Fanfic: Fruto da Paixão-AyA [Finalizada] | Tema: AyA

Anahí  forçou um sorriso para o homem ao seu lado. Lucien Giraud também chegara desacompanhado, provavelmente por escolha própria e não por falta de par. Bonito e charmoso, tinha flertado descaradamente com Annie durante todo o jantar. Temendo parecer rude, Annie  esforçou-se em reagir amavelmente, mas cada risada disfarçava a infelicidade que sentia sempre que Alfonso  colocava os olhos nela. A expressão de desprezo a lembrava que Alfonso  a visualizava com Christian Chavez

Chegou ao limite à meia-noite. Estava ficando sem paciência com as tentativas nada sutis de Lucien de colocar a mão em sua coxa

— o homem tinha um ego do tamanho do Everest — e o encarou zangada quando ele colou a boca em seu ouvido.

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Então, Anahí , o que é preciso para convencê-la a jantar comigo? — ele murmurou de modo sedutor, claramente convencido de que a levaria para a cama em tempo mínimo.

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Mais do pode imaginar — Annie replicou, tentando se afastar mais no sofá quando viu o olhar de Lucien fixo em seu decote. — Peço que me desculpe — disse ao afastar a mão-boba e levantar-se. — Meu braço está começando a doer e preciso tomar meus analgésicos. Foi um prazer conhecê-lo — mentiu, engolindo um resmungo impaciente quando Lucien se ergueu e lhe segurou a mão.

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Foi um prazer para mim também, Annie — ele respondeu, levando a mão dela à boca num floreio que chamou a atenção de todos na sala. — Espero que nos encontremos novamente.

Não nessa vida... se pudesse evitar, Anahí jurou silenciosamente ao repetir a desculpa para os outros convidados e retirar-se para o quarto, ciente do olhar de Alfonso  fuzilando suas costas. Como anfitriã, deveria permanecer até a partida do último convidado, mas vê-lo sorrindo e flertando com a srta.  ALvarez era uma agonia que não suportaria mais.

Apesar de sentir-se cansada, Annie, depois de duas horas revirando-se entre os lençóis, decidiu tomar um pouco de leite. Tinha ouvido os convidados partindo pouco depois de deixar a sala, mas a luz que surgia por baixo da porta do quarto de Alfonso  e a voz velada de mulher a detiveram no meio do corredor. A imagem de Poncho  e da bela Claudia Alvarez juntos a deixou tão infeliz que cambaleou até a cozinha como se tivesse levado um soco no estômago.

Oh, Deus! Por que isso a magoava tanto? Queria chorar feito um bebê enquanto despejava o leite numa panela e acendia o fogo. Claro que Poncho  teria uma amante. Provavelmente toda uma fila de beldades sofisticadas devia ter passado pela cama dele nos últimos dois anos... mas saber que Poncho  estava fazendo amor com outra mulher naquele momento era mais do que podia suportar.

Secou o rosto molhado com um papel-toalha. Devia deixar de ser tão patética. Tinha lidado com a rejeição durante toda a vida... Já devia estar acostumada a essa altura, pensou enquanto revivia sua infância, quando tentava conquistar o amor da avó Poncho  jamais tivera qualquer pretensão de amá-la. Era sua culpa ter entregado o coração a ele, não deveria ser surpresa que a tratasse com tão pouco caso.