Cena V
No Copacabana Palace...
Rocio e Tato já tinham tomado banho. Rocio estava digitando seu filme e Tato estava deitado na cama.
Tato_ Eu ainda não acredito que meus pais me deram de presente uma estadia aqui! - ele dizia, ainda, impressionado.
Rocio_ E eu ainda não acredito que você quis ME levar como acompanhante! - ela continuava a digitar.
Tato_ E quem mais eu levaria?
Rocio_ Uma das suas primas.
Tato_ Roh! Eu já te disse que desde que eu te conheci não tenho mais nada com as minhas primas. - ele disse fazendo bico e Rocio o olhou com ar de desprezo.
Rocio_ Eu ainda não confio em você! Já traiu muitas namoradas antes de mim, como vou saber que não faz o mesmo comigo?
Tato_ Porque eu te amo! E você é muito ciumenta! Lembra daquele dia que você quase rosnou pra mim na sala só pra eu não ficar olhando as meninas que passavam no corredor?
Rocio_ É, eu admito que eu sou um pouquinho ciumenta! Mas em todo caso é melhor deixar na rédea curta!
Tato_ Pode confiar!
Rocio_ E pra quantas você disse isso?
Tato_ É, confesso que foram pra muitas... - ele fazia cara de superior, quando Rocio o olha brava - mas com você é diferente.
Rocio_ Quantas vezes eu já não ouvi essa frase... - ela olha Tato, ele estava de bico. Ela se levanta da cadeira e beija Tato.
Tato_ Então você confia em mim? - ele disse esperançoso.
Rocio_ Não foi isso que eu disse...
Tato_ Mas foi isso que você quis dizer!
Rocio_ Não coloque palavras na minha boca.
Cena VI
No orfanato...
Sol estava sentada em sua cama, que era encostada na janela, desenhando corações no vidro.
Stefano_ O que faz? - Sol se assusta e esfrega o vidro.
Sol_ Ai garoto, você me assustou!
Stefano_ Essa era minha intenção. Às vezes você fica ai no canto, toda misteriosa, nós nunca sabemos que você está pensando...
Sol_ Fala logo o que você quer Stefano!
Stefano_ Eu só quero saber por quem você está apaixonada!
Sol_ E quem disse que eu estou apaixonada? - Stefano a olha sério.
Stefano_ Olha, todo mundo já sacou! EU vi que você estava fazendo coraçõezinhos no vidro, ok? Eu só quero saber pra quem são esses corações... Coff, coff, coff - ele tosse forçado e aprecem todas as menininhas entre 4 e 6 anos na porta. - Na verdade nós queremos saber... - quando a campainha toca.
Sol_ Desculpe, mas vamos ter que deixar o interrogatório para outro momento. - ela vai atender a porta e todos do orfanato vão atrás, quando ela abre a porta vê Thiago, todo ensopado. Quando ele entra pega 4 criancinhas de uma vez no colo.
Thiago_ Ei, o tio Titi chegou! - ele disse e todas as crianças começaram a gritar e correr em volta dele e Sol olhava admirada a cena. - Oi Sol!
Sol_ Oi! Kkkkk. Ei, pessoal, vamos deixar o tio Titi se secar, se não ela pega um resfriado e não vem aqui por uma semana! - as crianças param imediatamente e Thiago tira o casaco molhado, jogando-o no cabideiro.
Thiago_ Agora sim! Podem vir meus pequenos. - todos abraçam Thiago, menos os meninos maiores, que sempre o cumprimentam depois. Ele é atacado pela manada de pirralhinhos e cai no chão. - Chega de tanto amor por hoje! - ele se levanta e senta no sofá.
Sol_ Nem um pouco folgado você, não? - disse irônica.
Thiago_ Essa é uma das minhas maiores qualidades...
Sol_ Você é muito retardado sabia?
Thiago_ O retardado aqui sofreu muito hoje!
Sol_ Ela não voltou? - ela pergunta preocupada e todos param em volta de Thiago.
Todos_ A tia Mar não voltou tio Titi? - elas ficaram tristes.
Thiago_ Não meus pequenos. Ela não voltou.
Belén_ Eu não entendo a tia Mar! Em um dia ela diz que te ama, no outra vai embora e depois fala que volta e não volta mais.
Thiago_ Belén, não se passaram só 3 dias linda...
Belén_ E passaram quantos então?
Thiago_ Passaram dois anos!
Belén_ Adultos e suas coisas com o tempo!
Thiago_ Só que o mais importante sabe o que é?
Todos_ É o que tio Titi?
Thiago_ Que vocês aqui do orfanato, agora, são a 1ª coisa mais importante da minha vida!
Bruno_ Mas e a tia Mar?
Thiago_ A tia Mar só me fez mal por esses 2 anos. Enquanto você não, vocês me fazem ser uma pessoa realizada, todos os dias do ano! - todos abraçam Thiago. - Ah é, eu trouxe bolacha! - as crianças começam a apertar Thiago. - A bolacha está com a tia Sol pessoal. - as crianças correm até Sol e a derrubam no chão.
Sol_ Eu te mato Thiago, juro que te mato!
Guadalupe_ Não jure em falso querida Sol. Deuzinho castiga.
Cena VII
No hospital...
Gastón já tinha sido ajudado pelos bombeiros e saído de cima da torre. Agora ele estava no hospital, esperando notícias de Mar.
Gastón_ Tudo culpa minha, se eu não tivesse insistido pra sairmos de lá! Por que ela? Por que não eu? Por que não me fizeram ter esse acidente ao invés dela? - ele chorava.
Carol_ Ei, fique calmo! Esperando notícias de quem? - era uma menina que esperava notícias, também, e estava sentada ao seu lado.
Gastón_ A minha amiga, ela sofreu um acidente de elevador! A corda arrebentou e o elevador despencou. E foi tudo culpa minha. - ele nem notou que a menina falava Português e não Francês.
Carol_ Aquela menina que apareceu no jornal online? Estou esperando notícias da minha mãe, ela sofreu um acidente de carro! Quando eu fui verificar as notícias e vi o acidente que aconteceu eu fiquei pálida, percebi que, mesmo minha situação sendo ruim, eu estou em melhores circunstancias que você.
Gastón_ Você tem sorte, pelo menos tem uma mãe! - ele remexia o passado
Carol_ E você não?
Gastón_ Sou órfão...
Carol_ Me desculpe eu não...
Gastón_ Você não era obrigada a saber. - quando o médico chega.
Médico_ Senhor Gastón Dalmau!
Gastón_ Aqui! - ele se levanta - Como a Mar está?
Médico_ Eu sinto informar, mas quanto à senhorita Marianella, ela...
Cena VIII
Thiago estava no orfanato, rindo de Sol, quando sente uma dor no coração e deixa uma lágrima cair em sua camisa meio molhada. Logo as crianças percebem.
Sol_ Thiago! Aconteceu alguma coisa?
Emi estava tomando seu bolo com sorvete na cozinha, quando ela vai se levantar para colocar o prato na pia ela cai no chão, fazendo o prato quebrar-se, sentindo um aperto no coração ela derrama uma lágrima. Nico imediatamente corre para a cozinha e a ajuda a levantar.
Nico_ Aconteceu alguma coisa? - Emi estava chorando.