Fanfic: Romance em Paris

-Sim, claro. -Ele sorriu. Nossa como eu amava aquele sorriso, não só o sorriso mas tudo nele se tornara perfeito.  

Chegando ao colégio ficamos uns minutos enrrolando na entrada, conversamos com o pessoal e tudo. Escola só era boa por causa dos amigos. Logo que Penélope chegou foi logo me puxando pra "desapregar" de Renan e me levou na biblioteca pra conversar. 

-Então o que fazemos aqui? -Eu disse já sabendo da resposta. 

-Fernando me enlouquece, há meses estamos saindo mas não sei qual é a dele. Me apeguei a ele. -Ela disse. Fernando era o garoto mais bonito do colégio, sim aquele que fiquei atraida a uns meses atrás. 

-Nossa, já perguntou diretamente isso? -Eu disse.

-Não, ainda não. Tenho medo da resposta.

-Você não pode ter medo, vá em frente e siga seu coração. Pergunte a si mesma se ele vale a pena, se é realmente ele que tu gostas, ou se é como os outros .. apenas uma fase. Não adianta pagar uma de vadia ao colégio, isso pagará mal pra você no futuro. Ande, pergunte a ele. Não deixe as coisas pra depois, NUNCA. -Desabafei a ela. Ele me olhou com cara de espanto e foi atrás de Nando. 

Logo as aulas Renan e eu fomos a sorveteria e ao parque como tínhamos combinado. O dia estava gostoso, nublado. Se chovesse, melhor ainda. Eu pensei. 

-Vou querer sorvete napolitano com cobertura de chocolate, quer dizer, muito chocolate.

-Hoje é o dia do gordo? -Disse ele rindo, como adorava tirar sarro de mim. 

-HAHA engraçado, muito engraçadinho. -Disse emburrada

-Sabia que você fica linda emburrada? 

-Sabia. -Eu dei de ombros.

-Modesta.. 

-Sempre. -Fechei a cara e fui sentar na mesa. 

-Nossa, vem aqui me abraçar vai? -Ele fez biquinho, não acredito, ele sabia meus pontos fracos. 

-Para de ser chato, e não faz essa carinha. Sabe que não aguento.

-Por isso mesmo faço ela. 

Passamos a tarde conversando, quer dizer, falando ironicamente um ao outro num tom onde todos acham que estamos brigando. Não era briga, e sim algo que todos os casais faziam. Se amavam e não admitiam. Depois fomos ao parque deitar na grama e ver os formatos que as nuvens faziam. Nossa como era bom passar um tempo em paz. 

-Pode me contar o que ia falar de manhã? -Ele disse.

-Claro.

-Então, a história é linda porém trágica demais, mas ai vai ... -Contei tudo a ele, detalhadamente e vi que ele ficou um pouco abalado. Nossa como o amor machuca ele deve estar pensando. Eu fiquei calada por alguns minutos logo após o que tinha a contar e ele começou a me olhar de um jeito estranho. Isso me assustava sempre. 

-Você me ama Lara? Diga-me, me amas? 

Olhei pra ele erguendo uma de minhas sombrancelhas, parei. Respirei fundo e disse: -Claro, se não te amasse não estaria com você até agora. Agora para com a insegurança e me abraça. 

Ele ficou preocupado, pensativo, inseguro. Mas ele nunca foi assim, a sensivel da relação aqui era eu, não ele. Será que me escondia algo, eu pensei por bobeira. Simplesmente deitei em seus braços e adormeci. Mas logo após um tempo eu acordei, assustada. Sonhos estranhos, pensativos. Me dão medos. 

-Dorme princesa, está tão bom. -Disse ele me tranquilizando.

-Não posso, vamos pra casa? 

-Já? Ficamos pouco tempo aqui. Quer ir lá em casa? Vamos? Todos esses tempos e você não foi me visitar uma vez, nem meus pais conhece. 

-Está certo, vamos. 

Passei o caminho quieta, e mente pertubada. Tudo ao meu redor me encomodava, seria uma pena se tudo acabasse, tudo um dia acaba. Nada vale a pena, não pra mim. "O que tinha que ser será" eu repetia pra mim mesma várias vezes. Constrangedor eu pensava. 

[Renan]

Ótimo, a coisa estava subindo o morro novamente, finalmente o tempo certo para Lara conhecer meus pais, minha casa, minha situação. Agora eu tive certeza que ela era a garota dos meus sonhos, pude perceber o quão inocente era, o quão era rebelde. Seu calor em meus braços me fez pensar que ela era com quem eu queria passar a vida inteira. Suas mãos se encaixavam perfeitamente na minha. Consegui dominar aquele Renan "galinheiro", ele não valeria a pena. Mas a qualquer momento ele iria voltar, nada na vida valeria a pena eu pensava.Isso era estranho, um dia sou uma pessoa outro, totalmente diferente. Claro, era adolescencia que me deixara assim. Nunca soube se realmente eu sabia o significado de amar, ou se isso era paixão adolescente onde nada dura. Um dia iria acabar. Com certeza, tudo acabava, mas eu queria acabar mesmo na hora da nossa morte, onde mesmo assim, estaríamos juntos mesmo não estando no mesmo mundo.

Chegando ao local meu pai estava lavando o carro, e então começou a jogar água em nós. 

-Pai, para. -Eu olhei pra ele e olhei a Lara.

-Tudo bem, parei.

-Quero apresentar minha namorada, princesa desse nosso castelo.

-Nossa filho, que isso. -Ele riu.

-PAI. -Disse batendo o pé no chão.

-Prazer, Lara. 

-Prazer todo meu norinha, sua sogra está na cozinha. 

Lara sorriu, meu pai era daqueles que a idade não negava mas na cabeça dele ainda estava no mundo juvenil. Meu pai fez um questionário a Lara, nossa que saco eu pensava a cada pergunta que ele fazia. Mas Lara parecia estar se divertindo. 

-Vamos entrar Lara?

-Claro. -Disse ela rindo. Meu pai era um palhaço mesmo viu.

Minha casa não era grande, não éramos ricos. Era um casa normal assim como a de Lara. Tudo era organizado pela minha mãe, onde era exigente demais e não podia ver uma bagunça, a não ser meu quarto onde ela não entrava fazia meses, nem deveria imaginar o quão de bagunça tem lá.

-Olá -Disse Lara. Caramba, primeira garota que não ficava envergonhada. Eu pensei.

-Prazer Lara, estava louca para te conhecer.

-Sério? Aqui estou. -Disse ela, toda simpática. 

Começaram a conversar sobre papos de garotas, cara. Como as mulheres falam, eu pensara. Fui falar com meu pai enquanto não tinha paz com Lara. Meu pai estava orgulhoso, gostou dela. Como fiquei feliz disso, e com certeza minha mãe também gostara. Caso contrário já tinha mandado Lara embora  sem ao menos eu falar uma palavra. Isso aconteceu com Paloma, minha ex. Mas, ela não valia a pena, não sei como não pude perceber isso antes de fazer a burrada. 

Logo após, minha mãe chamou meu pai e eu para tomar um chá da tarde. Tradição da europa, estávamos muito europeus depois dessa viagem passada. 

-Conte me Lara como é Renan, bagunçeiro na escola? -Disse minha mãe. 

-Olha nem tanto, agora se é na sala eu não sei. Estou no segundo ano. 

-Nossa, não sabia disso. Como conheceu ele?

-Me atropelando de skate.

Todos da casa riram inclusive eu. Era estranho esse começo de uma grande história. 

-Tudo bem, já podem parar de falar de mim. 

-Claro... que não. -Disse Lara.

-Nossa engraçadinha. -Eu disse.

Ela me abraçou e logo após fomos ao meu quarto conhecer meu canto. Quer dizer bagunça.

[Lara]

Nossa que quarto, eu pensei. Estava uma zona, mas era muito fofo. Parecia com o do ... Daniel (?) Sim, era identico ao de Daniel, só mudara os móveis. Fiquei quieta em relação a isso.

-Nossa que bagunça, superou o meu.-Eu disse.

Ele riu. -Preguiça. -Fez biquinho.

-Sempre né meu amor. 

( Continua )