Fanfic: Você, minha obsceção. | Tema: Romance

   Ele veio em minha direção, sorrindo e de braços abertos. Eu estava paralisada com a visão que eu estava tendo. Ele estava lá, com a camisa que eu havia dado de presente a ele no dia do aniversário dele do ano passado. Uma camisa que tinha muito da minha personalidade, e zero da dele. Uma camisa que eu comprei para usar quando a gente fosse para uma festa e eu fosse me arrumar na casa dele. Uma camisa branca que tinha uma estampa de respingos de tinta de várias coisas e no centro de preto tinha escrito "Fuck Yeah!"... A MINHA camisa, no corpo dele...

   -Hugo!- acenei e forcei um sorriso.

   Ele estava sorrindo e me abraçou. Os meninos estavam parados do meu lado, e eu estava quase para morrer quando senti o perfume dele. O mesmo de sempre. Ele me deu um beijo na bochecha e eu pecebi que estava tonta com tudo isso acontecendo. Continuavamos abraçados e aquele era o momento que eu tive de falar o que queria para ele. Quando eu pensei em balbuciar qualquer palavra ele olhou nos meus olhos e foi direto.

   - Desculpe por tudo. Eu sei o quanto você sofreu quando a gente não se falava. Eu também sofri. Mais eu TIVE que fazer isso. Era o melhor para todo mundo.

   - Não foi o melhor pra mim Hugo. Eu chorei por várias noites tentando entender o que eu havia feito de errado. Eu gostava de você, eu AMAVA você.

   Meus olhos se encheram de lágrimas, e as palavras fecharam minha garganta. Rodrigo e Bruno queriam me tirar de lá, mais eles sabiam que Hugo iria atras de mi a festa inteira se não terminasse de falar. Ele segurou a minha mão, e eu senti uma vontade imensa de deixar as lágrimas rolarem, mais eu me segurei.

   - Me desculpe, eu fui um idiota. É que tem coisas que você não pode saber sobre esse tempo que a gente estava sem se falar. Me perdoa Ella. Me perdoa, por favor. Eu nunca quis te magoar...

   - Eu já superei isso. - falei seca. - Esquece isso e vai se divertir na festa.

   Qando virei de costas pra ele, senti uma vontade imensa de me jogar no chão e começar a chorar como uma criança fazendo birra. Rodrigo me segurou do lado esquerdo, e o Bruno, do lado direito. Encostei a cabeça no ombro do Bruno que sussurrou no meu ouvido.

   - Parabéns por ter falado alguma coisa.

   Eu sorri e disse:

   - Eu consegui.