Fanfic: Fruto da Paixão-AyA [Finalizada] | Tema: AyA

Por vinte segundos inteiros, Anahí experimentou uma alegria imensa... rapidamente substituída pela sensação de que seu coração estava desabando. Claro que queria que Annie voltasse a morar com ele... Seria mais conveniente que visitar Luna  na Inglaterra. Ainda estava surpresa com a declaração de que Alfonso  queria ser um pai interessado. Luna  sem dúvida se beneficiaria da presença de ambos, mas que papel ela mesma teria na vida de Alfonso ?
— Isso não arruinaria sua fama? — Annie perguntou sarcástica. — Não poderá manter sua reputação de solteiro mais cobiçado tendo uma ex-amante e um bebê a tiracolo.
O sorriso lento e sensual fez Anahí estremecer.
— Não é uma ex-amante desde ontem à noite, não é? — ele murmurou, o hálito quente alcançando o ouvido de Annie .
Só então percebeu que ALfonso  estava perto demais; podia sentir o calor de seu corpo e as ondas de energia sexual emanando dele. Annie recuou, mas Poncho  a enlaçou pela cintura e a arrastou para si.
— Sabe como era entre nós, Annie . Não negue — ele acusou quando Annie fez menção de protestar. — Nossa paixão era explosiva, chérie.
— Não. — Anahí emitiu um som desarticulado ao ver a cabeça de Poncho  inclinando-se. A qualquer segundo seus lábios se encontrariam, e ela estaria perdida numa ânsia ardente que só Alfonso  conseguia provocar. O ultraje lutava contra a volúpia e venceu por margem pequena. — Acha mesmo que basta estalar os dedos para que eu caia em seus braços? — perguntou, vergonhosamente ciente de ter feito isso na noite anterior. — Ontem eu era uma mulherzinha com predileção por amantes abastados...
— Isso foi antes de eu saber a verdade — Alfonso a interrompeu bruscamente. — Agora sei que estava errado e estou disposto a admitir que não dormiu com Chavez.
— Que gentileza a sua — Anahí  murmurou amargurada —, mas é tarde demais, Poncho . É uma pena que não tenha acreditado em mim dois anos atrás... quando precisei de você. Pelo contrário, quase me destruiu com sua desconfiança e, para ser franca, não voltaria para você nem que fosse o último homem do planeta.
O sorriso a desarmou, impedindo Annie  de notar o brilho de batalha nos olhos de Poncho.
— Veremos, não é? — sussurrou, apertando-a em seu braço até que o rosto de Annie estivesse colado em seu peito.
— Solte-me, seu... bruto. — Annie  forçava os punhos nos ombros dele, mas Zac ignorou os socos e passou a mão livre pelos cabelos dela, erguendo-lhe o rosto. Como poderia lutar contra ele se aquele era o único lugar no qual desejava ficar? Agarrando-se aos Poncho  seguraram seu queixo antes que ele reclamasse seus lábios num beijo que varreu qualquer tentativa de resistência de sua mente.
Anahí  sentia a doce sensação de desejo inundar suas veias. Apoiou as mãos no peito de Poncho , sentindo as batidas erráticas de seu coração.
— A noite passada foi um erro. Não podemos simplesmente retomar de onde paramos dois anos atrás — Annie  protestou quando Poncho diminuiu a pressão do beijo. — Muita coisa aconteceu, Alfonso.Você me magoou demais — sussurrou ao reviver a agonia da rejeição e as incontáveis noites em que chorava até dormir. Estava assustada com a própria fraqueza. Alfonso devia estar se parabenizando por ter vencido sua resistência com apenas um beijo, mas, quando viu a indisfarçável fome no olhar dele, sentiu-se em júbilo. Ele também sentia aquele ditame pagão, que lhes inundava as veias até deixá-los ciente apenas da imensa vontade de render sua alma à paixão.
— Então me deixe compensá-la — ele murmurou contra o pescoço dela. — Deixe-me lembrá-la como era bom quando estávamos juntos, como pode ser bom novamente. Sempre nos comunicávamos melhor sem palavras, chérie, — Alfonso  apertou as nádegas de Annie, puxando-a até que sua pélvis estivesse em contato direto com a crescente força de sua ereção.