Fanfics Brasil - O Lago dos Sonhos AyA [TERMINADA]

Fanfic: O Lago dos Sonhos AyA [TERMINADA]


Capítulo: 17? Capítulo

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Ela não tinha tido essas lembranças até recentemente, mas ainda assim tinha ido pela vida romanticamente ilesa, sua parte mais profunda incapaz de responder aos homens que tinham estado interessados nela.  Desde o começo, entretanto, não tinha sido capaz de manter nenhuma reserva contra Alfonso.  Tão mental como fisicamente, era dolorosamente consciente dele.  Ele tinha crescido com essa percepção, e não pôde ter sido fácil.  Era difícil de imaginar, mas em algum momento ele tinha sido um menino, e de fato lhe tinha sido roubada uma infância e adolescência normal, uma vida normal.


-E sobre como a encontrei. –continuou ele. -os sonhos me guiaram até aqui.  Os detalhes que vi me ajudaram a encontrar a localização.  Os sonhos se estavam se tornando mais fortes, e soube que não podia estar muito longe.  Logo que vi este lugar, soube que era aqui.  Assim aluguei a casa vizinha, e esperei.


-Onde é sua casa?- pergunto com curiosidade. –Lhe dirigiu um estranho sorriso. -Vivi na Carolina do Norte durante bastante tempo até agora.


Ela teve o categórico sentimento de que não lhe estava dizendo toda a verdade.  Recostou-se na cadeira e o estudou, considerando sua seguinte pergunta antes de articulá-la. 


-O que faz para viver?


Ele riu, e havia um tom de uma vez pesaroso e alegre no som, como se tivesse esperado que ela o abandonasse. 


-Deus, algumas coisas nunca mudam. Estou nas forças armadas, que outra coisa?


É obvio. Ele era um guerreiro nato, em qualquer vida.  Retalhos de informação, recolhidos das notícias emitidas por rádio, encaixaram em seu lugar.  Com seu inato conhecimento dele dirigindo-a, arriscou uma hipótese.


-Fort Bragg? –Ele assentiu.


Forças Especiais, então.  Ela não tivesse sabido onde estava sua base, se não tivesse sido por toda a cobertura das notícias durante a Guerra do Golfo.  Um repentino terror a embargou.  Havia ele estado naquele conflito?  O que teria acontecido se o tivessem matado, e ela nunca tivesse sabido dele...


Então agora não teria que temer por sua própria vida. De alguma forma isso não mitigava o medo que sentia por ele.  Sempre tinha temido por ele.  Ele vivia com o perigo, e se encolhia de ombros ante ele, mas ela nunca tinha sido capaz de fazer o mesmo.


-Como obteve licença para se ausentar?


-Deviam-me bastante tempo.  Não tenho que retornar até dentro de um mês, a menos que algo inesperado aconteça. -Mas havia uma tensa expressão no profundo de seus olhos, uma resignação que ela não podia ler completamente.


Ele se estirou sobre a mesa e tomou sua mão.  Seus compridos, calosos dedos envolveram os mais magros, menores dela, pregando-os com calidez. 


–De onde vem você? Onde vive, o que faz?


O mais seguro seria não lhe dizer, mas duvidava que valesse a pena.  Depois de tudo, ele tinha seu nome, e provavelmente tivesse o número da placa de seu automóvel.  Se queria fazê-lo, seria capaz de encontrá-la. 


-Vivo em White Plains.  Cresci ali; toda minha família vive ali.- Encontrou-se falando sem parar, repentinamente ansiosa de informá-lo sobre os detalhes de sua vida.  -Meus pais ainda vivem, e tenho dois irmãos, um maior e um menor que eu.  Você tem algum irmão ou irmã? –Ele sacudiu sua cabeça, sorrindo-lhe.


 –Tenho alguns tias e tios, e alguns primos disseminados ao redor do país, mas nenhum próximo.


Ele sempre tinha sido um solitário, não permitindo que ninguém se aproximasse dele exceto ela.  Nesse aspecto, ele tinha estado tão indefeso como ela.


-Pinto casas,- disse ela, ainda impulsionada pelo desejo incontrolável de encher todos os ocos em seu conhecimento um do outro. -As casas propriamente ditas, não quadros delas.  E faço murais.-  Sentiu-se enrijecer-se, querendo que ele aceitasse, em lugar de expressar incredulidade como algumas pessoas faziam.


Seus dedos se esticaram sobre os dela, logo se relaxaram. 


-Isso tem sentido.  Sempre amaste fazer o que nos rodeava tão belo e cômodo como fosse possível.  Mesmo que fosse uma pele sobre o chão da loja ou flores silvestres em um copo de metal.


Até que ele falou, ela não tinha recordado essas coisas, mas de repente viu as peles que tinha usado para fazer seu beliche sobre o chão da loja, e a forma em que as flores silvestres, que ela tinha disposto em um copo de metal, tinham inclinado seus casulos sob a rajada de ar frio cada vez que a lapela da loja era aberta.


-Recorda tudo?- sussurrou ela.


-Cada detalhe? Não.  Não posso recordar cada detalhe do que aconteceu esta vida, tampouco; ninguém pode.  Mas as coisas importantes, sim.


-Quantas vezes nós...? -Sua voz se desvaneceu quando era golpeada uma vez mais pela impossibilidade de tudo isto.


-Fizemos o amor? –sugeriu ele, apesar de que sabia condenadamente bem que não era o que ela estava a ponto de dizer. Ainda assim, seus olhos se carregaram com um aceso, sonhador olhar. -Vezes sem número.  Nunca fui capaz de ter suficiente de você.


Seu corpo se sacudiu com igual desejo. Severamente ela o controlou.  Significaria arriscar sua vida se se rendesse à dolorosa necessidade de envolver-se com ele outra vez.  


– Vivemos. –corrigiu-o.


Sentiu sua relutância a lhe dizer, mas tinha jurado que responderia todas suas perguntas, e sua palavra era sua garantia. 


-Doze,- disse, esticando sua mão sobre a dela novamente.  -Esta é nossa décima segunda vez.


Quase saltou fora da cadeira.  Doze!  O número ecoou em sua cabeça.  Tinha recordado somente a metade daquelas vidas, e essas lembranças eram parciais.  Afligida, tratou de separar-se dele.  Não podia manter sua prudência baixo semelhante sobrecarga.


De alguma forma se encontrou dando volta à mesa e sentada em seu colo.  Aceitou a familiaridade da posição, sabendo que ele a havia sustentado desta forma muitas vezes.  Suas coxas eram duras sob seu traseiro, seu peito uma sólida parede para defendê-la, os braços que a suportavam bandas de aço vivente.  Não tinha sentido que se sentisse tão segura e protegida no abraço de um homem que era tão perigoso para ela, mas o contato com seu corpo era imensamente reconfortante.


Lhe estava dizendo algo tranqüilizador, mas Any não podia concentrar-se nas palavras.  Inclinou a cabeça para trás sobre seu ombro, enjoada com o tumulto de emoções encontradas.  Ele baixou a vista para ela e conteve o fôlego, ficando em silêncio enquanto seu olhar pousava em sua boca. 


Ela sabia que devia afastar-se, mas não o fez, não podia.  Em troca seus braços deslizaram-se para cima ao redor de seu pescoço, aferrando-se estreitamente a ele quando ele inclinou sua cabeça e cobriu sua boca com a sua.



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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



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  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:32

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
    Amei a historia, finalmente um final feliz =)

  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:28

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
    Amei a historia, finalmente um final feliz =)

  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:25

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
    Amei a historia, finalmente um final feliz =)

  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:22

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
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  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:18

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
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  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:15

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
    Amei a historia, finalmente um final feliz =)

  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:13

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
    Amei a historia, finalmente um final feliz =)

  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:10

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
    Amei a historia, finalmente um final feliz =)

  • jl Postado em 13/06/2011 - 10:11:06

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA eu li *--*
    Amei a historia, finalmente um final feliz =)

  • jasmine Postado em 12/03/2009 - 08:15:53

    Uau!!
    com a sua maneira de escrever dá pra fazer um livro :D
    muito linda ficou!!!
    parabéns!!


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