Fanfic: Rascunho | Tema: One Direction

Capítulo 28 - Die

[Natália]

– Ainda estou aqui esperando vocês me explicarem – Jake cruzou os braços e ficou esperando a gente se explicar

– Pai! – Anne apareceu pela porta de seu quarto o chamando

– Já vou Anne, deixa eu resolver uma coisa aqui – falou e voltou a nos encarar

– Com todo respeito senhor, eu e Natália estávamos.. Você sabe.. – Harry falou tão devagar que dava vontade de bater na cara dele e falar ‘’Fala logo caralho’’. Tipo, mais devagar do que o normal.

– Harry não é mesmo? – Harry assentiu, ele estava tão vermelho quanto eu – Quero que saiba que eu não quero mais você se engraçando com Natália, está entendido?

– Pera, você está querendo dizer que não é pra eu mais chegar perto dele? – perguntei novamente lhe dando a chance de retirar o que ele disse

– Exatamente mocinha, enquanto você estiver debaixo do meu teto, você não vai chegar perto desse rapaz, caso ao contrário você irá direto para o Brasil

– Desculpe Jake, mas você não é meu padrinho, muito menos meu pai, não tem o direito de mandar em mim, em querer escolher com quem eu namoro ou não, e outra eu já sou maior de idade, posso muito bem cuidar de mim mesma – quando terminei de falar, até faltava folego, falei rápido de mais. Eu e Harry estávamos encostados na parede do corredor e Jake perto da porta só me observando com maus olhos, ele se surpreendeu com o que eu disse

– É assim então? – perguntou olhando fixamente nos meus olhos, chega tentei recuar para trás, mas o que havia atrás de mim era uma parede, então não deu muito certo. Harry por um momento segurou minha mão, então me acalmei – Vai preferir esse garoto do que a sua própria família?

– Primeiro que esse garoto tem nome: Harry. E a minha família é Vivian, e não o senhor. Com licença – Falei e em seguida saí andando puxando Harry pela mão em direção a escada, deixando Jake plantado no corredor com cara de bunda. Assim que saímos pela porta de casa procurei por Vivian, mas ela não estava ali, então fui diretamente para o carro. Assim que entramos começamos a rir

– Ok, a cara do Jake foi a melhor – ele cascava o bico

– E na hora que eu insinuei nosso ‘’namoro’’ – fiz aspas com os dedos – achei que os olhos deles iam saltar pra fora – gargalhei de novo

– ‘’Primeiro que esse garoto tem nome: Harry. E a minha família é Vivian, e não o senhor’’ – falou tentando imitar minha voz o que nos fez rir mais ainda, minha barriga doía e eu chegava a me contorcer no banco do carro, de repente ele ficou sério e sorriu – Você até que beija bem – preciso falar que eu corei?

– Por que ‘’até que’’?

– Porque você tem uma cara de santa que não pega ninguém – dei um tapa no braço dele – Hey

– Já fiz mais do que imagina – escapoliu de minha boca e ele arregalou os olhos e me encarou

– Pera, você não é mais, quer dizer, você já.. – Gargalhei do jeito que ele se enrolou

– É, não sou mais virgem – falei

– Uou, agora me surpreendi

– Sou tão feia assim? Que ninguém iria me querer?

– Não, não é isso, é que você é tão linda, que parece ser um anjo, e anjos são puros sabe? – agora foi a vez dele de corar, e foi inevitável não rir. – Foi com quem, posso saber?

– Você conhece

– Zayn? – semicerrei os olhos

– Você acha que eu já.. com ele? Pelo amor de deus, o máximo foi aquele beijo, por mais que eu fosse fã deles eu teria meus princípios.

– Não, er, quer dizer desculpa

Ficamos em silêncio mais ou menos um minuto

– Pedro - disse

– An?

– Foi com ele

– Vocês eram tipo, amizade colorida? – Ele se surpreendeu

– Não, não. Foi assim: Eu e ele na minha casa, a gente conversava de tudo. E a gente era virgem, e ele perguntou se eu perderia a virgindade com ele, e eu disse que sim. Aí rolou

– Entendi – notei que no final ele sorriu forçadamente – Então vamos?

– Na verdade, vou deixar pra ir amanhã, já vai dar 5h e eu perdi a vontade de ir, amanhã eu busco, não faz mal.

– Então tá, você vai ficar aí, ou vai pra algum outro lugar

– Não sei, só sei que em casa eu não fico

– Então vamos lá com os meninos, provavelmente Niall levará Dayane pra lá antes de leva-la pra casa. – apenas assenti.

Liguei o rádio, estava tocando That Should Be Me ( https://www.youtube.com/watch?v=FFi6Ts2kSPE ), do Justin Bieber. Essa música, eu escutava bastante, e eu imaginava o Harry, porque eu sonhava com ele, em ser a namorada dele. E quando via ele e as outras garotas apenas imaginava ‘’Deveria ser eu’’. E olha só a ironia do destino, estou aqui no carro, com ele, escutando essa música, acabamos de nos beijar, enquanto ele namora a Caroline. Era a hora do refrão, eu não conseguia me conter

– That should be me, holding your hand, that should be me, making you laugh, that should be me, this is so sad, that should be me, that should be me. – cantarolei o refrão. E assim foi até o resto da música. E assim que ela acabou, chegamos. Então assim que desligou o carro, o som junto a si se desligou. Harry estava apenas parado, e então saiu do carro. Eu demorei um pouco pra sair pois pegava minha bolsa que estava no banco de trás. E então quando eu ia abrir a porta do carro, ele abriu pra mim e me estendeu sua mão para eu sair.

Assim que entramos em casa, encontramos Zayn, sentado com uma péssima expressão segurando um papel nas mãos, e pelos olhos marejados, poderia apostar que ele chorara. Pelo jeito não havia ninguém em casa a não ser ele.

– Está tudo bem? – Harry perguntou

– Não, não está – Esticou o papel que estava em suas mãos para Harry, o mesmo foi até ele pegar.

Harry apenas ficou em choque e jogou no chão.

– É muito pra mim, não me procurem. – Praticamente gritou, em segundos pude ouvir a porta de seu quarto batendo com força.

Decidi pegar o papel e ver o que se estava ali, não pude deixar de conter o choro.

‘’Matar meus amigos foi legal não foi?’’

E então embaixo havia uma foto de Fernanda, ela estava totalmente coberta por sangue e cicatrizes de cortes por todo corpo. Ela estava nua na foto, seus cabelos embaraçados de um jeito assustador. Comecei a chorar, ela estava morta por minha causa. Esses caras queriam vingança? Era isso mesmo? Mas a Dayane disse que acabaria. Zayn apenas ficou me observando chorar, caída no chão. E então a campainha tocou.