe?
Justina_ Meu Deus Jazmin! Uma menina desse tamanho deveria fazer mais barulho pra andar - ela falou assustada.
Jazmin_ Você me chamou de gorda? Uma hora diz que eu vou ficar anêmica, outra hora diz que eu estou gorda e agora te peguei falando sozinha! Conclusão: Ou você endoidou de vez ou está ficando velha! - Jazmin vai pegar o leite.
Justina_ Querida, não seja boba! Eu estava falando com sua irmã! Ela está lá na sala com o Marcinho!
Jazmin_ Vixi Maria, já está tendo até alucinações! Te recomendo que não me dê mais motivos pra te internar num manicômio. - ela sobe as escadas.
Justina_ Isso só tem duas explicações: ou eu estou realmente ficando louca, ou a Cande me deixou falando sozinha de novo... - ela pensa um pouco - É, ainda não estou louca, mas daqui uma semana, não garanto nada!
Jazmin_ É mãe, falar sozinha não melhora seus créditos pra eu não te internar num hospício! - ela grita de seu quarto.