Fanfic: Você, minha obsceção. | Tema: Romance

   Um mês de aula, e eu já estou novamente enteirada com as pessoas. Não que eu seja a mais popular da sala, mais eu conheço bastante gente. MESMO. E agora adicionei mais uma garota a minha lista de "vai-ficar-pra-o-resto-da-vida", a Victória. Eu ainda não pensei em nenhum apelido pra ela. Mais eu sempre quis chamar alguem de Nena. Quem sabe, se REALMENTE der certo a nossa amizade, mais na frente eu posso chamar ela de Nena. Nós nos aproximamos, e muito, dos meninos lá da sala, principalmente do Rodrigo, aquele da barraca de doces, e do Bruno, o novato bonitinho que eu não dei importância. Até nos "casamos" com o Rodrigo. Tá que ele não é do tipo "oi-sou-gostoso" e nem do tipo "sou-bonito-e-o-cara-certo-pra-casar" mais ele é uma excelente companhia.

   - Retardada, me passa o corretivo.

   - Me ame menos Rodrigo.

   - Aproveite e me dê uma bala.

   - Só tenho essa em minha boca. Quer? - boto a bala na ponta da lingua.

   Esse foi o meu maior erro. Foi uma brincadeira da minha parte, mais ele entendeu que era sério. Mesmo que a gente estivesse fora da escola, eu NUNCA beijaria ele. Ele é legal, mais não é o cara que eu queira como namorado. Ele se inclinou pra pegar a bala. Eu ponho a lingua pra dentro. Ele sorri. Eu retribuo e viro a cabeça. Eu estou nervosa, como eu vou prestar atenção na aula? Ah, não é aula, é um filme. Sinto uma mão vindo de trás, segurando a minha. Não era ruim, mais eu sabia de quem era. Rodrigo. Eu estava nervosa, não queria soltar, por que estava maravilhoso, mais eu queria soltar, por que não era pra acontecer.

   De repente alguem entra na sala, alguem que rouba a atenção de todos na sala. Coordenadora Larissa, e um garoto que passa voando até o quadro, e fica de costas conversando com o professor. Não vi quem era por que estava ocupada em tirar a mão do Rodrigo da minha. Mel me olha assustada, como se pedisse socorro. Ou como se prevesse que EU fosse pedir socorro. A coordenadora começa a falar e eu me viro.

   Meu coração para.

   Eu estou ofegante.

   Estou gelada.

   Meu coração volta a bater e o nervosismo vem junto.

   Hugo.