Fanfic: Rascunho | Tema: One Direction

Capítulo 13 - Revelações

[Natália]

Liguei pra Viviane, ela quase estava dando cria porque eu estava sem dar notícias há 3 dias mas aiimprovisei uma história que tive que viajar com a Lou pra tomar conta de Lux e o local estava sem sinal e utilizei os meninos no celular pra confirmar meu álibe. Tomei um banho e o Harry novamente me emprestou umas roupas da irmã dele pra mim e pra Dayane pois o meu vestido já tinha ido por água abaixo.
Logo todos estávamos sentados na sala exceto por Niall que estava dormindo no quarto. Iria começar o interrogatório.
– Se toda mulher que vem aqui eu emprestar a roupa da Gemma ela vai me matar.. - começou Harry.
– Quando a Flack vem aqui você empresta pra ela também? Melhor as roupas da Gemma cabem nela? - todos riram menos Harry que ficou com uma cara de bocó.
– haha que engraçado Natália. - ironizou uma risada e sorri.
– Tá, vamos começar o questionário - disse Liam - Dayane, quem é você? De verdade?
Ela se ajeitou no sofá como se fizesse um pouco de esforço pra lembrar
– Bom, meu nome é Dayane, tenho 16 anos irei fazer 17 daqui 2 meses. Passei minha vida inteira fugindo de pessoas que só queriam me usar, não era pra minha vida ser assim, eu simplesmente corri devagar na hora que deveria se correr rápido. - ela pausou e respirou e nós apenas a observávamos. - vocês querem saber de tudo mesmo? Natália, o que eu vou falar vai mudar tua vida.
– Claro que eu quero, é a minha vida.- implorei.
– Nossos pais - fiquei pasma e ela observou - sim, somos irmãs. Nossos pais eram donos da agência de serviços secretos da Europa, uma espécie de CIA. Mais fácil interpretando como uma agência de espiões que detêm os ladrões mais perigosos dos países. Sabe, em 02/01/1994 a nossa mãe cujo nome era Lizzie descobriu que estava grávida de você Natália e em 04/10/1994 você nasceu. - eu ainda estava paralizada.- Bom, Lizzie, você e Jon: nosso pai levavam uma vida feliz escondidos numa fazenda em Doncaster. Em 05/03/1996 foi a minha vez de ser descoberta pela mamãe e em 16/12/1996 foi a minha vez de ver a luz e dar minha primeira expiração. Eu nasci. Nós nunca saímos de Doncaster, muito menos de nossa fazenda, nossos pais tinham medo dos inimigos descobrissem a gente e nos utilizassem como um objeto de vingança. Eu já tinha 4 anos e você 6, você desde os 6 tinha uma personalidade muito forte e queria vir até Londres porque queria, mas nossos pais não suportavam a idéia de deixar a gente correr o risco. Então você numa noite fugiu de cavalo mesmo tentando chegar até Londres, chegando aqui você perguntou justo pra uma pessoa que não devia onde estava, e essa pessoa perguntou seu nome, Natália Devero, Devero é o nome de nossa família, e o seu e o meu sobrenome. - minha boca se abriu.
– Mas porque eu não me lembro de nada disso então? - disse desconfiada.
– Posso terminar de contar? - assenti - O homem tentou lhe ajudar e perguntou seu nome, e você inocentemente disse `` Natália Devero ``, são muitas poucas pessoas no mundo que possui esse sobrenome, e você parece muito com nossa falecida mãe - meus olhos encheram de lágrimas mesmo nunca ter visto ela ou ter sabido da existência dela, se for tudo verdade o que Day está dizendo, ela era minha mãe não é mesmo? Senti alguém me abraçando de lado, olhei pra cima e era Zayn apenas dei um sorriso e fiz um gesto para Dayane continuar a falar. - Esse homem era um dos informantes da maior quadrilha de Londres que no momento estava fugindo dos agentes de nossos pais. E ele te sequestrou, você ficou dias desaparecida, eu chorava com saudades de ti, até que um dia os agentes do nosso pai lhe encontrou, muitos encurralaram o cativeiro e conseguiram te pegar de volta, mas antes que tudo ficasse bem, muitos e muitos criminosos chegaram no lugar que era no meio de um bosque e atiraram em nosso pai, nossa mãe desesperada tentava prestar socorro a ele. Viviane, é, a sua madrinha era uma agente e melhor amiga de nossa mãe. Viviane implorou pra Lizzie sair dali com a gente, e por pura burrice ou sei lá, nossos pais me levaram pra resgatar você naquele dia, mas minha mãe não queria abandonar nosso pai. Eu e você apenas observávamos a cena. Minha mãe me entregou um diário dela, esse aqui - ela jogou no chão um caderno grosso e com uma capa aparentemente de couro. - E é ai que eu sei maioria dessas coisas, porque eu não me lembraria de tudo. Continuando. Viviane nos tirou dali a força, e eu lembro do tiro que matou nossa mãe, disparado por um homem que eu até hoje lembro da face, atingiu em cheio a cabeça de nossa mãe e ela morreu na hora. Bom, Viviane estava fugindo com a gente até que cercaram ela, descobriram quem cuidaria da gente, ela não lembro como conseguiu escapar conosco, mas desde então sabia que não poderia mas cuidar de nós. E o que eu me lembro desde então foi que ela nos levou para uma estação de trem e deu ordens para nós embarcassemos no próximo trem que sairia para Rússia e de lá então iríamos ao Brasil, mas no caso só você foi. Quando paramos em Romania para um interligamento eu quis ir ao banheiro que era fora do trem, tinha que descer na estação, você não quis deixar eu ir e eu saí correndo, mas eu não sabia que o trem já iria partir, eu me lembro de você escorregando e batendo a cabeça no banco e em seguida ficando desacordada eu ia subir de volta no trem, mas ele começou a andar e eu não alcancei, e foi a última vez que eu te vi. Eu nunca deixei que me adotassem, simplesmente porque eu fugia de tudo e todos. Pedia smola, e vivia na rua. Crianças normais aprendem a ler com 6 anos, eu aprendi com 12. Até os 12 eu vivi na rua, e eu sempre acompanhava um mendigo muito gentil, ele me ensinou a ler. Nunca mostrei o diário que eu sempre guardei pra ele, mas assim que eu aprendi a ler descobri metade da minha história que foi o que eu lhe contei. Eu queria vingança, comecei a levar uma vida que eu tenho vergonha, nojo e repulsa até hoje: me prostitui, quando aqueles velhos imundos me tocavam eu sentia lágrimas descer no meu rosto, mas lembrava do meu foco de conseguir dinheiro pra chegar até Londres novamente, foi assim até 2 meses atrás. Eu descobri o paradeiro de Viviane, e há algumas semanas você foi manchete num site sobre ser amante do Harry - corei - e fiquei sabendo sobre você estar no hospital, e eu tenho lhe seguido desde então... E é isso.
Todos se mecheram como se estivessem saído de um choque, uma retrospectiva frustante para todos e inclusive eu. Louis veio e se sentou no meu lado.
– Você tá bem Nat?
– To sim boo, só muita coisa pra poucos minutos.
Levantei peguei o diário e eu sabia o que tinha de fazer.
– Onde você vai? - Harry surgiu na minha frente me impedindo de sair.
– Saber se tudo isso é verdade ou não.
– Eu vou com você!
Senti Zayn nos fuzilar.