Fanfics Brasil - **Última Conquista**DyC*terminada*

Fanfic: **Última Conquista**DyC*terminada*


Capítulo: 16? Capítulo

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Vinte e oito anos, linda, inteligente e teimosa. Chris sabia que a irmã tivera vários namorados, mas o instinto protetor não estava preparado para tanto.
-- Não quero saber.
-- Ótimo. Vamos falar de Dulce -- Mayte animou-se. -- Você é tão esperto, como não
enxergou o que está à sua frente? Ela tomou conta de seu apartamento e expulsou as concorrentes. Sei disso porque tentou me descartar, e isso significa ciúme, por mais que ela negue. Além disso, bancou a enfermeira para você, uma tarefa difícil já que é insuportável quando está doente ou machucado. E ainda o convidou para essa viagem. Portanto, ela confia em você, certo?
Chris aguardou alguns segundos antes de responder.
-- Parabéns, Mayte. Eu a desperto de um sono profundo e você logo começa a me
analisar. Impressionante.
-- Sei que sou demais, meu irmão. -- Chris riu.
-- Muito bem, já que tem todas as respostas, como conseguirei atraí-la até mim?
-- Seu tolo. Peça-a em casamento de verdade.
Por um instante, Chris quase perdeu o controle da direção.
-- Meu Deus, Mayte, sabe que não quero me casar.
-- Não quer casar-se com aquelas mulheres vazias e fúteis com as quais saía. Dulce é
diferente, você mesmo afirmou.
-- Você não me entende -- Chris queixou-se.
-- Entendo que ela o deixou confuso. Isso é mais que suficiente para mim.
-- Vou desligar agora.
-- Covarde.
-- Pare, Mayte. Não sou do tipo que se casa e você sabe.
-- Quem disse?
Dulce. Mas Chris não admitiria tal verdade à irmã nem a si mesmo.
-- Todo mundo sabe disso. -- Afinal, passara a maior parte da vida adulta, afirmando a
todos que não se prenderia com os laços do matrimônio.
-- Obviamente, essas pessoas não o conhecem como eu o conheço. No íntimo, você é
doce, e seu coração... -- Quando Chris gemeu, ela se apressou, rindo. -- Não desligue ainda. Mamãe quer saber o que dizer às outras moças que ligam à sua procura.
-- Que outras moças?
-- Deus, você deve estar péssimo, se nem sequer lembra quem são elas.
-- Mayte... Ela suspirou.
-- Karla já ligou várias vezes.
Chris imaginou que Dulce a houvesse espantado de vez.
-- Karla não acredita que estou casado?
-- Ela é uma sanguessuga, Chris, não uma imbecil. Além do mais, Karla alega ter ouvido você dizer que nunca se casaria.
-- Disse mesmo. -- Na verdade, dizia isso a todas as mulheres. -- Mas Karla não se
importou.
-- Acreditou nela? E pensei que fosse esperto. -- Mayte pareceu desapontada. -- Aposto como ela pretendia dissuadi-lo com o tempo.
-- Bem, agora ela sabe que não adianta perder tempo. -- Chris sempre fora sincero com Karla e jamais acreditara que estivesse mesmo apaixonada.
-- Mamãe disse-lhe que você saiu da cidade. Ela quer saber para onde foi.
Chris ficou tenso. Não precisava de outra mulher tresloucada em seu pé.
-- Não se aflija. Mamãe não disse nada. Mas karla alegou estar preocupada com você
porque foi espancado.
-- Ela estava comigo quando tudo aconteceu -- Chris contou, mas sua mente já
trabalhava em alta velocidade.
-- Não se preocupe. Posso cuidar dela.
A possibilidade de Mayte bancar a defensora era apavorante.
-- Não se meta com ela, Mayte. Diga-lhe apenas que me casei e deixe por isso mesmo.
-- Acha que se continuar repetindo que está casado, os outros acabarão acreditando?
Você poderia fingir...
-- Vou desligar, Mayte.
-- Não, espere. Quero saber como se sente. Poncho disse que foi triturado.
-- Estou bem melhor, juro. -- Chris percebeu que era verdade. As dores no corpo
haviam diminuído muito.
-- Brincadeiras à parte, estou aliviada, Chris. Não gostei de saber que foi espancado. -- A voz de Mayte tornou-se mais grave. -- Sinto-me revoltada de pensar que alguém teve coragem de atacá-lo tão brutalmente. Se eu puser as mãos nesse cretino, vou..
Chris escutava aquilo desde que Mayte tinha cinco anos de idade. Aos treze, ele fora incapaz de se atracar com as outras crianças porque Mayte sempre se metia no meio das brigas, sem saber se estavam brincando ou não.
  
Na época, preocupara-se e agora ficava ainda mais assustado. Pensar em Mike Caldwell perto de sua irmã querida deixava-o furioso. Chris jamais permitiria tal atrocidade.
-- Você pegou tudo que havia em meu apartamento? -- ele indagou, interrompendo as
ameaças.
-- Lógico que sim. Por que acha que ainda estou na cama? Poncho e eu trabalhamos até altas horas. Todos os seus pertences estão aqui em casa.
-- Obrigado, querida.
-- Você me deve uma. Algo mais?
-- Sim. -- Chris sorriu, considerando a reação dela. -- Eu a amo.
Mayte ficou em silêncio.
-- Tem certeza de que está bem?
-- Tenho, sim.
-- Certo. -- Ela não pareceu convencida. -- Só isso?
-- Mais uma coisa.
Mayte soltou um suspiro exagerado.
-- O que é?
Chris engoliu em seco.
-- Não namore homens como eu, está bem?
--Eu prometo, irmão querido. -- Mayte riu.--Felizmente, não há ninguém mais no
mundo como você -- ela completou carinhosa.
Mayte desligou, deixando Chris com um sorriso largo nos lábios.
A conversa com a irmã havia durado o tempo de atingir os limites da cidade. Dessa vez, fazendo o caminho contrário, ele subiu e virou à direita. Estava quase no local onde vira Jack Creed pela primeira vez.
Chris não mais pensara no homem até vê-lo encostado em um poste à beira da estrada.
Jack parecia estar à sua espera, algo que não fazia o menor sentido. Mesmo assim, Chris parou a caminhonete.
Começou a abaixar o vidro da janela, quando notou que Jack dava a volta no carro, em direção à porta do passageiro. Ele a abriu e entrou.
A calça jeans estava tão surrada que havia rasgado na altura do joelho. Ele prendera os cabelos em um rabo-de-cavalo, tornando a barba mais proeminente.
Chris o encarou, pasmo.
Desinteressado, Jack olhou o interior da caminhonete.
-- Vou pegar uma carona com você. Preciso de alguns itens da loja de equipamentos de segurança. Fitas, baterias e uma lente nova. -- Ele colocou o cinto e esperou.
-- Quem disse que vou a essa loja?
-- O delegado Royal.
Então Jack não adivinhara? Chris meneou a cabeça. Não podia estar acreditando naquela bobagem.
-- Por que não vai sozinho?
-- Não tenho um automóvel.
-- Por que não?
-- Um veículo não pode subir a montanha.
-- Você poderia encomendar o que necessita pela internet --- Chris sugeriu, mesmo
sabendo que o eremita não devia possuir computador.
-- E me privar de sua companhia? -- Os olhos escuros o fitaram intensamente. --
Precisamos conversar.
Chris apertou a direção.
-- Sim, senhor. -- Tinha alguns pontos que queria esclarecer, principalmente no que se
referia a Dulce.
-- É um quebra-cabeça -- Jack anunciou.
-- O que é um quebra-cabeça? -- Chris voltou à estrada.
-- Tudo isso. -- Jack abriu um compartimento do console que Chris usava para guardar
alguns objetos, como CDs e disquetes. -- Você tem problemas com mulheres.
Chris fechou a tampa do compartimento.
-- Não tenho mesmo. -- A situação com Dulce não ia bem, mas acabaria se resolvendo.
De algum jeito, Chris dormiria com ela, e a experiência seria gloriosa. Precisava acreditar nisso ou ficaria louco. Se Jack pensava em estragar...
-- Não me refiro a Dulce. Mas existe perigo e tudo me parece misturado. É difícil de
decifrar. -- Fascinado, ele começou a apertar os botões do painel. -- Obscuro.
Chris respirou fundo, o que não ajudou.
-- Quero que fique longe de Dulce.
A ordem pareceu divertir Jack, embora não houvesse um sorriso em seu rosto.
-- Não estou competindo com você.
-- Não mesmo.
-- A pergunta é -- ele murmurou, ignorando Chris -- quem o está seguindo?
O olhar de Chris focou-se no espelho retrovisor. Não avistou nada nem ninguém na
estrada deserta.
-- Ninguém. -- Tinha certeza de que o sedan marrom o perdera.
Jack coçou a barba pensativo.
-- As imagens estão turvas em minha mente.
-- Não diga. -- Mentes turvas eram sinônimo de loucura, na opinião de Chris.
-- Alguém o está vigiando. Mas... -- Ele meneou a cabeça. -- Uma pessoa, duas, uma
dúzia. Não sei. Há ângulos envolvidos, percepções difusas...
-- Mike Caldwell? -- Chris perguntou, apesar do ceticismo.
-- Desconheço nomes. Às vezes, é negro e sinistro em relação a você, a Dulce e até às
crianças. -- Ele fechou os olhos, pesaroso. -- Não sei. Não gosto disso.
-- Quem é você, Jack Creed?
Jack abriu os olhos, mas não havia expressão no rosto. Ele parecia distante, alheio a
Chris e ao resto.
-- Não sou ninguém, não existo.
Chris perdeu a paciência.
-- O que quer dizer?
A cabeça de Jack pendeu, como se ele estivesse em transe.
-- Você me obriga a me mostrar -- disse com a voz sombria --, e isso é perigoso. E as
crianças... Há uma trama complexa a seu redor, Chris Winston. Passei anos desaparecido, mas ajudarei no que puder.
Chris cerrou os dentes, irritado.
-- Precisa acreditar. -- Jack ergueu a cabeça e fitou Chris. -- E precisa escutar.
-- Ah, tudo bem -- Chris concedeu. -- Vamos escutar.
Dulce estava segurando a escada para Chris.
-- Foi tudo o que ele disse?
-- Ele disse um punhado de sandices, o que me deu vontade de esmurrá-lo. Mas... --
Chris apertou o último parafuso que prendia a câmera. -- Jack pareceu-me convicto quando conversamos. Não confio nele, porém, meus instintos me dizem que há algo acontecendo. Talvez ele até esteja envolvido e me usando para se despistar.
A câmera filmava em preto-e-branco. Quando localizava algum sinal de movimento, ela
acionava a fita do videocassete. Seria ligada durante a noite ou quando estivessem fora de casa.
-- Eu queria ter ido com você.
-- Dulce suspirou.
-- Você -- Chris ergueu o dedo em riste -- vai ficar longe dele.
-- Pare com esse ciúme bobo, Chris. Ele é intrigante e nada mais.
-- Ciúme bobo? É isso que pensa? Que estou com ciúme?
Willow saiu à varanda.
-- É o que toda a cidade vai pensar, se continuarem gritando.
-- Você e Austin também devem manter distância de Jack Creed -- Chris ordenou
enfurecido. -- O homem não é de confiança.
Willow aproximou-se de Chris e o abraçou. Ele ficou surpreso no início, mas logo
correspondeu ao gesto carinhoso. Dulce comoveu-se.
-- Viu? -- Ele dirigiu-se a Dulce. -- Ela agradece minha preocupação.
Willow soltou uma risada.
-- Não. Estou grata pelo videocassete e pelas fitas. Austin está muito feliz.
Para Dulce, era Willow quem estava nas nuvens. Os olhos da adolescente brilharam de felicidade quando Chris lhes entregara os presentes. Austin pulara de alegria, e Willow, madura demais para gestos infantis, simplesmente agradecera. Os dois irmãos instalaram o vídeo rapidamente e começaram a assistir a um dos filmes que Chris comprara.
--Foi um prazer, querida. -- Chris beijou a testa de Willow. -- Há uma locadora de vídeo na cidade que me parece muito boa. Mas não entrei para conhecer porque não sabia de que você e Austin gostam.
-- Os filmes que você trouxe são ótimos. Austin está se preparando para uma maratona diante da tevê.
Ver Chris interagindo com Willow deixou Dulce boquiaberta.
Ele continuava fazendo coisas que tornavam impossível não amá-lo.
Quando lhe pedira para vir, estava consciente de que sexualmente ele seria uma
tentação. Não havia previsto que Chris também tentaria seu coração e desencadearia tantas emoções turbulentas.
Dulce tentou se recompor. Devia supervisionar as crianças e não suspirar por Chris.
-- Austin poderá assistir a somente um filme por dia. Não quero vê-lo ocioso no sofá.
-- Austin? Muito difícil -- Chris retrucou. -- Ele se parece com minha irmã, Mayte, sempre em constante explosão. Não se preocupe. Eu o manterei ocupado.
Pelo resto do dia, Austin ajudou Chris a instalar as fechaduras novas, a cortar a grama e a retirar as ervas daninhas. A princípio, Dulce temera que Chris exagerasse, mas ele alegara que o trabalho físico fazia bem aos músculos doloridos. Então, Willow juntou-se a ela, e o assunto tornou-se uma questão familiar.
Todos se organizaram para a limpeza da casa e, quando terminaram, tudo ficou
brilhante e perfumado. As paredes precisavam desesperadamente de pintura e o teto, de reparos.
Mas teriam de esperar mais um pouco.
Após um jantar trivial, Dulce e Willow resolveram examinar os armários para anotar o
que precisavam comprar. Enquanto as mulheres se ocupavam, Chris e Austin foram ao lago.
Nadaram durante horas antes de retornarem exaustos a casa.
Dulce sabia qual era a intenção de Chris. Esperava fatigar Austin para que este dormisse a noite toda. Bem, a estratégia funcionou para Chris. Às dez horas, ele praticamente dormia em pé e Austin, embora cansado, encontrava uma desculpa após a outra para permanecer acordado.
Apesar de Chris garantir que estava bem, Dulce insistiu para que fosse se deitar.
-- Posso ver que está melhor, Chris. Mas suas costelas ainda não estão totalmente
recuperadas e prefiro que descanse.
Como as crianças estivessem no andar superior, Chris prensou Dulce na pia da cozinha.
-- Dormirei melhor, se ficar comigo esta noite.
O tom de voz sussurrado quase a fez render-se. Sabia que não conseguiria resistir para sempre, conhecia as próprias limitações. Dizer não a Chris não soaria espontâneo e tornava-se mais e mais difícil a cada hora. Portanto, era preferível render-se, estabelecendo as próprias condições.
Assim, estaria no controle.
Decidir entregar-se a Chris Winston e dizer-lhe isso eram atitudes completamente diferentes. Ela respirou fundo e acariciou o peito musculoso.
-- As crianças ficarão na escola por três horas a partir de segunda-feira.
Chris ficou paralisado. Os olhos azuis a fitaram, cheios de expectativa.
-- Está dizendo o que imagino que esteja dizendo?
-- Não fique chocado. É o que sempre quis, não?
-- Entre outras coisas.
O que significava aquela resposta? Chris não lhe deu tempo para perguntas.
-- Você me quer? Dulce assentiu.
-- Sempre o quis, Chris. Você sabe disso.
-- Fez um bom trabalho escondendo o desejo.
-- Acha que conseguirá agüentar até segunda-feira?
-- Oh, eu agüento. -- Chris sorriu com total sensualidade -- Mesmo que eu morra, vou
esperar. Segunda-feira? -- Ele beijou-lhe o pescoço. --Mais três dias. Setenta e duas horas. Minutos infinitos que não tenho disposição para contar...
-- Chris.
-- Beije-me para me consolar, Dulce.
O comando preciso foi tão eficiente quanto uma carícia física.
-- Sim.
O beijo se iniciou com total doçura, uma tímida promessa... até que Chris começou a
devorá-la com a boca. Ele a apertou entre os braços, gemendo. A respiração ficou ainda mais ofegante quando as mãos afoitas começaram a acariciar os quadris.
Dulce tentou tomar fôlego, mas Chris voltou a beijá-la com ardor, quase a enlouquecendo.
-- Estou a sua espera desde sempre, Dulce -- ele murmurou, entre gemidos.
-- Só três meses -- ela o corrigiu, sôfrega.
-- Parece uma eternidade. -- Chris beijou-a novamente, voraz e famélico.
Ávidos de paixão, os corpos se roçavam e Dulce sentiu-se tremer.
-- Deus, como é difícil. --- Ele a soltou com esforço. -- Quero tocar todo seu corpo,
mas sei que, quando começar, Austin vai aparecer.
-- Quer me tocar onde? -- Dulce o provocou, sensual. Chris fechou os olhos como se
sofresse e murmurou palavras ininteligíveis.
-- Eu adoraria sentir tudo isso, Chris -- Dulce sussurrou.
-- Ah! -- Ele a abraçou. -- Não pode dizer coisas desse tipo para mim, querida.
-- Foi você quem começou.
-- Por sua causa. -- Chris riu, sugou o lóbulo delicado e sussurrou: -- E quer que eu vá
dormir agora? Ficarei acordado a noite toda.
-- Também não será fácil para mim.
Chris inclinou-se para beijá-la, quando ambos escutaram passos na escada.
-- Viu? Crianças têm radares. Acho melhor me esconder em meu quarto, já que minha
condição não é adequada para audiência. -- Ele tocou o queixo de Dulce. -- Não o deixe dominá-la. Se precisar que eu interfira, avise-me.
Como Dulce, ele parecia entender que os passeios noturnos de Austin eram algo maior que apenas traquinagens. Com o coração cheio de amor, Dulce beijou-lhe os lábios.
-- Vou me sair bem. Pode ir dormir.
Ao escutar os passos de Austin se aproximando, Chris começou a se afastar.
-- Prometa que irá me chamar, se precisar.
-- Ficaremos bem. Ele parou à porta.
-- Prometa-me, Dulce. Do contrário, não vou dormir. -- Austin entrou na cozinha, viu que os dois estavam separados e respirou aliviado.
-- Estou com fome de novo. -- Dulce riu.
-- Prometo, Chris. Boa noite.
Ele se despediu dos dois e fechou a porta.
Uma hora depois, Chris ainda estava acordado quando escutou Dulce e Austin fazerem outro passeio pela cozinha. Era a quarta vez.
O coração de Chris pareceu não caber no peito. Tudo dentro dele confundia-se e
atrapalhava-se por causa de Dulce.
Nenhuma outra mulher o afetara dessa maneira, e não sabia se gostava da experiência.
Para completar a confusão, jamais bancara o guardião de duas crianças necessitadas.
Levantou-se, encostou o ouvido na porta, esperou que Dulce e Austin se retirassem da cozinha e saiu do quarto. Pôde ouvir Dulce dizer:
-- Todo mundo tem pesadelos, Austin. Mesmo quando estamos acordados, as imagens podem nos assustar. Não acha?
-- Acho. Às vezes, as imagens parecem verdadeiras.
-- Como o sonho que sempre tem com Willow?
Chris esgueirou-se para escutar melhor, sem o menor peso na consciência. A maioria das luzes estava apagada; somente a luminosidade da varanda atravessava as janelas. Austin segurava a mão de Dulce, e ambos caminhavam pelo perímetro da sala de jantar.
-- Sim -- Austin respondeu. -- Sonho que não posso encontrá-la e, de repente, um
estranho aparece e me diz que Willow se foi como minha mãe e. .
A voz de menino falhou. Chris sentiu a dor do garoto reverberar em sua alma.
Austin tentou conter o choro. Dulce esperou. Por fim, ele disse com a voz fraca:
-- Odeio esse sonho.
-- Eu também odiaria, em seu lugar.
-- Sinto muita saudade de minha mãe. --- Austin esfregou os olhos. -- Não quero
perder Willow.
Dulce parou no pé da escada e sentou-se no primeiro degrau.
--- Austin, preciso de um abraço agora mesmo. Tudo bem para você?
Austin hesitou por um instante e jogou-se nos braços de Dulce, surpreendendo Chris.
Afetuosa, ela o apertou contra si.
Chris escutou um soluço, mas não sabia se era de Dulce ou de Austin.
-- Mamãe me abraçava assim -- Austin admitiu. -- Ela gostava de abraços.
Quando os olhos de Chris ficaram marejados, ele recuou alguns passos antes que o
ouvissem. Então, tentou acalmar as batidas aceleradas do coração, respirando fundo.
As emoções o dominavam. Primeiro, Willow o abraçara naquela tarde, depois, Dulce
admitira que o queria e agora a confissão de Austin. Como um ex-policial rude deveria lidar com tudo isso?
-- Sei que não sou sua mãe -- Chris escutou Dulce dizer --, mas eu adoro abraços como esse.
-- Você vai ficar? -- Austin indagou inseguro.
--Nem uma manada de búfalos selvagens me tiraria daqui.


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Autor(a): candyroxd

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-- Chris também? -- Antes de Dulce responder, Austin completou: -- Quero que ele fique.Chris cerrou os dentes e engoliu o choro. Não se emocionava assim desde... Esqueceu-sede quando fora a última vez. Devia ter sido antes de terminar o segundo grau.-- Não posso falar por Chris, querido, mas sei que ele gosta muito de você. Mesmo queele v&aa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • stellabarcelos Postado em 22/11/2015 - 04:23:44

    Amei amei amei amei !!! Muito muito boa!! Parabéns

  • vittyrbd Postado em 28/04/2008 - 18:29:18

    faz uma 2 temp. porfa!!!

  • Candyroxd Postado em 03/11/2007 - 14:35:32

    gentiii uma perguntinha...

    oke axaram da web???




    agora eu to postando otra web:
    Castas de Lobos
    Louco Amor - RyD 1º,2º e 3º temps

    =********
    BjÂo

  • Candyroxd Postado em 01/11/2007 - 21:48:10

    AVISO GERAL ;P

    é pra avisar ki eu vou terminar di poxtar logo essa web...

    ;D

    divirtam-siii =***

  • Ana Postado em 24/10/2007 - 11:59:36

    Nossa
    web mt boa
    posta mais?... to amando (L)
    bju

  • Candyroxd Postado em 23/10/2007 - 22:14:52

    matei as lombrigas ?? :o
    ou era pra ter +??????

    quando kiser + mi avisa ok's?

  • cacazinha Postado em 20/10/2007 - 12:56:39

    só isso? ='/
    eu quero mais!
    não deu nem pra matar as minhas lombrigas!
    buabuabuabuabuabua'
    plix!
    mais +++++++ õ/

  • Candyroxd Postado em 20/10/2007 - 06:32:32

    postando 4 caps

  • cacazinha Postado em 17/10/2007 - 06:14:06

    nusssss....... eu to lokinha pra ver eles juntos^_^
    até imagino as pestes q essas crianças devem ser, ou será e não? hauhauhauhauhauhau!
    mais por favor, xuxu... assim vc me deixa ansiosa :3
    beijos =*

  • Candyroxd Postado em 16/10/2007 - 18:22:01

    cacazinha:
    eu ti adoru!!!
    eu ja voltei sim di viagem =P
    agora vou poxtar todo dia
    e quando eu naum conseguir poxta
    no dia seguinte eu poxto em dobro ou triplo
    xD =P ;D =D xP :D


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