Fanfic: She was an Angel
– Samantha! - eu gritei confuso e sai da cama. Bati na porta. - Samantha, meu amor? - ela não me respondeu. - O que houve? - perguntei. Ouvi soluços e me desesperei, logo depois ela ligou o chuveiro, mas não parecia estar em baixo dele. Fiquei ainda mais preocupado.
Girei a maçaneta e fiquei aliviado ao constatar que ela estava aberta, entrei e percebi que o Box estava fechado. Assim que abri vi Samantha toda encolhida no canto da parede, ela estava molhada por culpa do chuveiro e respirava fundo com a cabeça deitada sobre as pernas, me olhando com os olhos negros avermelhados.
– Ei - me sentei junto a ela - o que você tem? - perguntei preocupado. Agora ela respirava com dificuldade, desesperada procurando por ar. As mãos cerradas, parecia estar com raiva. - Sam? - chamei.
– Eu não... não consigo. - ela disse com a voz fraca. - Elas ficam lutando para sair o tempo todo e... a sensação de libertá-las é tão prazerosa que chega a ser doloroso impedi-las. - ela falava cansada, como se já não aguentasse mais. Estava se referindo as asas. - Me desculpa por...
– Não precisa se desculpar. - a interrompi.
– Eu juro que queria continuar aquilo, estava muito bom. Só que de repente eu senti necessidade de deixá-las sair. Eu não podia fazer isso, por isso saí correndo, mas me perdoa Lucas, por favor! - ela me olhava suplicando.
– Não tem nada pra perdoar, eu te entendo princesa. - a abracei sem me importar se ela vestia apenas uma calcinha. - Prometi ficar ao seu lado e sempre te entender. - eu disse e ela sorriu, o que me aliviou. Sam tratava tudo com muita importância, importância até demais.
Depois disso terminamos de tomar banho e eu me vesti com uma roupa minha que havia ali. Avisei a Sam que vestisse um biquíni. Iria fazer uma surpresa.
Fiquei na sala esperando por Sam e ela apareceu usando um vestido florido, frente única, que dava pra ver a alça do biquíni vermelho. Estava linda.
Segurei a mão dela assim que saímos do apartamento.
– Para onde vamos? - perguntou.
– É uma surpresa! - falei.
– Mas aonde é? - ela me olhava curiosa.
– Como eu vou te dizer se é uma surpresa? - abri a porta do carro pra ela entrar, ela entrou e sentou emburrada. - O que foi? - perguntei assim que sentei do outro lado.
– Nada. - ela falou e eu dei partida no carro.
– Relaxa amor, te juro que não vai demorar.
– Eu estou relaxada Lucas, mas você sabe que eu sou curiosa e faz isso.
– Você fica linda com raiva. - ela tentou segurar um sorriso, mas não conseguiu. - Precisamos comprar umas coisas. - falei e ela assentiu com a cabeça.
Parei no supermercado mais próximo e pedi a Sam que me esperasse no carro. Peguei lanches, água e refrigerante. Paguei e voltei para o carro deixando as sacolas no banco de trás.
Dirigi até chegar a uma parte afastada da cidade e entrar na estrada de pedra que eu tanto conhecia. Fui de carro até onde podia.
– Chegamos. - falei soltando o sinto de segurança.
– Anh, é aqui? - ela perguntou me olhando.
– Não exatamente, temos que andar um pouquinho.
– Tudo bem. - ela deu de ombros.
Descemos do carro, eu peguei as sacolas e fomos andando pelo pequeno caminho que tinha por entre as plantas. Era muito verde. Andamos mais até chegar aonde eu queria, numa árvore enorme, talvez a maior que tinha por ali, estava uma pequena casinha, nem muito velha nem muito nova, onde eu costumava ir na minha infância. Mais a frente estava uma linda cachoeira com águas cristalinas. Olhei Samantha que estava ao meu lado e segurava minha mão. Ela olhava encantada para aquilo, mas ainda não sabia o real motivo de estarmos ali.
– É lindo Lucas.
– Foi aqui que eu passei a maior parte da minha infância, sempre vinha aqui com minha mãe e o Ryan.
– Onde sua mãe está hoje? Digo, eu nunca a vi, muito menos seu pai. - ela me olhou curiosa.
– Ela morreu à cinco anos. - falei com a cabeça baixa.
– Ah, eu sinto muito.
– Não sinta. - eu disse.
– E seu pai?
– Ele mora na Inglaterra, tem várias empresas por lá.
– Por que vocês não moram com ele?
– Moramos lá até completarmos 16 anos, e fomos emancipados.
– Não entendi. Explica direito.
– Vamos para a casinha que eu te conto.
Puxei-a pela mão em direção da escada que tinha pendurada logo abaixo da casinha.
Subi primeiro e em seguida Sam subiu. Tirei a pequena chave que sempre ficava no meu carro e abri a pequena porta. Dentro da casinha havia um colchão e uma mesa com dois banquinhos abaixo da janela que dava vista para a cachoeira. Coloquei as sacolas em cima da mesa, depois de limpá-la com um pano. Sentamos nos bancos um de frente para o outro.
– Então... - Sam começou.
– Bom, meus pais eram separados. Meu pai sempre morou na Inglaterra e Ryan e eu morávamos aqui com nossa mãe. - eu disse.
– Sim, então sua mãe morreu... - ela deixou a frase no ar.
– E fomos obrigados a morar com nosso pai, que antes nunca nem ligava para nós.
– Agora eu entendi. - Sam falou e eu sorri.
– Sabe por que eu te trouxe aqui? - perguntei e ela sorriu.
– Não, por quê?
– Você me disse que suas asas lutavam para sair e que até doía impedi-las, então eu resolvi trazê-la aqui para você poder ficar a vontade. - expliquei com medo de sua reação.
– Sério? - perguntou sorrindo.
– Sim.
– Então vamos, o que está esperando? - ela disse levantando e me puxando.
– Sam, aonde você vai? - perguntei.
– Vamos lá para beira do lago, quero que você as veja lá.
Senti-me feliz por ver a determinação de Sam em me mostrar às asas lá na cachoeira. O lugar perfeito. Enquanto caminhávamos em silêncio ouvi o riso dela me embalar e percebi o quanto aquilo significava para Sam, e para mim. Ela saltitava e não soltava minha mão por um segundo. Eu parei e a puxei para um abraço, queria acreditar que ela era real e não um sonho.
– Você é a pessoa mais perfeita do mundo. Nem acredito que você é real, que você está em meus braços... - falei enquanto passava as mãos nos cabelos negros e compridos de Sam.
– Eu não sou perfeita Lucas, mas eu sou real e gostaria de ficar aqui, em seus braços, para sempre. - ela me deu um selinho e depois voltamos a caminhar, enfim chegamos à beira da cachoeira. Respirei fundo o ar com cheiro de rosas e fiquei observando o quanto aquele lugar estava mais bonito do que antes com a presença de Sam. Ela deixava tudo com mais beleza.
– Lucas? - ela chamou.
– Oi - respondi.
– Antes de qualquer coisa, obrigada por me trazer aqui - ela tirou o vestido e ficou de biquíni. O corpo dela era perfeito.
– De nada - sorri.
As asas negras de Sam apareceram com o mesmo brilho prateado que vi da última vez. Elas eram longas e perfeitas, parecia terem sido esculpidas a mão. As pontas estavam a uns vinte centímetros do chão, ainda fechadas.
Ela sorriu e me aproximei. Estiquei minhas mãos e toquei-a no ombro, quando movi minha mão em direção a origem das asas senti Samantha ficar tensa. Não hesitei, passei minhas mãos pelas asas negras e macias, era como acariciar um urso de pelúcia. Vi Sam fechar os olhos. As asas se abriram e eu percebi como eram grandes. De repente Sam se afastou, pegou impulso e saltou. Aquele salto foi incrível. Eu a olhava voando como um garotinho olha um parque de diversões pela primeira vez, extremamente encantado e abobalhado.
Por fim, Sam voltou até onde eu estava, fechou as asas e tocou os pés no chão. Ela correu para me dar um abraço. Olhei-a nos olhos e a beijei. Estava desejando aquilo. Fiquei com uma enorme vontade de mergulhar na cachoeira, tirei meu calção, o tênis e a camisa.
– Eu vou mergulhar, quer ir comigo? - perguntei.
– Claro. - ela respondeu enquanto guardava as asas. - Mas, eu não sei nadar. - Sam mordeu o lábio.
– Vem que eu te ensino, não sei voar, mas sei nadar. - brinquei. Sam segurou na minha mão e então entramos na água que estava fria. Fomos até onde a água batia no meu peito e no pescoço de Sam.
– Não acha que devemos voltar mais um pouco? - ela perguntou tentando manter só a cabeça sobre a água. Puxei-a mais para perto fazendo enlaçar as pernas na minha cintura.
– Aqui está ótimo - sussurrei e a beijei.
O beijo de Sam era calmo e aconchegante. Dessa vez eu a deixei guiar. Ela passou as mãos pelos meus cabelos enquanto eu acariciava as costas dela. A cada segundo eu ficava mais excitado e a queria a cada vez mais. Sam correspondia ao meu chamado, ela se entregava àquele beijo como se fosse o último de toda a vida dela. Fui caminhando em direção a beira do lago e ao chegarmos lá, Sam ficou de pé. Me surpreendi no momento em que Sam interrompeu o beijo bruscamente e olhou para o pulso esquerdo com a expressão de dor.
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Autor(a): Brenna&Biiah
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Me surpreendi no momento em que Sam interrompeu o beijo bruscamente e olhou para o pulso esquerdo com a expressão de dor. – A... Ai - Sam gemeu enquanto segurava o pulso. Foi quando vi o que tinha acontecido. Sam estava com o pulso queimado, mas como...? – Como você se queimou? - perguntei - Quero dizer, estávamos dentro d’&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 18
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ellen_ Postado em 11/08/2013 - 23:07:10
Vc voltou ebaaaa porra Lucas fez besteira
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Valesca Postado em 11/08/2013 - 17:16:06
posta mais, muito boa a web!!
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ellen_ Postado em 18/04/2013 - 11:43:25
Oxe que lindo adorei continua
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giovana74 Postado em 09/04/2013 - 00:53:58
Que bonitinho,cada vez melhor!
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ellen_ Postado em 07/04/2013 - 15:34:43
AMMM o Lucas e o Jack vão sabe de tudo. posta logo
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glaucia Postado em 07/04/2013 - 08:40:24
ah!! posta maiiis!! ~le faz dancinha~ maiiis!! a melhor web q eu ja li eu acho! (ma q ciume q o Lucas tem!)
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ellen_ Postado em 24/03/2013 - 23:34:43
Ai que lindo eles dois continua...
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ellen_ Postado em 21/03/2013 - 20:36:45
Posta antes que eu morra de ansiedade kkk
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giovana74 Postado em 14/03/2013 - 21:40:11
Posta mais,eu estou gostando muito de tudo.
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ellen_ Postado em 14/03/2013 - 14:51:36
eeeeee continua