Fanfics Brasil - **Última Conquista**DyC*terminada*

Fanfic: **Última Conquista**DyC*terminada*


Capítulo: 9? Capítulo

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De tão velho e desgastado, o telhado corria o risco de desabar a qualquer momento, Chris pensou, preocupado. A fachada era mesmo linda ou pelo menos assim seria, caso ganhasse uma pintura nova. A copa de duas árvores gigantes oferecia sombra pára a frente e a lateral da casa.
Dulce inclinou-se para ver melhor. Não parecia tomada pelo desespero.
-- Com alguns cuidados, a casa ficará maravilhosa. -- Chris estacionou o carro e desligou o motor.
-- Felizmente, sou bom no trabalho manual.
-- Seu convencido. Os homens são todos iguais. -- Chris riu.
-- Não estava me gabando.
-- Que pena, porque não o trouxe aqui para trabalhar.
-- Eu quis dizer apenas que sou bom em ambos os sentidos. -- Chris esperou que os olhos cor de mel o fitassem e disse: -- Posso fazê-la gritar de prazer e bater alguns pregos pela casa com a mesma eficiência.
-- Você já me faz gritar de frustração, Chris. -- Ela abriu a porta e desceu da
caminhonete.
-- Porque você insiste em dizer não -- Chris argumentou, seguindo-a.
Mais uma vez, ele esquadrinhou a casa. Sim, poderia melhorá-la muito. Sempre gostara de trabalhar com madeira e tinta. Além disso, seria vantajoso auxiliar Dulce nessa empreitada.
Quando notasse quão útil Chris podia ser, talvez ela parasse de suspirar pelo tal Creed.
Assim que subiu o primeiro degrau do terraço, Chris escutou a comoção. Dulce franziu a testa ao ouvir as vozes esganiçadas que se aproximavam da porta.
-- Parece mais uma briga de gatos.
-- Vamos descobrir. -- Ele segurou-a pelo braço e dirigiu-se à porta.
Dulce bateu, mas ninguém atendeu. Escutaram mulheres discutindo, sendo que uma se queixava, outra parecia determinada e a terceira soava maldosa e impaciente.
-- Olá? -- Dulce chamou ao abrir a porta.
As vozes se calaram. Chris e Dulce espiaram pela fresta da porta, quando o som de passos ecoou.
A primeira a avistá-lo foi uma quarentona, usando um avental sobre o corpo volumoso.
Era uma mulher atraente mas emanava certo cinismo. Ao ver Chris, ela sorriu abertamente.
-- Quem é você?
Endireitando os ombros, Dulce adiantou-se.
--Meu nome é Dulce Clark. Sou prima da mãe das crianças. -- A mulher a ignorou. Ajeitou os cabelos loiros, umedeceu os lábios e voltou a sorrir para Chris.
Outra mulher, magra, bem vestida e de cabelos pretos, correu à sala.
-- Graças a Deus, você chegou. Agora poderá resolver... -- Quando viu Chris, deteve-se e sorriu. -- Olá.
Chris ouviu um resmungo de desprezo de Dulce e decidiu vingar-se. Afinal, ela flertara
com Jack Creed.
-- Sou Chris Winston. -- Ele estendeu a mão. -- Vim com Dulce.
A mulher de avental o cumprimentou primeiro.
-- Seja bem-vindo. Meu nome é Belinda Belle, sou a governanta. -- Ela o mediu da
cabeça aos pés. -- Se precisar de qualquer coisa, Chris, basta me avisar.
Chris sorriu com falsidade.
-- Obrigado, Belinda. -- Ele só conseguiu desvencilhar-se da governanta, quando a
outra mulher se aproximou.
-- Sou Viviane Abbot, a tia das crianças. -- Ela fitou o tórax de Chris. -- Oh, Deus, não
imaginei que Dulce traria um homem consigo.
-- Há algum problema nisso? -- Viviane apertou a mão de Chris.
-- Claro que não. Chegaram bem na hora do lanche. Podemos comer alguma coisa
antes de eu partir.
-- Já vai embora? -- Dulce indagou.
-- Lanche? -- Belinda estranhou. -- Desde quando? Você não me disse nada sobre o
lanche.
Ruborizada, Viviane repreendeu Belinda com o olhar.
-- Estou dizendo agora.
Para uma governanta, Belinda mostrava-se inexperiente demais e desrespeitosa ao
extremo diante da patroa. Ela torceu o nariz para Viviane.
A outra mulher bufou. De braços cruzados, ela mantinha uma expressão obstinada.
Parecia ter uns trinta anos e, diferente das outras duas, ela olhava apenas para Dulce.
-- Então é a Sra. Clark?
-- Eu mesma.
-- Sou Zoraida Rose, a professora substituta do curso de verão. Vim falar das crianças e não vou sair até me fazer ouvir.
Viviane gemeu de modo teatral. Belinda meneou a cabeça.
-- Perfeito -- Dulce exultou. -- É um prazer conhecê-la, Sra. Rose. Também quero
muito falar a respeito das crianças. A propósito, onde estão elas? Quero conhecê-las.
Zoraida encarou Viviane com ar acusatório.
-- Que curioso... Ninguém aqui sabe o paradeiro das crianças.
-- Não sabe onde estão as crianças? -- Dulce perguntou a Viviane.
Foi a governanta quem replicou de modo relapso:
-- Estão por aí. Quem sabe onde se meteram? É impossível controlar aqueles dois.
Vivem fugindo...
-- Fugindo? -- Dulce repetiu, tentando controlar a raiva.
-- Brincando -- Viviane ratificou apressada. Em seguida, forçou uma risada. – As crianças gostam de brincar na beira do lago e na mata. Devem voltar antes do anoitecer.
Chris era cauteloso por natureza, mas após tantos anos lidando com o perigo, tornara-se muito mais cuidadoso. Crianças deviam ser protegidas e supervisionadas. Sabia por experiência própria que a ausência prolongada de uma criança poderia significar problemas.
-- É um tanto perigoso, não acha? Se não me engano, a garota tem catorze anos e o
menino, nove.
-- Exatamente -- Zoraida assentiu. -- Precisam de limites e estrutura.
-- Bobagem. Austin tem muitos amigos para brincar e Willow está sempre rodeada de
garotos. -- Viviane baixou o tom de voz e disse: -- Ela se parece muito com a mãe nesse aspecto.
Zoraida Rose indignou-se.
-- Ela é uma jovem sensível e muito inteligente.
-- Sra. Rose -- Dulce tentou ser diplomática --, por que não lancha conosco? Assim,
discutiremos suas preocupações e poderá me colocar a par da rotina das crianças.
Após um olhar desafiador a Viviane, a professora concordou.
-- Como eu disse, é o melhor quarto da casa e, por isso, fiquei com ele. É espaçoso e possui uma linda sacada que oferece vista para o lago. Já fiz as malas e mandei Willow mudar a roupa de cama. -- Ela encarou Chris. -- Vocês vão dividir o quarto?
Chris não havia pensado nisso. De qualquer forma, o relacionamento entre ele e Dulce não dizia respeito a ninguém mais.
Antes que Dulce destratasse a mulher, Chris adiantou-se.
-- Não. Prefiro um cômodo só para mim, se possível. -- Viviane sorriu satisfeita.
-- Ótimo. Pode ficar no quarto dos fundos. É pequeno, mas oferece privacidade. Pegue
suas malas, e eu o acompanharei ao quarto.
Sentindo-se um objeto em disputa, Chris abraçou Dulce. Ela estava tensa e furiosa.
-- Tudo bem. Posso me instalar sozinho. -- Chris puxou Dulce até o carro, antes que ela cometesse algum desatino.
A bem da verdade, gostava de ver Dulce agir de forma possessiva e ética. Ela podia
recusá-lo, mas não admitia vê-lo com outra mulher. Isso sem dúvida significava alguma coisa.
-- Que temperamento explosivo! -- Chris brincou quando saíram da casa.
-- Aquelas duas quase o engoliram vivo -- esbravejou Dulce.
-- Sim. -- Ele sorriu. -- Eu notei.
-- Fingiram que eu não existia. Foi o mesmo que ser invisível.
-- Nunca será invisível, querida. Confie em mim.
-- Confiar em você? Ficou o tempo todo calado, enquanto elas o assediavam.
-- O que posso fazer se as mulheres, exceto você, acham-me irresistível? -- Chris
começou a retirar a bagagem do porta-malas.
-- Não seja tão pretensioso, Chris. -- Dulce estreitou os olhos. -- E por que não está
mancando? Quer causar uma boa impressão a suas admiradoras?
-- Estou aqui para impor respeito, lembra-se? -- Chris argumentou. -- Tenho de causar
a impressão certa. As mulheres adoram fofocar. Quer que saiam por aí dizendo que você trouxe um manco para ajudá-la?
Alguns segundos se passaram, enquanto Dulce assimilava os argumentos.
-- Tem razão -- ela cedeu, por fim.
-- Lógico que tenho.
-- Não me provoque, Chris.
-- Somente na cama, querida. Vou provocá-la até não agüentar mais.
-- Você é impossível -- ela resmungou. -- Como está se sentindo? Quero a verdade.
-- Um pouco dolorido, mas a caminho de minha total recuperação, graças a você. --
Então, para provocá-la mais, acrescentou: -- Não se preocupe. Darei conta daquelas duas.
-- Não vejo graça nisso, Chris.
Ele quase gargalhou ao notar o semblante furioso de Dulce, que pegou as malas e
marchou até a varanda.
-- Ande logo, Chris -- ela gritou ao avistar Viviane à porta.
-- Sim, querida. --- A mala pesava uma tonelada, mas Chris conseguiu carregá-la sem
demonstrar muito sofrimento. Pretendia mesmo esconder sua condição de Viviane. Ela podia estar noiva, mas o olhava com intenções lascivas, fato que a tornava indigna de confiança.
Zoraida Rose surgiu ao lado de Dulce. Era mais alta e magra, tinha uma aparência comum, porém, os olhos castanhos transmitiam determinação.
-- Deixe-me ajudá-la. -- Ela pegou a valise mais pesada. -- Poderemos conversar
enquanto desfaz as malas.
Comum e bastante assertiva, Chris concluiu, vendo que Dulce não teve escolha. Ela olhou para Chris, hesitante, mas Viviane já o tinha pegado pelo braço e o conduzia ao quarto.
Ele deu de ombros, soprou-lhe um beijo para mostrar que tudo estava bem e deixou
Viviane levá-lo.
Passaram pela sala de jantar, empoeirada devido à falta de limpeza, e entraram na
cozinha, onde Belinda preparava sanduíches. Ela sorriu ao ver Chris.
-- Espero que goste de salpicão de frango.
-- Gosto, sim.
-- Fiz uma quantidade considerável. Um homem de seu tamanho deve ter muito...
apetite. -- Belinda examinou o físico de Chris, explicitando a que tipo de apetite se referia.
Na verdade, a mulher não o atraía. No momento, Chris desejava apenas Dulce, por mais disponível que Belinda se mostrasse. E, após tantas paradas para comer, ele não tinha fome. Mas sabia que precisava de forças para se recuperar, logo, não recusaria alimento.
-- Obrigado -- disse simplesmente.
Determinada, Viviane praticamente o arrastou à lateral esquerda da cozinha, onde se
localizava o aposento. Chris entrou curioso. Em uma das paredes, duas portas abriam-se para os fundos da residência. Ao longe, via-se o impressionante lago e a mata.
O quarto era pequeno e simples, possuindo apenas uma cômoda e uma cama de
solteiro. Chris gemeu, pensando quão desconfortável aquele colchão seria para seu corpo surrado.
Viviane riu e colou-se a ele.
-- Não se preocupe, Chris. Farei com que Willow traga a cama de Austin para cá.
-- Não será necessário. -- Chris afastou-se dela. Com sorte, passaria as noites seguintes no quarto de Dulce. E, acima de tudo, não pretendia tirar a cama do menino. Ele já havia perdido muito.
-- Austin não vai se importar. Ele gosta de acampar à beira do lago e chegou a dormir
no chão algumas vezes. Como lhe disse, o menino adora passear à noite. Além do mais, as necessidades de um adulto são maiores que as de uma criança, certo? -- Viviane o fitou sensual.
-- Errado.
O tom grosseiro da resposta mostrou como Chris se sentia em relação a ela.
-- Bem, eu...
Chris agarrou-a pelo braço e a acompanhou à porta.
-- Vou desfazer as malas agora e me juntarei a vocês em poucos minutos.
Viviane virou-se e deslizou as mãos sobre o peito de Chris.
-- Posso ajudá-lo, se quiser.
-- Não -- Chris retrucou, sem hesitar. Segurou os pulsos da mulher, desejando enxotá-la do quarto. Sentia pena do pobre infeliz que pretendia casar-se com ela.
-- Mas...
Chris fechou a porta. Era repulsivo ver uma mulher tão fria e calculista fingir que se
preocupava com duas crianças vulneráveis. Agora estava grato por Dulce ter decidido interferir.
Ele a ajudaria a organizar a situação e, depois, poderia convencê-la a voltar para casa. Se ela resolvesse levar as crianças, Chris não se oporia.
Em vez de abrir a mala, ele parou à soleira da porta. O lago e as árvores ao redor
formavam um belo cenário. Os raios do sol cintilavam na superfície plácida da água como diamantes.
Uma construção retangular achava-se a alguns metros da beirada do lago. Um depósito?
Parecia grande demais para isso e espelhava o estilo da casa. Um pássaro circulou no céu e pousou no telhado do prédio.
O peito de Chris expandiu-se com uma estranha emoção. Parecia... contentamento. A
despeito dos machucados, da contínua rejeição de Dulce e das circunstâncias, sentiu-se relaxar.
A natureza sempre lhe causava tal efeito. Por isso, adorava pescar. Sempre que se
encontrava na água, rodeado por plantas selvagens, sentia uma imensa paz de espírito.
Virou-se para avaliar o quarto. Precisava procurar lençóis e travesseiro em algum lugar.
A cômoda era bem velha, mas serviria para guardar suas roupas. Notou uma porta e abriu-a, descobrindo um banheiro.
Após se lavar rapidamente, Chris resolveu enfrentar as mulheres. Felizmente, Dulce
entrava na cozinha no mesmo instante. Ela sorriu, e Zoraida Rose apareceu, também sorridente. Pelo jeito, as duas haviam entrado em um acordo. Chris ficou aliviado.
Então, puxou as cadeiras para ambas se sentarem à mesa e acomodou-se à cabeceira.
Belinda aproximou-se com o prato de sanduíches e serviu chá gelado para todos.
-- Parecem deliciosos--ele comentou educado. Provou o sanduíche, assentiu e...
sentiu um pé roçar-lhe a virilha.
Chris engasgou.
-- O que houve? -- Dulce indagou assustada.
Ele meneou a cabeça e tomou um gole de chá. Quem se atrevia a tamanha ousadia?
Viviane, sentada à sua esquerda, aproximou-se.
--Meu Deus, Chris. Sente-se bem? -- Ela esfregou-lhe as costas, quase acariciando seu traseiro.
Do outro lado, Belinda levantou-se para buscar um guardanapo.
--Deixe-me ajudá-lo.--Ela se inclinou e esfregou os seios nele.
Ambas mantinham o ar de inocência, enquanto se insinuavam abertamente. Chris olhou para Dulce, esperando que ela o tivesse acariciado com o pé, mas viu apenas o semblante enciumado.
Fitou, então, Zoraida Rose com sérias dúvidas.
-- Devia mastigar mais a comida -- ela aconselhou. Para fugir das mulheres, Chris
levantou-se. Viviane e Belinda recuaram, Zoraida e Dulce o fitaram assustadas. -- Passei o dia sentado, prefiro ficar em pé.
-- Enquanto almoça? -- Dulce perguntou.
-- Sim. -- Ele pegou o prato e o colocou sobre o balcão. -- Continuem almoçando.
Estou bem.
Viviane, embora surpresa, fingiu naturalidade.
-- Pretendo partir em uma hora. Estou ansiosa para ver meu noivo. Ele me espera em
Illinois.
-- Ótimo -- Chris disse.
-- Por que vai partir tão cedo? -- Dulce indagou. -- Não acha que as crianças precisam
de tempo para se acostumar a Chris e a mim?
-- Não devemos deter Viviane -- Belinda interveio, sorrindo para Chris. -- Além do mais, estarei aqui para ajudar. As crianças às vezes são difíceis de lidar.
-- Nunca tiveram uma figura paterna -- Viviane acrescentou. -- Ninguém sabe quem é
o pai e nenhum homem está disposto a adotá-los.
-- Mas precisam de mão firme -- Belinda continuou. -- Perturbam a cidade toda e, por
conseqüência, somos destratadas porque vivemos com eles.
-- Não é verdade -- Zoraida manifestou-se. -- As crianças apenas...
A porta da frente se abriu, interrompendo o discurso de Zoraida. O som de passos ecoou pelo corredor e, segundos depois, um menino loiro adentrou a cozinha. Estava sem camisa e os pés descalços estavam imundos. Encarou Chris e, em seguida, fitou Viviane.
-- Quem é ele?
Chris sorriu. A bermuda do menino parecia folgada no corpo magricela e os cabelos
estavam embaraçados devido ao vento e à água. O garoto era realmente simpático.
De súbito, Chris notou um pequeno detalhe que o revoltou.
No rosto sujo do menino havia um hematoma abaixo do olho. Alguém o esmurrara. O
instinto protetor surgiu com força avassaladora.

Capítulo VII

Chris largou o prato sobre a mesa e caminhou em direção a Austin, que, por sua vez, deu um passo para trás ao vê-lo avançar. A atitude defensiva fez com que Chris hesitasse por um momento. Então, tocou o queixo de Austin, obrigando-o a fitá-lo.
Não foi fácil, mas conseguiu manter a voz calma e moderada.
-- O que aconteceu com você?
O menino estreitou os olhos desconfiado.
-- Nada.
Viviane levantou-se aflita.
-- Austin Calder, você andou brigando outra vez?
-- Não -- ele respondeu furioso.
-- Além de desobediente, é mentiroso -- Belinda retrucou.
-- Agora chega! -- Dulce empurrou a cadeira e postou-se ao lado de Chris. Em seguida, afagou os cabelos emaranhados do menino. -- Austin, sou sua prima, Dulce Clark. Fico feliz que tenha chegado.
Austin a fitou com olhos hostis.
-- Por quê?
-- Porque eu queria conhecê-lo. -- Dulce sorriu. -- Já que vamos morar juntos, não acha uma boa idéia?
-- Não sei.
De súbito, uma jovem entrou na cozinha. Ao contrário de Austin, ela usava roupas
limpas e os cabelos loiros e compridos haviam sido escovados. A bem da verdade, os olhos da adolescente eram tão escuros e indefinidos como os do irmão.
Dulce olhou-a surpresa.
-- Willow?
A garota esquadrinhou a cozinha, observando os presentes e aproximou-se do irmão.
Tal qual Chris fizera, tocou o queixo de Austin.
-- Você nunca aprende, Austin.
-- Ele apanhou mais que eu -- o menino retrucou.
Chris reprimiu a risada. Aquele garoto o divertia. Austin era pequeno para nove anos e bem magricela, mas agora com Dulce para alimentá-lo ele haveria de crescer.
Willow suspirou. Pegou a mão do irmão e o levou a pia para lavar o olho roxo. Austin
permaneceu quieto, como um menino obediente.
Chris não sabia o que pensar da jovem. Se Austin não parecia ter nove anos, Willow
jamais se passaria por uma adolescente de catorze. Chris estremeceu ao pensar no trabalho que Dulce teria para manter as crianças longe dela.
-- Quem é você? -- Willow perguntou a ele. Educado, Chris estendeu a mão.
-- Chris Winston. Vim com Dulce.
A mão de Willow era fria e suave, mas firme.
-- Você é o namorado dela?
-- Estou tentando.
Incomodada com a situação, Dulce riu alto demais.
-- Ele é apenas um amigo, Willow. Você mencionou algumas dificuldades por aqui e
achei que Chris poderia nos ajudar a resolver essas dificuldades.
-- Sou parecido com seu irmão. -- Chris tocou o ombro de Austin.
Viviane olhou-os chocada.
-- Pelo amor de Deus, não os encoraje.
-- Deus proíbe qualquer tipo de encorajamento -- Zoraida murmurou.
A cada minuto, Chris gostava mais e mais de Zoraida. Era franca e mostrava-se tão envolvida com as crianças quanto Dulce. E, na atual conjuntura, uma aliada pareceu-lhe uma boa idéia.
Dulce ajoelhou ao lado de Austin.
-- Certo, garoto. Como conseguiu esse olho roxo?
-- Provavelmente provocando alguém -- Belinda zombou, mas calou-se quando Dulce
lançou-lhe um olhar feroz.
Austin pareceu indeciso e, por fim, Willow tomou a palavra.
-- Eu voltava para casa quando uns rapazes decidiram me molestar. Austin tem o hábito de me seguir, bancando o cão de guarda. -- Ela encarou o irmão, que a ignorou.
-- Por que ele tem que tomar conta de você? -- Chris indagou.
-- Desde que nossa mãe morreu... -- Willow olhou em volta, perturbada, mas
prosseguiu: -- Desde então, as crianças acham que sou uma mulher fácil.
-- Porque ela lhes deu essa impressão -- Viviane reclamou.
O olhar de desprezo que Willow lançou para Viviane continha cinismo demais para uma adolescente.
-- Saí com um rapaz apenas uma vez e, então, ele começou a se gabar. Quase tudo que disse era mentira, mas todos acreditaram nele, inclusive Viviane.
Antes que Viviane pudesse retrucar, Chris entrou na conversa, alegando o óbvio:
-- Você é jovem demais para namorar.
-- Vou fazer quinze anos em breve.
-- Jovem demais -- Chris repetiu.
-- Então esses garotos se aproximaram de você dizendo grosserias -- Dulce concluiu.


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Autor(a): candyroxd

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-- E Austin interveio?Willow fitou Dulce e suspirou de novo.-- Podemos nos sentar, se quiser escutar a história inteira.-- Você interrompeu nosso lanche, senhorita -- Belinda reclamou irritada.Chris simplesmente estava farto daquela mulher.-- Belinda, não precisaremos mais de seus serviços. Dulce é uma excelente cozinheira e eu também ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 34



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  • stellabarcelos Postado em 22/11/2015 - 04:23:44

    Amei amei amei amei !!! Muito muito boa!! Parabéns

  • vittyrbd Postado em 28/04/2008 - 18:29:18

    faz uma 2 temp. porfa!!!

  • Candyroxd Postado em 03/11/2007 - 14:35:32

    gentiii uma perguntinha...

    oke axaram da web???




    agora eu to postando otra web:
    Castas de Lobos
    Louco Amor - RyD 1º,2º e 3º temps

    =********
    BjÂo

  • Candyroxd Postado em 01/11/2007 - 21:48:10

    AVISO GERAL ;P

    é pra avisar ki eu vou terminar di poxtar logo essa web...

    ;D

    divirtam-siii =***

  • Ana Postado em 24/10/2007 - 11:59:36

    Nossa
    web mt boa
    posta mais?... to amando (L)
    bju

  • Candyroxd Postado em 23/10/2007 - 22:14:52

    matei as lombrigas ?? :o
    ou era pra ter +??????

    quando kiser + mi avisa ok's?

  • cacazinha Postado em 20/10/2007 - 12:56:39

    só isso? ='/
    eu quero mais!
    não deu nem pra matar as minhas lombrigas!
    buabuabuabuabuabua'
    plix!
    mais +++++++ õ/

  • Candyroxd Postado em 20/10/2007 - 06:32:32

    postando 4 caps

  • cacazinha Postado em 17/10/2007 - 06:14:06

    nusssss....... eu to lokinha pra ver eles juntos^_^
    até imagino as pestes q essas crianças devem ser, ou será e não? hauhauhauhauhauhau!
    mais por favor, xuxu... assim vc me deixa ansiosa :3
    beijos =*

  • Candyroxd Postado em 16/10/2007 - 18:22:01

    cacazinha:
    eu ti adoru!!!
    eu ja voltei sim di viagem =P
    agora vou poxtar todo dia
    e quando eu naum conseguir poxta
    no dia seguinte eu poxto em dobro ou triplo
    xD =P ;D =D xP :D


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