Fanfic: What Once Was Love... | Tema: One Direction

 Pode abrir.

Quando a venda foi tirada, seu rosto se encheu de surpresa e de pura alegria com o cenário em sua frente, seus olhos brilhavam e sua boca estava em um perfeito O.

Estávamos no telhado da escola, onde tivemos nosso primeiro encontro. Onde ele me pediu em namoro. Tentei retratar a mesma decoração de anos antes, no meio estava um enorme edredom fofinho e uma cesta de piquenique do lado e em formato de coração ao lado se encontrava cerca de 40 velas.

- Clara – Liam finalmente se manifestou, me abraçando forte – Você que planejou isso?

- Bom, a ideia foi da Paula e ela que me ajudou a organizar tudo.

Ele me surpreendeu me beijando animadamente depois que terminei de falar:

-Amei.

- Sabia que ia gostar – Digo ainda um pouco vacilante pelo beijo – Você sempre foi fofo e romântico. Agora vem, estou com fome.

Ele riu e me acompanhou ate o edredom. Comemos dando muitas risadas das brincadeiras de Liam, conversamos sobre e o X Factor e sobre besteiras do dia-a-dia. Quando terminamos guardei tudo na cesta a colocando de lado e nos deitamos para olhar as estrelas, uma forte correnteza de ar passou apagando as velas ao lado, sem a luz que vinham delas ficamos apenas com a iluminação de milhões de estrelas e do luar. Tudo estava perfeito.

Ficamos um momento em silencio só desfrutando da presença um do outro, depois de um tempo falo:

- Li? – Ele me olha com curiosidade e eu dou um sorriso – Eu te amo.

- Eu também princesa – Ele disse me dando um selinho – E adorei a surpresa. Foi o melhor aniversario de namoro de todos.

- Então você me perdoa?

- Eu já tinha te perdoado Clara. Não precisa ficar sofrendo por isso.

- Você não me respondeu. Você me perdoa?

- Sempre – Ele diz depois de um suspiro e me olha fixamente – Não vou deixar um motivo bobo nos separa.

- Não é um motivo bobo. É um motivo lindo e justo. Sempre é importante comemorar os melhores dias da nossa vida.

- Então aquela noite no telhado foi o melhor dia da sua vida?

- Ainda duvida? Claro que foi, lembro que me surpreendi tanto quanto você na época. Pensei que queria apenas me mostrar algum cometa bobo que iria passar, mas me surpreendeu com as velas.

- É e quando eu pedi você em namoro você gritou finalmente e me beijou.  Romântica nunca foi um dos seus muitos talentos.

- Como assim? Hoje não prova que sou bastante romântica? – Pergunto incrédula

- Bom se oque você disse esta certa quem teve a ideia foi a Paula.

- Mas...

- Me fale algo romântico que tenha feito que eu paro com o assunto.

- Tem o... E também o... Espera, só porque eu esqueci não quer dizer que não tenha tido.

- Admita, eu sou o romântico do casal.

- Convencido – Digo emburrada, eu não acredito que estou sendo acusada de não ser romântica. Mas infelizmente era verdade, não tinha jeito com o assunto. Mas nunca que eu admitiria.

- Convencido que você ama.

- Com toda a certeza – E começamos nos beijar, no começo foi algo suave e romântico, mas logo ficou mais urgente e mais ousado fazendo o clima ficar mais quente e a necessidade de ficar cada vez mais perto aumentar.

- Clara – Liam falou enquanto beijava meu pescoço. Delicadamente me afastou e me olhou serio – Não acho que esse seja um lugar apropriado para isso. – Bufei com tal declaração.

- Sabe esse seu lado “romântico” pode ser chato às vezes. Preferia que fosse que nem eu, sem frescura que nem eu.

- Então admite que não é romântica?

- Ninguém é perfeito. Mas eu sou perto disso.

- Convencida – Agora era vez dele – Quando chegar em casa veremos quem é chato.

- Você com toda a certeza – Debocho e me deito em seu peito ouvindo seu coração acelerado se acalmar aos poucos.

- Não sou chato. Sou somente correto.

- Pensei que eu fosse a responsável aqui.

- Sua doença de responsabilidade acaba pegando, eu não era assim anos atrás.

- Concordo plenamente, você e Louis eram as pessoas mais irresponsáveis do mundo. Lembra o foguete?

- Que íamos lançar no jardim do Louis? Sim, teria sido legal se você não tivesse atrapalhado com o papo que não era nada seguro e que estávamos parecendo crianças Piromaníaca – Nos rimos da lembrança.

- Sabe Li. Aquele era um ótimo tempo, mas prefiro o de agora.

- Eu não tenho preferencia todos o que você esta junto são perfeitos.

- Já disse que você é um fofo?

- Talvez não hoje.

- Você é um fofo. – Levantei a cabeça lhe dando um selinho e voltando colocar a cabeça em seu peito. Ficamos em silencio por um momento

- Clara sabe oque eu queria saber?

- Quando você vai cortar o cabelo? Também queria saber, esse modelo já esta sem graça.

- Não. Não vou cortar o cabelo é outra coisa.

- Diga

- Você e Niall nunca tiveram nada né?

- O que? – Digo surpresa pelo assunto tão repentino – Claro que não. Eu e Niall sempre fomos melhores amigos só.

- E você nunca sentiu nada por ele ou algo assim?

- Por que esta perguntando isso? – Levanto a cabeça o olhando seria.

- Ah. É que o jeito que você trata ele é diferente de como trata os outros.

- Acho que é por ele ser uma lembrança viva da minha mãe e do meu tempo na Irlanda, ele me trás boas lembranças – Já estava alivia por saber que não tinha nada haver com o assunto do beijo. Ainda estava disposta a colocar um ponto final no assunto e esconde-lo no fundo da memoria.

- Ah só isso ne?

- Liam? –Digo surpresa ao perceber algo – Você não esta com ciúmes né?

- Eu? Ciúmes? Não!

- É ciúmes! – Jogo na sua cara rindo

- Para Clara. É serio não é ciúmes.

- Não se preocupe Li. Não te trocaria pelo Niall.

- Jura?

- Com todas as letras.

- Ah – ele suspira e posso ver que esta aliviado

- Bobinho – Digo e lhe dou um selinho – Eu nunca faria isso com você. Do mesmo jeito que você nunca faria isso comigo.

Ele não reponde só me puxou para me aninhar novamente em seu peito, ficamos mais um momento em silencio quando ele fala:

- Clara?

- Oi?

- Ate quando podemos ficar aqui?

- Reservei ate amanha. Não sabia que você iria estragar a parte mais legal.

- Me desculpe. Só não acho o local adequado para isso.

- Eu sei tudo bem.

- Clara?

- Oi?

- Eu te amo.

- Também te amo Liam.

Ele começou a cantarolar uma musica qualquer e em poucos minutos eu já estava dormido profundamente.

(...)

Fui acordada no dia seguinte com o sol na minha cara. Abri os olhos e demorei um momento para lembrar da noite anterior, abri um sorriso instantaneamente. Olhei para o lado e Liam dormia com os braços em volta da minha cintura. Peguei meu celular para ver as horas e já eram 9 da manha, tínhamos que sair agora.

- Li acorda – Digo o sacudindo.

- Bom dia Linda – Ele fala quando acordou e me deu um selinho.

- Bom dia preguiçoso – Digo rindo pela sua cara amaçada, era tão bom acordar e a primeira coisa que você vê é a pessoa que você mais ama no mundo. – Temos que ir. Deixa tudo ai que depois o pessoal da limpeza recolhe.

- Tudo bem – Nos levantamos ele me deu a mão e descemos as escadas, quando andávamos pelos corredores uma torrente de lembranças me tomou, umas engraçadas, outras felizes e outras nem tanto. – Minha vez de dirigir – Não discuto e lhe entrego a chave me sentando no banco do carona.

Fomos o caminho todo recordando sobre os tempos de escola. Rimos muito. Quando chegamos na cobertura tudo estava quieto, provavelmente todos estavam dormindo, suspirei ao ver a sujeira da sala, esses meninos eram muito bagunceiros e quem tinha que arrumar tudo no final era eu.

- Seu presente esta no seu quarto – Sussurro para Liam enquanto subíamos as escadas em silencio para não acordar ninguém

- Hã? – Ele pergunta confuso, eu o havia tirados dos seus pensamentos.

- O presente que eu fiz para você. Esta na sua cama – Dou um sorriso mínimo, todo ano nos dávamos presentes feitos por nos mesmo.

- Pensei que o encontro fosse o presente – Ele sussurra de volta enquanto nos encaminhávamos para seu quarto.

- Não. O encontro foi para compensar o outro que não teve. – Dou de ombro indiferente

- Obrigada Clara – Ele falou quando se sentou na cama para abrir o embrulho, era um porta retrato enfeitado com conchinhas do mar que eu recolhi por um ano todo. E dentro havia uma foto nossa em um parque no inverno . E nas bordas da parte de trás estava escrito um poema de Shakespeare:

“Duvida da luz dos astros,

De que o sol tenha calor,

Duvida ate da verdade,

Mas confia em meu amor.

Te amo!

Clara”

Me sentei na sua frente enquanto ele lia. Seus olhos brilhavam e um sorriso bobo se abria a cada palavra. Quando ele terminou me abraçou forte e me beijou logo em seguida.

- Também te amo.

Ele não comentou nada sobre o presente que iria me dar, mas eu não iria falar nada. Só por tê-lo já era um ótimo presente. Nos beijamos e continuamos oque no dia anterior não tínhamos terminado.