Fanfic: Rascunho | Tema: One Direction

Capítulo 27 - Pedro

[Natália]

Bom, faz 2 semanas desde que eu e a Dayane voltamos a morar com a Vivian, Anne e Jake. O clima está meio tenso. Sempre que pode Anne tenta irritar e desmerecer a Day, Jake ficar mais estranho eu acho que é impossível, esses dias ele começou a perguntar sobre a minha mãe, não a biológica, mas a que cuidou de mim até uns dias atrás. Está tudo meio ‘’calmo’’, sobre as investigações dos corpos encontrados no rio? Ainda investigando. Há 2 dias atrás começaram a ligar aqui pra casa, mas quando atendíamos, simplesmente desligavam, isso era muito estranho.

Faltava 1 semana para meu aniversário, e ninguém sabia, quer dizer, sabiam, mas provavelmente esqueceram.

Essa hora Dayane estava num parque com Niall, eles estão bastante próximos e a amizade deles é linda e engraçada, às vezes o Louis, ou o Zayn ou o Harry aparecem aqui pra ver como a gente está. Sabe é tudo meio louco porque há 2 meses eu nunca me imaginaria amiga da One Direction, tipo, eles são meus ídolos, eu sonhei com eles durante muitas noites, ia dormir chorando várias vezes dizendo pra mim mesma que era loucura ser apaixonada por pessoas que nem sabe que você existe, que moram há milhares de quilômetros, há vários fusos horários, que eu poderia nunca tocar neles. Quantas vezes eu participei de promoções para show’s, M&G, mas nunca ganhava. Mas como dizem: ‘’Deus sempre guarda o melhor para nós’’, e deus me surpreendeu, em todos os sentidos. Ganhei uma irmã, 5 amigos, e não trocaria eles por nada nessa vida.

– Por que você está chorando? – Olhei pra porta de meu quarto, Harry estava parado ali me olhando esperando por uma resposta. Fui notar que meus olhos estavam marejados.

– Nada não – falei e enxuguei um pouco das lágrimas

– Natália, você sabe que pode contar comigo pra tudo né? – Eu estava sentada na cadeira da escrivaninha que é bem perto da cama, ele veio rápido e sentou na quina da cama e disse isso olhando bem no fundo de meus olhos, seus olhos verdes fitavam o meu como se pudesse enxergar minha alma lá dentro.

– Sei sim Hazza – sorri – Foi só um momento de lembranças na minha mente – ele ainda me encarava, como se me tentasse ler, era um olhar de preocupação – Para com isso

– Com isso o que? – piscou várias vezes, como se saísse de uma transe

– De me encarar – ri

– Vai ser difícil

– Por que? – apoiei meu queixo na minha mão que estava sendo sustentada pelo cotovelo que se encontrava apoiado nos braços da cadeira, e o encarei

– Porque seus olhos me cativam – do mesmo jeito que meu cotovelo estava apoiado na cadeira, ele se apoiou em sua coxa, fazendo assim, ficar a centímetros de mim. Era possível sentir sua respiração.

BLIP

Esse toque fez cada um tomar noção de si, olhei para a tela do computador, uma chamada de vídeo no Skype. Atendi

– PEDRO! – gritei com o Harry ali mesmo. A tela do computador foi tomada por um rosto angelical e cabelos bagunçados castanhos.

– NATÁLIA! – como era bom ouvir a voz do melhor amigo.

– Que saudades seu corno! – falei

– Eu nem estou com saudades de você, você me enchia o saco – fiz beiço – MENTIRA! – gritou – Estou morrendo de saudades sério

– Ah, deixa eu te apresentar – cutuquei Harry indicando para ele aparecer na câmera – Esse é o Harry - Pedro acenou

– Natália, você tá falando árabe? – Harry sussurrou no meu ouvido, o que me fez rir histericamente, eu estava falando em português e nem me toquei.

– É Português Harry, Português – sorri – Pedro, hora de pôr suas aulas de inglês em prática ok? – ele assentiu

– Esse é o Harry que você sempre foi apaixonada, e ficava falando ‘’Oh Harry, Oh Lábios do Harry’’ – no final ele imitou minha voz, o que fez Harry rir, eu estava certamente parecendo um pimentão querendo matar ele.

–Isso você poderia ter falado em Português sua bicha. – Os 2 riam de mim, no final das contas Harry estava sentado na cadeira onde eu estava e eu sentada na cama escutando os 2 novos amigos conversando. Ok, eles se deram bem, isso é bom. Eles conversavam sobre futebol, Megan Fox, meus micos, e uma coisa que eles tem em comum: Ramones. O Pedro era tipo, super fã deles também, ou seja, fui expulsa da conversa. Meu melhor amigo foi roubado.

Olhei no relógio, era quase 16h, e eu tinha que ir no hospital buscar os resultados dos exames.

– Harry, você pode me dar carona até o hospital? – interrompi a conversa deles, quando falei hospital, os dois olharam pra mim. Congelei

– Você está bem? Está passando mal? – Harry se levantou e começou a botar a mão a minha testa, no pulso.

– Harry socorre ela seu viado – Tão íntimos já se dando apelidos carinhosos

– Não, eu só tenho que buscar uns exames ok? Exagerados. – disse

– Ah, eu levo sim. Tchau Bro, vou levar ela no médico.

– Tchau meus lindos – Pedro gay. E desligou.

– Vamos? – Harry falou

– Pera deixa eu só trocar de roupa.

– Ok – E sentou na minha cama, como se esperasse algo

– Não vou me trocar na tua frente – ri

– Ah – fez beiço

– Dá licença logo vai –disse já o empurrando pra porta

Fui pro meu banheiro, dei um tapa no visual e me troquei eu tinha me arrumado demais.

Saí do banheiro e observei o quarto, Harry já não estava mais ali. Peguei meus documentos e coloquei na minha bolsa, por fim saí do quarto, olhei para os corredores, e vi Harry atrás da porta, ele estava escutando uma conversa. Me aproximei dele.

– Harry o que.. – Ele não me deixou terminar de falar e tampou minha boca. Ele fez sinal de ‘’shiu’’ com os dedos, assenti e me soltou. E voltou a escutar o som que se vinha do quarto, fiz o mesmo. Era Jake, ele conversava com alguém, aparentemente no telefone.

‘’Não quero saber, você vai conquistar ele, e vai se infiltrar na casa deles, está me entendendo? E isso não é um pedido, é uma ordem. Você vai me manter conectado por tudo o que acontece naquela casa e com eles, e elas. Quero que vire super amiga delas, e faça contar tudo pra você. Não se esqueça, seu pai foi um ótimo integrante do grupo, ele iria ficar super chateado se a filha dele falhasse. Passar bem.‘’

O barulho de passos vinha se tornando próximo, eu e Harry nos entreolhamos, a porta mais próxima estava muito longe, não daria para correr antes de ser visto por Jake, e que desculpa daríamos para Jake.

– Não estou me aproveitando da situação

– Como assim Harry?..

Fui interrompida por seus lábios tocando os meus, suas mãos davam leves apertos em minha nuca, no início foi um selinho demorado, mas logo depois ele pediu passagem com sua língua e eu cedi, o senti suspirar de alívio. Quando senti nossas línguas se tocarem, arrepiei. Só Deus sabe o quanto eu quis já beijar aquela boca. Subi uma de minhas mãos até seus cabelos, onde meus se entrelaçaram em seus fios enrolados. E me prensou mais a si.

Continuamos nos beijando por um longo tempo, até que enfim Jake abriu a porta.

– O que está acontecendo aqui? – Ok, por um lado o plano de Harry me beijar para ele não desconfiar que estávamos escutando a conversa deu certo, agora teria que enfrentar um tio com cara de raiva.

[Niall]

Eu tinha chamado Dayane para ir ao parque comigo, e ela aceitou. Era uma ótima companhia, isso não há quem negue prevejo.

Ela ria constantemente de mim porque eu coloquei uma peruca preta meio estilo black power e uns óculos escuros. Até eu ria de mim.

– Vamos na montanha russa? Por favor, Por favor? – seus olhos brilhavam ao ver aquele enorme troço, cedi.

– Vamos vai, antes que eu desista – Eu parecia um pai, e ela uma criança de tanta animação. Isso era estranho, porque normalmente eu que sou o animado, e eu estava todo preocupado com a segurança dela, esses negócios. Ela era como uma irmã pra mim sabe? Ela me entendia como ninguém, e se juntava comigo pra tudo. Isso era legal.

Estávamos na fila daquele troço há mais ou menos 1h, eu estava morrendo de fome, soando, e morrendo de fome. Enquanto isso eu e a Dayane ficamos conversando sobre qualquer merda que vinha em nossas cabeças. Até que enfim abriram a portinha pra gente. Meu corpo estremeceu, eu tinha medo, ninguém sabia, mas eu tinha.

– Vem logo Niall, deixa de ser cagão. – ela me chamou e eu fui. Nos sentamos em um daqueles trenzinho. Eu no lado esquerdo e ela na direita. Todos estavam sentados e o negócio começara a andar. Tirei o meu óculos para não cair e o prendi na camisa. O negócio estava subindo, subindo e subindo. Dayane levantava os braços e gritava animadamente. Eu sorri. Até que, eu achei que meu coração ia sair pela boca, o frio na minha barriga me fazia estremecer o corpo inteiro. Eu só conseguia me segurar, e me concentrar na minha respiração. Olhei pra Dayane, ela se segurava também mas continuava gritando. Foi assim durante uns 2 minutos. Os 2 minutos mais longos da minha vida. Quando o monitor veio abrir o cinto pra gente ele ficou me olhando. Eu hein. Logo que levantei e olhei pra fila, a fila também estava me encarando. Olhei pra Dayane e sussurrei em seu ouvido.

– Por que todos estão me olhando?

– Cadê a sua peruca? – sussurrou de volta. Droga.

Flashes e mais Flashes, pedidos de autógrafos, fotos. Eu já estava cansado, olhei para os lados procurando Dayane mas eu não a achava.