Fanfic: O Lago dos Sonhos AyA [TERMINADA]
Capítulo 4
Toda a cor que tinha sumiu do rosto da Any.
-O que disse? -sussurrou.
Possivelmente não pôde ouvi-la. Ele estava parado a uns 30 metros dela; ela tinha podido ouvir a única palavra que ele havia dito, apesar de que de alguma forma o som tinha sido perfeitamente claro, como se o tivesse ouvido dentro dela. Mas a expressão em seu rosto mudou sutilmente, algo mais alerta, seus olhos mais penetrantes. Sua mão estendida de repente parecia mais imperiosa, apesar de seu tom lisonjeador.
-Any. Vem comigo.
Estremecendo, ela deu um passo a para trás, pensando em fechar a porta. Isto tinha que ser pura coincidência, mas era fantasmagórico.
-Não corra. –disse ele brandamente. -Não há necessidade. Não a machucarei.
Any nunca se considerou uma covarde. Seus irmãos a haveriam descrito como um pouco imprudente para seu próprio bem, obstinadamente determinada a subir qualquer árvore que eles pudessem subir, ou balançar-se em uma soga tão alto como eles antes de se deixar cair no lago. Apesar da misteriosa semelhança entre o sonho e o que ele havia dito recentemente, sua espinha ficou rígida, e olhou fixamente a Richard Chance enquanto ele permanecia debaixo do salgueiro chorão, rodeado pela ligeira bruma. Uma vez mais, estava deixando que uma estranha coincidência a assustasse, e estava cansada de estar assustada. Sabia instintivamente que a melhor forma de dominar qualquer temor era enfrentar daí sua viagem ao lago por isso decidiu dar um bom duro olhar ao Sr. Herrera para catalogar as semelhanças entre ele e seu amante nos sonhos. Ela olhou, e quase desejou não havê-lo feito.
A semelhança não estava somente em seus olhos e a cor de seu cabelo. Podia vê-lo agora nas poderosas linhas de seu corpo, tão alto e duro. Vestia jeans e botas de caminhada, e uma camisa de cambraia de manga curta que revelava a musculatura de seus braços. Ela notou a espessura de seus braços, os braços de um homem que fazia regularmente duro trabalho físico... Os braços de um espadachim.
Ofegou, sacudida pelo pensamento. De onde tinha vindo essa idéia? O que sabia ela de espadachins? Não eram exatamente o grosso da população; ela nem sequer tinha conhecido a alguém que praticasse esgrima. E, inclusive enquanto imaginava os elegantes movimentos da esgrima, descartou essa comparação. Não, por espadachim queria dizer alguém que usava um sabre em batalha, abrindo talhos e cortando. Um brilho de cor se lançou para ela, e viu Alfonso Herrera com uma enorme espada escocesa em suas mãos, só que se chamava Neil... E logo foi Marcus, e lá estava a curta espada romana que empunhava...
Não. Não podia deixar-se pensar assim. Os sonhos eram uma fantasia subconsciente, nada mais. Realmente não reconhecia nada no Alfonso Herrera. Simplesmente o tinha conhecido quando era emocionalmente vulnerável e fora de equilíbrio, quase como se estivesse no rebote de um romance fracassado. Tinha que dominar-se, porque não havia jeito de que este homem tivesse algo a ver com seus sonhos.
Ele ainda permanecia ali, sua mão estendida como se tivesse passado somente um segundo, em lugar de um minuto inteiro como ela sentia. E logo ele sorriu outra vez, aqueles vívidos olhos enrugando-se nos cantos.
-Não quer ver os filhotes de tartarugas?- perguntou.
Filhotes de tartarugas. A perspectiva era encantadora, surpreendentemente cativada pela idéia, de algum modo Any se encontrou dando alguns passos para diante até que estava parada ante a porta gradeada do alpendre. Só então se deteve e olhou abaixo para sua camisola.
-Preciso trocar de roupa. –Seu olhar se deslizou sobre ela.
-Parece perfeita para mim. - Ele não tentou ocultar a rouca apreciação em seu tom. -Além disso, podem desaparecer se não vir agora.
Any mordeu os lábios. A camisola não era atrevida; era de simples algodão branco, com um decote modesto e pequenas mangas soltas, e a barra chegava aos tornozelos. A cautela lutou com seu desejo de ver as tartarugas. De repente não pôde pensar em nada mais lindo que tartarugas bebês. Tomando uma rápida decisão, abriu a porta e caminhou sobre a grama alta. Teve que levantar a barra de sua camisola para evitar que se arrastasse pelo orvalho e se molhasse. Cuidadosamente caminhou através do crescido jardim para o alto homem que a esperava.
Quase o tinha alcançado quando se deu conta quão perto estava da água. Gelou-se no meio de um passo, incapaz de sequer olhar à direita onde o lago sussurrava tão perto de seus pés. Em troca, seu olhar alagado de pânico se concentrou no rosto dele, instintivamente lhe rogando que a ajudasse.
Ele se endireitou, cada músculo de seu corpo enrijecendo-se quando ficou alerta em resposta a sua reação. Seus olhos se estreitaram, girou agudamente de lado a lado, procurando o que fosse que a tinha atemorizado.
-O que é?- disse com voz áspera enquanto agarrava seu antebraço e a aproximava dele, dentro do calor e o casaco de seu corpo.
Any tremeu e abriu sua boca para lhe dizer, mas a proximidade de seu corpo, tanto consoladora como alarmante, confundiu-a e não pôde pensar no que dizer. Não sabia o que a alarmava mais, a proximidade do lago ou a proximidade dele. Ela sempre tinha amado o lago, e o temia, mas sua automática resposta a sua aflição sacudiu algo dentro dela, e repentinamente queria apertar-se contra ele. A cálida essência de sua pele enchia seus narinas, seus pulmões uma temerária combinação de sabão, ar fresco, suor limpo, e almiscarada essência masculina. Ele a tinha atraído contra seu flanco esquerdo, deixando seu braço direito livre, e ela podia sentir a tranqüilizadora perseverança de seus batimentos do coração ressonando dentro da forte parede de seu peito.
Ela foi abruptamente, agudamente, consciente de sua nudez debaixo da camisola. Seus peitos palpitavam onde se apertavam contra seu corpo, e suas coxas começaram a estremecer-se. Meu Deus, o que estava fazendo aqui fora, vestida assim? O que tinha acontecido com o sentido de decência do qual se gabava? Desde que tinham começado os sonhos, parecia não ter nenhum. De nenhuma forma deveria estar assim perto de um homem que tinha conhecido no dia anterior. Sabia que deveria afastar-se dele, mas no momento em que ele a tocou havia sentido uma estranha sensação de intimidade, de que era o apropriado, como se simplesmente tivesse retornado a um lugar no que tinha estado muitas vezes antes. Sua mão livre embrenhou em seus úmidos cachos.
-Any? -inquiriu, algo do alarme relaxando-se de seus músculos. -Algo a assustou?
Autor(a): theangelanni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 30
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jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:32
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
Amei a historia, finalmente um final feliz =) -
jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:28
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
Amei a historia, finalmente um final feliz =) -
jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:25
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
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jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:22
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jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:18
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jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:15
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
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jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:13
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
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jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:10
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
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jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:06
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
Amei a historia, finalmente um final feliz =) -
jasmine Postado em 12/03/2009 - 08:15:53
Uau!!
com a sua maneira de escrever dá pra fazer um livro :D
muito linda ficou!!!
parabéns!!