Fanfic: Você, minha obsceção. | Tema: Romance

   E cá estou eu. Sentada em um banco perto da piscina, com um menino que gostava (gosta?) de mim, com um que eu já gostei, e outro que eu quero só a amizade. E claro que eles estão falando das meninas da festa. Meu interesse pela conversa é minima, e diria mais, estou quase dormindo apoiada no ombro do Bruno.

   - Ei, menina. Presta atenção que eu tô falando com você! - Marcos me tira to transe.

   - Oi.

   - Animada você tá... Tava falando pros meninos da origem dos nossos apelidos. - ele fez uma cara de emoção mais ou menos assim: *o*, sério.

   - Hum, é verdade. Já contou?

   - Já cabeção. O que tá acontecendo com você?

   - Nada, é que vocês estavama falando das meninas e eu perdi o interesse no assunto, e não voltei a prestar atenção de novo...

   - Ah. Você lembra a origem dos nossos apelidos, né?

   Fiz que sim com a cabeça e dei um leve sorriso. E realmente eu lembrava. A gente tinha nove anos e estavamos em João Pessoa, no natal. Estavamos passando as festas de fim de ano juntos, e no dia 24 de dezembro fugimos pra um campo um pouco longe de onde a gente tava. Estavamos olhando as estrelas e fazendo piadinhas sem graça dos nomes um do outro.

   - Ah, o seu nome parece com Macaco, Marcos.

   - Parece nada. O seu sim se parece com Panela, Daniella.

   - Marcos, Caco hahaha.

   - Daniella, Nela haha.

   E a partir daquele dia, eu não conseguia mais chamar ele de Marcos, só de Caco. E ele não me chamava nem de Daniella, nem de Ella. Só de Nela. Eram os apelidos mais fofos que eu já vi alguem ter... Claro que por a gente ter "fugido" da ceia de Natal, nó fomos punidos em 2 dias sem sair de casa. Mais valeu a pena por que estavamos juntos. Eramos inseparáveis até ele ir morar em Recife, junto com os pais, quando a gente tinha 12 anos. Ele passou 2 anos lá, e a gente só se falava pela internet, mais não era a mesma coisa.

   Lembrando de tudo isso, dei um leve sorriso e me levantei do banco.

   - Vai aonde?

   - Andar.

   Cheguei no bar e pedi uma água. Alguem parou do meu lado e começou a me fitar. Não olhei para não ser tão indelicada quanto essa pessoa estava sendo. Peguei minha agua e me virei para perguntar se a pessoa havia perdido alguma coisa em mim, e definitivamente não esperava encontra-lo ali.