Fanfic: Fruto da Paixão-AyA [Finalizada] | Tema: AyA

Anahí  não conseguia pensar logicamente, nada mais importava desde que ele continuasse a tocá-la e beijá-la, por isso não fez qualquer tentativa de detê-lo quando as tiras do biquíni foram puxadas para que os seios ficassem expostos ao olhar faminto.

Deveria parar de desejar a lua e aceitar o que era oferecido? Alfonso  podia não amá-la, mas prometia ser um marido fiel e um pai devotado. E ela o amava tanto. Sabia que nunca amaria outro homem na vida. Mas e ele? E se, apesar das boas intenções, o desejo diminuísse e Alfonso  encontrasse outra? Teria um caso discreto e manteria a fachada de um casamento feliz pelo bem de Luna? Seria pior que sofrer uma morte lenta, pensou desesperada. A perspectiva de passar o resto da vida presa a um casamento sem amor era insuportável.

Alfonso  agora espalhava beijos pela barriga dela, um estremecimento de prazer lhe inundava o corpo. A vontade de render-se era imensa, mas não poderia ceder novamente.

—

Acha mesmo que experimentaria tanta paixão com outro homem, Annie ? — ele perguntou subitamente, os olhos fixos nos dela.

—

Talvez não, mas sexo não é razão suficiente para que eu me case com você, nem mesmo pelo bem de Luna  — afirmou, finalmente encontrando forças para afastá-lo. — Tem de haver uma maneira que nos permita criar Luna e que também nos deixe livres para seguirmos nossas vidas.

Tendo passado boa parte da vida adulta evitando compromissos, Poncho descobriu que a liberdade já não lhe parecia interessante. Odiava pensar em Anahí seguindo a vida sem ele. Mas reconhecia que era a única mulher cuja teimosia se rivalizava com a dele. Não podia levá-la à força ao altar, então teria de aceitar-se temporariamente derrotado.

Anahí  estava atrapalhada com o biquíni, os dedos visivelmente trêmulos ao tentar cobrir os seios. Era tentadora a idéia de puxá-la para seus braços e provar que não encontraria a mesma paixão com mais ninguém, mas achou melhor afastar-se.

—

Essa é sua resposta final, não é? Não aceita casar comigo, mas sabe que precisamos chegar a um entendimento para que ambos participem da vida de Luna — ALfonso  soava indiferente, quase entediado. — Só espero que compreenda que Luna deve crescer aqui em Mônaco — ele acrescentou friamente, uma ruga se formando na testa quando uma discreta tossidela o alertou para a presença do capitão.

—

Um entendimento só existe quando há acordo mútuo, não quando uma das pessoas dita as regras — Annie  murmurou, mas Poncho  já não estava ouvindo porque tinha ido falar com o capitão. O pouco que sabia de francês não permitia que entendesse o que eles conversavam, mas a agitação de Alfonso a deixou inquieta.

—

O que foi? Qual é o problema? — perguntou quando Alfonso  voltou.

Ele hesitou, mas disse:

- Minha mãe mandou uma mensagem dizendo que Luna não está bem. Mandei Claude voltar agora mesmo.

Anahí  entrou em pânico.

—

Não está bem? Ruth não deu mais detalhes?

—

Sinto muito, chérie, é tudo o que sei — Alfonso disse, a voz suave ao ver a ansiedade nos olhos de Annie. — Estaremos na vila em uma hora. — Fez uma breve pausa, então murmurou: — É possível que minha mãe tenha exagerado. Ela perdeu dois bebês, é natural que se preocupe em excesso com Luna.

—

Que terrível! — Anahí  imaginava a dor de Ruth. — Isso foi antes de você nascer?