Fanfic: What Once Was Love... | Tema: One Direction

POV’S LOUIS

Estava no meu quarto pensando.  A Clara pisou feio na bola, ela sabe que Liam é todo cheio dessas frescuras de tradição, esquecer o aniversario de 4 anos de namoro é quase um crime. Cansei de ouvir Liam ensaiando a musica que tinha criado para ela, de vê-lo se matando para que tudo saísse perfeito. E ela não vai.

Uns minutos depois ouço Clara subindo correndo a escada e batendo na porta ao lado da minha. Suspirei, espero que esse assunto se resolva logo eles são perfeitos demais para se separar e ambos ficam insuportáveis quando estão brigados.

Deixei pra lá esse problema. Estava muito feliz para brigas. A manha com Paula foi totalmente perfeita. No final ela ate me chamou de Lou, o que me deixou mais alegre ainda.

FLASHBACK ON

- Enfim a sós- digo com um sorriso sapeca

Ela só revira os olhos. O que é uma coisa frequente

- Mas já que estamos aqui sem fazer nada, que tal eu fazer umas perguntas? – perguntei

- Que tipo de pergunta? – ela levantou a sobrancelhas

- O mínimo que eu tenho que saber para dar certo um relacionamento... – ela me lançou um olhar mortal-... De amigo é claro. - completei rapidamente

- É claro. Não pensei em mais nada

- Ok – ignorei o sarcasmo – Vamos come....

- Espera - interrompeu – Dependendo da pergunta me recuso a responder.

- Ta. Vai eu faço a pergunta e você fala a primeira coisa que vem na sua mente

- Ta bom

- Cor?

- Serio isso? Pensei que seria algo mais intenso – ela diz com uma careta.

- Só responde. Cor?

- Azul

- Musica?

- Rock – já sabia. Estava na cara.

- Bandas?

- Tem um monte.

- Fala três na ordem que você mais gosta.

- Simple Plan, McFly e The Killers. – torci o nariz- Que foi?

- Pelo seu estilo de roupa pensei que seria algo mais... Pesado.

- Me visto assim porque gosto, não por causa do gosto musical.

- Que estranha – Resmungo.

-O que?

- Nada não – digo rapidamente – Continuando. Comida?

- Sorvete.

- Isso não é comida.

- É o que então? Massa corrida que não.

- Grossa. To falando de comida tipo salgada.

- Pizza.

- Ok.

- Filme?

- Titanic.

- Serio isso?

- Você só sabe reclamar das minhas respostas?

- Você não tem cara de quem gosta de romance.

- Lou... querido – Sorri ao ouvir isso – Primeira coisa essencial que você deve saber sobre mim: tudo isso que você vê não quer dizer nada, é só uma imagem superficial.

- Tudo bem – Eu sorria feito um bobo, quando percebi parei na hora e continuei. – Livro?

- Harry Potter.

- O Zayn também gosta muito desses livros. Vão se dar bem.

- Quem é Zayn? – Ela estava confusa

- Não importa.

- Estação do ano?

- Inverno com certeza. Mal espero ver neve!

- Você nunca viu?

- Não, em Los Angeles não neva.

- Ah.  Animal?

- Urso – me assustei com a resposta.

- Serio? Que irônico. Meu apelido de infância é Boo Bear.

- Ta, mas e dai?

- Nada – Nossa que mal humorada – Família?

- Como todas as outras

- Da para especificar?

- Não – Nossa, estou começando a me cansar. Ela suspirou e respondeu – Tenho um irmão 2 anos mais velho que eu, Zack.

- Legal – E fiquei em silencio. Talvez seja melhor eu parar, aquilo parecia a aborrecer. Depois de 1 minuto em silencio total ela falou:

- Acabou?

- Não. Mas acho que você não esta muito afim. – digo decepcionado.

- Segunda coisa que você tem que saber de mim: Eu sou sempre grossa. Meu irmão diz que eh estranho, mas é meu jeito de ser, as vezes alegre e gentil e outras grossa. Vai continua, por favor, não vou mais dar patada – Ela sorriu

- Ok. Bom continuando então – Digo já mais animado –Esporte favorito?

- Basquete com certeza

- Time?

- Lakers.

- Furada – Bufei

- Cala a boca Lou – ela riu tacando uma bolinha de guardanapo – Acabou?

- Talvez. Bom, essa se você não quiser responder eu entendo.

- Fala – ela pegou meu café tomando o que tinha sobrado

- Maior mico?

- HAHAHAHA – Ela soltou uma gargalhada super escandalosa, as pessoas nos olhavam, mas ela não parecia se importar – Foi numa festa. Tinha uns 15 anos na época, estava bem feliz na maior inocência quando me ofereceram um “doce”. Quando dei a segunda mordida foi que eu percebi, era maconha. Eu já havia engolido os outros pedaços e já fazia efeito. Nunca fiz tanta loucura numa noite só como nesse dia. Ate joguei agua em mim mesma para o muleque que eu pagava pau olhasse para mim.

- Nossa que noiada – Já riamos muito – Nunca imaginei esse lado seu.

- Qual?

- Engraçada. Pensei que fosse séria e grossa.

- Me solto com o tempo – deu de ombros. Ela deu uma olhada no celular – Bom adorei passar esse tempo com você, mas tenho que ir.

- Deixa que eu te acompanho.

- Prefiro ir sozinha – Ela disse com uma careta.

- Por quê? Faço questão.

- Mas ai você vai saber onde eu moro. Não quero isso.

-Larga de ser chata e vamos logo – Ela me olhou e percebeu que eu não desistir.

- Ok então – Ela suspirou.

Fomos o caminho todo conversando sobre minha vida, era vez dela fazer o interrogatório. Depois de dois quarteirões chegamos a um prédio muito parecido com o que moramos. E que por acaso era a um quarteirão da cobertura.

- Só falta você falar seu apartamento – ela me olhou engraçado quando eu disse isso.

- Me recuso responder. Bom xau Lou.

- Xau Paulinha. – digo brincando.

- Não me chama assim – e me deu um soco fraco (forte) no braço.

- Ai. Desculpa Paula.

- Só não fala mais – Ela se virou para ir embora, mas a puxei pelo braço a abraçando. Seus enormes cabelos tinham um cheiro bom de morango. E dei um beijo em sua bochecha fazendo um choque percorrer meu corpo.

- Xau Paula – Digo sorrindo

- Xau – E ela entra no prédio meio em choque.

FLASHBACK OFF

Um sorriso brotou no rosto ao me lembrar do ocorrido. Não sei por que, mas toda vez que a olhava meu estomago se enchia de borboletas. Pera, isso ficou gay, acho que esta mais para pombos enfurecidos. Ela era totalmente perfeita e eu ainda a teria para mim.

POV’S LIAM

Estava deitado na minha cama pensado em como Clara tinha me magoado hoje. Estava com raiva também, não do Niall ele era um bom garoto. Estava dela mesmo, como pode esquecer algo tão importante? Me matei para escrever a musica perfeita, para fazer uma tarde dos sonhos. Só para no final ficar esperando em vão.

Era por volta da meia noite quando ouço a porta frente sendo fechada. Eu aqui arrasado, sofrendo, sem dormir, fiquei sem comer por magoa. E ela saindo ate altas horas, se divertindo. Enterrei a cabeça no travesseiro. Queria sumir, que tudo voltasse ao que era antes, quando éramos todos felizes, não havia ciúmes, não se esqueciam de compromissos importantes.

Minutos depois alguém sobe as escadas correndo e bate na minha porta:

- Liam? É a Clara. Podemos conversar? Por favor.

Quando ouço sua voz chorosa me sinto mais triste. Odeio vê-la chorar, ela já sofreu demais para uma vida só. E a ver nesse estado me rasga por dentro.

- Agora se lembra de mim?- Digo com voz rouca pelo enorme tempo sem usar - Me esqueça de novo e me deixe sozinho. – Eu a amava muito, mas o orgulho falava mais alto no momento, me impedindo de abrir a porta.

- Me desculpe Liam – Ela começou a chorar e deu para ouvir seus soluços- Abre a porta para agente conversar melhor.

- Depois conversamos. Agora estou mal.

- Por favor, Liam. Me perdoa.

- Me desculpe Clara, mas se eu abrir agora e conversarmos com a cabeça quente vamos falar besteiras e pode não ter volta.

Eu já estava sentado na cama agonizado.

- Não vou sair daqui ate você abrir a porta.

- Estão espero que goste ser decepcionada. Não vou abrir.

- Ótimo

Ao ouvi-la se afastar eu suspirei aliviado, assim seria melhor. Amanha conversaríamos com calma.

Me deitei na cama puxando as cobertas ate o pescoço. Estava uma noite muito fria e mesmo com o aquecedor ligado estava congelante. Fechei os olhos e antes de cair na inconsciência ouço um barulho na porta, ignoro pelo cansaço e vou para um mundo onde tudo é mais fácil.

(...)

Acordo com meu estomago roncando. Ele doía pelas varias horas que fiquei sem comer. Me lembrei o motivo ficando triste automaticamente, hoje conversaríamos e torcia que desse tudo certo no final. Olhei no relógio e vi que já era 7h da manha, decidi descer para comer algo. Antes fiz minhas higienes e me troquei, colocando uma roupa quente por a casa estar bem fria.

Quando abri a porta tomei um susto e me segurei para não gritar.