Fanfic: Você, minha obsceção. | Tema: Romance

   -Você vai ou vai ficar ai olhando pro nada? Não vai me dizer que você está pensando, por que sinceramente, não tem muito o que pensar...

   - Ai, cala a boca. Tava arrumando o vestido. Vamos logo antes que você morra por causa disso. Só me ajuda que eu tô de salto.

   Ele pegou no meu braço para me ajudar. Todo o esforço que eu fiz, foi o de procurar o Rodrigo na porta, por que o Bruno tava quase me carregando no colo.

   - Eeeeei. - gritei. - Eeeeeeeeeeeeeeeeeei, menino feio. - Rodrigo olhou.

   - Nossa senhora, minha filha que pedaço de pano é esse? Vamos tirar por que com ou sem ele tá quase a mesma coisa.

   - Sai daqui. - Bruno dá um tapa na mão de Rodrigo que estava quase na minha cintura. - Deixa ela com o pano dela.

   No momento que Rodrigo me abraça, eu me sinto em casa. Quer dizer, como eu já li em um livro, as vezes casa e lar, não é um lugar, e sim uma pessoa. E apesar de tudo o que eu já apronei com os dois, eles são o meu lar. Desde o primeiro dia que eu vi os dois, eu achava que tinha algo sobre eles que eu deveria descobrir. E de fato tinha.

   Rodrigo é um pouco mais bruto comigo. Me bate, me chinga, me morde, mais fala comigo todos os dias, e praticamente a cada 2 meses ele me dá um abraço. Talvez seja tática pra me deixar com saudade do abraço dele, e sinceramente funciona. Por mais que eu tenha fechado com a cara dele lá na escola depois de cantar aquela música, ele continuava falando comigo. Era diferente, mais ele continuava ali, do meu lado.

   Já o Bruno é o meu xodó. Me abraça a cada dez minutos, me põe apelidos fofos como Galega, Juju e Lela... Ah, o Juju é de Jumenta, tá? E o Lela... Bem, o Lela deve ser algo d próximo a Ella, vai saber. Ele é lindo, e me apoia em todas as minhas atitudes, mais quando eu estou errada, ele é o primeiro a apontar o dedo na minha cara e me dar o maior sermão. Ele é aquele amigo que arruma os próprios amigos pra ficar comigo, mais é o primeiro a ficar com ciumes se eu começo a falar de garotos. Ele e o Rodrigo são assim. Nós nunca brigamos, e deve ser por isso que a nossa relação é tão boa.

   Minha mãe disse que adoraria ter um dos meninos como genro, mais eu nego até o fim, e desconverso sempre. Quer dizer, nossa relação é muito boa para ser estragada por causa de um namoro que não deu certo. Tá ótimo desse jeito. Meus melhores amigos, meus bebês, meus irmãos.

   Eu perco minha respiração, meus batimentos cardiacos diminuem a ponto de que eu sinta uma dor enorme no meu peito. Eu aperto a mão de Rodrigo, e meu olhar paralisa. A visão fica um pouco embassada, e eu não consigo me mover. Ouvir aquela voz chamando o meu nome, era quase como a morte. De um lado, eu amava ouvir aquela voz dizendo o meu nome, de outro lado, fazia um pouco mais de um ano que eu não ouvia isso acontecer.

   - Ella?

   Hugo.