Fanfic: Ciúme - (DyU) - {Terminada}

Sentiu um arrepio percorrer o corpo inteiro.Helen abriu a porta e deu um passo para o lado,sorrindo,para que Dulce entrasse.Era tarde demais para recuar; respirando fundo, Dull entrou e a porta fechou-se atrás dela.

Ucker estava de pé diante da janela,de costas para ela.Lembrou-se que ele estava nessa mesma posição durante a última vez que se tinham visto em Los Angeles.Observou os ombros fortes,o corpo vigoroso vestido num terno escuro,a cabeça orgulhosa,e seu coração batia tão alto que teve certeza que Ucker ouvia as batidas.

Sentia-se paralisada e só conseguia olhar e olhar.O amor por Ucker se tornara maior e mais profundo naqueles três anos de separação.Era um choque descobrir isso.Ele se mantinha silencioso,apesar de saber que Dulce estava ali.Na certa,esperava que ela falasse primeiro.

-         Oi Uc...Christopher... – a voz de Dull era pouco mais do que um sussurro,enquanto dava alguns passos na direção dele.

Ucker voltou-se devagar e ficou olhando para ela por instantes.

-         Oi Dulce... – respondeu frio,com voz impessoal.

-         Ela observou o rosto bonito que estava bronzeado,com certeza ele teria passado esse fim-de-semana em alguma de suas ilhas.Mesmo assim não mudara,ainda era profundamente atraente,bonito e bem definido,com a boca de linha firme e sensual,talvez um tanto cínica agora,os grandes olhos castanhos enigmáticos.

Olhar para Ucker depois de tanto tempo fazia-lhe um efeito devastador.Sentia vontade de ama-lo,de se atirar nos braços dele,de ser amada.Compreendeu que o pouco de paz que conseguira naqueles anos tinha sido destruída no momento em que pisara naquela sala.Três anos destruídos em dois segundos!

Não queria pensar em como iria se sentir depois disso.

Notou que Ucker olhava atento seu rostinho pálido,o brilho febril dos olhos castanhos,os lábios macios e trêmulos.

-         Sente – ele indicou uma poltrona não mto distante dele. – Quer tomar alguma coisa?

-         Tinha coragem de gritar diante de tanta gentileza,mas sabia que nunca conseguiria quebrar a frieza dele.Não parecia surpreso em vê-la. “Sou sua mulher!” teve cvontade de gritar. “Amo vc!” Em vez disso,forçou um sorriso nos lábios frios: - Um café por favor – respondeu.

-         Ele inclinou-se e apertou o botão no aparelho eletrônico ao lado da mesa dizendo: - Helen,dois cafés por favor.

Um segundo depois Helen entrou e pôs a bandeja sobre a mesa entre eles.

-         É só isso? – Dulce sentiu o ciúme aperta-lhe o peito qunado Ucker sorriu abertamente para a secretária: - Sim,obrigado Helen. – A secretaria retirou-se.Dulce não sabia como começar a pedir o dinheiro.De repente teve a certeza de naum conseguir falar e achou que tinha sido uma loucura ir até ali.As mãos de ambos tocaram-se de leve quando Ucker lhe deu a xícara e ela estremeceu,o toque casual queimando como fogo.Tomou coragem e pensou: - A única coisa que pode acontecer é ele dizer não,imaginou ela.Mas o silencio prolongou-se e a coragem sumiu.Ucker parecia não ter absolutamente nada a dizer-lhe,os olhos castanhos distantes,os ombros visivelmente tensos sob o terno escuro.

-         Como... como vai vc? – perguntou ela de repente,não suportando mais o silencio e os olhos observadores dele.

-         Como é bem-educada vc Dulce... – observou de modo irônico. – Tenho certeza que não se importa com isso,mas vou bem.E vc?

-         Ela ficou vermelha,atingida pela ironia,imaginando se devia se defender e achando que não.

-         Vou bem obrigada – respondeu.

Ucker observou seu rostinho corado com olhar desinteressado.

-         É.Vc parece mto bem Dulce Maria.Ainda mais bonita do que antes,mais oarece outra Dulce Maria,o que aconteceu nesses três anos separada de mim hãm? – disse ele,frio,demonstrando que a beleza dela não o atingia.Mas era bem verdade que ele notara uma certa diferença em seu corpo,e estava certo,depois que teve Fernando,seu corpo mudara.

Ela continuou calada,sentindo-se mto só,ferida e infeliz ao descobrir que nem sequer conseguiam conversar um com o outro.

-         Agora que trocamos a gentileza,vc podia me dizer por que veio aqui – disse ele,olhando o relógio – Tenho outra hora marcada às três horas.

-         Então,vou ser o mais rápida possível – respondeu ela com amargura.

-         Ótimo – disse Ucker,calmo e indiferente.

-         Vc não vai mesmo me ajudar,não é? – explodiu ela,à beira das lágrimas.

-         Ajudar,por que? Vc me deixou lembra? - Dull não podia acreditar em tanta frieza e cinismo dele.

-         Ucker... EU...

-         Me diga o que quer Dulce Maria,e proto! – a voz dele soou rouca,alterada por uma emoção que ela não conseguiu identificar.

-         Preciso de dinheiro – disse ela sentindo-se morrer.

-         Quanto? – perguntou ele,os olhos fixos no rostinho angustiado.

-         Tenho mtas dividas com o apartamento e contas – murmurou ela,fitando-o com intensidade.

-         Por que tantas dividas?

-         Vai me emprestar? – ela percebia desesprro na própria voz.

-         Pq vc só me procurou agora Dulce?

-         Então a resposta é não? – os olhos dela encheram-se de lágrimas a ponto de não enxergar Ucker direito.

Ele não respondeu,então ela achou que assim era.Levantou-se,caminhando cegamente para a porta,mas sentiu-se firmemente segura por um braço antes de dar três passos.Ele a onrigou a virar-se,magoando-a com suas mãos fortes.Dulce sentia o calor da mão dele através de seu toque.As emoções,o auto controle explodiram àquele toque e as lágrimas começaram a correr pelo seu rostinho pálido.Ucker praguejou algo e depois: - Lágrimas Dulce? – perguntou amargo. – Isso não é digno de vc.

Aquelas palavras feriram-na profundamente,fazendo-a chorar ainda mais.Não conseguia parar.Ergueu as mãos num gesto de defesa,queria afastar-se dele,mas não tinha forças para livrar o braço que ele ainda segurava.Ele a puxou para si e de repente ela viu-se nos braços dele,apoiada no ombro largo.Ucker segurou-a contra si,os braços fortes,o corpo tão conhecido perturbando-a .

CONTINUA...