Fanfic: She was an Angel

Deixei Jack em sua casa e segui para casa de Sam. Eu estava de carro, não demorei a chegar. Assim que cheguei tirei a chave do meu bolso. Eu não ia deixar Sam sair naquele estado. Assim que entrei eu ouvi gritos.

...

Samantha estava na cama se contorcendo de dor, ela não tinha expressão no rosto, os olhos dela estavam violetas. Eu me aproximei e não sabia o que fazer, mas fiz a primeira coisa que veio a minha mente: rapidamente tirei as chinelas e me sentei na cama ao lado dela. Ela me olhou como se pedisse ajuda.

- Sam? O que você tem? - Bem, ela me respondeu com um grito agonizante. Fiquei desesperado. A puxei para os meus braços. - Calma, eu estou aqui. Você vai ficar bem.

Na verdade eu não sabia se ia ficar tudo bem, ela estava aos gritos e eu não podia fazer nada para amenizar a dor. Me deitei e a puxei para mim, de modo que ela encostou a cabeça no meu peito. Eu podia sentir as batidas fortes do coração dela e ela foi relaxando aos poucos em meus braços.

- Você ta melhor?

- Um pouco. - ela respondeu com voz rouca. Eu continuei na mesma posição, acariciando a mão direita dela que estava pousada em meu tronco.

- Onde dói? - Perguntei, mas já sabia a resposta.

- Nas costas.

- Deixe-me ver onde. - Pedi. Ela hesitou um pouco, se sentou e levantou a blusa, mas como ela não levantou muito eu que subi a blusa procurando algum hematoma. Surpreendi-me ao encontrar duas manchas roxas formando um V de cabeça para baixo. Toquei as manchas - que se encontravam entre os ombros -, levemente.

- Ai! - ela gemeu.

- Desculpe. - Eu disse. - Sam, você está com dois hematomas em forma de V de cabeça para baixo. Isso é estranho. - Eu toquei novamente as manchas, dessa vez com mais cuidado e senti uma pequena elevação na parte das manchas com se tivesse algo dentro delas que lutava para sair. Em menos de um segundo ela baixou a blusa e se virou para me encarar.

- Olha Lucas, você não pode contar isso a ninguém, ouviu? A ninguém. Você vai esquecer que viu isso. - Ela elevou a voz.

- Mas... Calma! Por que essa grosseria?

- Desculpa, mas eu preciso confiar em você. Promete não contar pra ninguém?

- Claro - prometi. Mas, eu estranhamente, pensei em cogitar a idéia dela ser uma mutante, mas eu apenas pensei. Samantha tinha um segredo, eu queria descobrir.

- Obrigada. - Ela disse e deitou com a cabeça em meu colo suspirando. Eu a fitei de cima. Senti-me mal por ela. Eu não queria que ninguém visse aquelas marcas. Também suspirei aliviado. Por um momento pensei que ela estava morrendo com alguma doença grave e queria me poupar de passar por isso novamente.

Ela tirou a cabeça do meu colo e se deitou ao meu lado. Pensei em dizer tudo que estava sentindo por ela.

- Samantha... - Minha voz vacilou.

- Deita - ela falou e eu deitei.

- Eu... Eu acho que... - olhei nos olhos dela e esqueci o que falar. Quando meu olhar parou na boca dela eu me aproximei lentamente sentindo a respiração dela acelerar assim como a minha. Eu finalmente encostei meus lábios nos dela em um beijo, na verdade um selinho, de filme americano. Ainda com a boca junto à dela eu abri os olhos e ela me encarava com aquele azul cristalino brilhante, ela fechou os olhos ao mesmo tempo em que eu fechei os meus e levou a mão até a lateral do meu rosto, iniciamos um beijo lento e apaixonado. As nossas línguas em uma batalha silenciosa, pus a minha mão na cintura dela e a puxei até que ela estivesse colada a mim, mas continuei apertando, os dedos de Sam brincava com os cabelos da minha nuca me causando arrepios.

Depois de um tempo naquele beijo, infelizmente o ar nos faltou e tivemos que encerrar o beijo. Eu a olhei, ela estava tão linda e tão vulnerável ali pra mim. Subi minha mão da cintura dela e acariciei seu rosto.

- Uau - ela disse surpresa.

- Desculpa! - eu pedi.

- Não. Isso foi... Na verdade eu... Eu nunca... - ela falava desnorteada. Eu me surpreendi.

- Você nunca beijou ninguém?

- Não - ela falou e corou. Eu ri, ela nunca havia corado na minha frente. A puxei para um abraço, fiquei em feliz em ter sido o primeiro, o beijo foi bom e por isso nem pensei que poderia ser o primeiro dela. Geralmente o primeiro beijo é um desastre. - Lucas - ela chamou com a voz abafada.

- Oi! - respondi.

- Você ta me apertando muito! - ela falou com dificuldade e eu a soltei rapidamente.

Rimos juntos. Mas eu parei ao lembrar-me das manchas.

- Machucou? - perguntei preocupado passando a mão nas costas dela com cuidado.

- Não. - ela disse sorrindo de leve e fechou os olhos. Percebi que ela tinha gostado da carícia e continuei os movimentos de cima a baixou na coluna.

- Mas ainda dói?

- Só um pouco, eu tinha até me esquecido. - ela falou sem abrir os olhos. Eu sorri lembrando do que a fez esquecer a dor. Lembrei também que não podia deixar Sam sozinha e por mais que fosse tentador dormi ali com ela eu não tinha levado roupas.

- Você vai dormir lá em casa! - eu disse, não foi uma pergunta.

- Mas por que...? - eu não a deixei terminar.

- Eu não trouxe roupas e não vou te deixar sozinha Sam. Arrume uma bolsa com suas coisas que nós vamos para a minha casa. - eu levantei e a ajudei a fazer o mesmo - Não se preocupe, tem um quarto só para você, baixinha. - eu brinquei e baguncei os cabelos dela que riu.

- Nossa, e você é um gigante! - ela falou com um sorriso lindo que revelava as covinhas do rosto.

...