Fanfic: Fruto da Paixão-AyA [Finalizada] | Tema: AyA

— E esse emprego significa muito para você?
— Não, é só um emprego... Algo vital para uma mãe solteira, não acha? — respondeu, sentindo-se inquieta por ver que Alfonso continuava a estudá-la especulativamente. — Preciso trabalhar, Poncho.
— Por quê? Sei que era necessário antes, mas agora é claro que sustentarei Luna. Ela é feliz aqui, como pode pensar em levá-la? — perguntou irritado. — Não permitirei que a crie naquele lugar que chama de casa. Além disso, minha mãe ficaria de coração partido longe da neta.
A vontade de dizer que era forçada a viver naquele lugar por causa dele era tão forte que Anahí mordeu o lábio. Não havia razão para começar uma discussão quando o melhor seria uma conversa calma e racional sobre o futuro da filha.
— Sei quanto sua mãe ama Luna  e, acredite, não faria nada para estragar essa relação. Mas minha vida está na Inglaterra.
— Então volte para a Inglaterra — Alfonso  resmungou —, mas vá sozinha. A vida de Luna agora está aqui, com a família que a ama.
— Está dizendo que não a amo? — Em sua agitação, Annie ficou de pé. — Eu daria minha vida por ela, nunca a abandonaria como minha mãe me abandonou. — Virou de costas, escondendo as lágrimas, e gritou quando Alfonso a puxou para a espreguiçadeira dele. — Não! Entendo que queira ser um bom pai, mas não posso deixá-la aqui com você. Nós dois a amamos, mas duvido que haja solução que permita que ambos sejamos pais em tempo integral.
— Não? — Alfonso se apoiou em um dos cotovelos enquanto acariciava o rosto dela. — A solução é óbvia, chérie. Vamos casar.
— O quê? — Annie exclamou surpresa. Por alguns segundos foi tomada por uma sensação de doce alegria, que desapareceu quando recuperou o bom senso.
— Você me perguntou como encontraríamos uma solução e estou dizendo que a solução mais óbvia é o casamento — Alfonso replicou, falando como quem explica algo a uma criancinha.
— Como um casamento de conveniência entre duas pessoas que se odeiam pode ser solução para qualquer coisa? — Annie gritou. — Sei que a princípio poderia funcionar, mas como acha que Luna se sentirá quando ficar mais velha e descobrir que só estamos juntos por causa dela? Não seria justo com ela, nem conosco. E se você se apaixonar por alguém? — A idéia de Alfonso amar outra mulher era angustiante, mas precisava aceitar a realidade. — E se eu me apaixonar?
— Asseguro que serei fiel quando casarmos — Poncho afirmou. Ainda estava deitado de lado, inclinado sobre ela. — Não posso dizer o mesmo de você, claro — ele disse, tentando esconder a fúria que sentia. Será que Anahí  tinha encontrado alguém na Inglaterra e tinha esperanças de que o relacionamento se tornasse permanente? Não poderia culpá-la depois da maneira como a rejeitara dois anos antes, mas pensar que Annie preferia casar com outro homem o deixava doente.
— Não estou dizendo que tenho alguém em mente no momento — Annnie resmungou. — Mas quem sabe o que o futuro nos reserva? Posso encontrar minha alma gêmea amanhã e ter a chance de experimentar o amor, algo que nunca foi presente em minha vida — explicou desalentada.
— O amor do qual fala é coisa de contos de fadas — Alfonso falou com impaciência. — Um bom casamento se baseia em amizade, respeito mútuo e objetivos comuns... No nosso caso, o desejo de criar nossa filha num ambiente familiar feliz.
— Casamento é mais do que um... contrato — Annie argumentou.
— Fala de paixão? Não teremos problemas com isso, não é, chèrie — Alfonso  avançou com a velocidade de um raio, esmagando Annie com seu corpo ao lhe reclamar os lábios numa declaração de posse. Forçou a língua entre os lábios num gesto erótico, exigindo uma resposta aue não poderia ser negada. Uma das mãos vagava pelo corpo de Annie, acompanhando os quadris até alcançar a curva dos seios. — E no quarto que nosso casamento funcionará — murmurou, traçando uma linha de beijos desde o pescoço até o vale entre os seios.