Fanfic: Rascunho | Tema: One Direction

Capitulo 20 - Red

[Dayane]

Eu estava ali sentada na cadeira de cabeleireiro no salão de beleza mais chique de Londres, eu estava me sentindo meio deslocada naquele lugar, mas Niall disse pra mim não se preocupar então..

– Será que eu pinto de cor? Me ajudem pelo amor de deus – Eu já estava nesse lero lero há algum tempo. Joseph o profissional que estava me atendendo era super legal. E sim, ele é gay. Ele dá uns desmunheco muito engraçado

– Querida, se eu tivesse esse cabelão que você tem – girei a cadeira para observá-lo – Eu cortava, é. Dá muito trabalho cuidar disso tudo, olha o meu que curte e super divo. – Eu e Niall começamos a rir do jeito que Joseph tinha falado.

– Pera, Anne você confia em mim? – assenti, sim eu confiava no Niall. E sim, ele começou a me chamar de Anne ao invés de Day, é super estranho mas estou me acostumando já.

Ele arrastou Joseph para um lugar mais reservado e pareceu estar escolhendo alguma cartela. Eles voltaram com um sorriso maroto nos lábios.

– Seu queridinho escolheu a cor por você, então vamos lá – E Joe estendeu a mão para mim tocar.

– Niall se você me deixar mais feia do que eu já sou eu te mato

– Achoqueatécarecavocêficabonita. – Ele falou meio embolado e baixo e eu não entendi muito

– O que?

– Nada não.

– Diz Niall

– Esquece ok? – e ele saiu me deixando falando sozinha e se sentou num banco para ser atendido também, é, acho que ele também ia mexer no visual.

Senti minha cadeira girar e me deparei com meu reflexo no enorme espelho

– Diva eu vou te deixar uma gatona – Disse Joe no meu ouvido o que me fez soltar um riso.

[...]

Niall já estava pronto, ele tinha cortado o cabelo em forma de um topete?!

– Niall você tá gato – fui sincera.

– Digamos que você também – impressão minha ou ele corou?

Bom eu estava nesse suspense de como estaria meu cabelo há 10 minutos, não me deixavam olhar no espelho até que estivesse totalmente pronta, eles estavam me maquiando, tipo, oi? Eu vim pra pintar o cabelo rsrs. Mas enfim, quero só ver a cor que o Niall escolheu, se ele me zoar, eu mato ele.

– Está preparada tigresa? – Joe disse e logo após soltou um ‘rawn’ e fez um gesto felino com as mãos. Assenti

E ele girou a cadeira me fazendo me olhar no espelho.

– Ok, Niall você serve pra escolher cores para cabelo – soltei

Eu realmente gostei da nova cor. Eu estava meia ruiva com loiro nas pontas, eu estava bonita.

– Tá, Anne vamos logo porque já tem gente te secando – ele disse insinuando 2 rapazes que ficavam na recepção, e isso me fez rir.

– Isso mesmo Nialler, segura sua tigresa – disse Joseph.

– Mas , eu não sou a tigresa dele – respondi entre pausas rindo. Já estava sendo arrastada pela mão por Niall e com a outra acenei para Joe.

Entramos no carro e fomos pra casa não havia ninguém lá. Estranho.

[Natália]

– Você quer mesmo saber? – perguntei, como se eu já não soubesse a resposta.

– Claro! – exclamou

– Então senta que lá vem história- disse do jeito do desenho brasileiro pra descontrair a tensão que estaria por vir, mas ele nunca assistiu, então só ficou me fitando.

Era na oitava série, eu era uma excluída na turma da escola. Ninguém queria ser meu amigo, ninguém falava comigo a não ser para rir de mim. Simplificando, eu sofria bullying. Várias noites eu ia dormir chorando com medo de voltar pra escola, mas era necessário e eu não falava sobre isso para naquela época – minha mãe – então, quando eu queria faltar ela não deixava, muitas vezes eu ingeria coisas podres, ou até mesmo remédio para passar mal e não ir pro colégio. Depois meu organismo já tinha se acostumado com essa minha dieta e já não fazia mais efeito. Nada fazia efeito. E eu comecei a automutilação para aliviar a dor, cada vez mais cortes e mais profundo. Um certo dia, um menino do time de futebol (Leonardo) , me chamou para sair com ele, e eu na pura inocência achei que alguém tinha gostado de mim, eu não era como agora, eu usava óculos, não me arrumava, não cuidava de mim. Saímos várias vezes. Ele me usava, me beijava, praticamente era meu namorado. Ele sempre queria uma coisa mais avançada se é que você me entende, mas eu não achava a hora certa. Um dia Leonardo me levou pra um beco sem saída, e começou a me agarrar, eu tentava me soltar mas ele era forte, vários meninos que identifiquei como o resto do time de futebol apareciam, e falavam que faltava pouco para completar uma aposta, deduzir que essa aposta fosse meu corpo. Ele puxava minhas roupas com força, e eu tentava me soltar. Até que ai um menino apareceu, nunca tinha visto ele na vida. E conseguiu me tirar dali pois ameaçavam todos com uma arma. Esse menino se chamava Pedro, ele sofria os mesmos problemas que eu, bullying. Ele tinha entrado pro mundo das drogas com tudo sob pressão e portava armas já. De lá ele me levou para um parque, pegamos um ursinho de pelúcia na máquina de pelúcias, e prometemos amizade eterna. A gente se entendia como nunca, parece que vivemos juntos a vida inteira. Pensamos numa solução de tentar esquecer o bullying e seguir com a próxima etapa na vida, queríamos convecer nossos pais a nos trocarem de escola, o que não foi possível pois não queriam, então bolamos um jeito de ser expulsos de lá. Eu estudava em uma escola diferente que a dele, e queríamos ir para outra juntos. Então, eu botei drogas dentro da bolsa de um professor propositalmente e Pedro agrediu um. E assim fomos expulsos e conquistamos a liberdade. Só ficamos 1 ano de castigo, mas ganhamos um alívio e paz na outra escola. Lá eu fiz bastante amigos e ele também, por um momento eu cheguei a ser ‘’popular’’, foi assim durante 3 anos. Até eu concluir os estudos e vir pra cá. Eu sempre quis vir pra Londres desde pequena, tinha algo aqui que me chamava.

Depois que eu contei para Harry sobre um pequeno trecho de minha vida, ele ficou boquiaberto.

– E-eu nunca imaginaria isso.

– Você é o único que sabe disso além de Pedro.

– Eu sinto muito – ele estava sendo sincero, e então me abraçou.

Acabamos dormindo assim.

Acordei com uma puta dor no braço porque o Harry meio que acabou dormindo em cima dele, quando ele deveria estar com essa dor. Vadio.

– Harry acorda – disse esfregando os olhos, e nada dele acordar. – Harry acorda – falei mais alto. – HARRY ACORDA!

Ele deu um pulo

– An que foi?

Ri da cara de susto ft sono dele.

– Isso ri mesmo. – e me deu um empurrãozinho no ombro.

– Vai vamos levantar – dei um tapinha na coxa dele.

Nos levantamos e fomos direto pra cozinha, óbvio, estávamos morrendo de fome.

Dayane, Niall, Liam estavam lá embaixo. E atrás dos meus passos senti mais passos. Dei uma breve olhada pra trás e me deparei com Zayn, fiquei séria. Harry ficou sério. E todo mundo ali ficou sério.

– Bom, Vamos Niall? – Day cortou o silêncio. E saíram de fininho.

– Bom dia Ally. – olhei pra trás procurando essa tal de Ally que Liam falou. – É você anta – ele apontou pra mim.

– Meu nome é Natália.

– É muito difícil. Então Nat- Ali-A. Ali igual a Ally. Vou te chamar de Ally agora. – deu de ombros.

– Ally é legal – Harry disse pela primeira vez.

– É é legal mesmo. – Zayn concordou coçando a cabeça.

– Eu ouvi Zayn – falei.

– Ouviu o que?

– Ontem a noite, você e o Louis – ele ia dizer algo – não precisa dizer nada ok?

ITS GOTTA BE YOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOU

Todos pularam. Era meu toque de celular. E começaram a rir.

– Alô? – falei

– Natália? Jake disse que estivera me procurando enquanto viajava. Algum problema? – Era Vivian. Ela chegou de viagem.

– Estou indo aí.

– Mas...

 Desliguei na cara.

– Vivian chegou – Eles sabiam que a gente teria de ir tirar conclusões sobre a história toda com ela.